Por um mundo multipolar

“A Universidade Federal do Rio de Janeiro está alinhada com a criação de um mundo multipolar”. Essa afirmação foi feita nesta segunda-feira, 8/12, pelo reitor da UFRJ, Roberto Medronho, durante o Brazil–China Science and Technology Innovation Forum, realizado no auditório do Centro de Convenções do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), na Cidade Universitária. Na ocasião, a Minerva também foi representada pela diretora de tecnologia e inovação do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe),  Marysilvia da Costa.  

O evento, que reúne executivos, pesquisadores e representantes do segmento, reforça a colaboração e as conexões estratégicas entre a UFRJ, por meio da Coppe; a Petrobras; a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC), empresa petrolífera chinesa; e a China University of Petroleum (CUP). Entre as temáticas abordadas na programação, destacam-se apresentações sobre o futuro da energia e a utilização de inteligência artificial no setor.

Diretora de tecnologia e inovação da Coppe, Marysilvia da Costa, no Brazil–China Science and Technology Innovation Forum

Durante seu discurso, Medronho frisou a ampla colaboração existente entre as instituições de ensino de ambos os países do Sul Global, citando ainda a criação do Instituto de Engenheiros de Alto Desempenho, fruto de uma parceria entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva,  e o da China,  Xi Jinping. Além disso, em sua fala também houve destaque à consolidada relação da UFRJ com a Petrobras: 

“É com muita honra que nós, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, através da parceria com a Petrobras, com as universidades e com as empresas chinesas, estamos  buscando avançar não apenas nas questões de prospecção de óleo e gás, mas principalmente, no que se refere à sustentabilidade, à transição energética e aos novos combustíveis. Hoje temos grandes desafios na área de engenharia e sustentabilidade, mas sem dúvida, o Brasil e a China podem dar lições não só para os países do BRICS, mas para todo o mundo. Não queremos mais parcerias em que haja uma dominação, ao contrário, queremos cooperação! É por meio do respeito à diversidade, às especificidades de cada povo, cultura e história, que conseguiremos construir um mundo melhor, mais fraterno, mais justo e mais sustentável”, enfatizou o reitor da UFRJ, que também  integra o Conselho Econômico de Desenvolvimento Social e Sustentável do Governo Federal. 

Cooperação: linha mestra para transformação social

Na última sexta-feira, 05/12, o gabinete da Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro sediou o encontro entre os responsáveis pela administração central de duas expressivas instituições de ensino do Sul Global: Roberto Medronho, da UFRJ; e LI Luming, da Universidade de Tsinghua, considerada a 12ª melhor do mundo. Além dos dois reitores, a reunião também contou com a presença de uma delegação chinesa; do superintendente-geral de relações internacionais da UFRJ, Papa Matar Ndiaye; e da representante do Centro China Brasil, Rejane Rocha.  

A ocasião foi mais uma oportunidade para estreitar a cooperação relacionada às atividades de ensino, pesquisa e inovação entre as respectivas universidades. O entrosamento, em consonância com as diretrizes do Governo Federal em fortalecer os laços com os integrantes do BRICS, vem sendo construído de modo bilateral, por meio de viagens e do reconhecimento das potencialidades locais e culturais.

Delegação da Universidade de Tsinghua com representantes da UFRJ | Foto: Sonia Toledo

Durante sua fala, Medronho lembrou a recente visita feita pelo presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, e o fato de o Conselho Universitário (Consuni) ter decidido conceder o título de Doutor Honoris Causa ao dirigente chinês. A experiência de ter integrado a comitiva presidencial, quando Luiz Inácio Lula da Silva esteve no país asiático, também foi citada: 

“Depois que assumi a Reitoria em julho de 2023, já visitei a China algumas vezes. Fiquei encantado com o país, não apenas pela sua cultura milenar, mas pelo seu grau de desenvolvimento social e econômico, que é uma lição para todo o mundo. Precisamos criar um mundo multipolar em que a cooperação seja a linha mestra para as transformações sociais. Precisamos aprofundar e já trabalhar para fazer os acordos específicos. Acredito que esta relação e este estreitamento ainda maior das nossas duas universidades contribuirão muito para o desenvolvimento social e econômico dos nossos países e para a construção de um mundo mais sustentável”, afirmou. 

