O professor Waldyr Mendes Ramos recebeu, na sexta-feira, 4/10, a Medalha Minerva do Mérito Acadêmico, honraria concedida a professores – da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e de outras instituições – que se destacaram por seu empenho e pela relevância de suas contribuições no ensino, pesquisa e extensão. Waldyr é o primeiro docente da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) a ser agraciado com esse reconhecimento.
Em seu discurso de agradecimento, o docente destacou as dificuldades enfrentadas pela EEFD, cujo prédio encontra-se interditado devido a problemas estruturais. “Apelo aos colegas, servidores técnicos e estudantes para que não desistam de buscar soluções. Nossos colegiados superiores devem ser mobilizados nesse esforço. É fundamental minimizar o sofrimento dos estudantes e evitar, a todo custo, a paralisação das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Devemos investir na união com outras unidades em situação semelhante e envolver as representações estudantis como uma estratégia apropriada para a construção de um grande movimento de mobilização”, disse.
Em trilha semelhante, a vice-reitora da UFRJ, Cássia Turci, ressaltou a importância dos cursos oferecidos pela EEFD e a urgência de uma solução para a questão da infraestrutura. “Temos um corpo social extremamente competente, de altíssimo nível, mas não temos a infraestrutura física que merecemos. Estamos trabalhando com todo o empenho para que, principalmente, nossos estudantes tenham as melhores condições de ensino o mais breve possível. Tenho a certeza de que sairemos desta Reitoria com orgulho do que conseguiremos construir juntos”, afirmou.
O homenageado
O professor Waldyr Mendes Ramos construiu uma carreira sólida na educação física, aliando a excelência como atleta à dedicação ao ensino. Como nadador e jogador de polo aquático, representou o Botafogo e a seleção brasileira, alcançando recordes e medalhas, como no Pan-Americano de 1967.
Sua paixão pelo ensino o levou a cursar Educação Física na UFRJ, onde iniciou sua carreira docente em 1974. Foi pioneiro na inclusão de mulheres no polo aquático e expandiu a pesquisa em Fisiologia do Exercício. Atuou também como preparador físico da seleção brasileira de polo aquático e colaborou em programas comunitários, como natação para crianças e atividades voltadas para crianças autistas.
Mesmo aposentado, continua atuando em atividades da EEFD, instituição da qual foi diretor por quatro mandatos. Sua voz é admirada e respeitada por professores, técnicos e estudantes de diversas gerações.