A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é uma das instituições signatárias do Manifesto “Clima é Saúde, Saúde é Clima”, que será lançado oficialmente na próxima quinta-feira, 24/7, às 10h, em evento virtual com transmissão aberta pelo canal do Projeto Hospitais Saudáveis no YouTube.
A iniciativa busca destacar a relação direta entre as mudanças climáticas e os impactos sobre a saúde pública, propondo princípios e ações voltadas ao fortalecimento de políticas públicas e da mobilização social nas áreas de clima, saúde e bem-estar coletivo.
O manifesto foi construído de forma colaborativa e conta com o apoio de pesquisadores, profissionais de saúde, universidades e organizações da sociedade civil. Pela UFRJ, apoiam formalmente o documento o reitor da Universidade, Roberto Medronho, o diretor do Complexo Hospitalar e da Saúde (CHS-UFRJ), José Leoncio de Andrade Feitosa, e a coordenadora de Atenção à Saúde do CHS-UFRJ, Clarice Araujo Rodrigues, além de outros integrantes da comunidade acadêmica.
Também aderiram à iniciativa instituições como a Unesp, o Saúde Planetária Brasil – IEA/USP, o Projeto Saúde e Alegria, a Rede GTA, o Instituto Saúde na Amazônia, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu e a SPDM. Entre os apoiadores, estão nomes de destaque na ciência e na saúde pública, como Carlos Gadelha, Carlos Nobre, Paulo Artaxo, Gonzalo Vecina Neto, Paulo Saldiva, Lia Giraldo, Nelson Gouveia, Thais Mauad e Tatiane Moraes.
Reitoria Itinerante visita campus de Duque de Caxias | Foto: Fatima Cristina dos Santos (Comunicação do Campus)
Encerrando o primeiro período do calendário acadêmico, o Reitoria Itinerante visitou, na sexta-feira, 11/7, o campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em Duque de Caxias. O evento, que busca aproximar a comunidade acadêmica da administração central da UFRJ, reuniu o reitor, Roberto Medronho, a vice-reitora, Cássia Turci, pró-reitores, superintendentes e representantes do campus localizado na Baixada Fluminense.
Na ocasião, uma apresentação mostrou a situação orçamentária da Universidade, que, entre os anos de 2011 e 2024, teve os seus recursos reduzidos quase pela metade. “Nesses 12 anos, perdemos 50% do orçamento, mas ampliamos em 50% o número de vagas com Reuni, e em 50% a quantidade de alunos vindos de ações afirmativas”, destacou Medronho.
Assim como nas edições anteriores do projeto, foram debatidas ações para contornar o cenário de subfinanciamento, evidenciando as estratégias empregadas, que incluem a redução de gastos e a busca por fontes alternativas de recursos, como a participação em editais do Governo Federal. Também foram abordados os contratos de terceirizados, a manutenção dos campi e os gastos com bolsas acadêmicas e restaurantes universitários.
Debates
“Traga suas dúvidas, perguntas e sugestões: sua voz é essencial nesse diálogo!”. Foi dessa forma que o campus da UFRJ Caxias convocou a comunidade acadêmica, por meio de suas redes sociais, para interagir com a comitiva do Reitoria Itinerante, cuja edição teve início, às 14h, no Bloco A.
Na ocasião, além dos técnicos administrativos em educação (TAEs), estiveram presentes docentes e a representação estudantil do Centro Acadêmico (CA) de Biotecnologia, que apresentou como demanda a possibilidade de o Restaurante Universitário fornecer quentinhas para retirada.
Os participantes também expressaram o desejo por um maior envolvimento da administração central nas rotinas e questões locais.
Ex-reitores da UFRJ participam de reunião no Gabinete | Foto: Ana Marina Coutinho (SGCOM/UFRJ)
Quem presenciou a reunião realizada na quinta-feira, 10/07, na Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), teve uma certeza: a sabedoria de Minerva realmente é atemporal. O reitor, Roberto Medronho, recebeu cinco dos veteranos gestores que já estiveram à frente da centenária instituição, em diferentes períodos da história universitária. O motivo do encontro? Além de compartilhar conquistas e desafios enfrentados pelo Gabinete, nos dois primeiros anos de sua gestão, ele ouviu atentamente as considerações dos experientes convidados em relação aos novos projetos em andamento.
