Manifesto por uma Segurança Pública Cidadã para o Rio de Janeiro

A reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ao lado de instituições públicas e entidades civis, divulgou nesta quarta-feira (29/10) um manifesto em que clama por uma Segurança Pública Cidadã. Segue abaixo a íntegra do documento.

Nós, abaixo assinados, repudiamos a operação policial conjunta realizada no Rio de Janeiro, e em partes de Niterói e São Gonçalo nesta terça, 28 de outubro, que evidenciou a insustentabilidade das políticas estaduais de segurança. Semana após semana, a invisibilidade administrativamente consentida das “zonas de exceção” e a falácia cruel do “confronto permanente” como prática de governo produziram como saldo assustador o extermínio sem julgamento, para tantos, e o caos social para todos.

Não nos enganemos. Os impactos da violência armada no Rio de Janeiro não são novidade e vão muito além das estatísticas de criminalidade. Agudizam uma crise de natureza socioeconômica que há muito corrói o cotidiano das pessoas, o refúgio de suas casas e mesmo seus momentos de lazer, subtraindo a integridade mental e física de comunidades inteiras. O sofrimento incessante, os adoecimentos e óbitos desembocam em um problema de saúde pública.

Enquanto escrevemos esta nota, os números de mortos aumentam e são contados por famílias dos Complexos do Alemão e da Penha. Cabe indagar: a quem interessa a manutenção e agravamento da ambiência de insegurança e medo decorrente da violência armada na capital e região metropolitana?

Não se trata de um conflito armado não internacional, mas de um fenômeno multidimensional que há muito adoece nossa cidade, cancela o sonho de estudantes, impede o tratamento de doentes, rouba a tranquilidade das famílias, tira o sustento de quem trabalha. Ignorá-lo é irresponsabilidade administrativa, tratá-lo via necropolítica é alimentá-lo.

Política de segurança pública se constrói com etapas planejadas e estruturantes para resultados socialmente justos e duradouros, não pela rotina brutalizante que sobrecarrega comunidades já castigadas pelo crime e pela precarização.

Exigimos:
-Preservação da vida e valorização de direitos
-Proteção e manutenção da rotina das pessoas,
-Respeito as instituições de Estado que garantem os direitos constitucionais;
-Articulação efetiva com o governo federal, Planejamento intersetorial e postura preventiva como política pública
-Formação cidadã das forças de segurança.
-Inteligência informada por evidências com foco em redes criminosas;
-Transparência e controle social para dimensionamento e gestão de riscos

A interrupção de atividades das instituições e equipamentos públicos não só prejudica seu funcionamento normal como representa uma violação de acesso a direitos e gera um ambiente de insegurança, medo e instabilidade. A lógica da ocupação e extermínio praticadas no Estado do Rio de Janeiro ignora as instituições garantidoras de direito e desrespeita mesmo o STF quando descumpre a ADPF das Favelas (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, estabelecendo as regras contra a letalidade policial nos lugares favelizados).


Midiatizar a violência armada não é dar transparência às ações de segurança pública. É espetacularizar a vergonhosa falta de acesso a melhores condições de vida e a prática do extermínio como política – enfim, a privação de direitos que estão expostas nossas gerações do agora e do amanhã.


Hoje, sob a mais desastrosa e letal operação policial de sua história, o Rio de Janeiro despertou, ainda que tardiamente, para a realidade de que o caos nutrido pela desigualdade e pela violência rotineiras não gera espaços seguros para ninguém, nem civilidade possível, nem futuro em comum.

Rio de janeiro, 29 de outubro de 2025,

Conselho Deliberativo da Fundação Oswaldo Cruz (CD-Fiocruz)
Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes)
Redes da Maré
Instituto Fogo Cruzado
Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Fiocruz (ASFOC)
Rede de comunidades e movimentos contra violência
Rede Nacional de Mães e Familiares de Vitimas do Terrorismo do Estado
Organização Mulheres de Atitude
Conselho Gestor Intersetorial de Manguinhos.
Redeccap de Empreendimentos Sociais (Redeccap)
Espaço Casa Viva de Manguinhos
Conselho Comunitário de Segurança pública – AISP 22.
Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME)
Programa Institucional sobre Política de Drogas, Direitos Humanos e Saúde Mental – (PDHSM/Fiocruz)
Programa Institucional de Articulação Interserorial Violência e Saúde (PIVS/Fiocruz)
Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli (CLAVES/Ensp)
Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESec)
Conselho Comunitário de Manguinhos
⁠Projeto Marias – como posso ajudar meu filho especial
Grupo de Trabalho Saúde Internacional e Soberania Sanitária do CLACSO -Núcleo Brasil/ Grupo de estudos Feminismos Decoloniais, Racismo e Saúde
Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos Sobre Drogas – ABRAMD
Associação de moradores do conjunto Habitacional Nelson Mandela
Coletivo Manguinhos Solidário
Coletivo Manguinhos contra a Violência
Associação Cultural Movimento Desabafo Urbano (MODU)
⁠Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas (Rede Reforma)
⁠Conectas Direitos Humanos.
Escola Livre de Redução de Danos
Frente Estadual pelo Desencarceramento do Rio de Janeiro
Movimento Candelária Nunca Mais
Movimento Popular de Favelas (MPF)
Associação Brasileira de Redução de Danos (ABORDA)
Rede Brasileira de Redução de Danos e Direitos Humanos (REDUC)
Centro de Convivência É de Lei
⁠Plataforma Brasileira de Políticas de Drogas (PBPD)
Movimento Mães de Manguinhos
Grupo de Estudos Ciências Humanas e Saúde: Interlocuções Interdisciplinares (PUC-Rio) Núcleo de Inclusão Social (NIS-UFRJ)
Laboratório de Ética Animal e Ambiental (LEA-UFF)
Nós: Dissidências Feministas UFRJ
Movimento das Comunidades Populares (MCP)
Levante Popular da Juventude