Reunião no Parque Tecnológico da UFRJ coloca em pauta os desafios para a inovação no Brasil

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Medronho, participou, na sexta-feira, 5/12, de uma reunião do Conselho Consultivo da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), realizada no Parque Tecnológico, na Cidade Universitária. Na ocasião, foram debatidos importantes temas relacionados ao campo da Ciência, Tecnologia e Inovação, tais como o panorama dos parques tecnológicos, das incubadoras e da atividade de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no Brasil. 

Em sua fala, o reitor Roberto Medronho destacou o papel das universidades no fortalecimento do ambiente de inovação nacional. Para ilustrar o potencial inovador da UFRJ, Medronho citou o desenvolvimento de um respirador por pesquisadores da Faculdade de Medicina, em parceria com a Coppe, durante a pandemia. O equipamento passou por todas as etapas regulatórias e chegou a ser utilizado em pacientes, mas não se transformou em produto comercial.

“Virou produto? Não. A pandemia acabou e a gente continua dependendo dos respiradores importados. Então essa questão da indústria, da cooperação com a indústria é absolutamente fundamental”, observou, ressaltando a urgência de uma maior integração com o setor produtivo. 

O reitor defendeu, ainda, o aprimoramento do modelo de financiamento à pesquisa no Brasil – apesar de considerar os editais atuais democráticos e indispensáveis. Propôs um novo modelo baseado em cooperação, no qual laboratórios e pesquisadores poderiam unir suas expertises para formar consórcios capazes de enfrentar desafios estratégicos para o país, especialmente aqueles ligados à agenda da Nova Indústria Brasil.

Durante a reunião do Conselho, Medronho também questionou o paradigma tradicional que vincula aquisição de equipamentos à produção de publicações científicas. Para ele, esse mecanismo melhora o currículo individual do pesquisador, mas gera pouco retorno real para a sociedade. “É preciso repensar esse modelo e orientar o financiamento para o impacto social e para o desenvolvimento nacional”, afirmou.

Os ambientes de inovação no Brasil

Um dos pontos altos do debate da última sexta-feira foi a apresentação da engenheira e presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Adriana Ferreira de Faria, que apresentou um diagnóstico detalhado sobre o ecossistema brasileiro de ciência, tecnologia e inovação. 

Na ocasião, Adriana, que é também professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e diretora do Parque Tecnológico vinculado à instituição, compartilhou os resultados de um estudo que a Universidade desenvolve desde 2016 em cooperação com o MCTI, dedicado ao monitoramento contínuo dos parques tecnológicos e, mais recentemente, das incubadoras de empresas no país. 

De acordo com a engenheira, o Brasil permanece estagnado em indicadores internacionais: “O Brasil está na posição 52 do ranking global de inovação. E o mais grave é que, em 2011, estávamos em 47º. Ou seja, não apenas não avançamos – retrocedemos”, reforçou. Apesar do crescimento expressivo no número de titulados e da maior participação em publicações científicas, esses avanços não se refletem em inovação.

Diante desse cenário, Adriana enfatizou o papel estratégico dos ambientes promotores de inovação como intermediadores fundamentais entre universidades, empresas e governo. Parques tecnológicos, incubadoras, aceleradoras e Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) são, segundo ela, estruturas capazes de transformar conhecimento científico em impacto econômico – desde que recebam o apoio institucional e financeiro necessário para operar de forma sustentável. 

“A lei obriga as universidades a terem políticas de inovação, mas não existe orçamento para isso. Parques tecnológicos e incubadoras simplesmente não fazem parte da matriz orçamentária federal”, apontou.

