Ministra Anielle Franco na UFRJ

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, dará palestra na UFRJ na abertura do mês da consciência negra. O tema é “Reparação e ações afirmativas: por um Brasil com justiça racial”.

Na oportunidade, será lançada a campanha “UFRJ Antirracista – Nem um passo atrás: a Universidade está mudando”. Ela tem por objetivo demarcar o compromisso da instituição com o combate ao racismo e a construção de uma política antirracista por meio de ações de comunicação.

Campanha será lançada no evento | Imagem: Heloísa Bérenger (SGCOM/UFRJ)

Organizado pela Superintendência-Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (Sgaada) da UFRJ, o evento é aberto ao público e à imprensa. A palestra da ministra acontecerá às 17h do dia 27/10 (sexta-feira), no Salão Pedro Calmon, no Palácio Universitário da Praia Vermelha.

Serviço

Abertura do mês da consciência negra, com Anielle Franco – palestra: “Reparação e ações afirmativas: por um Brasil com justiça racial”

Dia 27/10 às 17h

Local: Salão Pedro Calmon, Palácio Universitário da UFRJ, Av. Pasteur, 250, 2º andar, campus Praia Vermelha

Evento aberto ao público e à imprensa 

Casa da Ciência da UFRJ abre nova exposição gratuita ao público

Que tal descobrir como acertar a hora em um relógio de pêndulo? Ou explorar de onde vêm as cores, congelar sua sombra, ou mesmo “ver” o som produzido pela sua voz? E isso tudo, claro, conduzido por ilustres participantes da história da Física: mulheres que revolucionaram a maneira de vermos o mundo! Se liga, são elas na física! é a nova exposição que chega à Casa da Ciência da UFRJ. Ela vai mostrar, por meio de experiências interativas, que a Física pode ser superinteressante e divertida, mesmo que pareça, por vezes, complicada.

Desenvolvida em parceria com o Museu Interativo da Física da UFRJ, a exposição marca os 35 anos do museu e a primeira década do “Tem Menina no Circuito”, uma iniciativa para despertar em meninas o gosto pela ciência. 

A exposição conta com diversos experimentos interativos, com abordagens para todas as idades. Além disso, o projeto também conta com atividades paralelas, a exemplo de oficinas “mão na massa”, que ocorrerão ao longo da apresentação, misturando ciência, arte, literatura e até cozinha! Palestras para curiosos e aficionados? Presente! Serão feitas atividades sobre informação quântica, nanomagnetismo, supercondutividade, aceleradores de partículas e outros temas.

A exposição Se liga, são elas na física tem entrada gratuita e fica em cartaz na Casa da Ciência da UFRJ, de 18/10 a 30/6/2024.

Serviço

Exposição Se liga, são elas na física!

Local: Casa da Ciência da UFRJ (Rua Lauro Müller, 3 − Botafogo)

Período:  de 18/10/2023 a 30/6/2024

Horário de funcionamento da exposição:

De terça a sexta, das 9 às 20h (com última entrada no salão de exposições às 19h)

Sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h (com última entrada no salão de exposições às 15h40)

Agendamento de escolas e grupos: terça a sexta. Cadastro no link.

Para mais informações e para acompanhar a agenda da programação paralela, acesse o site da Casa da Ciência, o blog www.juntosnacasa.casadaciencia.ufrj.br ou as redes sociais @casadacienciadaufrj 

Nota sobre operações policiais no Conjunto de Favelas da Maré

A Reitoria da UFRJ solicitou às autoridades do Estado do Rio de Janeiro reforço do policiamento no campus da Cidade Universitária, tendo em vista possíveis consequências das operações policiais no seu entorno. A Prefeitura Universitária está em contato permanente com as forças de segurança para garantir o direito de ir e vir de nosso corpo social. 

Neste sentido, a Reitoria da UFRJ mantém todas as atividades do referido campus, assim como em todos os demais campi da Universidade. No entanto, as faltas de membros do corpo social que residam em áreas de conflito devem ser abonadas e avaliações de discentes devem ser evitadas. Caso ocorram, está assegurado o direito de nova avaliação para os estudantes residentes destas áreas.