Após expor brevemente as questões burocráticas e as já conhecidas limitações orçamentárias que, por vezes, retardam o andamento de ações proativas na Universidade, Medronho perguntou: “Frente a essa situação, vamos ficar parados ou correr atrás?”. A indagação foi recebida de forma otimista pelos presentes: Alexandre Pinto Cardoso (1989-1990); Nelson Maculan Filho (1990-1994); Paulo Alcantara Gomes (1994-1998); Sergio Eduardo Longo Fracalanzza (março/2003-junho/2003); Carlos Antônio Levi da Conceição (2011-2015) e Marina Szapiro, vice-diretora do Instituto de Economia, que substituiu Carlos Frederico Leão Rocha (fevereiro/2023-julho/2023).
Medronho compartilhou com os ex-reitores a existência de dois novos projetos que estão sendo encaminhados em prol de melhorias para a UFRJ: “Vamos apresentar um projeto ao Governo Federal, que reivindica à UFRJ parte dos recursos empresariais obtidos com o pré-sal. Afinal, os estudos da Universidade foram fundamentais para que se pudesse perfurar e conquistar petróleo no pré-sal, e não recebemos nada por isso. Nossa ideia também é criar um projeto Minha casa, minha vida para que possamos ter residência estudantil para atender aos alunos que necessitarem. Pensamos em deixar também uma parte desses espaços para receber alunos do exterior e docentes. Na prática, para que isso se concretize, precisamos fazer um contrato com a Caixa Econômica Federal. Depois, o empresário que ganhar a licitação recebe da Caixa para construir essas edificações na Cidade Universitária, de acordo com o nosso plano diretor. Posteriormente, é feita a entrega das chaves”, expôs animado.
Grupo conversa sobre investimentos prioritários da instituição | Foto: Ana Marina Coutinho (SGCOM/UFRJ)
Prioridades, sugestões e reconhecimento
O grupo mostrou-se bastante antenado quanto às necessidades e questões internas da UFRJ, bem como quanto às mudanças que estão sendo feitas no cotidiano. Cardoso, por exemplo, frisou que o investimento em cirurgia robótica deveria ser uma das prioridades da Universidade na área da Medicina: “Não podemos ficar sem cirurgia com robô porque isso limita o conhecimento”. Ele também reiterou a legitimidade da participação dos ex-reitores no Conselho Universitário da UFRJ (Consuni).
Levi, por sua vez, sugeriu que a busca por novos recursos globais para a Universidade também seja feita de modo setorizado, já que há apoiadores específicos para as diversas áreas abrangidas pela instituição. Observador, ele também afirmou ter ficado positivamente surpreso quando viu que as antigas placas de sinalização da UFRJ estão sendo substituídas. “Acho que esse tipo de reunião pode, de fato, produzir trocas e contribuir para que a nossa universidade supere todas as dificuldades enfrentadas. Louvo a iniciativa do convite para trocarmos impressões e também o fato de o reitor estar cheio de projetos e sonhos. Acredito que essa é a base para qualquer atividade de gestão bem-sucedida”, acrescentou Fracalanzza.
Dois novos projetos estiveram na pauta do dia | Foto: Ana Marina Coutinho (SGCOM/UFRJ)
Memória e empatia
Maculan destacou a importância desse espaço de escuta, já que é um meio de fazer chegarem à Reitoria questões que, por vezes, podem passar despercebidas, dado o tamanho da UFRJ. Demonstrando empatia, também frisou que algumas das circunstâncias narradas na reunião, de certa forma, foram vivenciadas pelos integrantes do grupo, que representam uma parte da memória institucional: “Nós somos memória da UFRJ, independente da idade. Passamos por fases melhores e piores que o atual reitor. Também tivemos dificuldades, como ele, mas a Universidade merece o nosso trabalho. Tanto que estou com 82 anos, casei com a Universidade em 1971 e não me divorciei até hoje”, brincou aquele que foi o 21º reitor da UFRJ.