Posse aos novos membros

No mesmo encontro que debateu os desafios à inovação no Brasil, a Finep empossou os novos membros do seu Conselho Consultivo, dentre os quais está o reitor da UFRJ, designado como representante da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Presidido por Luiz Antônio Elias, o Conselho Consultivo da Finep reúne representantes de ministérios, agências, entidades científicas, empresariais e do corpo funcional da instituição, atuando como um espaço estratégico de orientação, diálogo e construção coletiva das políticas de fomento à inovação no país.

O presidente da Finep, Luiz Antônio Elias, e o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, que tomou posse no Conselho Consultivo da agência pública | Foto: Sonia Toledo

UFRJ celebra cinco anos do Instituto de Computação 

Uma cerimônia nesta segunda-feira, 1º/12, no Auditório Horta Barbosa, do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), comemorou os cinco anos do Instituto de Computação (IC). Criado da transformação do Departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática (IM), foi instituído em 10/12/2020 com caráter permanente. Atualmente, está localizado na primeira ala do bloco E do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN).

Um vídeo institucional, apresentado no início da celebração, mostrou como foi a história do Departamento de Ciência da Computação e como se deu a criação do IC. No início da década de 1970, a computação na UFRJ se destacou pela ênfase inédita em computação aplicada, o que impulsionou a criação do curso de Informática em 1974 e, posteriormente, da secretaria do então departamento, inaugurada em 1988, quando o setor ganhou seu primeiro espaço próprio. O avanço institucional prosseguiu com a criação do Programa de Pós-Graduação em Informática em 1997 e do doutorado em 2010, fortalecendo a área.

Mesa solene da cerimônia que comemorou os 5 anos do Instituto de Computação da UFRJ | Foto: Ani Coutinho (SGCOM/UFRJ)

A proposta de transformar o Departamento de Ciência da Computação em Instituto de Computação amadureceu ao longo de anos e foi finalmente aprovada pelo Conselho Universitário em dezembro de 2020, após discussões intensas, especialmente entre 2019 e 2020, durante a pandemia. Os primeiros anos do novo instituto foram marcados por desafios estruturais e orçamentários, atendendo mais de 600 estudantes de graduação e cerca de 200 da pós-graduação. Desde então, o IC tem ampliado sua atuação acadêmica, administrativa e curricular, consolidando-se como unidade essencial da UFRJ.

“A história do Instituto de Computação se confunde com a do Departamento de Ciência da Computação. Na verdade, deveríamos estar celebrando 50 anos, contando desde a criação do departamento. Hoje, tecnologicamente, temos uma outra realidade do que existia naquela época. O IC está inserido em uma área em que pode ajudar muito o desenvolvimento da UFRJ, seja a partir de softwares ou da integração com outros setores da Universidade, como a Superintendência-Geral de Tecnologia de Informação e Comunicação (SGTIC) e também as pró-reitorias. Nós precisamos trabalhar para ter uma melhor infraestrutura física, porque já temos o capital humano, que é o que nós temos de maior valor aqui na UFRJ”, disse o reitor da UFRJ, Roberto Medronho.

Além do reitor e da vice-reitora, Cássia Turci, também compuseram a mesa solene o decano do CCMN, Josefino Cabral Melo Lima; a diretora do IC, Anamaria Martins Moreira, e a vice-diretora do Instituto, Carla Amor Divino Moreira Delgado. Eles apontaram os desafios  enfrentados, como a atual estrutura física do IC e o tamanho do quadro de técnicos administrativos. Enfatizaram ainda o papel do Instituto em ampliar oportunidades e parcerias, e reforçaram o compromisso com a excelência acadêmica, com a interação com a sociedade e com a contribuição estratégica para a UFRJ. Uma representante do Centro Acadêmico de Informática também discursou na solenidade em nome dos estudantes.

Giovana Aguiar, representante do Centro Acadêmico de Informática, discursou durante solenidade | Foto: Ani Coutinho (SGCOM (UFRJ)

A vice-reitora da UFRJ, Cássia Turci, que também é professora do CCMN, destacou a importância da criação do bacharelado em Inteligência Artificial no Instituto de Computação. A proposta, que já foi aprovada na congregação da unidade acadêmica, está sendo analisada pelo Conselho de Ensino de Graduação (CEG), órgão responsável por normatizar e supervisionar o ensino de graduação na Universidade.