Reafirmamos nosso compromisso com os direitos humanos e condenamos quaisquer ações que ponham em risco ou desrespeitem a população que reside nas áreas conflagradas. A Reitoria solicitou audiência com o Governo do Estado para garantir a liberdade de locomoção da nossa comunidade acadêmica e o respeito aos direitos humanos da população destas áreas. A Reitoria convidou especialistas na área de segurança da UFRJ para adoção de protocolos que garantam a segurança da comunidade universitária, nosso principal patrimônio.

A Reitoria monitora a situação e, caso haja qualquer mudança de cenário, imediatamente adotaremos novas deliberações e a comunidade universitária será continuamente informada.

18/10/2023
Reitoria da UFRJ

Em entrevista à Band, reitor destaca que quer atrair de volta estudantes que deixaram a UFRJ

O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, completou no domingo, 3/9, dois meses à frente da maior universidade federal do país. No sábado, foi veiculada a entrevista de 10 minutos que o professor concedeu ao Jornal do Rio, da Band TV (assista a seguir). Nela, Medronho destacou as prioridades da sua gestão, entre elas, a de ampliar a assistência estudantil da instituição.

Medronho abriu a entrevista destacando os números da Universidade e a relevância social da instituição para o Rio e o país e frisou que é motivo de orgulho estar à frente da UFRJ. “Eu venho do ensino público, gratuito e de qualidade. Então, eu sempre disse que tenho o dever ético e moral de devolver para a sociedade aquilo que ela investiu em mim. Por esse motivo, estar hoje reitor da UFRJ significa poder fazer com que possamos prestar mais e melhores serviços para a nossa sociedade”, disse Medronho.

A jornalista Bruna Carvalho entrevistou o reitor Roberto Medronho | Foto: Reprodução/Band TV

Por conta da pandemia, 12,7 mil estudantes abandonaram os cursos, muitos deles por questões socioeconômicas. Dentre eles, 39,3% oriundos de ações afirmativas. Atrair de volta essas pessoas é um dos grandes desafios colocados como prioridade por Medronho, que disse fazer parte das missões da nova gestão a atração desses estudantes.

“Estamos procurando financiamento em outros ministérios, não apenas no MEC [Ministério da Educação], e também no setor produtivo, para que, através de convênios, esses alunos possam receber bolsas”, disse o reitor. “É muito doloroso a gente ver um aluno que conseguiu passar para uma universidade como a UFRJ ter que abandonar por questões de vulnerabilidade socioeconômica”, completou.

Infraestrutura

A infraestrutura também foi ponto de pauta da entrevista do reitor à emissora. Nela, ele lembrou que nos últimos anos a UFRJ passou por um “estrangulamento orçamentário”, o que gerou impacto na parte física da instituição.

“Temos que finalizar algumas obras que ficaram inacabadas. A gente está apostando muito no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] para esses investimentos necessários”, disse Medronho. Ele lembrou, ainda, que a UFRJ tem diversos prédios tombados, o que encarece sua gestão patrimonial. Segundo o reitor, a gestão tem buscado com o governo federal e com parceiros estaduais e municipais, além do setor produtivo, estabelecer parcerias para melhorar a infraestrutura da UFRJ.

Reforma da graduação

Para o reitor, é preciso remodelar o processo educacional. “Aquela velha aula que a gente chamava antigamente de ‘cuspe e giz’ e que agora se tornou ‘pillot e lousa’ já está ultrapassada”, disse. 

“Temos discutido com grandes pesquisadores da UFRJ que estudam isso para que a gente consiga tornar as nossas aulas mais atrativas, mais desafiadoras, integrando-as, inclusive, com alunos de pós-graduação para que a gente possa fazer o grande preceito de Carlos Chagas Filho — que foi meu professor e hoje dá nome à Faperj —, que é ‘na universidade se ensina porque se pesquisa’. Por isso a gente precisa, a partir da produção do conhecimento, ensinar os alunos e sempre estimulá-los para terem sempre aquela vontade de conhecimento, porque o conhecimento realmente muda a realidade social de um país”, complementou Medronho.

Covid-19

A jornalista Bruna Carvalho, que entrevistou o reitor, lembrou da relevância da UFRJ no enfrentamento da pandemia de covid-19. De acordo com Medronho, a UFRJvac, vacina da UFRJ contra a doença, deve entrar na fase 3 em breve. Essa é a etapa em que ocorrem estudos clínicos. Relembre no especial Vacinas, do Conexão UFRJ, as etapas de produção de imunizantes.

