Vice-reitor destaca necessidade de financiamento público das universidades

O vice-reitor da UFRJ, professor Carlos Frederico Leão Rocha, publicou, nesta segunda-feira (5/7), um artigo no blog Ciência & Matemática, do jornal O Globo, em que destaca a necessidade de financiamento público à educação superior e a importância da autonomia de gestão financeira.

A cobrança de anuidade de nossos alunos parece não ser uma estratégia socialmente saudável. Decisões nesse sentido terão um custo social ou um custo de administração muito mais elevado do que qualquer benefício que possam trazer. Ao mesmo tempo, as universidades brasileiras já vêm adotando em grande medida as estratégias de financiamento de suas atividades de pesquisa que estão presentes no resto do mundo.

Carlos Frederico Leão Rocha, vice-reitor da UFRJ

Entre as informações levantadas pelo vice-reitor, ele lembra que 70% a 80% dos recursos direcionados à pesquisa nas Universidades de Massachussetts e da Pensilvânia vêm de fontes governamentais.

Rocha afirma, ainda, que “as universidades paulistas têm um sistema que vem viabilizando um desempenho superior, que consiste em garantia de um percentual da arrecadação do estado. No momento, não há nada parecido no horizonte federal. No entanto, existe, hoje, no Congresso, a Proposta de Emenda Constitucional 24/2019, de autoria da deputada Luíza Caziani que permite um aumento da autonomia. Seria interessante nossos parlamentares olharem para ela”.

Leia na íntegra aqui ou abaixo.


A Necessidade de Financiamento Público à Educação Superior e a Importância da Autonomia de Gestão Financeira

Recentemente, a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, e eu publicamos o artigo “Universidade fica inviável” n’O Globo (1), onde argumentamos que, na atual situação orçamentária, as universidades federais, principais responsáveis pela produção de ciência e conhecimento no país, ficam inviáveis. Dada a reconhecida importância dessas instituições na formação de cidadãos e cidadãs, na interação com empresas em busca de inovação e na produção de ciência básica, é fundamental uma reflexão sobre a questão orçamentária e possíveis saídas para seu futuro, tão logo o país possa voltar a pensar nele. 

Deve-se reconhecer que a Universidade não é um investimento barato. O último dado disponível no INEP, aponta que o investimento público direto em educação por estudante do ensino superior era de R$ 28 mil, cerca de quatro vezes maior do que o investimento por estudante no ensino básico. Há ponderações a serem feitas nesse caso. Em primeiro lugar, o maior custo do processo educacional é em recursos humanos. No caso do ensino superior, os recursos humanos estão dedicados não somente à formação de pessoas, mas também à pesquisa e extensão (conforme norma constitucional), os alunos de pós-graduação não são contabilizados no denominador, além desse investimento ainda estar abaixo daquele realizado nos países desenvolvidos. 

Ao tratar do tema de financiamento, surgem imediatamente propostas de cobrança de mensalidades e a possibilidade de fontes alternativas de financiamento privado para as universidades públicas. Os proponentes se baseiam no comportamento das universidades norte-americanas que, no geral, apresentam uma combinação de recursos obtidos por anuidades, fundos patrimoniais, recursos privados para pesquisa e recursos públicos. Existem, no entanto, condicionantes e mal-entendidos que não permitem uma avaliação acurada dessa questão. 

O primeiro mal-entendido é a ideia de que as universidades estadunidenses arrecadam recursos para pesquisas de fontes privadas e que as universidades brasileiras esperam as agências de financiamento público fornecerem recursos para essas atividades. Por um lado, uma averiguação do balanço de universidades do mundo yankee como University of Massachussetts e University of Pennsylvania nos mostra que 70% a 80% dos recursos direcionados diretamente à pesquisa vêm de fontes governamentais. Por outro, o mundo tupiniquim apresenta um conjunto de iniciativas que a aproximam bastante desse cenário. No caso da UFRJ, por exemplo, os recursos direcionados às fundações de apoio credenciadas superam aqueles do orçamento discricionário de investimento e custeio advindos do governo federal. Mais importante, parte expressiva desses recursos é originária de empresas privadas. Importante ressaltar a presença de parques tecnológicos em diferentes universidades, que visam justamente aproximar os processos de geração de conhecimento das atividades inovativas. Assim, nem as universidades norte-americanas são tão baseadas em recursos privados para pesquisa quanto se argumenta, nem tampouco as universidades brasileiras podem ser consideradas como tendo pouca inserção com o “mercado”. 

