A Minerva está em festa pela celebração dos 100 anos de existência da disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para marcar o centenário, foi criado, inclusive, um selo oficial, feito pela estudante Lara Mota Vieira Souza, vencedora do concurso promovido para este fim. Apesar de estar em período de férias, o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, fez questão de participar do workshop de abertura das comemorações, realizado na quinta-feira, 9/10, no Auditório Halley Pacheco, situado no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), na Cidade Universitária.
Também estiveram presentes na solenidade de abertura o superintendente-geral do Complexo Hospitalar da UFRJ, Amâncio Carvalho; o diretor da Faculdade de Medicina, Alberto Schanaider; e o chefe e a coordenadora de Graduação do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DDIP), Mariano Zalis e Simone Nouér. Atuante na área de Saúde Pública, com ênfase em Epidemiologia, Medronho, que é professor titular do DDIP da Universidade, expressou o significado da rememoração desse marco, articulando com a vivência de quem também já esteve por quase uma década na direção da Faculdade de Medicina da UFRJ.
“Em 2025, quando a Faculdade de Medicina faz 217 anos, a disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias da UFRJ alcança seu centenário. Trata-se de uma disciplina que foi dirigida por Carlos Chagas, um dos cientistas mais notáveis do Brasil e do mundo, responsável pelo feito de descrever a Doença de Chagas em todos os seus aspectos, desde os parasitários até os determinantes sociais envolvidos no processo saúde-doença. Com essa breve contextualização, fica evidente o quanto a celebração deste momento tão especial para a ciência, a tecnologia e a inovação do nosso país é motivo de muito orgulho e alegria para a Universidade Federal do Rio de Janeiro”, destaca Medronho, que foi um dos professores contemplados com a medalha comemorativa do centenário.


Medronho relembra a relevância de Carlos Chagas para a ciência brasileira e mundial na abertura das comemorações | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)
O pesquisador Carlos Chagas inaugurou a primeira cadeira de Moléstias Tropicais na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, que deu origem ao atual DDIP. De acordo com Simone Nouér, a posse do sanitarista, em 1925, como professor titular, constituiu-se o marco inicial da disciplina. “Desde então, a disciplina se expandiu para um serviço de assistência nos hospitais, pesquisa com o programa de pós-graduação e um departamento dentro da Faculdade de Medicina”, explica a professora.
Amâncio Carvalho fez questão de destacar o papel do corpo discente na construção dos próximos passos, que o departamento irá traçar daqui por diante: “Hoje, além desse passado tão importante, relatado pelos que trouxeram as histórias relacionadas à trajetória do DDIP, lançamos também as bases para os próximos 100 anos. Temos a perspectiva de atuar no campo da internacionalização. Esperamos poder avançar, olhando para o futuro, voltados para os problemas que surgem, para as doenças emergentes e reemergentes. Para isso, contamos com nossos estudantes, muitos aqui presentes, que venham a se interessar pela área infectocontagiosa”, afirma.

A programação especial pelos 100 anos do DDIP se estende ainda aos dias 10 e 16/10 e inclui exibição de filme, debate e sessão comemorativa da Academia Nacional de Medicina. Para verificar as atividades, na íntegra, basta acessar o link https://www.instagram.com/p/DPlRuyiDVZm/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=czh6dGtzYWhuMzg1.