Adeus a Miguel Barbosa do Rosário

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em sessão de 25 de fevereiro de 2021, manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento do Professor Miguel Barbosa do Rosário, do Departamento de Letras Clássicas, ocorrido em 22 de fevereiro de 2021. O professor Miguel Barbosa do Rosário iniciou sua carreira acadêmica na Faculdade de Letras, no ano de 1968, como professor de Latim.

Foi um grande humanista, um intelectual, que contribuiu significativamente para o ensino e a pesquisa das Letras Clássicas no Brasil, participou ativamente em prol do engrandecimento da Faculdade de Letras da UFRJ.

O Consuni apresenta as suas condolências aos familiares, amigos, colegas.

Sua perda será muito sentida por toda UFRJ !

Adeus a Pedro Casaldáliga

Nesta quinta-feira, 13/8, o Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), emitiu moção de pesar pelo falecimento do poeta Pedro Casaldáliga.

Leia na íntegra:

O Conselho Universitário da UFRJ, reunido em sessão no dia 13 de agosto de 2020, manifesta profundo e vasto pesar pelo falecimento do bispo poeta Pedro Casaldáliga em 8 de agosto do presente ano.

Desde que veio ao Brasil, em 1968, o Catalão, sagrado bispo da Prelazia São Félix do Araguaia-MT em 1971, esteve ao lado dos camponeses pobres, ribeirinhos e povos indígenas, levando mensagens corajosas, como a conhecida Carta Pastoral de 1971 (Uma igreja da Amazônia em conflito com o latifúndio e a marginalização social), às vítimas dos grileiros e à todos atingidos pelas brutais expropriações no campo. Foi permanentemente ameaçado de morte e de expulsão do país no período da ditadura; contudo, nada disso o demoveu de levar as mensagens da teologia da libertação aos espoliados da terra.

Foi pioneiro na elaboração e difusão da causa ecossocial, baseada nos direitos humanos, na proteção da natureza e no bem-viver dos que vivem no campo, resultando na importante encíclica Laudato Si, dedicada às causas socioambientais.

Optou por viver a vida simples dos pobres, aquecendo o cotidiano com poesias que se notabilizam pela força, delicadeza e sensibilidade. A seu pedido, pediu para ficar com seu povo: foi enterrado no “Cemitério do Sertão” onde jazem seus irmãos de luta e de esperança: “Para descansar/ quero só esta cruz de pau/como chuva e sol;/estes sete palmos e a Ressurreição”. Em seus últimos dias de vida, novamente, foi perigosamente ameaçado em sua integridade física, ameaças concretas foram dirigidas aos camponeses, ribeirinhos e povos indígenas, em virtude do novo ciclo de exploração na região amazônica.

Por isso, a presente manifestação de pesar, é, também, uma mensagem de viva solidariedade aos que são vítimas dessas investidas, em prol das causas de vida do bispo Pedro: reforma agrária para assegurar ao povo o que o povo trabalha, defesa dos territórios indígenas, luta contra o trabalho escravo, luta em prol da preservação da biodiversidade, em prol dos direitos das mulheres, dos direitos humanos e da possibilidade de uma vida permeada de poesia.

Que sua história inspire a todos nós na luta contra o autoritarismo, a opressão e a exploração do povo brasileiro.

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