Cabe, aqui, no entanto, o primeiro problema a ser levantado. Enquanto nos EUA é usual a manutenção e conservação dos laboratórios universitários com recursos arrecadados dessas fontes, nas universidades federais brasileiras, esse uso é bastante restrito em decorrência, primeiro, de uma legislação que dificulta a utilização desses recursos para o custeio das atividades e pagamento de custos indiretos; segundo, das negativas governamentais em ampliar os limites de gasto das universidades em decorrência das regras fiscais excessivamente restritivas, principalmente o que ficou conhecido como teto de gastos. Entretanto, é fundamental enfatizar que, em nenhum caso, o recurso de pesquisa é utilizado para outro fim que não o de financiar a própria pesquisa. Assim é tratado aqui, assim é tratado nos EUA.  

Os fundos patrimoniais são a segunda fonte de recursos bastante propagada pelos críticos da dependência das universidades em relação ao orçamento público. De fato, algumas universidades estadunidenses apresentam cerca de 15% de seu financiamento proveniente desses fundos. Outras conseguiram, por intermédio do uso de seu patrimônio, financiar as atividades acadêmicas chegando até mesmo à isenção de mensalidade (2). No entanto, existem particularidades no caso norte-americano que o distanciam do brasileiro. Em primeiro lugar, está a questão tributária. Tanto no que se refere à tributação de lucros, mas principalmente na legislação de heranças, há, nos EUA, um forte estímulo a esse tipo de doação para fundos patrimoniais de universidades. Segundo, existe a tradição e as rotinas peculiares de cada sociedade. Se a questão tributária não ajuda o caso brasileiro, mais uma vez a legislação orçamentária vem criar obstáculos adicionais. As universidades brasileiras que mantiveram estratégias de obtenção de recursos próprios por intermédio do uso de seu patrimônio imobiliário, como é o caso da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Universidade de Brasília e da Universidade Federal de Juiz de Fora, ao incluírem previsão desses recursos, têm o aporte orçamentário reduzido pelo governo federal em decorrência do teto dos gastos e do fiscalismo que tomou conta do governo federal. Isso significa que há um desestímulo à busca de valorização do patrimônio das universidades.  

Finalmente, vem a questão mais polêmica e, a meu ver, mais equivocada: o potencial das universidades de arrecadação de recursos por intermédio da cobrança de anuidades. É desnecessário afirmar que o teto dos gastos seria mais uma vez importante limitante a esse tipo de solução do financiamento, mas, nesse caso, ele não é o principal obstáculo. Inicialmente, cabe enfatizar que as universidades estaduais norte-americanas recebem substancial apoio público para complementação das verbas de mensalidades. No entanto, essa está longe de ser a única razão. A realidade brasileira mostra a incapacidade de pagamento por grande parte dos estudantes. dos estudantes. O gráfico abaixo aponta que 47% dos alunos da UFRJ provêm de famílias com renda total até três salários-mínimos. A pesquisa não permite calcular a renda familiar per capita, mas o programa de assistência estudantil do governo federal é direcionado aos estudantes com renda familiar per capita até um e meio salário-mínimo. Isso significa que são estudantes que, ao contrário, necessitam de rendimento adicional para se manterem na Universidade. Apenas 17% dos estudantes provêm de famílias com renda familiar superior a dez salários-mínimos. Os dados em questão sugerem que a cobrança de mensalidade não parece uma estratégia adequada para o financiamento das Universidades por acabar se tornando irrelevante. Apenas argumentos extremamente ideológicos de teor liberal podem persistir. Existem, contudo, questões adicionais a serem ponderadas que apontam para a importância de se incentivar a convivência, não presente no ensino básico, de indivíduos de diferentes estratos sociais na formação da cidadania e o papel que a universidade iniciou a cumprir com o estabelecimento de cotas (3). 

