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Direto da Reitoria

Integrantes da reitoria visitam o Colégio de Aplicação da UFRJ

No encontro, docentes e pais de alunos reivindicam melhorias na infraestrutura do prédio do CAp, na Lagoa

O Colégio de Aplicação (CAp) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Lagoa, recebeu na quarta-feira, 30/7, a visita de integrantes da reitoria da instituição. O objetivo foi observar e discutir a situação do colégio, e buscar soluções para as demandas mais urgentes junto aos alunos, pais e professores. Além do reitor da UFRJ, Roberto Medronho, também participaram do encontro a vice-reitora, Cássia Turci, pró-reitores e representantes do Escritório Técnico da Universidade (ETU).

A visita começou com um tour pelas instalações do CAp. A comitiva percorreu as obras de reconstrução da parte do muro da escola, que desabou no fim de junho deste ano. Em seguida, visitaram os espaços destinados à recreação e as salas de aula e dos professores. As principais reivindicações feitas por docentes e pais de alunos referem-se à infraestrutura precária do prédio, como a falta de espaço adequado para a Educação Infantil, ausência de refeitório, rachaduras no chão e nas paredes das salas, infiltrações e rede elétrica obsoleta. 

Comitiva realizou um tour pelas instalações do CAp | Foto: Divulgação (SGCOM/UFRJ)

Em sua fala, Medronho fez uma apresentação mostrando as dificuldades da Universidade que, ao longo dos últimos 12 anos, teve seu orçamento cortado pela metade. Ele ressaltou o esforço feito pela reitoria e órgãos diretivos da instituição para que as demandas do CAp possam ser atendidas. “Lutaremos com todo o esforço para que tenhamos aqui um espaço mais digno de trabalho, de pesquisa, de ensino, de extensão para todo o corpo social”, disse o reitor. 

Uma das iniciativas é a transferência do segmento de Educação Infantil para o campus da Ilha do Fundão. A licitação para contratação da empresa que realizará a obra do novo espaço já foi finalizada, e a expectativa é de que o projeto seja apresentado em sete meses. “Estamos procurando outros espaços; estamos muito empenhados nisso”, afirmou a vice-reitora. 

No encontro, a diretora geral do CAp, Cassandra Pontes, e a vice-diretora, Marina Campos, apresentaram dados sobre o funcionamento do colégio, que foi criado há 77 anos. Atualmente há 32 turmas, da Educação Infantil ao Ensino Médio. Das 818 vagas disponíveis em 2025, 661 estão ocupadas. O colégio conta com 55 estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (autistas), e com altas habilidades (superdotação). Há 59 servidores técnico-administrativos e 93 docentes docentes efetivos atuando no local.

“A partir de muito da escuta e do levantamento que fizemos em plenária, mostramos desafios estruturais, operacionais e de assistência que o colégio enfrenta atualmente. Um deles é a ausência de sede própria que compromete todas as possibilidades que a gente tem de ampliação desse espaço”, afirmou Marina Campos. Desde 1962, o colégio funciona na rua J.J. Seabra, na Lagoa, em prédio cedido pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

Participantes do encontro visitaram as salas de aula e dos professores | Foto: Divulgação (SGCOM/UFRJ)

Após o tour pelas instalações do CAp, André Uzêda e Renata Flores, que representaram o coletivo docente do colégio, fizeram um histórico dos problemas estruturais da escola. Eles observaram ainda que enfrentam dificuldades para realizar atividades comuns, agravadas pela falta de internet, espaço físico e de maquinário para fazer cópias. 

Grupos de representantes dos pais de alunos também se manifestaram. Além de questões referentes à alimentação dos estudantes, eles apontaram como um dos problemas a localização do colégio, o que afeta principalmente o cotidiano dos pais de estudantes atendidos pelo Núcleo de Educação Especial e Inclusiva (NEEI).  Muitas mães saem de outros municípios, e aguardam os filhos em uma praça em frente ao CAp durante todo o período letivo do dia.

A previsão é que novos encontros entre a equipe da reitoria, pais, alunos e professores do CAp sejam realizados para acompanhar as melhorias das instalações e as demandas do corpo social.