UFRJ e Universidade Estatal de Moscou Lomonosov discutem parceria em pesquisa marítima

No dia 25/10, a delegação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) visitou o Marine Research Center (MRC), localizado no Parque Tecnológico da Universidade Estatal de Moscou Lomonosov. Durante o encontro, foram discutidas possibilidades de parceria para a realização de estudos sobre a exploração de petróleo em águas profundas e o monitoramento ambiental da Baía de Guanabara.

A colaboração proposta também incluiria o Hub de Meio Ambiente e Economia Azul, que está sendo desenvolvido pelo Parque Tecnológico da UFRJ em parceria com a Secretaria do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro.

O MRC se destaca pelo desenvolvimento de tecnologias voltadas para o controle ambiental e pela aquisição e processamento de dados, essenciais para a tomada de decisões no setor. A instituição atua principalmente para grandes clientes dos segmentos de energia, com ênfase em óleo, gás e nuclear, especialmente em regiões costeiras e do Ártico. Com uma equipe composta por dezenas de colaboradores, o MRC conta com um corpo de pesquisa formado por especialistas da Universidade Lomonosov e de outras universidades renomadas da Rússia.

Comitiva da UFRJ com representante do Marine Research Center (MRC) | Foto: Reitoria/Divulgação

Comitiva

A UFRJ participou, nas últimas semanas, de uma série de eventos que visam fortalecer a cooperação acadêmico-científica entre Brasil e Rússia e com os demais países do Brics. Trata-se da maior comitiva do gênero já enviada pelo país ao exterior. Representaram a UFRJ o reitor, Roberto Medronho; o superintendente-geral de Relações Internacionais, Papa Matar Ndiaye; o diretor executivo do Parque Tecnológico, Romildo Dias Toledo Filho; e o professor do Departamento de Engenharia Industrial da Escola Politécnica Fabio Luiz Peres Krykhtine.

UFRJ no Brics: Universidade participa de discussões sobre Ecologia e Mudanças Climáticas

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi uma das instituições brasileiras a apresentar perspectivas nacionais sobre questões ambientais no Congresso Científico e Educacional dos BRICS em Ecologia e Mudanças Climáticas, realizado em Sochi, na Rússia, nos dias 20 e 21/10, antecedendo a cúpula dos BRICS.

No evento, o diretor-executivo do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe), Romildo Dias Toledo Filho, participou da sessão plenária “Educação para um Futuro Sustentável – Vozes Jovens e Desafios Globais”, um dos principais destaques da programação. Já o professor do Departamento de Engenharia Industrial da Escola Politécnica, Fabio Krykhtine, apresentou uma palestra na conferência sobre Inteligência Artificial e Ciência Climática.

O Congresso também contou com a mesa-redonda bilateral Brasil-Rússia sobre ensino superior. O superintendente-geral de Relações Internacionais da UFRJ, Papa Matar Ndiaye, apresentou a universidade para representantes de instituições russas, explorando possibilidades de cooperação acadêmica.

Superintendente-geral de Relações Internacionais da UFRJ, Papa Matar Ndiaye, apresentou possibilidades de cooperação a Universidades russas | Foto: Reitoria/Divulgalção

Agendas

Desde 19/10, a comitiva acadêmico-científica da qual a UFRJ faz parte esteve em Sochi, cidade no sul da Rússia, onde visitou o Território Federal Sirius, um centro de ciência, tecnologia, inovação, educação de nível médio e cooperação internacional. O Sirius faz parte do legado das Olimpíadas de Inverno de 2014.

Antes disso, representantes das principais universidades públicas brasileiras participaram de eventos para formalizar acordos com universidades russas e do Fórum de Reitores dos Brics, que reuniu representantes das nações do bloco, antecipando a reunião de chefes de Estado. O Brics, originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, foi ampliado este ano com a inclusão de Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes, Etiópia e Egito.