Gráfico de distribuição dos estudantes de graduação por faixa de renda familiar



Em conclusão, a cobrança de anuidade de nossos alunos parece não ser uma estratégia socialmente saudável. Decisões nesse sentido terão um custo social ou um custo de administração muito mais elevado do que qualquer benefício que possam trazer. Ao mesmo tempo, as universidades brasileiras já vêm adotando em grande medida as estratégias de financiamento de suas atividades de pesquisa que estão presentes no resto do mundo. Os obstáculos ao aumento dessa participação se encontram muito mais nas restrições de manuseio do orçamento do que em qualquer tipo de vontade dessas instituições. A mesma lógica se reproduz no caso de uso de patrimônio e formação de fundos patrimoniais. As restrições ao funcionamento autônomo das universidades e a realidade tributária brasileira são as principais barreiras ao uso dessa forma de financiamento. Assim, a autonomia da gestão financeira parece ser a principal saída para o uso de estratégias alternativas. As universidades paulistas têm um sistema que vem viabilizando um desempenho superior, que consiste em garantia de um percentual da arrecadação do estado. No momento, não há nada parecido no horizonta federal. No entanto, existe, hoje, no Congresso, a Proposta de Emenda Constitucional 24/2019, de autoria da deputada Luíza Caziani que permite um aumento da autonomia. Seria interessante nossos parlamentares olharem para ela. 

1-  https://blogs.oglobo.globo.com/opiniao/post/universidade-fica-inviavel.html

2- Exemplo do Chrysler Building, pertencente a The Cooper Union for the Advancement of Science and Art. 

3 – Sugiro a leitura de meu artigo “O Custo da Integração”, https://oglobo.globo.com/opiniao/o-custo-da-integracao-21723265. 

Carlos Frederico Rocha é Professor titular do Instituto de Economia e vice-reitor da UFRJ

Universidade, a célula mater da inteligência e futuro da nação

A reitora da UFRJ, professora Denise Pires de Carvalho, será uma das debatedoras do seminário online Universidade, a Célula Mater da Inteligência e Futuro da Nação. Organizado pelo Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz, o evento acontecerá no dia 23/6, às 14h, sob a coordenação dos pesquisadores Maria de Lourdes Oliveira e Renato Cordeiro.

Além de Denise, estarão presentes:

  • Emmanuel Tourinho, reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA);
  • João Carlos Salles, reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba);
  • Nelson Sass, reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e
  • Ricardo Fonseca, reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O evento também homenageará Sérgio Mascarenhas (1928-2021), físico-químico, pesquisador e professor universitário que deixou heranças à ciência brasileira.

Para participar, basta acessar o canal do YouTube do IOC, no horário da transmissão.

UFRJ lança site do seu novo Plano Diretor

O Comitê Técnico do Plano Diretor – designado pelo Gabinete da Reitoria por meio da Portaria nº 10.750/2019 – acaba de lançar o site do Plano Diretor 2030 (planodiretor.ufrj.br). O portal, desenvolvido pela Superintendência Geral de Comunicação Social (SGCOM/UFRJ), tem como objetivo aproximar toda a comunidade universitária da elaboração do documento, que deve guiar os próximos dez anos da instituição nos aspectos físico-territorial e patrimonial. A partir de matérias jornalísticas e conteúdo multimídia, será possível se informar sobre o andamento do projeto.