Plenária de Decanos e Diretores da UFRJ marca avanços em pesquisa, internacionalização e divulgação científica

O Auditório Hertha Meyer, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi palco, na manhã desta terça-feira, 28/10, da Plenária de Decanos e Diretores da instituição. O encontro teve como objetivo discutir e deliberar sobre questões administrativas, orçamentárias e estratégicas, além de projetos da instituição. Representantes dos campi de Duque de Caxias e Macaé acompanharam a reunião de forma remota.

No início da plenária, o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, convidou os pró-reitores presentes para ocupar o palco do auditório e lembrou que nesta data se comemora o Dia do Servidor Público. Ele destacou, ainda, a primeira pauta da reunião: uma apresentação de editais lançados pela Reitoria para garantir o uso republicano das verbas CIP (Custo Indireto de Projetos) na UFRJ, evitando favorecimentos. “São recursos provenientes do custo indireto de projetos financiados, especialmente por empresas petrolíferas, como compensação pelos gastos de infraestrutura da Universidade. Esses editais visam diminuir disparidades internas e assegurar condições adequadas para ensino”, disse Medronho.

A chefe de Gabinete da Reitoria, Fabiana Fonseca, apresentou o Edital nº 979, de 15 de outubro de 2025 (página 16), que dispõe sobre a 16ª edição do Programa de Apoio a Docente Recém-Doutor Antônio Luiz Vianna (ALV’2025). Promovido pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2) e pelo Conselho de Ensino para Graduados (Cepg) da UFRJ, a iniciativa busca induzir pesquisas que contemplem o uso ou desenvolvimento de Inteligência Artificial.

A chefe de Gabinete da Reitoria, Fabiana Fonseca, apresentou editais de 2025 e 2026 | Foto: Vitor Ramos (SGCOM/UFRJ)

“O programa vai disponibilizar R$ 1.400.000 para o financiamento de 35 projetos de todas as áreas do conhecimento, com limite de R$ 40.000 por proposta. Os recursos serão geridos pela Fundação Coppetec e poderão ser usados para aquisição de materiais permanentes ou de consumo, e contratação de serviços de pessoa física ou jurídica. Cada docente poderá submeter apenas uma proposta”, explicou Fabiana. 

Estão aptos a concorrer professores doutores do quadro ativo permanente da UFRJ, em regime de 40h com dedicação exclusiva, que tenham obtido o título de doutor após 1/1/2019 e até o prazo final de submissão. Beneficiados em edições anteriores do programa não poderão participar novamente.

Também foram apresentadas informações sobre outro edital, ainda não lançado, que buscará oferecer apoio institucional a iniciativas relacionadas à inovação e empreendedorismo dentro da Universidade, realizadas pelo corpo social da instituição. “Professores, pesquisadores e técnicos administrativos, que tiverem uma ideia que for julgada inovadora e factível, poderão ter sua proposta financiada, com um valor inicial de dois milhões de reais”, ressaltou a chefe de Gabinete da Reitoria.

Visita à China

Juntamente com Fabiana Fonseca, o pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ, João Neto, contou sobre a participação deles em uma comitiva de 14 representantes da UFRJ em uma missão internacional na China neste mês. A delegação foi inicialmente recebida pela Universidade do Petróleo da China, com a qual foi formalizado um acordo para um mestrado conjunto nas engenharias, que prevê o intercâmbio de estudantes entre as instituições. Além disso, a missão incluiu uma visita à cidade de Suzhou, relacionada a um novo projeto de desenvolvimento de biofertilizantes em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), a Nova Indústria Brasil (NIB) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).

Por fim, a delegação participou de uma grande conferência internacional em Xangai e, posteriormente, de um fórum de inovação em Hangzhou, integrando uma das maiores representações universitárias brasileiras no evento, com a formalização de diversos convênios e projetos de cooperação nas mais diferentes áreas.

Ações da PR-2

O pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ apresentou, ainda um panorama das ações recentes da PR-2, destacando especialmente a elaboração do projeto Capes Global, que tem demandado grande dedicação da equipe. A proposta será liderada pela UFRJ e integrará uma rede com outras cinco instituições brasileiras, envolvendo 105 programas de pós-graduação em quatro eixos temáticos estratégicos: educação e ciência básica; energia e cidades sustentáveis; ciências da vida, saúde e meio ambiente; e equidade e justiça social.