Atualmente, o Instituto de Computação da UFRJ é responsável pelo bacharelado em Ciência da Computação, pela habilitação em Análise de Dados do bacharelado em Ciências Matemáticas e da Terra do CCMN, pelo Programa de Pós-Graduação em Informática, por disciplinas de cálculo numérico e computação para diversos cursos de Engenharia da Escola Politécnica, e por disciplinas de computação para os cursos de Astronomia, Biofísica, Física, Matemática, Meteorologia, Nanotecnologia e Química.

Reitor dá posse à nova direção da Faculdade de Letras

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Medronho, participou na quarta-feira, 26/11, da cerimônia de posse do novo diretor da Faculdade de Letras (FL), Roberto de Freitas Júnior, e da vice-diretora, Bianca Graziela Souza Gomes da Silva. A solenidade marcou o início da nova gestão e reafirmou o compromisso da Universidade com o fortalecimento das humanidades, da inclusão e da qualidade acadêmica.

A solenidade começou com apresentações que traduzem a vocação da Faculdade de Letras para integrar arte, linguagem e inclusão. Projetos de extensão como o SinalArt, coordenado por Valeria Fernandes Nunes, e o TradInter Lab, coordenado por Adriana Baptista de Souza, envolveram o público em um momento sensível e simbólico, com a participação do mestre de cerimônias surdo Thiago Cardoso, de Glênia Sessa e da aluna Rebeca Pimentel. A cena reforçou a Letras como espaço de acolhimento, acessibilidade e pluralidade linguística, em sintonia com a defesa da educação pública inclusiva que atravessou todos os discursos.

Posse foi marcada por apresentações que traduzem a vocação da Faculdade de Letras para integrar arte, linguagem e inclusão | Foto: Moisés Pimentel (SGCOM/UFRJ)

Em sua fala, o reitor, Roberto Medronho, ressaltou a importância estratégica da Faculdade de Letras para a UFRJ e para o país. Ele recordou a trajetória histórica da unidade, marcada pela diversidade e pelo vínculo permanente com a vida cultural do Rio de Janeiro, e destacou o esforço da gestão em reduzir desigualdades internas de infraestrutura, ampliando investimentos nas áreas das humanidades. 

Medronho reforçou que uma universidade plena integra ciência, tecnologia, arte e cultura, e afirmou que a Letras desempenha papel central nessa missão. “Para ser uma verdadeira universidade, é preciso ter humanidades, arte e cultura. Sem isso, ficamos capengas”, afirmou o reitor. 

Ao tomar posse na direção da Faculdade de Letras, Roberto de Freitas expressou gratidão pela confiança da comunidade acadêmica e reafirmou o compromisso de conduzir uma gestão plural, democrática e transparente. Em seu discurso, o novo diretor destacou o papel da faculdade na investigação das línguas, literaturas, discursos e formas de expressão que moldam a compreensão do mundo. Lembrou ainda que, em um cenário marcado por desinformação e polarização, o trabalho desenvolvido na área das humanidades é essencial para a defesa dos direitos, da democracia e da formação crítica.

A cerimônia contou com a presença da vice-reitora, Cássia Turci; do decano do Centro de Letras e Artes, professor Afrânio Gonçalves Barbosa; da diretora e do vice-diretor da gestão 2021–2025, Sônia Cristina Reis e Humberto Soares da Silva; além de docentes, técnicos, estudantes, familiares e convidados.

Medronho recebe delegação de universidade francesa

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Medronho, recebeu nesta quarta-feira, dia 26/11, uma delegação da Universidade Paris 8. A instituição francesa, especializada em humanidades, artes e ciências sociais e políticas, quer ampliar as relações com a UFRJ. Há interesse mútuo em realizar, inclusive, acordos voltados à pesquisa científica. Atualmente, a Paris 8 tem um acordo de intercâmbio acadêmico com a universidade brasileira. 