Museu Nacional

Como divulgado pelo Acompanhe a Reitoria, Medronho participou de sua primeira reunião como presidente do Comitê Executivo do projeto Museu Nacional Vive. É o projeto que conduz a reconstrução do museu.

O reitor se disse entusiasmado com a iniciativa. Na reunião, participaram patrocinadores e técnicos da área de infraestrutura, expografia e museografia. Medronho disse na entrevista que a ideia é reabrir as instalações do Museu Nacional em agosto de 2026, considerando os recursos que estão sendo aportados pelo MEC.

Legado

Ao fim da entrevista, Medronho disse o que espera para o término de sua gestão, em 2027. “Eu espero entregar uma Universidade mais inclusiva, mais acolhedora, com mais vagas, com uma infraestrutura muito melhor e profundamente antirracista e contra toda forma de discriminação. Nós estamos no ambiente da luz. Nós precisamos fazer com que esses grandes avanços que têm dentro da Universidade passem e sejam incorporados para a sociedade, porque esse país precisa muito reduzir a desigualdade social. E nós queremos contribuir para um mundo mais fraterno, mais solidário, mais justo, mais saudável e mais sustentável. Esse é o nosso principal papel”, concluiu.

Assista:

Vídeo: Band TV

Reitoria da UFRJ participa de lançamento do novo PAC, do Governo Federal

O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, participou do lançamento do Novo PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal. O evento aconteceu nesta sexta-feira, 11/8, no Theatro Municipal do Rio. Segundo o governo, o relançamento do programa investirá R$ 1,7 trilhão em todos os estados do Brasil, sendo R$ 1,4 trilhão até 2026 e R$ 320,5 bilhões após 2026. O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, deve ser o coordenador do Novo PAC.

No estado do Rio, o programa vai investir R$ 342,6 bilhões em obras e serviços. Um dos alvos de investimentos do programa na Universidade será o novo Complexo Hospitalar e da Saúde (CHS/UFRJ), para retomada, conclusão, além de novas obras.

“O programa garante melhores condições para o funcionamento da rede de hospitais universitários e para a formação médica e multiprofissional, com incremento na capacidade de assistência e qualidade dos serviços no Sistema Único de Saúde”, afirma o Governo Federal.

A UFRJ tem, hoje, nove unidades hospitalares e de saúde:

  • Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), maior hospital do estado do Rio em volume de consultas.
  • Instituto de Atenção à Saúde São Francisco de Assis (Hesfa), fundado em 1879, antes mesmo da própria UFRJ.
  • Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), que atende crianças de até 13 anos que necessitam de atenção de média e alta complexidades. Referência nacional em pediatria, tem diversos especialistas em doenças raras e 30 especialidades pediátricas.
  • Maternidade Escola (ME), terceiro maior centro do planeta no tratamento da doença trofoblástica gestacional, um tipo de tumor que pode evoluir para o câncer de placenta.
  • Instituto de Ginecologia (IG), que, fundado em 1947, foi a primeira unidade a realizar exames médicos no diagnóstico e prevenção de câncer ginecológico no país.
  • Instituto de Neurologia Deolindo Couto (INDC), cujo Centro de Investigação e Tratamento das Miopatias existe desde 1978 e atende a pacientes com doenças musculares primárias.
  • Instituto de Psiquiatria (Ipub), que dispõe, hoje, de 191 leitos psiquiátricos, divididos em 101 leitos para internação e 90 leitos cadastrados.
  • Instituto de Doenças do Tórax (IDT), focado nas áreas de Tisiologia e Pneumologia.
  • Instituto do Coração Edson Saad (Ices), fundado em 2003. Hemodinâmica, cintilografia e cirurgia cardíacas e eletrofisiologia são alguns dos diversos serviços prestados pela unidade.

Segundo o Governo Federal, a conta considera quatro formas de investimentos: os previstos com recursos da União totalizam R$ 371 bilhões; o das empresas estatais, R$ 343 bilhões; financiamentos, R$ 362 bilhões; e o setor privado, R$ 612 bilhões.