Reunião na Reitoria contou com a participação de professores eméritos da UFRJ | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)
Professores eméritos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) se reuniram, nesta sexta-feira, 11/7, com o reitor, Roberto Medronho, e a vice-reitora, Cássia Turci, para avaliar os dois últimos anos de gestão da Universidade e apresentar propostas para a superação dos atuais desafios, tendo em vista o cenário de subfinanciamento. O encontro foi realizado no prédio da Reitoria, no Parque Tecnológico.
Na ocasião, o reitor da UFRJ falou sobre as principais medidas adotadas para contornar a crise orçamentária, que incluem a redução de gastos – por exemplo, com a implementação da política de Sustentabilidade e Educação Regenerativa (SER) – e a busca por fontes alternativas de financiamento.
Nessa segunda direção, o reitor anunciou a criação de dois novos projetos, ambos em fase inicial: um deles, com o objetivo de reivindicar para a UFRJ uma parte dos recursos obtidos com a exploração do pré-sal no Brasil.
“Foi a partir das pesquisas desenvolvidas pela UFRJ, ao lado dos colegas do Cenpes, que o pré-sal foi esse sucesso, rendendo bilhões para o país. Há um consenso nacional sobre isso. Sendo assim, como podemos estar nesta penúria?”, questionou Medronho.
O outro projeto anunciado na reunião será voltado para a construção de residências estudantis, com funcionamento similar ao do programa de habitação popular do Governo Federal Minha casa, minha vida. A ideia, além de atender aos alunos em situação de maior vulnerabilidade social, é ter onde receber alunos do exterior, já que a internacionalização é um objetivo que vem ganhando cada vez mais força por meio do fortalecimento das relações da UFRJ com universidades do Brics+.
Para além dos desafios, Medronho apontou como uma conquista para o futuro da Universidade a construção do prédio acadêmico com 80 salas de aula e um restaurante universitário no campus da Praia Vermelha, em contrapartida pela concessão da área onde funcionava a antiga casa de espetáculos Canecão.
Com a palavra, os professores eméritos presentes ressaltaram a urgência de uma comunicação mais efetiva com a sociedade. “Como a gente contrapõe a ideia de que está tudo caindo na universidade pública? Precisamos divulgar os nossos projetos e pesquisas. Outro ponto importante é reforçar que não há má gestão, mas, sim, o orçamento que está cada vez menor”, disse a professora Ana Ivenicki.
Outra proposta foi a atualização dos currículos da graduação. “Nós temos que olhar para a nossa posição no mundo. As universidades brasileiras não estão oferecendo o currículo adequado para o mundo moderno. Os estudantes precisam fazer as suas opções, sem ficarem presos a uma grade fechada e inflexível”, defendeu o professor Luiz Bevilacqua.
Para Maria Antonieta Rubio Tyrrell, o patrimônio da Universidade deve ser uma prioridade. “Deveríamos criar uma comissão para acompanhar o nosso patrimônio, com representantes da Engenharia, da Arquitetura e, inclusive, do Direito, pois, assim, poderíamos compreender como funcionam as normas, para cuidarmos melhor dos nossos prédios”, sugeriu a professora.
O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, participou do painel que discutiu o futuro da energia limpa e a descarbonização na economia | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)
O teatro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Centro do Rio de Janeiro, sediou, na quarta-feira, 9/7, o evento A Transição Energética e a Sustentabilidade do Futuro. A iniciativa foi promovida pelo BNDES e apoiada pelo Brasil 247 e o site chinês Guancha.
A mesa de abertura teve a participação do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e do embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao. Durante o encontro, Mercadante destacou a importância da transição energética em um cenário de crise climática com secas, incêndios e inundações, que se associam ao esgotamento de recursos naturais estratégicos, como a água.
“O BNDES tem feito grandes investimentos de saneamento, financiamento para tratamento e preservação dos recursos hídricos. O banco também está dedicado a construir uma certificadora de carbono. Somos o grande provedor de recursos naturais estratégicos e temos buscado parceiros privados no desenho dessa certificação”, disse Mercadante.
Os esforços feitos pelos países integrantes do Brics, por meio de uma agenda de articulações do Sul Global e do fortalecimento das ações multilaterais, também foram destacados pelos participantes como impulsionadores do desenvolvimento de tecnologias renováveis de alta qualidade.