Organizada em seis seções, a página reúne informações sobre o Plano Diretor, com a estrutura de comissões técnicas e grupos temáticos que compõem o Comitê Técnico, além dos princípios norteadores definidos para guiar a construção do Plano. O site também apresenta uma seção a partir da qual o visitante pode navegar pelas análises e sínteses relacionadas à elaboração do PD 2030.

Por meio da seção Central de Conteúdos, será possível ficar por dentro de cada aviso, notícia, documento, vídeo ou imagem produzidos sobre o Plano Diretor. A área Participe convida o usuário a se engajar nas ações do projeto, trazendo as pesquisas realizadas, além de permitir o envio de sugestões, dúvidas, elogios ou críticas. Já na seção de Perguntas Frequentes, o visitante obtém as informações necessárias para entender o Plano Diretor 2030 e se informar sobre seu andamento.

Acesse planodiretor.ufrj.br, acompanhe a elaboração do Plano e participe da construção do futuro da UFRJ!

Por João Victor Campos, sob supervisão da Comissão de Comunicação do Plano Diretor 2030

Universidades de todo o mundo debatem os desafios das mudanças climáticas

Com a participação de líderes de universidades de todo o mundo, acontece entre os dias 2 e 4/6 o Global University Leaders Council Hamburg 2021 (GUC Hamburgo 2021), conferência que será realizada virtualmente para discutir meios de promover o desenvolvimento sustentável apontado pelas Nações Unidas e enfrentar os problemas trazidos pela mudança climática. O Brasil está entre os 50 países convidados e conta com representantes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da UFRJ.

As mudanças climáticas ameaçam não apenas a qualidade de vida, mas também a sobrevivência das espécies. Para a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, a participação de quatro universidades públicas brasileiras no evento, ao lado de outras instituições de destaque mundial, evidencia a valorização do conhecimento produzido pelos cientistas e pesquisadores do país: “É o reconhecimento da importância das instituições públicas nacionais para o mundo. Algo de que os brasileiros devem se orgulhar e valorizar, pois aqui há profissionais que buscam o melhor para o país e para o mundo”.

Segundo a reitora, as universidades são o lugar apropriado na busca de soluções para um problema mundial que a humanidade já enfrenta e precisa ser mitigado com práticas que promovam o desenvolvimento sustentável. “Seremos responsáveis por melhorar o perfil das instituições sob nossos cuidados, a fim de ajudar a sociedade a enfrentar o desafio das mudanças climáticas. A participação brasileira aponta para a maturidade de nossas instituições e a projeção internacional delas no enfrentamento dos grandes desafios”, afirmou Denise.

Em decorrência da pandemia de COVID 19, as universidades do mundo todo estão sendo estimuladas a promover o ensino remoto, com a aprendizagem dos estudantes baseada em atividades dispersas dos campi. Uma das propostas do encontro será debater com outras universidades como trabalhar com pesquisa interdisciplinar e ensino de desenvolvimento sustentável e mudança climática nesse cenário pandêmico.

O GUC Hamburgo 2021 é uma forma de examinar como as universidades estão respondendo às mudanças climáticas e à sustentabilidade em várias áreas essenciais, mesmo com prioridades concorrentes, falta de visões institucionais e estruturais, além de restrições financeiras que podem minar os esforços para lidar com essas questões mais efetivamente. Com base em análises conjuntas e percepções compartilhadas de líderes acadêmicos experientes de várias nacionalidades, o encontro pretende formular recomendações valiosas para o futuro engajamento das universidades em ações de sustentabilidade e clima.

O GUC é uma iniciativa conjunta da Conferência de Reitores Alemães (associação de universidades na Alemanha), Universität Hamburg e da fundação Körber-Stiftung, que encomendou o estudo-base para discutir os temas.

A UFRJ participará do evento no dia 3/6, ao lado da Universitat Politècnica de València, Espanha; Jomo Kenyatta University of Agriculture and Technology, Quênia; St. Olaf College, Estados Unidos; International Association of Universities, França; Universidad de los Andes, Colômbia; University of Waterloo, Canadá; Koerber-Stiftung, Alemanha; Chimie ParisTech, França; University College London, Reino Unido; University of Tsukuba, Japão; Central University, Gana; Sungkyunkwan University, Coréia do Sul; Klagenfurt University, Áustria; e Universität Hamburg, Alemanha.