O Novo PAC opera sob nove eixos: Saúde (R$ 31 bilhões), Educação (R$ 45 bilhões), Infraestrutura Social e Inclusiva (R$ 2 bilhões), Cidades Sustentáveis e Resilientes (R$ 610 bilhões), Água para Todos (R$ 30 bilhões), Transporte (R$ 349 bilhões), Defesa (R$ 53 bilhões), Transição e Segurança Energética (R$ 540 bilhões) e Inclusão Digital e Conectividade (R$ 28 bilhões).

“Crescer de maneira correta é crescer reduzindo as desigualdades. Com o novo PAC, o Brasil voltará a crescer e vai retomar conquistas perdidas ao longo dos últimos anos”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além de Lula e Medronho, estiveram presentes na cerimônia de lançamento do Novo PAC a ex-presidente Dilma Rousseff, hoje titular do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), sediado em Xangai, na China; o vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates; o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; o presidente da Finep, Celso Pansera, além de diversos ministros, governadores, prefeitos, deputados e vereadores.

O Conexão UFRJ acompanha o Novo PAC na UFRJ e trará reportagens sobre as obras na instituição.

Em viagem a Brasília, reitor em exercício participa de encontros institucionais

Na quinta-feira, 16/2, o reitor em exercício da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Frederico Leão Rocha, esteve em Brasília para uma série de compromissos institucionais. Entre eles, destacou-se o encontro com a ministra dos Esportes, Ana Moser. Juntamente com o professor Henrique Marcelo, os três conversaram sobre o investimento no Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), do Instituto de Química (IQ/UFRJ). Recentemente, o LBCD recebeu, mais uma vez, acreditação internacional, como o Conexão UFRJ destacou.

De acordo com Rocha, o laboratório sofreu com a falta de recursos a partir de 2017, quando foi descontinuado o aporte financeiro anual de R$ 5 milhões concedidos pelo Ministério da Educação (MEC). Desde então, o gerenciamento do espaço tem sido da própria Universidade, que, com as reduções orçamentárias sofridas nos últimos anos, considera inviável a manutenção predial do local e de seus equipamentos. O LBCD foi o responsável pelos testes antidopagem nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 na cidade do Rio de Janeiro. A ministra, convidada para visitar as instalações do laboratório, comprometeu-se em ajudar na retomada desse legado olímpico.

O reitor em exercício também esteve com Esther Dweck, ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos do Brasil e professora do Instituto de Economia (IE/UFRJ). O encontro foi para tratar de assuntos referentes à carreira dos técnicos-administrativos em Educação, visando à sua valorização.

Por fim, Rocha participou de  reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos. No encontro, além de reforçar a necessidade de debate dos aspectos que dizem respeito à carreira das mulheres na ciência e tecnologia, como o direito à licença-maternidade, a ministra comunicou aos reitores o reajuste financeiro e o aumento no número de bolsas de ensino, pesquisa e permanência, anunciado oficialmente pelo presidente da República no Palácio do Planalto. De acordo com o governo federal, a previsão é de que o investimento gire em torno de R$ 2,38 bilhões, com recursos do MEC e do MCTI.

Em carta, reitora Denise Pires de Carvalho despede-se da comunidade da UFRJ para assumir cargo no MEC

A professora Denise Pires de Carvalho despede-se, nesta semana, do cargo de reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro em discurso na primeira reunião ordinária do Conselho Universitário (Consuni), marcada para a próxima quinta-feira, 9/2. A primeira mulher a ser reitora da centenária UFRJ assumiu a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC) do atual governo federal. O professor Carlos Frederico Leão Rocha assumiu a Reitoria como vice-reitor e deverá ser nomeado reitor pro tempore nos próximos dias.

Leia carta na íntegra:

Nesta semana, despeço-me do cargo de reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Agradeço a cada um de vocês da comunidade acadêmica: estudantes da educação infantil à pós-graduação, técnicos, docentes e terceirizados. 

Neste momento, o processo eleitoral para a próxima Reitoria se iniciaria, e eu recebi o honroso e irrecusável convite para me tornar secretária de Educação Superior do Ministério da Educação do atual governo, da “União e Reconstrução” nacional. Agradeço a confiança do ministro Camilo Santana e, em especial, ao vice-reitor e a toda a minha equipe que trabalhou nesses mais de três anos e meio com muita dedicação e perseverança. Enfrentamos muitos desafios juntos, desde os herdados déficits orçamentários e problemas na infraestrutura física da UFRJ à pandemia da covid-19 e aos sucessivos cortes orçamentários. 

