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Direto da Reitoria

Parecer técnico inviabiliza consulta eletrônica sobre Ebserh pelo sistema e-voting

Os debates previstos para apresentar à Universidade os prós e contras à adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares continuam

Em reunião realizada na sexta-feira (24/11) com representantes da Adufrj, do Sintufrj, da Associação de Pós-Graduandos da UFRJ (APG) e do DCE, o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, apresentou o parecer técnico da Superintendência-Geral de Tecnologia da Informação e Comunicação (SGTIC) e da Superintendência-Geral de Comunicação Social (SGCOM), que inviabiliza a realização da consulta eletrônica ao corpo social da UFRJ para opinar sobre a adesão, ou não, à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Estão mantidos os debates previstos para apresentar à comunidade universitária os prós e contras à adesão, estando o próximo já marcado para o dia 30/11, na Escola de Química, sala E212, no Centro de Tecnologia (CT). 

De acordo com o parecer, a consulta eletrônica seria abrangente a toda a comunidade:  69 mil estudantes, 9 mil técnicos-administrativos e 4,5 mil professores, um elevado número de participantes para um único pleito. Identificou-se uma série de obstáculos, entre eles o fato de o sistema UFRJ e-voting ainda não ter sido utilizado em uma pesquisa com mais de 20 mil participantes concomitantemente. No documento, há a explicação de que o sistema é utilizado em ocasiões realizadas em curto prazo, quando é possível selecionar a categoria votante e impedir que uma mesma pessoa vote mais de uma vez. 

Segundo os técnicos da SGTIC, na consulta para indicar os candidatos a reitor e vice-reitor realizada neste ano, com uso das urnas eletrônicas do TRE-RJ, foram necessários mais de dois meses para verificação e alocação dos participantes na categoria adequada. Somada a esses contratempos, a onda de calor, que assolou grande parte do país, provocou a interrupção do fornecimento de energia na região onde está localizada a Cidade Universitária, causando instabilidade no Data Center da Universidade e necessidade de atualização de dados, o que demonstra o risco de se fazer uma consulta dessa magnitude em tão pouco tempo e com as condições de infraestrutura tecnológica que possuímos atualmente.

Diante da informação, os representantes sindicais e estudantis indagaram o reitor sobre a possibilidade de alterar a data de votação, prevista para o dia 7/12. Roberto Medronho ponderou que estender o prazo apenas para realizar a consulta pública implica alterar todo o planejamento para o ano que vem. “Existem questões orçamentárias e de alto impacto no planejamento financeiro de 2024 que precisam ser levadas em consideração. Lembro que houve bastante tempo para que as pessoas procurassem compreender e debater sobre o assunto, desde 2021, quando o processo de negociação com a Empresa foi retomado com a autorização do Consuni”, afirmou.