Para Roberto Medronho, “é muito importante estreitar as relações com a Paris 8, especialmente na área de humanidades, pontos fortes das duas instituições”, analisou.

Participaram da reunião, pela Paris 8, o pró-reitor, Arnaud Laimé e as professoras Delphine Leroy, Paola Garcia, Ilaria Pirone e Nelly Porta, diretora de Relações Internacionais. Pela UFRJ, além do reitor, participaram também o pró-reitor de Políticas Estudantis, Eduardo Mach, e o titular em exercício da Superintendência Geral de Relações Internacionais (Sgri), Guilherme Ramos. A intermediação do encontro ficou a cargo do adido para Cooperação Científica do Consulado da França no Rio, Vincent Brignol.

A Sgri está desenhando novos acordos da UFRJ com a universidade francesa, para além do intercâmbio acadêmico.

Internacionalização em alta e nova fase da gestão de pessoal marcam plenária da UFRJ

O auditório da Escola de Química, no Centro de Tecnologia (CT) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sediou, na manhã desta terça-feira, 25/11, a plenária de decanos e diretores da instituição. Na ocasião, foi apresentado o balanço da internacionalização da UFRJ, por meio da formalização de convênios e acordos com universidades de países da Europa, Ásia e África. Foi apresentado também o aprimoramento de ferramentas para gestão de pessoal e passados informes diversos. Representantes dos campi de Macaé acompanharam a reunião de forma remota.

Durante a plenária, o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, expressou seu otimismo e paixão pela Universidade. “Estamos trabalhando para azeitar os processos para que a máquina flua bem. Estou muito otimista com 2026. Não tivemos, em 2025, problemas com falta de pagamento das contas de água e luz. Entramos o ano zerados com a Light, algo inédito na história recente da UFRJ”, disse o reitor.

Medronho renovou o desejo de ver a UFRJ cada vez mais forte. “Queremos ver a UFRJ brilhar. Subimos 70 posições no ranking de melhores universidades do mundo, apesar do orçamento não suficiente. Veja o que é polilaminina, da pesquisadora Tatiana Sampaio. Se testada em larga escala e confirmada a sua aplicabilidade, será um passo para conseguirmos o Prêmio Nobel. Portanto, temos muito o que comemorar”, enalteceu.

O superintendente-geral de Relações Internacionais, Papa Matar, apresentou, durante a plenária, um balanço das atividades da SGRI, que vem propiciando a a capilaridade e internacionalização da UFRJ. De 2023 até agora, a instituição fechou dezenas de convênios e protocolos com inúmeras universidades da Europa, África e especialmente com países do BRICS.

Papa reforçou ainda a existência de cinco vagas com bolsa para a Université Côte d’Azur (UCA). As vagas são destinadas a estudantes de graduação interessados em participar do Global Leadership Summer School Program da Université Côte d’Azur (UCA), na França, entre 6 e 24/7/2026.

Todos os acordos e protocolos fechados pela SGRI estão disponíveis na página da Superintendência. Basta acessar https://internacional.ufrj.br. As oportunidades estão detalhadas também no https://www.instagram.com/ufrjinternacional?igsh=MWRycDluMDMyYm1jaQ==.

A PR-4 apresentou os aprimoramentos e a importância da atualização dos painéis estatísticos para a gestão e desempenho da UFRJ. Tais painéis de pessoal são atualizados regularmente, garantindo informações confiáveis. Eles fazem parte da transparência ativa da Pró-Reitoria de Pessoal, em conformidade com a Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação – LAI).

A PR-4 disponibiliza em sua página, além do Painel Estatístico de Pessoal, o Painel de Movimentação, Alocação e Provimento, o Painel do Programa de Gestão e Desempenho e o Painel Epidemiológico da CPST. Juntos, eles promovem o acesso aberto e a gestão eficiente.

Na plenária de hoje, a pró-reitora de Pessoal, Neusa Luzia Pinto, tirou dúvidas dos presentes e anunciou concurso público para a área administrativa em março de 2026.