Equipe da UFRJ é a vencedora do Imperial Barrel Award 2021

A equipe de cinco estudantes do curso de Geologia da UFRJ foi a vencedora do Imperial Barrel Award (IBA) 2021, disputado de forma virtual entre 16/02 e 21/05 de forma virtual. A competição, organizada anualmente pela Associação Americana de Geólogos de Petróleo (AAPG), consiste em realizar uma prospecção de óleo e gás em uma bacia sedimentar com base dados geofísicos. A banca examinadora foi formada por profissionais da indústria de empresas como Shell, Chevron e Saudi Aramco. 

Os integrantes da equipe – composta pelos graduandos Erick Almeida, Felipe Dib, Josias Lourenço e Vívian Abbate, além do mestrando Gabriel Machado – passaram pelos três níveis da competição: a fase regional, disputada por 26 universidades da América Latina; a segunda etapa, que teve a participação das quatro melhores universidades do continente latino-americano; a última fase, que contou com a participação das quatro melhores universidades do mundo além de quatro universidades dos Estados Unidos.  

“O que nos levou à vitória foi uma conjunção de fatores. Começamos com um planejamento que vem desde 2020, com uma série de treinamentos que permitiu chegarmos fortes na competição. Também contamos com o imprescindível apoio da UFRJ, desde a negociação de licença dos softwares até o suporte com os treinamentos e a orientação de profissionais vinculados ao longo de todo o trajeto que trilhamos”, ressalta Josias Lourenço, líder da equipe da UFRJ. 

O Laboratório de Geologia Sedimentar (Lagesed), vinculado ao Departamento de Geologia do Instituto de Geociências (Igeo/UFRJ), teve um papel de destaque para alavancar a infraestrutura computacional necessária ao apoio da equipe universitária. 

“O Lagesed deu suporte nos temas de Geologia do Petróleo aplicados às atividades que os estudantes desenvolveram na competição. Esse trabalho em conjunto nos levou a uma vitória inédita no IBA.”, destacou Leonardo Borghi, Coordenador do Lagesed/UFRJ.  

O IBA 2021 marcou a terceira participação de uma equipe da UFRJ, o que valoriza ainda mais a conquista da equipe da Universidade. O título valeu 20 mil dólares que serão geridos pelo Capítulo Estudantil da AAPG vinculado à UFRJ, presidido por Felipe Dib. O Capítulo Estudantil é uma associação sem fins lucrativos composta por alunos de graduação e mestrado que atua para disseminar conhecimentos da indústria de petróleo e gás, estabelecendo contato entre o meio acadêmico e as empresas de petróleo. 

Reitora da UFRJ ministra palestra em encontro do G20

Na última terça-feira, 13/4, a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, ministrou palestra no webinar cultural do G20, intitulado Building Capacity through Training and Education – Human Capital, the Driver of Culture-led Regeneration, com apoio do Ministério da Cultura da Itália.

Ressaltei a importância do ensino superior para resgatar a economia dos países por meio da ciência e da produção do conhecimento. Falei da importância da inclusão digital para o ensino remoto e, por fim, de como a cultura pode se associar ao ensino para melhorar a educação. Foi um excelente encontro, mesmo que virtual.

Denise Pires de Carvalho

O encontro teve como foco a necessidade de promover a educação e a formação, alcançando as comunidades e as gerações jovens para melhorar sua consciência sobre o valor da cultura e do patrimônio cultural. O evento destacou também a necessidade do desenvolvimento de habilidades. O objetivo da iniciativa foi transmitir uma mensagem ao G20: a cultura tem um poder transformador e é a chave para a reestruturação das economias e sociedades, que foram fortemente afetadas pela COVID-19.