O orçamento previsto é de cerca de R$ 104.000.000 para o período de 2026 a 2029, com possível extensão até 2030, contemplando diversas modalidades de bolsas nacionais e internacionais. “Serão seis universidades trabalhando em conjunto através de um comitê gestor formado com pró-reitores das instituições e mais alguns técnicos. A gestão do projeto não vai ser algo simples, mas estamos esperançosos de que vai dar muitos frutos”, destacou João Neto.

Pesquisa e cultura

Além de alguns questionamentos e informes feitos pelos participantes, todos foram convidados a acompanhar a grande final do concurso 3 Minutos de Tese da UFRJ (3MT), que será realizado no dia 30/10 no Auditório Horta Barbosa, Bloco A, do Centro de Tecnologia (CT). O evento reunirá os 21 finalistas das três grandes áreas do conhecimento, que apresentarão ao vivo suas teses em três minutos. A votação será realizada por um júri específico e pela plateia presente no evento. O primeiro colocado de cada área receberá um prêmio de R$ 5.000.

Também foi apresentada a Revista Minerva, uma iniciativa da Reitoria sob responsabilidade da PR-2, dedicada à divulgação científica da UFRJ. O objetivo da publicação é apresentar à sociedade a produção de excelência da Universidade. O periódico terá alto cuidado visual e qualidade editorial. O lançamento oficial ocorrerá em 5/11, às 17h, na Casa da Ciência, que fica na Rua Lauro Müller, 3, Botafogo, Rio de Janeiro.

Revista Minerva será lançada em novembro na Casa da Ciência da UFRJ | Aní Coutinho (SGCOM/UFRJ)

Os presentes também foram convidados a participar da última apresentação de O grito de mueda: primeira ópera nacional moçambicana, que será realizada no dia 25/11, às 18h30, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ – Rua do Passeio, 98, no Centro do Rio de Janeiro. A ópera é resultado de um trabalho de criação coletiva no qual participaram vários músicos e dramaturgos moçambicanos, argentinos e brasileiros.

DIP UFRJ:  um selo de qualidade da saúde pública

A Minerva está em festa pela celebração dos 100 anos de existência da disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para marcar o centenário, foi criado, inclusive, um selo oficial, feito pela estudante Lara Mota Vieira Souza, vencedora do concurso promovido para este fim. Apesar de estar em período de férias, o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, fez questão de participar do workshop de abertura das comemorações, realizado na quinta-feira, 9/10, no Auditório Halley Pacheco, situado no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), na Cidade Universitária. 

Também estiveram presentes na solenidade de abertura o superintendente-geral do Complexo Hospitalar da UFRJ, Amâncio Carvalho; o diretor da Faculdade de Medicina, Alberto Schanaider; e o chefe e a coordenadora de Graduação do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DDIP), Mariano Zalis e Simone Nouér. Atuante na área de Saúde Pública, com ênfase em Epidemiologia, Medronho, que é professor titular do DDIP da Universidade, expressou o significado da rememoração desse marco, articulando com a vivência de quem também já esteve por quase uma década na direção da Faculdade de Medicina da UFRJ. 

“Em 2025, quando a Faculdade de Medicina faz 217 anos, a disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias da UFRJ alcança seu centenário. Trata-se de uma disciplina que foi dirigida por Carlos Chagas, um dos cientistas mais notáveis do Brasil e do mundo, responsável pelo feito de descrever a Doença de Chagas em todos os seus aspectos, desde os parasitários até os determinantes sociais envolvidos no processo saúde-doença. Com essa breve contextualização, fica evidente o quanto a celebração deste momento tão especial para a ciência, a tecnologia e a inovação do nosso país é motivo de muito orgulho e alegria para a Universidade Federal do Rio de Janeiro”, destaca Medronho, que foi um dos professores contemplados com a medalha comemorativa do centenário.

Professores do departamento recebem medalha comemorativa pelos 100 anos | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Medronho relembra a relevância de Carlos Chagas para a ciência brasileira e mundial na abertura das comemorações | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

O pesquisador Carlos Chagas inaugurou a primeira cadeira de Moléstias Tropicais na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, que deu origem ao atual DDIP. De acordo com Simone Nouér, a posse do sanitarista, em 1925, como professor titular, constituiu-se o marco inicial da disciplina. “Desde então, a disciplina se expandiu para um serviço de assistência nos hospitais, pesquisa com o programa de pós-graduação e um departamento dentro da Faculdade de Medicina”, explica a professora. 

Amâncio Carvalho fez questão de destacar o papel do corpo discente na construção dos próximos passos, que o departamento irá traçar daqui por diante: “Hoje, além desse passado tão importante, relatado pelos que trouxeram as histórias relacionadas à trajetória do DDIP, lançamos também as bases para os próximos 100 anos. Temos a perspectiva de atuar no campo da internacionalização. Esperamos poder avançar, olhando para o futuro, voltados para os problemas que surgem, para as doenças emergentes e reemergentes. Para isso, contamos com nossos estudantes, muitos aqui presentes, que venham a se interessar pela área infectocontagiosa”, afirma. 