“Foram conquistados importantes resultados durante a última reunião, incluindo a adoção da declaração do Rio de Janeiro sobre finanças climáticas e a declaração sobre a governança global da inteligência artificial, trazendo contribuições variadas na busca por soluções inclusivas e sustentáveis para urgentes desafios globais”, afirmou Qingqiao.
Painel sobre os esforços para um futuro sustentável e a descarbonização | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)
Três painéis abordaram assuntos específicos inseridos na temática do evento: o futuro da energia limpa e a descarbonização na economia; esforços para um futuro sustentável e a descarbonização e os exemplos chineses. Em sua palestra, o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Medronho, mostrou como as universidades têm papel estratégico na construção de sociedades sustentáveis. O Parque Tecnológico da Universidade foi citado com diversos exemplos de projetos e pesquisas focados na transição energética e na sustentabilidade.
“Estamos trabalhando com biomaterial, energia e eficiência energética de baixo impacto, construções com bambus, e desenvolvimento de um ônibus movido pelo chamado hidrogênio verde, que já está em implantação em Maricá. Há também o LabOceano, que possui um dos tanques mais profundos do mundo e nos ajudou nos estudos sobre como prospectar o pré-sal. Ainda estamos criando, em conjunto com a Embrapa, o Centro Nacional de Fertilização, onde a descarbonização será absolutamente disruptiva nesse processo de redução do CO2 na produção de fertilizantes”, disse o reitor.
A ex-presidente Dilma Rousseff, que é a atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco do Brics, encerrou o evento com uma palestra. Ela procurou mostrar que, com o atual cenário de emergência climática e crescente desigualdade, atrelado à guerra comercial imposta nos últimos meses, torna-se necessário pensar em uma nova forma de desenvolvimento que contemple a sustentabilidade ambiental dentro das estratégias econômicas.
Dilma Rousseff encerrou o evento com uma palestra | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)
“Para os países do Sul Global, esse desafio é ainda maior. Nós enfrentamos a tarefa de desenvolver economias mais dinâmicas, complexas e inovadoras sem repetir as trajetórias de exclusão, dependência e vulnerabilidade ambiental e climática, que marcaram todo o desenvolvimento histórico do passado. O caminho da transição justa e sustentável passa necessariamente pela educação, para que a inovação adote tecnologias, modos de fazer e de pensar que levem em conta a segurança do planeta, a questão das desigualdades sociais e a importância do desenvolvimento”, afirmou Rousseff.
As mesas temáticas foram compostas pela presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros; a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu; as diretoras do BNDES, Luciana Costa e Tereza Campello; o reitor da UFRJ, Roberto Medronho; a copresidente do Painel Internacional de Recursos Naturais da Organização das Nações Unidas (ONU), Izabella Teixeira; a diretora-executiva COP 30, Ana Toni; o ex-diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Giannetti; além de representantes de empresas chinesas.
Todo o evento foi transmitido ao vivo pelo Youtube e está disponível no canal do BNDES na plataforma.
Mesa oficial de abertura da Semana da Ciência do Brics+ na UFRJ | Foto: Projeto Nauka 0+
Desde segunda-feira, 30/6, dois astronautas da Rússia e da Bielorrússia, acompanhados de um grupo de cientistas dos dois países, estão fazendo uma viagem diferenciada. Desta vez, ao invés do espaço, eles têm como destino instituições localizadas em solo brasileiro: a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Planetário do Rio de Janeiro, por exemplo. Sem contar que, até segunda-feira, 7/7, a referida tripulação também entrará em outro tipo de nave, sem ser a espacial, as chamadas “Naves do Conhecimento da Prefeitura do Rio”. Tratam-se de centros, instalados majoritariamente nas Zonas Norte e Oeste da cidade, cujas atividades visam à democratização ao acesso à tecnologia e à inovação.