Reitor da UFRJ cumpre agenda na Rússia e defende políticas linguísticas como estratégia diplomática

Em uma viagem marcada por compromissos acadêmicos, diplomáticos e institucionais, o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Medronho, esteve em Moscou entre os dias 11 e 18/11 a fim de participar de conferência internacional sobre a Língua Portuguesa, fortalecer parcerias com universidades russas e dialogar a respeito de temas estratégicos para as relações bilaterais. A agenda incluiu palestras, reuniões com dirigentes de importantes instituições de ensino, visita à Embaixada do Brasil e o recebimento de um título honorífico concedido pela Sociedade Naturalista da Federação Russa.

Durante a conferência, promovida pela Moscow State Linguistic University (MSLU), Medronho falou sobre a importância das políticas linguísticas para o sucesso das relações diplomáticas entre os países. A MSLU, instituição de ensino superior com a qual a UFRJ possui acordos acadêmicos, é a única no país transcontinental com um departamento ativo para o ensino de Português.

“Os planos econômico e geopolítico não bastam para uma parceria estratégica. Ela precisa ser inserida na ponte mais duradoura que a comunidade já criou: a ponte da língua e da cultura. É por isso que as políticas linguísticas assumem um papel diplomático crucial. Precisamos ultrapassar a barreira do idioma para construir uma compreensão mútua e genuína. Encorajar o ensino de Português no mundo russo e da língua russa no Brasil não é um mero exercício acadêmico. É uma ferramenta estratégica para o aprofundamento de nossas relações bilaterais”, afirmou Medronho

A fala do reitor da UFRJ ressaltou, ainda, que a Universidade é peça fundamental para a política de Estado que visa à internacionalização da Língua Portuguesa, por meio dos seus programas de Pós-Graduação em Letras Vernáculas (PPGLEV) e de Português como Língua Estrangeira (PLE), além do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), tendo em vista que a UFRJ é um dos postos aplicadores do exame do Governo Federal destinado à comprovação do domínio do idioma por estrangeiros. “A UFRJ não é apenas uma universidade; somos uma porta de entrada. O Celpe é o passaporte linguístico que valida a competência para estudar, trabalhar e investir no Brasil”, disse.

Medronho aproveitou a ida à Rússia para se reunir com representantes de outras universidades locais, como a Higher School of Economics e a University for the Humanities (RGGU), quando teve a oportunidade de ampliar as parcerias com essas instituições e de discutir caminhos para desafios globais atuais, como a dependência em relação ao dólar. No mesmo período, Medronho também visitou a Embaixada do Brasil na Rússia e recebeu o título de membro da Sociedade Naturalista da Federação Russa pelas mãos do reitor da Universidade Estatal de Moscou Lomonosov (MSU), Viktor Sadonovschy.

Agenda cheia

Assim que desembarcou em Moscou, no dia 11, Medronho reuniu-se com o reitor Nikita Anisimov e a vice-reitora Victoria Panova, da HSE (Higher School of Economics). Durante o encontro, eles discutiram a urgência de repensar a hegemonia do dólar nas transações comerciais internacionais e a importância de construir caminhos que diminuam a dependência global dessa moeda, promovendo maior equilíbrio, autonomia e soberania econômica entre os países.

No dia seguinte, Medronho teve um encontro de trabalho com o reitor Andrei V. Loginov e a equipe da Russian State University for the Humanities (RGGU) para tratar da ampliação da parceria da instituição com a UFRJ. Também houve visita ao Embaixador do Brasil na Rússia. 

Em sua palestra, durante a Conferência Internacional sobre a Natureza Policêntrica Língua Portuguesa da MSLU, Medronho ressaltou a aproximação estratégica entre Brasil e Rússia nos fóruns multilaterais. Relatou ainda a excelência do Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas da UFRJ, que reúne pesquisas avançadas em Língua Portuguesa e em literaturas de Língua Portuguesa (literatura brasileira, literatura portuguesa e literaturas africanas de Língua Portuguesa).