Plateia atenta no workshop realizado no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

A programação especial pelos 100 anos do DDIP se estende ainda aos dias 10 e 16/10 e inclui exibição de filme, debate e sessão comemorativa da Academia Nacional de Medicina. Para verificar as atividades, na íntegra, basta acessar o link https://www.instagram.com/p/DPlRuyiDVZm/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=czh6dGtzYWhuMzg1.

UFRJ concede diplomas de Dignidade Acadêmica a 243 alunos com elevado desempenho na graduação

O auditório Horta Barbosa, no Centro de Tecnologia (CT) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi palco, nesta quarta-feira, 8/10, da solenidade de entrega dos Diplomas de Dignidade Acadêmica. Presidida pela vice-reitora, Cássia Turci, a celebração contou com a participação da pró-reitora de graduação, Maria Fernanda Quintela, de decanos dos centros e dos diretores das unidades acadêmicas, além de amigos e familiares dos agraciados.

Promovida pela Pró-Reitoria de Graduação (PR-1), a solenidade laureou 243 alunos de diferentes áreas do conhecimento que concluíram a formação superior com êxito. O diploma é concedido em diferentes graus: Summa Cum Laude, para estudantes com coeficientes de rendimento acumulado (CRA) igual ou superior a 9,5; Magna Cum Laude, para alunos com CRA igual ou superior a 9,0; e Cum Laude, para aqueles com CRA igual ou superior a 8,0. Também é necessário que o estudante tenha obtido número de créditos não inferior a 80% do total de cada curso, além de não ter sofrido qualquer sanção disciplinar ao longo da graduação.

A vice-reitora da UFRJ, Cássia Turci, e a pró-reitora de graduação, Maria Fernanda Quintela, participaram da celebração | Foto: Moisés Pimentel (SGCOM/UFRJ)

“O que se coloca aqui não é simplesmente um coeficiente de rendimento acumulado, mas  outras características implícitas, que constituirão durante toda a vida pessoal e profissionalmente. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas ao longo dos anos, nós continuamos desenvolvendo nossas atividades com excelência, com qualidade, com ética e com comprometimento. Desejo vivamente que a jornada profissional de cada um siga um caminho esplendoroso, com os valores éticos, democráticos e reflexivos que a nossa Universidade sintetiza”, destacou a pró-reitora de graduação.

A vice-reitora destacou a dedicação do corpo social na formação dos alunos. “Estamos lutando para que os estudantes recebam a melhor formação possível. Não só a formação técnica, mas a formação cidadã, para que possam trabalhar com ética e empatia, para fazerem a diferença neste nosso país, que ainda é tão injusto. Passamos dificuldades em termos de infraestrutura, principalmente para nossa graduação, mas sabemos que a maior riqueza que temos é o nosso corpo social: nossos professores, professoras, decanos e decanas, nossos servidores técnico-administrativos em educação e os nossos estudantes”, disse.

A concessão dos Diplomas de Dignidade Acadêmica é realizada por meio de solicitação do próprio aluno. Basta fazer um requerimento de análise do desempenho acadêmico pelo e-mail dignidadeacademica@pr1.ufrj.br. As instruções para as solicitações estão disponíveis no site da PR1.

UFRJ realiza plenária de decanos e diretores na Escola de Química

O auditório da Escola de Química, no Centro de Tecnologia (CT) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sediou, na manhã desta terça-feira, 30/9, a plenária de decanos e diretores da instituição. O objetivo foi discutir e deliberar sobre questões administrativas, orçamentárias e estratégicas da instituição. Representantes dos campi de Duque de Caxias e Macaé acompanharam a reunião de forma remota.

Durante a plenária, o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, defendeu a busca de soluções criativas e inovadoras para suplantar as dificuldades orçamentárias da instituição. “Temos muitos problemas, mas a gente tem que sair da caixinha, buscar novas formas de resolver as demandas. Somos um corpo social de excelência, com pesquisas e descobertas com impacto no Brasil inteiro. Imagina se estivéssemos recebendo o nosso orçamento justo!”, disse Medronho. 

Uma das pautas do encontro foi a Plataforma Alumni UFRJ, criada pelo Laboratório do Futuro da Coppe/UFRJ, que busca monitorar a trajetória dos egressos e fortalecer a conexão entre eles e a Universidade. Nela, ex-alunos podem atualizar seus dados, acessar estatísticas sobre a UFRJ e seus egressos e interagir com a comunidade acadêmica. A diretora da Inova UFRJ, Daniela Uziel, mostrou detalhes do funcionamento da plataforma aos presentes e respondeu a questionamentos.

A diretora da Inova UFRJ, Daniela Uziel, falou sobre a Plataforma Alumni UFRJ | Foto: Moisés Pimentel (SGCOM/UFRJ)

“Conseguimos acompanhar os egressos também no mercado de trabalho, observando onde eles se empregam, o tipo de ocupação que eles têm, as empresas que os empregam. Nossos egressos de Engenharia de Produção, por exemplo, se empregam muito fortemente no setor de educação, na administração pública, na fabricação de refino de petróleo. Além de atuarem como engenheiros de produção, trabalham também como professores, gerentes ou assistentes administrativos, obviamente com uma variação da faixa salarial”, explicou Daniela.