A missão, que quebra barreiras geográficas e linguísticas em prol da popularização e compartilhamento de conhecimentos científicos para crianças e adultos, está sendo realizada durante a Semana Aberta da Ciência do Brics+ no Rio de Janeiro, cuja cerimônia oficial de início ocorreu na terça 1/7, na Escola de Química, situada na Cidade Universitária. Os responsáveis pela organização do evento, que integra o Nauka 0+, festival de divulgação científica internacional da Rússia, são a UFRJ e a Universidade Estatal de Moscou Lomonosov, com apoio da Prefeitura e do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
A mesa de abertura teve a presença do reitor da UFRJ, Roberto Medronho; do vice-reitor da Universidade Estatal de Moscou Lomonosov (MSU), Leonid V. Gusev; do cônsul da Federação Russa no Rio de Janeiro, Alexander Korolev; da diretora em exercício da Escola de Química da UFRJ, professora Andrea Medeiros Salgado; do chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia (SMCT), Thiago Lopes; dos cosmonautas Marina Vasilevskaya, da Agência Nacional de Pesquisa Espacial da Bielorrússia, e do coronel-piloto da Federação Russa, Oleg Viktorovich Novitsky.
Reitor da UFRJ relembra memória da infância ligada à ciência | Foto: Moisés Pimentel (SGCOM/UFRJ)
Medronho compartilhou uma memória afetiva para demonstrar como esse evento, que reúne acadêmicos dos principais centros científicos e educacionais dos países cooperadores, pode impactar o público participante da Semana Aberta da Ciência do Brics+:
“Na década de 1970, era estudante da escola pública, quando conheci de longe o primeiro astronauta da minha vida, que fez um sobrevoo de alguns metros na Quinta da Boa Vista. Aquela demonstração me encantou. Hoje, conheci pessoalmente uma cosmonauta mulher da Bielorrússia e um astronauta da Rússia. Ressaltei esse episódio da minha infância, porque fico imaginando o interesse e a curiosidade gerados nos alunos das Naves do Conhecimento ao entrar em contato com essas pessoas tão ilustres e também com os pesquisadores dessas duas grandes nações”, falou emocionado.
O reitor da UFRJ destacou ainda a amplitude do espectro temático, que compõe a programação. As atividades contemplam conteúdos relacionados às áreas de biologia, física, química, ciências humanas e tecnologia: “Esta semana será muito útil para todos nós. Teremos acesso a inúmeros conhecimentos de ponta, com pesquisadores de alto nível da Rússia e da Bielorrússia, que falarão, por exemplo, sobre exploração do espaço, física quântica, medicina e cuidados da saúde, agrotecnologia, inteligência artificial, química e ciências de materiais”.
Palestra sobre ciências quânticas e fotônicas na Escola de Química da UFRJ | Foto: Moisés Pimentel (SGCOM/UFRJ)
Frutos da cooperação
O vice-reitor da universidade estatal russa agradeceu a cooperação e o apoio da UFRJ e da Prefeitura do Rio para que este evento pudesse estar em tantos locais diferentes e mostrou animação com os possíveis resultados da iniciativa: “Nos dias 6 e 7/7, haverá a Cúpula do Brics no Rio de Janeiro e é uma grande honra e alegria ter a possibilidade de abrir esta semana internacional de divulgação científica aqui na UFRJ. Acho que este evento pode trazer muitos frutos, pois além da cooperação com o Brasil, vamos melhorar nossas vidas e as dos nossos filhos”, afirmou.
E a astronauta da Bielorrússia comentou que frutos são esses, na prática, que podem contribuir, inclusive, com o futuro das próximas gerações:
“Estarmos juntos representa uma força muito grande. Foi graças à amizade e cooperação entre Rússia e Bielorrússia que os cosmonautas do meu país tiveram a possibilidade de ir ao espaço. Quando estava em uma aeronave, vendo o nosso planeta de fora pela primeira vez, comecei a chorar, pois era de uma beleza enorme. Só naquele momento entendi que temos que apreciar muito a nossa Terra e não destruir nunca. Acredito que nossa cooperação pode resultar em grandes frutos. Temos que estar juntos: a Rússia, Bielorrússia e o Brasil!”.
