É com profundo pesar que a Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informa o falecimento do professor emérito Edwaldo Machado Cafezeiro, aos 93 anos, na madrugada desta sexta-feira (16/2). O ex-diretor da Faculdade de Letras, cargo que assumiu em 1986, era conhecido pelo bom humor e generosidade com as pessoas. Os mais íntimos chamavam-no apenas de “Café”.
Outra característica de Cafezeiro era a enorme preocupação social, sendo um grande defensor da universidade pública, gratuita e de qualidade. Ele estimulou a inclusão de grupos afro-brasileiros na Faculdade de Letras e acolheu na unidade um dos nomes de referência sobre o estudo da cultura africana no país, o professor Joel Rufino dos Santos. O diretor teatral e apresentador de televisão brasileiro Aderbal Freire Filho, perseguido nos anos difíceis da ditadura, também foi outro nome que ganhou abrigo na UFRJ graças a Cafezeiro.
O baiano Edwaldo Cafezeiro tinha paixão pela análise da variação linguística do Português no Brasil e também pelo teatro. Além de professor de Língua Portuguesa, ele tinha pós-doutorado em Teatro Medieval Português pela Universidade de Lisboa, tendo lecionado História do Teatro no Conservatório Nacional de Teatro (antiga Uni-Rio). Cafezeiro era casado com a professora Carmem Gadelha, da Escola de Comunicação da UFRJ, com quem teve o filho Fausto Gadelha Cafezeiro. Do primeiro casamento, com Alice Cafezeiro, ele deixou duas filhas, Isabel e Marília Cafezeiro.