UFRJ no BRICS: Fórum de Reitores antecede reunião de chefes de Estado

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) participa do Fórum de Reitores do Brics, que reúne representantes de universidades dos países-membro, e antecipa parte das discussões que serão iniciadas pelos chefes de Estado nesta semana, em Moscou. O encontro dos dirigentes das universidades aconteceu na Lomonosov Moscow University (MSJ). Desde 17/10, lideranças de diversas instituições discutem temas de relevância global, como a cooperação científica e acadêmica entre os Brics, soberania digital, segurança da informação, educação para a sustentabilidade e desafios globais.

Durante o Fórum de Reitores, foram assinados acordos entre as universidades do Brics, reunindo instituições do Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Egito e Etiópia, com o objetivo de fomentar a cooperação científica e tecnológica. Os documentos somam-se aos acordos já assinados desde o início da missão acadêmica, celebrados com instituições de ensino superior russas.

“O fortalecimento do Brics é fundamental para a perspectiva de construção de um mundo multipolar. O Brasil procura parcerias de cooperação, e não de dominação”, ressalta o reitor da UFRJ, Roberto Medronho. O dirigente da UFRJ proferiu discurso na quinta-feira, 17/10, em plenária junto aos reitores das universidades do Rio Grande (FURG), Danilo Giroldo, e Estadual de Campinas (Unicamp), Antonio José de Almeida Meirelles. A reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Regina Goulart Almeida, também participou dos debates, assim como o presidente da Andifes e o reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), José Daniel Diniz Melo.

A missão acadêmico-científica internacional envolvendo as instituições de ensino superior é promovida pela Embaixada do Brasil na Rússia, preparatória à primeira reunião do Brics ampliado, que ocorre entre 22 e 24/10, em Moscou. O grupo é originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e foi ampliado a partir deste ano com a adesão de Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes, Etiópia e Egito. São esperados pelo menos 20 líderes estrangeiros, entre eles o presidente da China, Xi Jinping; da Índia, Narendra Modi; do Irã, Masud Pezeshkian; e da Turquia, Recep Erdogan. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a participação por orientação médica, mas, segundo a assessoria do Palácio do Planalto, vai acompanhar por videoconferência.

Agenda

No domingo e na segunda-feira, 20 e 21/10, o reitor Roberto Medronho e integrantes da comitiva estiveram em visita à Sirius University of Science and Technology, um polo de tecnologia e inovação em Sochí, no sul da Rússia, para mais uma rodada de discussões e debates voltados à cooperação educacional, científica e tecnológica. Também participaram da visita o superintendente-geral de Relações Internacionais da UFRJ, Papa Matar Ndiaye; o diretor executivo do Parque Tecnológico da UFRJ, Romildo Dias Toledo Filho; e o professor do Departamento de Engenharia Industrial da Escola Politécnica, Fabio Luiz Peres Krykhtine.

UFRJ na Rússia: universidade é destaque na maior missão acadêmico-científica já realizada por universidades brasileiras

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é uma das instituições de destaque na maior missão acadêmico-científica já realizada por universidades públicas brasileiras. Ao longo dos próximos dias, representantes das principais instituições de ensino superior do Brasil participarão de reuniões, visitas técnicas e assinaturas de acordos de cooperação em áreas estratégicas.

O encontro é promovido pela Embaixada do Brasil na Rússia e antecipa a primeira reunião do Brics ampliado, que deve ocorrer em Moscou na próxima semana. O grupo é originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e foi ampliado a partir deste ano com a adesão de Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes, Etiópia e Egito.

“É uma experiência absolutamente fantástica e uma oportunidade estratégica para as universidades brasileiras, pois ampliaremos a cooperação com as universidades russas. Já temos acordos e parcerias assinados, e outros serão encaminhados, com resultados importantes para a ciência, tecnologia e inovação no nosso país”, ressalta o reitor da UFRJ, Roberto Medronho.

