As intensas chuvas que caíram no Rio de Janeiro neste fim de semana (13 e 14/1) provocaram inundações em diversas regiões do estado, com destaque para a Baixada Fluminense, que é drenada por vários cursos d’água que deságuam na Baía de Guanabara. A intensa e desordenada ocupação dessa região sem adoção de políticas públicas adequadas, especialmente de saneamento básico, transformou os rios em “valões” de esgoto assoreados. Tal fato é uma das principais causas do preocupante cenário vivido pelos habitantes da região, que frequentemente sofrem com enchentes intensas. Os alagamentos causam sérios prejuízos sociais, econômicos e à saúde física e mental da população, quando não trazem perdas de vidas por afogamento, soterramento ou descargas elétricas. Até o momento, chegou a 12 o número de mortos pelo temporal.
Destaca-se que, após as enchentes, diversas enfermidades podem ocorrer, tais como, leptospirose, tétano, hepatite A e doenças diarreicas agudas. Assim, em caso de episódios como febre, mal-estar, dores no corpo, diarreia, entre outros sinais e sintomas suspeitos de doença infecciosa em pessoas que tiveram contato com a enchente, deve-se procurar imediatamente o serviço de saúde e informar ao profissional de saúde que o paciente teve contato com a enchente. O diagnóstico precoce e o tratamento tempestivo podem reduzir a gravidade da doença.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro coloca sua expertise à disposição das autoridades e da sociedade para amenizar o sofrimento da população e apoiar futuras ações em prol da melhoria da qualidade de vida dos moradores do estado do Rio de Janeiro, em especial da Baixada Fluminense.