Ao longo da viagem, o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, reuniu-se com representantes de universidades russas, como a Higher School of Economics
O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, e o superintendente-geral de Relações Internacionais da UFRJ, Papa Matar Ndiaye, em reunião na University for the Humanities (RGGU)
Visita à Embaixada do Brasil na Rússia
O reitor da UFRJ recebe o título de membro da Sociedade Naturalista da Federação Russa pelas mãos do reitor da Universidade Estatal de Moscou Lomonosov (MSU), Viktor Sadonovschy

UFRJ inaugura Centro de Acolhimento e Suporte Acadêmico no Centro de Tecnologia

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inaugurou, na terça-feira, 4/11, no bloco A do Centro de Tecnologia (CT), ao lado do Restaurante Universitário (RU), as instalações do Casa: Centro de Acolhimento e Suporte Acadêmico. A iniciativa conjunta da Escola Politécnica e da Escola de Química, com o apoio do CT, oferece suporte psicológico e acadêmico aos estudantes de graduação das duas unidades.

O projeto, criado a partir de uma demanda dos discentes, reafirma o compromisso da UFRJ com o bem-estar e a permanência estudantil, criando um espaço de escuta qualificada e apoio integral, especialmente diante dos desafios enfrentados por estudantes do ensino superior. 

A ideia é que, futuramente, outros centros e campi da Universidade repliquem o modelo. “Nós queremos, a partir dessa experiência, expandir para toda a UFRJ. Porque os alunos estão realmente com muitas dificuldades, são jovens em um mundo distópico. São jovens em um mundo totalmente anacrônico”, afirmou o reitor da UFRJ, Roberto Medronho.

De acordo com a diretora da Escola Politécnica, Cláudia do Rosário Vaz Morgado, os benefícios dos atendimentos têm impactado positivamente o desempenho acadêmico dos estudantes. “Você pode ser um aluno muito dedicado, com muito bom desempenho, mas, sem condições físicas e mentais, fica impossível estudar. E Engenharia é um curso que exige muita dedicação”, disse Cláudia.

A diretora da Escola Politécnica, Cláudia do Rosário Vaz Morgado | Foto: Aní Coutinho (SGCOM/UFRJ)

O suporte psicológico é oferecido aos alunos por três equipes do Instituto de Psicologia (IP) da UFRJ, como parte das ações de pesquisa e extensão do programa “Promoção de Saúde Mental e Prevenção de Suicídio entre Universitários”. 

“As equipes prestam atendimento clínico em diferentes modalidades de abordagem terapêutica, tanto individual quanto em grupo, numa proposta de uma psicoterapia breve de doze sessões. Embora o atendimento psicológico seja prioritário nas nossas vidas, a demanda é muito grande e a gente teve que priorizar um modelo de atendimento mais breve”, explicou a ex-diretora do IP Ana Cunha, que coordena as ações de pesquisa e extensão no Casa.

Atualmente, o centro conta com 15 estagiários, cinco preceptores e três coordenadoras de equipe, que atuam no acolhimento dos estudantes. A expectativa é que, no semestre de 2025.2, sejam realizados aproximadamente 510 atendimentos psicológicos, considerando uma média de dez sessões por aluno atendido.

A criação do Casa também conta com o apoio do Centro Acadêmico de Engenharia (Caeng) e do Diretório Acadêmico de Engenharia Química (Daeq), que vêm colaborando com a divulgação e o fortalecimento da pauta da saúde mental no ambiente universitário.

“Sabemos que a universidade é, por natureza, um ambiente desafiador, e em especial o campo da Engenharia, marcado por intensas demandas, competitividade e pressão constante. A criação do Casa é um ato de coragem institucional e de sensibilidade humana, que nos lembra que não existe excelência acadêmica sem bem-estar; não há inovação sem pessoas emocionalmente fortalecidas. Que esse espaço seja de fato um lar simbólico dentro da UFRJ, o lugar onde a excelência e o afeto caminham lado a lado”, disse o estudante do curso de Engenharia Química e representante do Daeq Kauã Fagundes.