Além do reitor, fazem parte da delegação da UFRJ o superintendente geral de Relações Internacionais, Papa Matar Ndiaye, o diretor executivo do Parque Tecnológico, Romildo Dias Toledo Filho, e o professor do Departamento de Engenharia Industrial da Escola Politécnica, Fabio Luiz Peres Krykhtine.

Já no primeiro dia, foi assinado um acordo de cooperação acadêmica entre a Universidade Escola Nacional de Economia da Rússia (HSE, na sigla em inglês), a UFRJ e outras três universidades brasileiras: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade do Estado de Santa Catarina (Uesc).

Acordo entre UFRJ e Universidade Escola Nacional de Economia da Rússia (HSE) foi assinado | Foto: Reitoria (Divulgação)

Participam da missão acadêmica instituições de todas as regiões do Brasil, como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Agenda

Entre os dias 14 e 16/10, de segunda a quarta-feira, os reitores brasileiros participarão de eventos na Universidade Escola Nacional de Economia (HSE), no Instituto de Relações Internacionais do Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa (MGIMO) e na Universidade Estatal de Moscou – Lomonosov (MSU), onde o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, será um dos porta-vozes da delegação brasileira.

Também estão previstas visitas e reuniões no Centro Internacional para Inovação em Ciência, Tecnologia e Saúde (Iciste) e no Centro de Pesquisa em Biotecnologia da Academia Russa de Ciências (RAS), onde um dos oradores brasileiros será Papa Matar Ndiaye, superintendente geral de Relações Internacionais da UFRJ.

Na Universidade Estatal Russa para Humanidades, o professor do Departamento de Engenharia Industrial da Escola Politécnica da UFRJ, Fabio Luiz Peres Krykhtine, participará de uma mesa redonda sobre as possibilidades de cooperação Brasil-Rússia no campo das humanidades. Romildo Dias Toledo Filho, diretor executivo do Parque Tecnológico, será um dos oradores brasileiros em um encontro no Instituto Skolkovo de Ciência e Tecnologia.

Fórum de Reitores discute ações coordenadas para as universidades do estado do Rio

O Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Ensino do Estado do Rio de Janeiro (Friperj) reuniu-se na sexta-feira, 11/10, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A pauta incluiu os principais desafios enfrentados pelas universidades do estado, com destaque para o financiamento das atividades e o papel das instituições na assistência estudantil, aspecto essencial e desafiador para todas as universidades fluminenses.

Outro ponto de discussão foi o fortalecimento da integração acadêmica, especialmente no que se refere à proposição de soluções para os problemas do estado. A primeira iniciativa nesse sentido será o I Seminário de Estudos sobre o Estado do Rio de Janeiro (I Seerj). Durante a reunião, foi apresentado um balanço das inscrições para o evento, que ocorrerá de 25 a 27/11.

Ao todo, foram submetidos 152 trabalhos, abrangendo temas como a estrutura produtiva fluminense, memória, história, desafios contemporâneos do estado e políticas educacionais. Além disso, o grupo decidiu pela realização do 2º Prêmio Friperj-Faperj-IPP de Teses e Dissertações sobre o Estado do Rio de Janeiro, a ser lançado em 2025, em parceria com a  Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e o Instituto Pereira Passos (IPP).

A primeira edição do prêmio, realizada em 2023, recebeu 242 inscrições. O primeiro lugar foi concedido à dissertação de Leandro Galheigo Damaceno, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPED-UFRJ), intitulada “Trajetória Institucional e Desigualdade na Região Metropolitana do Rio de Janeiro”.

Nos próximos meses, o fórum planeja seu fortalecimento institucional, com a formalização jurídica e a criação de um site para divulgar as atividades do grupo. Também será feito um levantamento junto aos conselhos de cada universidade para identificar as principais necessidades de pesquisa sobre o estado do Rio, visando à elaboração de uma estratégia de apoio a projetos relacionados ao tema.