Astronauta da Bielorrússia relata importância de cooperação para preservação do planeta | Foto: Projeto Nauka 0+
As atividades da Semana Aberta da Ciência do Brics+, no Rio de Janeiro, incluem ciclo de palestras com temas variados, shows científicos, exposições, oficinas interativas, exibições de filmes, entre outras atrações gratuitas. Para verificar a programação completa, basta acessar o site oficial do evento pelo link https://brasil.festivalnauki.org/programa.
Reitoria Itinerante visita o Centro Multidisciplinar UFRJ-Macaé | Foto: Vitor Valente (Comunicação CM UFRJ-Macaé)
Na sexta-feira, 27/6, o Centro Multidisciplinar UFRJ-Macaé (CM UFRJ-Macaé) recebeu o evento Reitoria Itinerante, que contou com a presença do reitor, Roberto Medronho, da vice-reitora, Cássia Turci, e do decano do CM UFRJ-Macaé, Irnak Marcelo Barbosa. O encontro, realizado no auditório do bloco B, também reuniu integrantes da comunidade universitária e representantes de diferentes setores da Administração Central, incluindo Pró-Reitorias, Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, Prefeitura Universitária, Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação e Escritório Técnico da Universidade.
Durante sua fala, o reitor da UFRJ apresentou um panorama detalhado da situação orçamentária da Universidade, destacando a gravidade do cenário financeiro para o ano de 2025. Segundo os dados expostos, o orçamento discricionário da UFRJ sofreu retração significativa, e despesas obrigatórias como água, energia, segurança e limpeza representarão cerca de 69% de todo o orçamento disponível, evidenciando um quadro de forte restrição.
Medronho explicou que o déficit projetado para 2025 ultrapassa R$ 105 milhões, mesmo após suplementações e ajustes. Para enfrentar esses desafios, ele propôs ações de racionalização, como a redução do consumo de recursos, reestruturação da manutenção dos campi e análise para a substituição da frota atual por veículos elétricos. A implementação de cancelas automáticas, a ampliação do sistema de videomonitoramento e a implementação do Escritório de Projetos também foram mencionadas como medidas de melhoria da segurança e controle de gastos.
O reitor destacou ainda a necessidade de busca por fontes alternativas de financiamento, incluindo emendas parlamentares, editais do MCTI, parcerias com instituições como Petrobras, BNDES e países do Brics, e a utilização estratégica dos Custos Indiretos de Projetos (CIP). Além disso, abordou a necessidade de ampliar e reestruturar o número de funções gratificadas para garantir a sustentabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas unidades acadêmicas, sobretudo em campi descentralizados como Macaé e novas unidades da UFRJ.
A abertura de fala para a comunidade acadêmica do CM UFRJ-Macaé representou um dos momentos mais significativos desta edição do projeto Reitoria Itinerante. Estudantes, técnicos-administrativos e docentes participaram ativamente, apresentando perguntas, sugestões e questionamentos fundamentais para o fortalecimento do Centro. As manifestações trouxeram à tona demandas específicas da realidade local, como a construção do Restaurante Universitário, a relação com a Prefeitura de Macaé, a situação da cessão de terrenos e espaços, a distribuição disfuncional de vagas docentes, a melhoria das condições para a realização dos estágios e campos de prática na rede municipal de saúde, além da ampliação dos canais de acolhimento em saúde mental para os estudantes.
O evento contou com a presença das direções dos seis institutos que compõem o Centro Multidisciplinar UFRJ-Macaé: Instituto de Alimentação e Nutrição, Instituto de Ciências Farmacêuticas, Instituto de Ciências Médicas, Instituto de Enfermagem, Instituto Multidisciplinar de Química e Instituto Politécnico, que reforçaram a urgência da sua correta identificação nos documentos internos e formulários institucionais. O Centro Multidisciplinar UFRJ-Macaé e seus institutos foram oficializados na estrutura da UFRJ em 2021, mas seguem sem a devida identificação em diversos procedimentos da Universidade, gerando tanto problemas estruturais quanto de identidade e pertencimento.
A edição do Reitoria Itinerante no CM UFRJ-Macaé reforçou o compromisso da atual gestão da UFRJ com a transparência, o diálogo e a escuta ativa das demandas locais, sendo encerrado com agradecimentos do professor Roberto Medronho à comunidade de Macaé, reafirmando, assim, o papel do projeto como instrumento fundamental de integração entre a Administração Central e os diferentes campi da Universidade.