Em seguida, o pró-reitor de gestão e governança da UFRJ, Fernando Peregrino, falou sobre a construção do equipamento multicultural onde funcionava a antiga casa de espetáculos Canecão, no campus da Praia Vermelha. O terreno, que pertence à Universidade, foi concedido por 30 anos para exploração pelo consórcio Bônus-Klefer. A concessão prevê investimentos de aproximadamente R$180 milhões em infraestrutura.

“Entre as contrapartidas, estão a construção de um restaurante universitário e um prédio com salas de aula, ambos de uso exclusivo da comunidade acadêmica. O restaurante terá capacidade de oferecer até 2 mil refeições por dia, suprindo uma demanda histórica. O novo edifício, com três pavimentos e cerca de 70 salas de aula, trará melhores condições de ensino e convivência”, destacou Peregrino.

O pró-reitor também apresentou detalhes e respondeu a perguntas sobre a alienação de 11 unidades corporativas pertencentes à UFRJ no Edifício Ventura Corporate Towers, no Centro do Rio. O leilão está marcado para 7/11, na B3, em São Paulo. Como contrapartida, a UFRJ receberá cerca de 84 mil metros quadrados em obras, que contemplarão salas de aula no Centro de Ciências da Saúde (CCS), um prédio para o curso de Dança, um restaurante universitário na Faculdade de Letras, um grande edifício acadêmico para o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e o Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), novas instalações para os Institutos de Matemática e Química, dois prédios para a Escola de Música, um restaurante universitário em Macaé e o edifício Fronteiras, do Centro de Ciências da Saúde (CCS).

o pró-reitor de gestão e governança da UFRJ, Fernando Peregrino | | Foto: Moisés Pimentel (SGCOM/UFRJ)

O processo foi marcado por uma série de encontros com o objetivo de prestar esclarecimentos e garantir transparência à comunidade universitária. A alienação só pôde ser viabilizada após a desafetação da área ser autorizada pela Resolução n.º 61, de 10/6/2022, do Conselho de Curadores da UFRJ e aprovada pelo Conselho Universitário, em 8/8/2024.

Por fim, a coordenadora de articulação institucional da UFRJ, a professora Fabiana Ribeiro, ressaltou que a Universidade tem buscado parcerias público-privadas, patrocínios, uso de mecanismos como a Lei Rouanet e, principalmente, emendas parlamentares. Ela explicou o funcionamento das emendas individuais e de bancada, ressaltando a necessidade de apresentar a deputados e senadores projetos claros, de impacto social e relevância política, o que possibilitou a participação da UFRJ em plenárias em Brasília ao lado de outras instituições.

Fabiana Ribeiro, durante a plenária de decanos e diretores | Foto: Moisés Pimentel (SGCOM/UFRJ)

“Em 2023 a Universidade conseguiu captar R$ 2 milhões e em 2024 esse valor saltou para mais de R$ 21 milhões, contemplando diferentes áreas, como o Complexo Hospitalar, o Hospital Universitário, o Museu Nacional e o Núcleo Intersetorial de Saúde e Assistência às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica. Parte desse êxito veio de estratégias de articulação, visitas a gabinetes e presença em plenárias, onde conseguimos sensibilizar parlamentares ao apresentar projetos ligados a demandas urgentes da UFRJ”, afirmou Fabiana.

UFRJ realiza I Encontro de Gestão de Pessoas com foco em inclusão, diversidade e ambientes de trabalho saudáveis

A Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realizou na terça-feira, 23/9, o I Encontro de Gestão de Pessoas da UFRJ com o tema “Gestão estratégica de pessoal voltada para o usuário”. O evento aconteceu no Teatro Nelson Rodrigues, na Caixa Cultural Rio de Janeiro, no Centro da cidade. A iniciativa teve como objetivo promover a integração entre gestores e trabalhadores da área de gestão pessoal da Universidade, fortalecendo a cultura organizacional, o engajamento e a qualidade do ambiente de trabalho.

“Considero a gestão de pessoas no serviço público um dos pilares do desenvolvimento social e econômico do Brasil, essencial para o desenvolvimento da nossa nação. O trabalho no setor técnico-administrativo em educação é, na prática, invisibilizado. Muitas vezes, quando se fala da universidade, se fala do docente. Mas o docente, sem o técnico administrativo em educação, não faria o que faz. Então é essa integração de todos os servidores que faz com que nós sejamos essa potência institucional que somos”, afirmou o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, na abertura do encontro.

Durante o evento, foram realizadas duas palestras, além de falas de representantes da Caixa Econômica Federal e da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp). Os participantes também puderam acompanhar o documentário Caminhos: histórias do serviço público, dirigido por Daniel dos Anjos, além de uma apresentação da soprano Carolina Morel, e do pianista Daniel Sacramento, da Escola de Música da UFRJ.