Sobre o Friperj

O Fórum dos Reitores das Instituições Públicas de Ensino do Estado do Rio de Janeiro (Friperj) formalizou suas atividades em agosto de 2024. Fazem parte do grupo: a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), o Colégio Pedro II (CPII), o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ), o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e o Instituto Federal Fluminense (IFF).

Comitiva da Universidade do Illinois visita a UFRJ

Uma comitiva de gestores da University of Illinois Urbana-Champaign (UIUC) visitou a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nesta terça-feira, 8/10, para uma reunião voltada ao reconhecimento mútuo e à construção de parcerias. O objetivo é identificar oportunidades para que estudantes de graduação e pós-graduação da UFRJ possam estudar na instituição norte-americana, além de fomentar colaborações em pesquisas conjuntas entre as duas universidades.

“Nosso interesse em buscar a UFRJ vem da percepção de que o Brasil possui talentos essenciais para o desenvolvimento de áreas estratégicas que integram nossa agenda”, explicou o chanceler da UIUC, Robert J. Jones. Setores como alimentos, nutrição, engenharia, artes e ciências médicas estão entre aqueles com maior afinidade entre as duas instituições.

A UIUC é uma das maiores universidades públicas dos Estados Unidos e referência em pesquisa e ensino superior. Fundada em 1867, oferece mais de 150 cursos de graduação e pós-graduação, com destaque nas áreas de engenharia, ciências da computação e ciências sociais. Além disso, a UIUC mantém colaborações com indústrias e empresas na região de Illinois, reforçando seu papel no avanço científico e econômico.

O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, destacou as semelhanças entre as instituições, ambas públicas e comprometidas com o desenvolvimento de soluções que impactem positivamente suas sociedades. “Acredito que há grande potencial de cooperação entre nós. É importante salientar que essa parceria também deve considerar a inclusão social, já que atualmente 60% de nossos estudantes ingressaram via ações afirmativas”, afirmou.

Nos próximos meses, a Superintendência Geral de Relações Internacionais (SGRI/UFRJ) será responsável por estabelecer estratégias práticas de cooperação e incentivar a participação de professores e alunos da Universidade nos programas da UIUC.

A internacionalização é um dos pilares estratégicos para o desenvolvimento da UFRJ. No mais recente QS World University Rankings: Latin America & The Caribbean 2025, que classificou a UFRJ como a 5ª melhor universidade da América Latina e a melhor entre as instituições federais brasileiras. O critério de maior destaque foi justamente sua inserção internacional, com uma pontuação de 99,8 em 100 pontos possíveis.

Waldyr Mendes Ramos, da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD), recebe Medalha Minerva

O professor Waldyr Mendes Ramos recebeu, na sexta-feira, 4/10, a Medalha Minerva do Mérito Acadêmico, honraria concedida a professores  – da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e de outras instituições – que se destacaram por seu empenho e pela relevância de suas contribuições no ensino, pesquisa e extensão. Waldyr é o primeiro docente da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) a ser agraciado com esse reconhecimento.

Em seu discurso de agradecimento, o docente destacou as dificuldades enfrentadas pela EEFD, cujo prédio encontra-se interditado devido a problemas estruturais. “Apelo aos colegas, servidores técnicos e estudantes para que não desistam de buscar soluções. Nossos colegiados superiores devem ser mobilizados nesse esforço. É fundamental minimizar o sofrimento dos estudantes e evitar, a todo custo, a paralisação das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Devemos investir na união com outras unidades em situação semelhante e envolver as representações estudantis como uma estratégia apropriada para a construção de um grande movimento de mobilização”, disse.

Em trilha semelhante, a vice-reitora da UFRJ, Cássia Turci, ressaltou a importância dos cursos oferecidos pela EEFD e a urgência de uma solução para a questão da infraestrutura. “Temos um corpo social extremamente competente, de altíssimo nível, mas não temos a infraestrutura física que merecemos. Estamos trabalhando com todo o empenho para que, principalmente, nossos estudantes tenham as melhores condições de ensino o mais breve possível. Tenho a certeza de que sairemos desta Reitoria com orgulho do que conseguiremos construir juntos”, afirmou.