Comitiva com representantes de Xangai foi recebida pelo reitor Roberto Medronho
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebeu na quinta-feira, 26/6, uma delegação com representantes de Xangai, na China, em uma visita para estreitar e reforçar laços de cooperação internacional e o intercâmbio acadêmico entre Brasil e China. O distrito de Yangpu, em Xangai, é reconhecido como importante centro acadêmico, abrigando instituições de destaque como a Universidade Fudan e a Universidade Tongji, ambas de primeira linha no cenário internacional.
A visita da comitiva chinesa teve como objetivo promover o entendimento mútuo e explorar possibilidades de cooperação entre as instituições acadêmicas e culturais de Xangai e a UFRJ. A delegação foi recebida pelo reitor Roberto Medronho e pela chefe de Gabinete, Fabiana Fonseca, em um encontro que contou com a presença de representantes do Congresso Popular de Xangai, do distrito de Yangpu, da comissão de supervisão de ativos estatais e do escritório do subdistrito de Dinghai, além de integrantes do Brazil Center, entre outros convidados.
Durante o encontro, foram discutidas oportunidades de intercâmbio de estudantes, projetos de pesquisa conjuntos e ações de cooperação cultural, visando fortalecer os laços entre Brasil e China. A delegação também apresentou o Brazil Center em Xangai, criado no ano passado pelo consulado do Brasil em parceria com a ApexBrasil e o governo chinês, com o propósito de promover a cooperação econômica, cultural e acadêmica entre os dois países. Localizado no distrito de Yangpu, o Brazil Center é um espaço dedicado a apoiar empresas e indivíduos brasileiros que desejam expandir seus negócios na China.
Visita das delegações da China e da Argentina ao Parque Tecnológico da UFRJ | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)
Representantes de universidades, do governo, da mídia e da sociedade civil da China e da Argentina realizaram uma visita na quarta-feira, 25/6, ao Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão. Eles fazem parte da delegação que participou de um evento internacional na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Durante a visita das delegações à UFRJ, o reitor, Roberto Medronho, disse: “Nós precisamos criar um mundo multipolar. Devemos ser os construtores de um novo mundo em que a humanidade, o respeito à diversidade, a cooperação e o diálogo pacífico sejam o caminho para a resolução dos nossos problemas”.
Após reunião no Gabinete da Reitoria, os visitantes conheceram o Laboratório de Intensificação de Processos e Catálise (Lipcat) e puderam observar as pesquisas e os projetos desenvolvidos no local. O encontro foi mais uma oportunidade de estreitar as relações com a China e com países da América Latina.
Comitiva visitou o Laboratório de Intensificação de Processos e Catálise (Lipcat) | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)
“Acho que essa relação é muito significativa pela cooperação entre as organizações, entre os veículos de comunicação e as universidades. Pretendemos enviar nossos jornalistas, sempre que possível, para participar dos eventos realizados no Brasil”, afirmou o presidente e editor-chefe do Global Times, Fan Zhengwei.
O ex-ministro de Ciência e Tecnologia da Argentina Daniel Filmus também participou da visita, acompanhado do secretário de Relações Internacionais da Universidade de Buenos Aires (UBA), Patricio Conejero Ortiz. Eles destacaram a necessidade de ampliar as interações com as universidades brasileiras para desenvolver ainda mais a produção científica e tecnológica.
“Argentina e Brasil representam quase 70% das capacidades científicas e tecnológicas da América do Sul. A aliança e o aprofundamento da relação entre os dois países no campo científico são fundamentais, não apenas entre nós, mas também complementando as relações com a China”, disse Filmus.
Ampliação da integração entre os países do Sul Global
Mais cedo, as comitivas participaram do evento “Diálogo Sul Global – Fórum de Mesa-Redonda China-ALC”, no Hotel Grand Hyatt, na Barra da Tijuca. O encontro, que foi organizado pelo jornal chinês Global Times, pelo portal de notícias Brasil 247 e pela UFRJ, contou também com a participação de representantes de outras nações da América Latina.