Fomos corajosos e criamos novos editais de assistência estudantil durante a covid-19, que compuseram o maior aparato assistencial do país no período. Retomamos várias obras paradas, dentre as quais a da residência estudantil que está duplicando a oferta de vagas aos estudantes em 2023-1. Vencemos essa batalha! Continuaremos na luta pela universidade pública, laica, inclusiva, gratuita, de muita qualidade e engajada socialmente.

Durante o meu mandato que agora termina, nosso colegiado máximo foi respeitado nas suas decisões e a democracia interna se consolidou. Aprovamos o nosso primeiro Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI UFRJ), a Política de Inovação da UFRJ, institucionalizamos a Decania Multidisciplinar de Macaé com as suas diversas instâncias acadêmicas, retomamos diversas reformas prediais paradas e aprovaremos, em breve, o Plano Diretor 2030. O Inova-UFRJ foi criado e os laboratórios compartilhados estão regulamentados.

Ao longo desses anos, pudemos vivenciar alguns momentos de muita representatividade para a UFRJ, como: o centenário da Universidade e o melhor desempenho da instituição no World University Ranking 2023. A Universidade subiu 36 posições no renomado QS, além de ter se mantido como a melhor federal do país. Além disso, após décadas de impasses e exigências cartoriais, que impediam o registro da Ilha da Cidade Universitária em nome da UFRJ, enfim conseguimos registrar o título de propriedade sobre o imóvel, após satisfeitas todas as exigências.

Com vistas a garantir que a UFRJ seja cada vez mais plural, criamos a Ouvidoria da Mulher, visando fomentar debates e ações voltadas à equidade de gênero. No intuito de aperfeiçoar as políticas estudantis, iniciamos as tratativas para o novo Restaurante Universitário (RU) no campus Cidade Universitária, na área do antigo Burguesão. Buscando aumentar a inclusão, aprovamos as cotas nos cursos de mestrado e doutorado. 

Nosso Museu Nacional (MN) está sendo restaurado e ganhamos um novo campus de pesquisa e ensino para suas diferentes áreas acadêmicas, no Maracanã. A Comissão Própria de Avaliação (CPA) se fortaleceu e, pela primeira vez, elaborou um relatório que reflete as atividades de todas as instâncias acadêmicas. 

A comunicação da UFRJ também se fortaleceu e hoje compõe uma superintendência-geral, responsável pela construção e implementação da política de comunicação da Universidade e pelo nosso portal, que hoje é trilíngue. Aliás, a UFRJ se internacionalizou ainda mais. Criamos a Superintendência-Geral de Relações Internacionais, com atuação geopolítica estratégica e a implantação de diversas ações com protagonismo. Nosso Fórum de Ciência e Cultura (FCC) se ampliou, com a criação de diversas cátedras no Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE) e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) − um novo regimento foi elaborado.

A verdadeira indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão marcou esses últimos anos. As atividades remotas foram implantadas para enfrentar a pandemia, em brava atitude urgente e necessária à retomada do ensino e da extensão nos diferentes níveis. Surgiu, na UFRJ, o Festival do Conhecimento, para mostrar o que fazemos de melhor: expandir as atividades além-muros. Os estudantes foram respeitados nas suas demandas acadêmicas de ensino básico, da graduação e da pós-graduação. Apesar de todos os problemas orçamentários, nossas unidades de saúde foram fundamentais nesses tempos distópicos, o que muito orgulha a nossa instituição. Nossos profissionais de saúde atenderam a sociedade com muito comprometimento e atuaram em conjunto para diagnosticar, tratar e vacinar a população, reinventando-se durante a pandemia. Os voluntários e todos os coordenadores dessas ações foram imprescindíveis naquele momento de muitas perdas. 

A produção artística e cultural também se adaptou e cursos de Música e Belas Artes puderam acontecer de maneira remota durante o distanciamento interpessoal que foi necessário. A pesquisa nunca parou e inúmeros novos projetos foram desenvolvidos, gerando novos testes diagnósticos, produzindo álcool de qualidade e a vacina UFRJ-vac, que em breve passará por testes clínicos. 