O homenageado

O professor Waldyr Mendes Ramos construiu uma carreira sólida na educação física, aliando a excelência como atleta à dedicação ao ensino. Como nadador e jogador de polo aquático, representou o Botafogo e a seleção brasileira, alcançando recordes e medalhas, como no Pan-Americano de 1967.

Sua paixão pelo ensino o levou a cursar Educação Física na UFRJ, onde iniciou sua carreira docente em 1974. Foi pioneiro na inclusão de mulheres no polo aquático e expandiu a pesquisa em Fisiologia do Exercício. Atuou também como preparador físico da seleção brasileira de polo aquático e colaborou em programas comunitários, como natação para crianças e atividades voltadas para crianças autistas.

Mesmo aposentado, continua atuando em atividades da EEFD, instituição da qual foi diretor por quatro mandatos. Sua voz é admirada e respeitada por professores, técnicos e estudantes de diversas gerações.

Professor Waldyr Mendes Ramos receberá Medalha Minerva do Mérito Acadêmico

O professor da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) Waldyr Mendes Ramos será agraciado com a Medalha Minerva do Mérito Acadêmico. A entrega da honraria, uma iniciativa da EEFD, aprovada pelo Conselho Universitário (Consuni), será na sexta-feira, 4/10, às 14h, no auditório Maria Thereza Loureiro Lima, localizado no prédio da Faculdade de Farmácia.

Instituída em 2011, a Medalha Minerva do Mérito Acadêmico é concedida às professoras e aos professores da UFRJ e de outras instituições que tenham se destacado por seu empenho e pela relevância do seu trabalho de ensino, pesquisa e extensão.

Entre os que já foram agraciados com a honraria estão a professora e historiadora Anita Leocádia Prestes, por sua trajetória na historiografia brasileira e por quase 30 anos de dedicação à UFRJ; Yocie Yoneshigue Valentin, referência mundial no estudo das algas marinhas e pioneira no uso de algas como fonte de fármacos; e Doris Rosenthal, por sua contribuição à endocrinologia e à formação de várias gerações de pesquisadores.

O homenageado

O professor Waldyr Mendes Ramos tem uma trajetória que mistura excelência no esporte e uma carreira dedicada ao ensino e à formação de profissionais de Educação Física. Antes de ingressar no curso de Licenciatura em Educação Física, já se destacava como atleta de natação e polo aquático, defendendo o Botafogo e, mais tarde, a seleção brasileira. 

Em 1967, ele bateu dois recordes brasileiros nas provas de 400 metros medley e 200 metros nado de costas e conquistou a medalha de bronze no revezamento 4×100 metros no Pan-Americano de Winnipeg, estabelecendo um novo recorde sul-americano.

Sua paixão pelo ensino surgiu cedo, quando começou a atuar como professor de natação no Botafogo em 1969, encantado com a possibilidade de um dia se tornar técnico. Essa inclinação o levou a ingressar no curso de Licenciatura em Educação Física na UFRJ em 1970, onde rapidamente se destacou como monitor e bolsista. Durante sua trajetória acadêmica, Ramos testemunhou marcos importantes, como a implantação da Educação Física obrigatória para todos os estudantes da Universidade e a transferência da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) para a Cidade Universitária.

Após sua formatura, seguiu conciliando o trabalho como professor e técnico no Botafogo, Flamengo e Tijuca Tênis Clube, além de atuar como comentarista esportivo na Rede Globo. Em 1974, foi convidado para ser preparador físico da seleção brasileira de polo aquático e, no ano seguinte, ajudou a equipe juvenil a conquistar o Campeonato Sul-Americano no Chile. Ele também integrou a comissão técnica da seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos de 1975.

