A Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realizou na segunda-feira, 26/5, a 2a edição do evento Transformando Informação em Conhecimento, no salão nobre do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), na Cidade Universitária. A mesa de abertura foi composta pela vice-reitora da Universidade, Cássia Turci; pelo decano do CCMN, Josefino Cabral Melo Lima; e pelo coordenador da CPA, Sérgio de Paula Machado.
Aqueles que acompanharam a programação, presencialmente ou pela internet, puderam conhecer melhor a trajetória e relevância da CPA para a comunidade universitária, assim como o pioneirismo institucional na questão do processo avaliativo. Cabral Lima reforçou a importância do encontro e das ações realizadas pela Comissão.
“Quando a equipe começou a fazer várias visitas em muitos locais na UFRJ, muita gente não sabia o que era a CPA. Chegavam, inclusive, a confundir com a Comissão de Prevenção de Acidentes. Imagino que, ao longo do tempo, para trazer essa conscientização e visibilidade sobre o que é a comissão de fato, deve ter exigido um grande esforço dos envolvidos. A consulta aos relatórios da CPA é fundamental como uma fonte segura de informações sobre a UFRJ. Parabéns pelo trabalho!”, elogia o anfitrião.
Uma comissão nossa
No painel “Autoavaliação da UFRJ – Do Coopera à CPA” , realizado na parte da manhã com mediação da vice-reitora, Machado discorreu sobre a Comissão Própria de Avaliação: “A CPA é responsável pela condução dos procedimentos de avaliação interna na UFRJ e pela sistematização das informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Anualmente, sob pena de sanção financeira, a Universidade precisa entregar um relatório de autoavaliação ao Ministério da Educação (MEC), impreterivelmente, até o dia 31 de março”.
De acordo com o coordenador, desde 2020, pela primeira vez, o documento passou a ser depositado com um ciclo completo de autoavaliação em 100% das unidades acadêmicas. O relatório de autoavaliação institucional de 2025, ano-base 2024, é composto por 2.700 páginas. É uma espécie de grande enciclopédia em que os avaliadores podem buscar todas as informações diretamente na parte destinada ao centro ou à unidade em questão, sem necessidade de fazer uma leitura na íntegra.
Um marco institucional
A CPA trabalha em torno das dez dimensões do Sistema Nacional de Avaliação de Ensino Superior (Sinaes): planejamento e avaliação institucional; Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI); responsabilidade social; políticas para ensino, pesquisa, pós-graduação e extensão; comunicação com a sociedade; política de atendimento aos estudantes; política de pessoal para técnicos-administrativos e docentes; organização e gestão das unidades; sustentabilidade financeira; e infraestrutura física. Segundo Turci, os relatórios da CPA têm um caráter norteador para os rumos institucionais.
“Para nós, é um marco na UFRJ termos a Comissão Própria de Avaliação. A autoavaliação é uma questão fundamental para direcionar o que precisamos fazer na Universidade. Os nossos números são muito dinâmicos e o relatório da CPA nos ajuda na construção dessa unidade institucional, na medida em que envolve todos nesse processo autoavaliativo. Portanto, reforço a importância da utilização do documento como um instrumento de gestão. Quando me perguntam algo sobre a UFRJ, sempre oriento a consultar o relatório da CPA e o do PDI, que é o nosso Plano de Desenvolvimento Institucional”.
O superintendente acadêmico da Pró-Reitoria de Graduação (PR-1), Carlos Eduardo Bielschowshy, trouxe suas apreciações sobre a Comissão Permanente de Avaliação (Coopera), primeira iniciativa espontânea da UFRJ no que se refere a processos avaliativos. O professor foi responsável por coordenar esse sistema na década de 1990, antes de ser descontinuado.
Casos de sucesso e desafios autoavaliativos também foram compartilhados, na parte da tarde, durante o painel “A construção do processo de avaliação nos centros”. As apresentações foram de representantes dos centros com mais destaque no processo de difundir nas unidades o trabalho e a importância do relatório da CPA: Centro de Ciências da Saúde (CCS); Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE); Centro Multidisciplinar UFRJ-Macaé; e Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH).

| Foto: Erica Gomes (SGCOM /UFRJ)
Uma construção coletiva
Ao longo do evento, não faltaram elogios ao trabalho desenvolvido pela CPA. Coordenador da Comissão desde 2020, Machado foi enfático ao destacar que se trata de uma construção coletiva dos técnicos-administrativos em Educação (TAEs), docentes e discentes que trazem muito orgulho.
“Tenho 37 anos de UFRJ e nunca trabalhei com uma equipe como essa. São pessoas completamente dedicadas. Nós temos técnicos-administrativos de altíssimo nível. Alguns, inclusive, estudam os relatórios da CPA para gerar documentos científicos em trabalho de pesquisa, eventualmente até em tese de doutorado. Não tenho palavras para descrever a paixão e o respeito que eu tenho por esse grupo que compõe a CPA da UFRJ. Tenho um orgulho danado de ter tido a honra de poder coordenar uma equipe que é absolutamente fantástica!”, finaliza.
A CPA é composta por integrantes do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE); do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), do Centro de Ciências da Saúde (CCS), do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), do Centro de Letras e Artes (CLA), do Centro de Tecnologia (CT), do Centro Multidisciplinar UFRJ-Macaé (CM UFRJ-Macaé), do campus Duque de Caxias e do Fórum de Ciência e Cultura (FCC). Cada um dos centros é representado, respectivamente, por um titular e um suplente dos docentes, dos estudantes e dos TAEs. A equipe ainda conta com membros da sociedade civil: dois titulares e dois suplentes.