Evento aconteceu no Teatro Nelson Rodrigues, na Caixa Cultural Rio de Janeiro | Foto: Moisés Pimentel (SGCOM)

“Buscamos discutir questões que atravessam a nossa vida profissional e saem do nosso cotidiano, mas que interferem diretamente na nossa qualidade de vida também. Por isso elegemos um tema tão sensível. Temos que entender as relações de trabalho como uma questão, e compreender que devemos discutir sobre como construir um ambiente de trabalho agradável e saudável”, disse Neuza Luzia Pinto, pró-reitora de Pessoal da Universidade.

UFRJ antirracista, diversa e não opressora

Como a gestão de pessoas pode contribuir para uma UFRJ antirracista, diversa e não opressora? Este questionamento foi respondido pela superintendente-geral da Sgaada (Superintendência de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade da UFRJ), Denise Francisco Góes, durante uma das palestras do encontro. Ela estava acompanhada por diretores de diferentes setores da superintendência, como Rita Gomes, da Diretoria de Acessibilidade (Dirac); Márcio Neves, da Diretoria de Gênero e Pertencimento (Digepe); Renato Albuquerque, da Diretoria de Admissão (Dirad); e Sandra Batista, da Diretoria de Relações Étnico-raciais (Direr).

“O nosso papel é propor uma gestão de pessoas que atenda aos interesses coletivos. Precisamos coletivizar o pensamento para construirmos ações que possam atender a toda a Universidade, um espaço onde todos sejam vistos, ouvidos, reconhecidos, representados e respeitados. É necessário que os gestores se formem em temáticas contemporâneas, em questões de raça, gênero, religiosidade, sensibilidade e  diversidade”, ressaltou Denise.

Encontro contou com a participação de representantes da Sgaada | Foto: Moisés Pimentel (SGCOM)

Na palestra, os diretores dos setores da Sgaada destacaram a centralidade da inclusão e da equidade como princípios da gestão de pessoas na UFRJ. Enfatizaram os desafios da acessibilidade na instituição, o combate ao racismo, a importância de ações afirmativas e do letramento antirracista. Também apontaram desigualdades estruturais que atravessam a Universidade e defenderam a formação contínua e uma gestão de pessoas sensível à diversidade como caminho para uma instituição mais democrática e transformadora.

Ambientes de trabalho saudáveis

A integração entre os servidores e a busca por promover espaços de trabalho mais saudáveis de trabalho na UFRJ pautaram a segunda palestra, “Ambientes de trabalho saudáveis: desafios para a construção”, composta por Alessandra Sarkis de Melo, diretora da Divisão de Movimentação e Alocação (DVMA); Catiuscia Munsberg Carneiro, psicóloga da Seção de Atenção Psicossocial da Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador (CPST); e Natalia Limongi, diretora da Divisão de Acompanhamento das Relações de Trabalho (Dart). 

Elas destacaram os impactos das movimentações e remoções na vida funcional e pessoal dos servidores e a necessidade de ampliar o cuidado com a saúde mental por meio da escuta ativa e de ações de acolhimento. Compartilharam ainda ações de enfrentamento a situações de assédio, violência e discriminação no ambiente de trabalho, além de reforçarem que a construção de um ambiente saudável passa pela valorização da diversidade, criação de canais de apoio efetivos e pelo compromisso institucional em promover relações de trabalho baseadas no respeito, na ética e na inclusão.

“É imprescindível que a gente tenha um ambiente de trabalho saudável, seguro, amistoso e livre de qualquer violência.  As manifestações da violência, como assédio moral e outras violências nas relações interpessoais  provocam impactos prejudiciais aos trabalhadores, como burnout, adoecimento físico e dores no corpo. Trazem impactos físicos e mentais para todos os trabalhadores. É importante que a administração das instituições se engajem nesse propósito, mas isso é responsabilidade de todo mundo que faz parte desse ambiente laborativo”, disse Natalia Limongi.

Palestra “Ambientes de trabalho saudáveis: desafios para a construção” | Foto: Moisés Pimentel (SGCOM)

O evento contribui para o desenvolvimento de uma administração ética e comprometida com o bem-estar, a inclusão e a saúde mental dos servidores, segundo a vice-reitora da UFRJ, Cássia Turci: “A UFRJ é uma universidade com 105 anos de existência, que preza pela qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão. E para mim uma das coisas mais importantes é uma administração de qualidade. Em uma instituição que conta com 9 hospitais, 175 cursos de graduação, 136 programas de pós-graduação, mais de 2.200 ações de extensão, é normal que haja problemas. Mas tenho certeza de que com a dedicação de todos nós e com iniciativas como essa, vamos vencer essas barreiras”, afirmou Cássia.  

Comunidade acadêmica será aliada na busca por soluções inovadoras para os problemas da UFRJ

A formulação de um programa de incentivo à realização de compras inovadoras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está em curso. A ideia é aliar o poder de compra governamental – que, de acordo com dados do Sebrae, movimenta em torno de 10% a 15% do PIB Nacional – ao potencial criativo da comunidade acadêmica em busca do desenvolvimento de soluções inovadoras para os problemas da instituição.