Na área acadêmica, Ramos ingressou como professor na UFRJ em 1974, sendo efetivado em 1977. Dedicado ao ensino e à pesquisa, ele participou ativamente do desenvolvimento curricular e foi pioneiro ao incentivar a inclusão de mulheres nas turmas de polo aquático, marcando uma mudança significativa no esporte feminino dentro da Universidade. Além disso, contribuiu para a expansão da pesquisa na área de Fisiologia do Exercício e atuou em programas de extensão voltados para a comunidade, como o projeto de natação para crianças da Vila dos Funcionários da UFRJ e atividades para crianças autistas.

Ao longo de sua carreira, continuou sua formação, obtendo licenciatura em Pedagogia e o título de Técnico Desportivo em Natação. Ele também completou um mestrado em Educação, focando em tecnologia educacional. 

Figura fundamental no esporte universitário, também se destacou como diretor técnico da Federação de Esportes Universitários do Estado do Rio de Janeiro (Feurj) e foi peça-chave na criação dos cursos noturnos na EEFD, além de apoiar a fundação da Associação Brasileira de Masters de Natação, onde atuou como diretor técnico e, posteriormente, presidente.

Waldyr Mendes Ramos construiu uma carreira sólida, marcada pela inovação no ensino de Educação Física e uma vida dedicada ao esporte. Sua contribuição para a formação de novos profissionais e sua paixão pelo ensino e pelo esporte deixam um legado notável para a UFRJ e para o desenvolvimento da Educação Física no Brasil.

Serviço

Concessão da Medalha Minerva do Mérito Acadêmico ao professor Waldyr Mendes Ramos

Sexta-feira (4/10), às 14h

Auditório Maria Thereza Loureiro Lima (Faculdade de Farmácia)

Arthur Moreira Lima recebe título de doutor honoris causa pela UFRJ

O pianista Arthur Moreira Lima recebeu na tarde desta terça, 24/9, o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O músico, um dos mais laureados artistas brasileiros de todos os tempos, desenvolveu uma sólida carreira de mais de sete décadas dedicadas ao piano, transitando entre o erudito e o popular, entre as grandes salas de concerto e os espaços abertos em periferias e no interior, no Brasil e no exterior. 

Durante a cerimônia, o professor de piano da Escola de Música da UFRJ Giulio Draghi destacou pontos fundamentais da carreira de Moreira Lima, reforçando seu papel crucial na história da música brasileira desde os nove anos, quando venceu seu primeiro concurso de piano, até a maturidade, quando viajou o Brasil em um caminhão-palco, apresentando-se em comunidades e regiões sem acesso aos concertos de piano e à música erudita. “A sua indicação para receber esta homenagem ocorreu da forma mais natural possível. Nada mais nos resta do que divulgar, apreciar e aplaudir uma vida artística tão intensa, tão despojada e tão generosa quanto a de Arthur Moreira Lima”, completou Draghi.

O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, destacou o papel fundamental do pianista na valorização e difusão da música no Brasil. “Moreira Lima é um artista na concepção integral da palavra. Ele está onde o povo está. Levando grandes compositores de música clássica para aqueles que não têm acesso às grandes salas de concerto, e levando para as grandes salas compositores populares”, comentou.

Acompanhando de sua casa a cerimônia, realizada de forma híbrida, Moreira Lima repassou ao neto e também pianista Francisco Moreira Lima Pereira Lira a função de representá-lo na UFRJ. Em vídeo de agradecimento, disse: “A essa altura da vida, não sei se eu sou merecedor dessa homenagem. Deixo a resposta dessa pergunta para aquelas pessoas que ouvirem meus discos”.

Cerimônia marca 100 dias da Ebserh na gestão de unidades hospitalares da UFRJ

Uma cerimônia de prestação de contas, realizada na segunda (23/9), marcou os 100 dias desde que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) assumiu a gestão de parte do Complexo Hospitalar e de Saúde (CHS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entre os principais avanços estão a contratação de cerca de 400 novos funcionários e a abertura de 44 novos leitos, que permitiram tanto a expansão dos atendimentos à comunidade quanto uma formação mais adequada dos estudantes da UFRJ.

