A Reitoria da UFRJ vem a público repudiar o feminicídio da técnica de enfermagem Rita de Kássia Santos. Esperamos, confiantes, que as autoridades competentes deem celeridade processual ao caso. Rita de Kássia, de 27 anos, foi encontrada morta na tarde de terça-feira (15/11), em Bento Ribeiro, Zona Norte do Rio de Janeiro. A técnica em enfermagem teve sua vida interrompida de forma abrupta, tornando-se mais uma vítima do feminicídio no Brasil, deixando a dor da perda e a sensação de impunidade às milhares de mulheres que são vítimas de violência diariamente.
A UFRJ esclarece que o acusado foi imediatamente afastado das suas atividades de residente em enfermagem na Universidade. Salientamos que foi aberto um processo administrativo para apurar a conduta praticada. O código de ética que rege a profissão busca respeitar a vida, a dignidade humana e os direitos humanos, em todas as suas dimensões. O profissional de enfermagem deve exercer suas atividades com competência para promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.
Condenamos todo e qualquer ato de violência contra as mulheres. A Universidade reafirma o seu compromisso em formar profissionais que respeitem a dignidade humana e a se solidarizar em situações de violência, conforme o nosso ethos social. O Estado brasileiro precisa ser mais atuante no combate à violência contra a mulher. É preciso a criação de mais políticas públicas e uma rede de proteção às vítimas diante dessa realidade que fere de morte a dignidade e a própria existência.
Lamentamos o falecimento de Rita de Kássia e nos solidarizamos com a dor de sua família e amigos. Não podemos nos silenciar diante de atos de violência e naturalizar o feminicídio. Não devemos permitir que, diariamente, mulheres sofram com a violência, tenham seus sonhos interrompidos e que famílias e amigos sejam devastados pela dor da perda. Queremos justiça por Rita de Kássia Santos.
17/11/2022
Reitoria da UFRJ