Reitor da UFRJ, Roberto Medronho, durante evento no Hotel Grand Hyatt, na Barra da Tijuca | Foto: Divulgação
No evento, foram discutidos temas como as percepções mútuas entre China e América Latina, motores do relacionamento positivo entre as regiões e o papel da mídia na formação de visões recíprocas. Na sessão de abertura, o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, lembrou como a Universidade tem participado do fortalecimento desses vínculos e destacou o progresso dessas relações: “Hoje temos vários acordos com diversas universidades chinesas e tenho plena convicção do quanto é fundamental cada vez mais estreitarmos os laços de cooperação no Sul Global”, concluiu o reitor.
Reitor da UFRJ, Roberto Medronho, apresentou detalhes da situação orçamentária da Universidade | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)
O Auditório do Salão Azul da Decania do Centro de Letras e Artes (CLA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebeu nesta quarta-feira, 18/6, mais uma edição do projeto Reitoria Itinerante. O tema central foi a situação orçamentária da UFRJ. Participaram do encontro o reitor, Roberto Medronho, a vice-reitora, Cássia Turci, além de pró-reitores, superintendentes, representantes e alunos das unidades do centro.
Durante a apresentação, o reitor mostrou que nos últimos 12 anos, o orçamento discricionário da instituição caiu quase pela metade. Além disso, neste período, houve um aumento de 50% do número de vagas por conta do projeto Reuni, mudando também o perfil dos alunos da instituição e o gasto com bolsas estudantis.
“As cotas, as ações afirmativas resultaram em uma inclusão social espetacular. O perfil sociodemográfico dos nossos alunos hoje é muito mais semelhante ao perfil da nossa sociedade do que antes. Mas isso também alterou nosso orçamento. Temos mais alunos. Só neste ano, 60% dos alunos participam de ações afirmativas. São pessoas que precisam dos devidos auxílios para se formarem, para se manterem aqui”, explicou o reitor.
Medronho também apresentou ações que estão sendo realizadas para a manutenção da Cidade Universitária e demonstrou gastos realizados com o Restaurante Universitário, água, luz, combustível e com a manutenção de veículos da Universidade. De acordo com o reitor, há planos para que seja feito um contrato com uma empresa terceirizada para o funcionamento dos ônibus internos que circulam no campus.
“Hoje o gasto com a manutenção desses veículos é nosso. São quase dois milhões de reais por ano. É muito dinheiro. Ainda gastamos com IPVA, combustível e o restante das manutenções. Nessa nova forma de contratação, só vamos pagar o que a gente conseguir usar. Se não usar, esse dinheiro fica para realizar outras melhorias”, destacou Medronho.
Representantes e alunos das unidades do CLA participaram da Reitoria Itinerante | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)
Durante o encontro, diversos questionamentos, necessidades e situações do cotidiano das unidades do CLA foram levados à administração superior. Uma das colocações foi a solicitação para que um curso de mandarim fosse implementado na UFRJ.
Outro ponto destacado foi a infraestrutura dos prédios. A situação da Faculdade de Letras foi descrita por representantes da unidade, que afirmaram que o local sofre com infiltrações que podem, além de comprometer a estrutura do prédio, danificar salas e o patrimônio contido no local. O reitor lembrou que será realizada uma reforma em parte do telhado, com verba proveniente de uma emenda parlamentar.
Também foi solicitado uma ampliação de funções gratificadas para profissionais de diferentes unidades do centro que, segundo os representantes, estão defasadas. Além disso, representantes da Escola de Belas Artes pediram um olhar especial para o orçamento da unidade, que tem sido constantemente avaliada como sendo de excelência. Eles lembraram que o local conta com museus e obras de arte que demandam de cuidados.
Professores e representantes da direção da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo também se manifestaram. Além de também mostrar as dificuldades enfrentadas, se colocaram à disposição das demais unidades para ajudar com projetos e ideias que venham a diminuir os problemas apresentados no encontro.
O projeto Reitoria Itinerante segue sendo realizado no mês de junho. Na próxima sexta-feira, 27/6, acontece um encontro, às 10h, no Auditório do Bloco B do Polo Universitário de Macaé.