Além disso, 14 novos leitos cirúrgicos foram ativados, sete de UTI e dois de recuperação anestésica, e um novo equipamento para realização de cirurgias de catarata foi adquirido, criando 45 novas vagas de cirurgia ofertadas pelo SUS. Na Maternidade Escola, 50 novas cirurgias de laqueadura passaram a ser realizadas mensalmente. Cerca de 55 pregões resultaram na compra de mais de R$ 60 milhões em material hospitalar que começou a ser entregue em agosto e ainda deve continuar chegando nos próximos meses, segundo dados da Ebserh.

A instalação de equipamentos de tomografia e ultrassonografia que a Universidade já possuía, mas que estavam sem uso, permitiu a ampliação do número de ultrassonografias de 324, em junho, para 514, em agosto. Já o número de tomografias saltou de 952 para 1.204, no mesmo período. “Quando assumimos os três hospitais, encontramos na UFRJ todas as condições necessárias para enfrentarmos este grande desafio: uma vontade política de fazer e um corpo técnico altamente qualificado”, destacou Arthur Chioro, presidente da Ebserh.

No modelo de parceria, a empresa pública Ebserh fica responsável pela gestão financeira, inclusive no que diz respeito à contratação de mão de obra e manutenção dos estoques de materiais, além da recuperação e manutenção da infraestrutura. Já a Universidade mantém as atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Este modelo tem se mostrado o suficiente para que os hospitais universitários se consolidem e avancem, ocupando o seu papel no SUS sem serem um peso para as universidades”, completou Chioro.

Atualmente a empresa é responsável pela gestão do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), maior hospital do estado do Rio de Janeiro em número de consultas e maior hospital universitário federal do país, da Maternidade Escola, referência para acompanhamento de gestações de alto risco, e do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), primeira estrutura a ser inaugurada na Cidade Universitária, em funcionamento desde 1953.

Entre as próximas etapas, está a finalização da licitação que escolherá um escritório para a realização dos projetos de recuperação estrutural das unidades hospitalares, etapa fundamental para a solução de um dos principais gargalos que impedem a expansão dos leitos e atendimentos: a infraestrutura. Em termos de pessoal, a Ebserh tem expectativa da realização de um novo concurso, específico para os hospitais do Rio de Janeiro, após a convocação de todos os profissionais aprovados no concurso nacional realizado em 2023.

Para o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, os hospitais da UFRJ funcionando abaixo da sua capacidade representa uma grande perda, não apenas para a Universidade, que perde a chance de fazer pesquisas e formar ainda melhor seus alunos, mas para toda a sociedade. “Sempre que eu me lembro dos leitos que se fecharam, penso: para onde essas pessoas foram? Onde foram atendidas quando não conseguiram atendimento no Hospital Universitário? Infelizmente a resposta é que muitas delas certamente pereceram, sem terem a chance de acessar essa enorme gama de possibilidades que podemos oferecer”, destacou.

Histórico

As discussões para a constituição de uma parceria entre a UFRJ e a Ebserh foram longas. A princípio, a intenção do governo federal era de que o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) fosse o primeiro hospital universitário a passar a ser gerido pela empresa pública. 

Contudo, apenas em dezembro de 2023 o Conselho Universitário (Consuni) aprovou o repasse da gestão das três unidades hospitalares, mantendo as outras cinco unidades – o Instituto de Atenção à Saúde São Francisco de Assis (Hesfa), o Instituto de Neurologia Deolindo Couto (INDC), o Instituto de Psiquiatria (Ipub), o Instituto de Doenças do Tórax (IDT) e o Instituto do Coração Edson Saad (Ices) – sob gestão direta da Universidade.

Em maio a Ebserh assumiu a gestão, com a promessa de que as três unidades recebessem investimentos de R$ 315 milhões, especialmente em infraestrutura, estabilização dos estoques de materiais, ampliação dos leitos e contratação de pessoal. 

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