Com relação à governança e gestão, triplicamos, em 2021, nossa performance no Índice Integrado de Governança e Gestão Públicas (iGG), tendo saltado de 18 (nível inicial), em 2018, para 57% (nível intermediário) de aproveitamento. Em governança e gestão orçamentárias, critério novo do indicador integrado do Tribunal de Contas da União (TCU), a UFRJ obteve índice de aproveitamento de 91,6%.

Avançamos no combate às fraudes nas cotas étnico-raciais e implantamos políticas de heteroidentificação no acesso aos cursos de graduação e pós-graduação. Nos concursos públicos, modificamos a resolução do Conselho Universitário para que haja a efetiva reserva de vagas prevista na lei. Como resultado, nesses últimos concursos aconteceram inequívocos avanços na inclusão étnico-racial.

Agradeço pela parceria que construímos ao longo dos anos e pelo apoio em momentos difíceis, quando as diferenças foram deixadas de lado para atuarmos de forma uníssona, principalmente durante o enfrentamento à covid-19 e ao desastre ocorrido em Petrópolis, quando mais de 240 pessoas morreram e milhares de famílias ficaram desabrigadas e desalojadas. Juntos, arrecadamos quatro toneladas de alimentos para ajudar as vítimas. Agradeço aos participantes e coordenadores dos grupos de trabalho para enfrentamento da covid-19, para o retorno pós-pandemia e sobre políticas de parentalidade e direitos humanos. Foram tempos difíceis, mas a comunidade unida conseguiu vencer todos esses enormes desafios. 

Destaco, ainda, a aprovação da política de gestão de riscos;  a criação e a multiplicidade de Grupos de Trabalho (GTs); a criação do Instituto de Futuros, para pensar novos horizontes para a sociedade brasileira; a implantação global do Sistema Eletrônico de Informação (SEI), eliminando processos físicos; a certificação da UFRJ com o selo ODS, de Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas (ONU); a criação da Superintendência de Planejamento, no âmbito da Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3), justamente para fazer valer a palavra “planejamento” no nome da pró-reitoria e ter um órgão focado no tema; a regulamentação do compartilhamento de laboratórios da UFRJ para pessoas físicas, empresas e instituições científicas, tecnológicas e de inovação, em atendimento ao Marco Legal de CT&I; o lançamento do Conecta UFRJ, que apresenta as pesquisas produzidas pela Universidade e facilita o mapeamento das competências, possibilitando parcerias com instituições públicas e privadas.

Parabenizo a comunidade acadêmica pela manutenção da elevadíssima produção científica, artística, tecnológica e cultural. As ações desempenhadas pelas áreas administrativas das pró-reitorias, da Prefeitura Universitária (PU), do Complexo Hospitalar e da Saúde (CHS), do Escritório Técnico da Universidade (ETU) e da Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (Stic) foram fundamentais. Avançamos na consolidação do Complexo de Formação de Professores (CFP) e temos atualmente várias ações em rede que muito orgulham nossos cursos de licenciatura. 

Despeço-me da Reitoria da UFRJ com a certeza de que estamos muito diferentes de 2019. Avançamos em muitas questões acadêmicas e administrativas. No entanto, há muito trabalho pela frente. Dados obtidos pelo grupo de estudo da UFRJ confirmam altas taxas de evasão e retenção nos cursos da Universidade, e essa questão precisa ser enfrentada com determinação e seriedade. O ensino superior é uma das mais efetivas formas de mobilidade social. Não podemos continuar perdendo jovens talentos no Brasil. Será necessária a ampliação da política de assistência estudantil, visando à permanência e conclusão dos cursos. Que possamos continuar esse processo coletivo que visa ao fortalecimento da instituição, à reforma na sua infraestrutura e nos seus cursos. O século XXI chegou, mas muitas das nossas práticas permanecem no passado. 

Durante este mandato, tivemos a honra de trabalhar com uma comunidade vibrante e dedicada. Estamos orgulhosos do progresso alcançado juntos. Desejamos mais sucesso e realizações futuras e esperamos continuar acompanhando de perto os feitos da UFRJ. Obrigada por sua dedicação e apoio incansável!

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