“A universidade é uma entidade peculiar dentro da estrutura do governo, pois sua finalidade é produzir conhecimento, inovações. Temos professores, alunos de mestrado, doutorado, laboratórios, atividades intensas de pesquisa em todas as áreas do conhecimento. Portanto, temos os insumos necessários para formular soluções inovadoras para os problemas que nos atingem. Queremos desafiar a nossa comunidade acadêmica, composta por mais de 70 mil pessoas”, explicou o pró-reitor de Gestão e Governança (PR-6), Fernando Peregrino.

Em busca de suporte técnico para viabilizar essas novas práticas, os gestores da UFRJ têm procurado a colaboração de especialistas na área, como o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) André Rauen e o procurador federal da Advocacia-Geral da União (AGU) Bruno Portela, que, na terça-feira, 23/9, palestrou sobre o tema das “compras públicas de inovação” na Reitoria.

O evento híbrido, promovido pela PR-6, contou com a participação do reitor da UFRJ, Roberto Medronho, da vice-reitora da UFRJ, Cássia Turci, e de representantes das pró-reitorias e do Escritório Técnico da Universidade (ETU).

Dentre os instrumentos jurídicos apresentados para impulsionar as compras de soluções inovadoras, estão o Contrato Público para Solução Inovadora (CPSI), criado no âmbito do Marco Legal das Startups (Lei Complementar nº 182/2021), a nova Lei de Licitações (14.133/2021) e o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (MLCTI) – um conjunto de reformas legais (Emenda Constitucional nº 85, Lei nº 13.243/2016 e Decreto nº 9.283/2018) que estabelecem as diretrizes para o desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil.

“As compras públicas de inovação, com um olhar para a academia, reafirmam que os nossos pesquisadores podem trazer soluções inovadoras sem depender de outros países, o que é importante para a defesa da democracia e da soberania”, afirmou Portela.

A palestra completa pode ser assistida aqui.

Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFRJ tem nova gestão

Os professores Marcos Roberto Pinto e Eliane Ribeiro Pereira tomaram posse, nesta segunda-feira, 22/9, como diretor e vice-diretora da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (Facc) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  A cerimônia de posse foi realizada no Salão Pedro Calmon, no campus da Praia Vermelha, e contou com a participação do reitor, Roberto Medronho, da vice-reitora, Cássia Turci, e do decano do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas da UFRJ, Flávio Alves Martins.

A nova gestão tem mandato até 2029 e sucede a administração anterior, composta pelo professor Antonio José Barbosa de Oliveira e pela professora Ana Carolina Pimentel Duarte da Fonseca. Atualmente, a Facc conta com três cursos de graduação (Administração, Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação, e Ciências Contábeis), dois programas de pós-graduação, além de MBAs e cursos de especialização, atualização e aperfeiçoamento.

“Acredito que teremos uma gestão muito profícua aqui na Facc, que dará uma contribuição muito importante na formação de cidadãos éticos e comprometidos com as mudanças sociais. Temos nesta faculdade um corpo social excelente, preparado para formar profissionais e gestores comprometidos com o desenvolvimento regional e social, com questões relacionadas ao acesso à informação, ao apoio à educação e formação continuada, gestão eficiente da inovação, informação científica e tecnológica, e com o combate à desinformação”, disse o reitor.

A cerimônia de posse foi realizada no Salão Pedro Calmon, no campus da Praia Vermelha | Foto: Divulgação SGCOM

Na cerimônia de posse, o ex-diretor Antônio José Barbosa e a ex-vice-diretora Ana Carolina Pimentel Duarte destacaram o sentimento de gratidão pelo encerramento da gestão iniciada de forma virtual em 2021 e agradeceram o apoio da Reitoria, da Decania, das chefias de departamento, coordenações, técnicos, docentes e discentes. Eles  enfatizaram que a gestão é uma experiência desafiadora, mas essencial para o avanço institucional: “É potencialmente uma experiência extremamente rica, porque nos coloca diante das nossas limitações e da evidência do que gostaríamos de fazer e daquilo que efetivamente fazemos”, afirmou Antônio José Barbosa.

A nova vice-diretora da Facc, professora Eliane Ribeiro Pereira, se emocionou ao relembrar momentos vividos nos 28 anos de vínculo que tem com a unidade, e reforçou que estar à frente da gestão é, antes de tudo, exercer o papel de servidor público, com dedicação à faculdade e à comunidade acadêmica: “Nosso papel é, acima de tudo, servir a esta casa e a cada um de vocês. Faremos todo o possível para que esse serviço chegue aos pés daquilo que a Facc precisa. Vamos contribuir para que esta instituição seja cada vez mais vista como merece pela sociedade, e que a gente consiga, de fato, devolver para a sociedade o que ela garante que a gente tenha para estar aqui”, destacou Eliane.

A nova gestão crê na possibilidade de colocar em prática o compromisso coletivo com o futuro da educação superior pública e com a transformação social que a UFRJ deve promover, em sintonia com os objetivos de desenvolvimento sustentável e com o plano de desenvolvimento da unidade, sempre mantendo o diálogo e a escuta ativa, na busca da construção de um ambiente favorável à excelência acadêmica, pautado na boa governança e na efetividade das ações.