O estudante do curso de Engenharia Química e representante do Daeq Kauã Fagundes | Foto: Aní Coutinho (SGCOM/UFRJ)

O evento de inauguração do centro contou com a participação do reitor da UFRJ, Roberto Medronho; da vice-reitora da UFRJ, Cássia Turci; da chefe de gabinete da Reitoria, Fabiana Valéria da Fonseca; do decano do CT, Walter Issamu Suemitsu; da diretora da Escola Politécnica, Cláudia do Rosário Vaz Morgado; da diretora em exercício da Escola de Química, Andréa Medeiros Salgado; da ex-diretora do IP e coordenadora das ações de pesquisa e extensão no Casa, Ana Cunha; do diretor adjunto de políticas estudantis da Escola Politécnica, Álvaro da Silva Monteiro; e dos representantes do corpo discente Kauã Fagundes e Matheus Monteiro Nascimento. 

Na ocasião, três placas foram descerradas: a de inauguração oficial do Centro; uma em agradecimento às professoras e bolsistas do Instituto de Psicologia; e outra em homenagem à aluna Rayssa, que inspirou a criação do Casa.

UFRJ firma parceria com universidade da República Dominicana para intercâmbio acadêmico

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) formalizou nesta segunda-feira, 3/11, no Gabinete do Reitor, um convênio estratégico com a Universidade Apec (Unapec), da República Dominicana. O objetivo é ampliar a cooperação científica e tecnológica entre as instituições. O acordo prevê atividades conjuntas de ensino, pesquisa e extensão, além do intercâmbio de estudantes e docentes. Também foi assinado um memorando que visa promover a cooperação acadêmica.

Além dos reitores da UFRJ, Roberto Medronho, e da Unapec, Erik Federico Pérez Vega, o cônsul-geral da República Dominicana, Roberto Enrique Rubio Cunillera, também participou do encontro.  

O convênio prevê que, por ano, em cada instituição, até cinco alunos de graduação e pós-graduação poderão participar de mobilidade acadêmica, com duração mínima de 6 meses e máxima de 18 meses. Os participantes terão acesso às bibliotecas, laboratórios e serviços das universidades, sendo obrigatória a contratação de seguro de saúde e acidentes. A taxa de matrícula permanece vinculada à instituição de origem.

Também estão previstas trocas de até dois professores por ano, mediante elaboração de plano de trabalho com cronograma de pesquisa, atividades de ensino e extensão, e participação na formação de estudantes em diferentes níveis. O convênio incentiva, ainda, a realização de eventos científicos, bancas de avaliação, publicação conjunta de artigos e projetos de pesquisa colaborativos.

Com validade inicial de cinco anos, o acordo pode ser renovado e rescindido mediante notificação prévia de seis meses. A parceria reforça a internacionalização da UFRJ e busca fortalecer o intercâmbio acadêmico entre Brasil e República Dominicana.

Memorando estabelece bases para intercâmbio, pesquisa conjunta e cooperação institucional

O acordo firmado entre a UFRJ e a Unapec estabelece diretrizes para ampliar a cooperação acadêmica entre as duas instituições. O memorando prevê ações integradas como visitas técnicas, intercâmbio de estudantes de graduação e pós-graduação, mobilidade de docentes para ministrar aulas e participar de projetos, além do compartilhamento de informações científicas e desenvolvimento de estudos conjuntos.

Documentos foram assinados no Gabinete do Reitor | Foto: Divulgação (UFRJ) 

As duas universidades deverão elaborar acordos específicos para cada programa, definindo coordenadores responsáveis, regras para acompanhamento das ações e procedimentos de solução de eventuais conflitos. O memorando também regulamenta a propriedade intelectual relativa a pesquisas, produtos e inovações desenvolvidas em parceria, determinando que os direitos serão compartilhados proporcionalmente à contribuição de cada parte. Para fins de transparência, um extrato do memorando será publicado no Boletim da UFRJ e no Diário Oficial da União.