Professor Marcos Roberto Pinto, novo diretor da Facc | Foto: Divulgação SGCOM

“A Facc que recebemos hoje é fruto do trabalho dedicado de gerações de educadores, pesquisadores e gestores. Reconheço e honro aqueles que nos antecederam e construíram nossa história e reputação. Agora, procurando entender o presente e olhando para o futuro, buscaremos soluções inovadoras para atender às demandas de uma sociedade em constante transformação”, disse o novo diretor da Facc, Marcos Roberto Pinto.

Friperj traça metas para o seu fortalecimento

Buscar espaço físico permanente, permitir a entrada de novos integrantes, com representantes eleitos pelas entidades de ensino, formar equipe de trabalho, começando com a contratação de contador e advogado, e fomentar a adoção de políticas inclusivas nos corpos docente e técnico-administrativo das instituições de ensino. Estas foram as principais deliberações da terceira reunião ordinária de 2025 do Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Ensino do Estado do Rio de Janeiro (Friperj), realizada nesta sexta-feira, 19/9, no campus da Praia Vermelha da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).  

Outro ponto de unidade na reunião de hoje foi a necessidade de tornar a entidade mais atuante, por meio da realização de estudos e diagnósticos e de seminários setoriais sobre desenvolvimento socioeconômico do estado do Rio de Janeiro. 

Participaram da reunião o reitor da UFRJ, Roberto Medronho; o presidente da Friperj e reitor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Roberto Rodrigues; a reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Gulnar Azevedo e Silva;  o reitor e a vice-reitora da Unirio, José da Costa Filho e Bruna Silva Nascimento; o reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Antônio Cláudio da Nóbrega; o reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF), Victor Saraiva; a vice-diretora do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), Gisele Maria Ribeiro Vieira; o coordenador do Programa Interinstitucional de Estímulo à Pesquisa do Friperj, Mauro Osório; o secretário executivo do Friperj, Henrique Rabelo; e representantes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), do Colégio Pedro II e do Fórum Permanente de Ações Afirmativas nas Instituições de Ensino Público do Rio de Janeiro.

Unidades acadêmicas da UFRJ assinam termo de cooperação com a Ebserh

Um termo de cooperação foi assinado, na quarta-feira, 17/9, entre seis unidades acadêmicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que em 2024 assumiu a gestão de parte do Complexo Hospitalar e da Saúde (CHS) da UFRJ. Foram signatárias do acordo a Faculdade de Odontologia (FO), o Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC), o Instituto de Estudos de Saúde Coletiva (IESC), a Faculdade de Farmácia (FF), a Faculdade de Fisioterapia (FFisio) e a Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN).

O objetivo é fortalecer as atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão nas unidades de saúde da UFRJ administradas pela Ebserh: Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), maior hospital do estado do Rio de Janeiro em número de consultas e maior hospital universitário federal do país; Maternidade-Escola, referência para acompanhamento de gestações de alto risco; e Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), primeira estrutura a ser inaugurada na Cidade Universitária, em funcionamento desde 1953.

Para o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, a pactuação do termo de cooperação mostra que a Universidade e a Ebserh estão preocupadas com as questões acadêmicas, para além das melhorias em infraestrutura e na assistência. “Não oferecemos apenas assistência em saúde, mas formamos pessoas, produzimos e difundimos conhecimento. Com o hospital atendendo mais gente, vamos formar melhor os nossos alunos, vamos fazer mais pesquisas de ponta”, afirmou.

Na visão do superintendente-geral da Ebserh, Amâncio Paulino Carvalho, o documento assinado reafirma o compromisso institucional da empresa pública. “Temos a missão de gerir os hospitais e de apoiar o ensino, a pesquisa, a extensão e a inovação. A autonomia universitária não é arranhada, pelo contrário, ela é reforçada na medida em que encontra meios para expressar o seu desenvolvimento completo”, defendeu.

O evento de assinatura do termo foi realizado no Auditório Professor Halley Pacheco de Oliveira, no 8º andar do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). Participaram, além do reitor da UFRJ e do superintendente-geral da Ebserh, o decano do Centro de Ciências da Saúde (CCS), Luiz Eurico Nasciutti; o superintendente de ensino, pesquisa e inovação do Complexo Hospitalar da UFRJ, Marcelo Land; o superintendente-executivo do HUCFF, Marcos Freire; e representantes das unidades acadêmicas signatárias.

Na ocasião, o diretor da FFisio, Fernando Eduardo Zikan, que coordenou o grupo de trabalho responsável pela formulação do documento, parabenizou os esforços empenhados pelas unidades acadêmicas envolvidas para a criação de um termo único de cooperação. “É de se louvar esta data, principalmente para marcar um terreno institucional da representação das unidades de saúde, que não são somente unidades médicas, mas que são unidades acadêmicas que formam profissionais de saúde de altíssima qualidade para todo o país”, disse.

Diretor da FFisio assina termo de cooperação entre unidades acadêmicas da UFRJ e a Ebserh | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Outros dois termos foram assinados na cerimônia, com o Instituto de Doenças do Tórax (IDT) e com a Fundação Universitária José Bonifácio (Fujb), ambos significativos para o fortalecimento das atividades acadêmicas nas unidades de saúde da UFRJ administradas pela Ebserh.