Reitoria abre inscrições para programa de bolsas

Estão abertas até 25/4 as inscrições para o programa de bolsas da Reitoria da UFRJ. Ao todo, são oferecidas quatro vagas, sendo uma para cada uma das seguintes áreas:

  • eventos e cerimonial;
  • desenvolvimento de sistemas;
  • infraestrutura de tecnologia de informação e comunicação; e
  • suporte de TI.

O processo seletivo será bifásico: análise curricular e entrevista individual online. Os currículos dos interessados devem ser enviados para secretariaadministrativa@reitoria.ufrj.br. O início das atividades está previsto para 3/5. A bolsa é de R$ 900.

Acesse a página do processo seletivo e saiba mais.

Reitora da UFRJ é eleita vice-presidente de consórcio americano de universidades

A reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, foi eleita vice-presidente regional da Organização Universitária Interamericana (OUI), um consórcio de universidades das Américas. Entusiasmada para o mandato na coalizão que vai até 2023 à frente da vice-presidência para o Brasil, Denise destacou que ressaltará a importância da UFRJ e das demais universidades brasileiras no panorama nacional e internacional.

Fundada em 1980, a OUI é referência na comunidade universitária das Américas. Seus esforços se concentram hoje na implementação de iniciativas estratégicas, em missões e programas de desenvolvimento profissional para oferecer oportunidades às instituições consorciadas. “Eu tinha observado um desconhecimento e uma deplorável ausência de vínculos entre as universidades da América do Sul e da América do Norte. Existia um grande potencial de intercâmbios entre essas instituições que pertenciam a um mesmo continente e, no entanto, não havia nenhuma associação que as reunisse. Pensei, então, que a solução pudesse ser a criação de tal instituição”, lembra Gilles Boulet, fundador da OUI, cujos eixos estratégicos são compromisso social, inovação, internacionalização, desenvolvimento sustentável e gestão organizacional/governança.

Oscar Garrido, presidente da OUI, pontua a importância da rede no cenário social. “À medida que as sociedades atuais se tornam mais complexas, as instituições de ensino superior estão conscientes da necessidade de transcender as fronteiras territoriais, gerar alianças estratégicas e compartilhar experiências bem sucedidas para proporcionar o avanço do conhecimento. Em seu horizonte, a OUI tem como grande aspiração transformar-se em líder interamericano e aliado estratégico das universidades para consolidar seu papel de motor de mudança social na busca de superar as desigualdades sociais e promover a sociedade do conhecimento e da aprendizagem”, afirma.

David Julien, secretário-executivo, comenta a missão do consórcio. “Há cerca de 40 anos, a OUI se fixou na missão de contribuir para a transformação das universidades a fim de responder a seus contextos sociais e políticos, construindo e criando espaços comuns de cooperação interamericana. Graças a sua liderança e a seus programas, a OUI se consagra a fornecer os meios necessários e uma ampla gama de experiência para implementar estratégias inovadoras de melhores práticas e enfrentar os progressos e desafios setoriais”, destaca.

“Vacina para todos”, pede reitora da UFRJ

Na última quinta-feira, 8/4, a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, tomou a primeira dose da vacina contra a COVID-19.

Seguindo o calendário de vacinação determinado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a reitora se disse emocionada.

“Enquanto todos não estiverem seguros, ninguém estará seguro. Vacina para todos! Viva o SUS!”

Estes eram os dizeres da plaquinha que segurou ao ser imunizada com a primeira dose da Coronavac – Instituto Butantan.

Cuide-se!

Assim que chegar a sua vez, vacine-se! Enquanto a vacina não chega para todos, lembre-se: fique em casa, mas, se precisar sair, use máscara e mantenha distanciamento físico entre as pessoas. Além disso, lave sempre bem as mãos.

A UFRJ neste um ano de coronavírus

Há exatamente um ano, no dia 16/3/2020, a UFRJ suspendeu as atividades presenciais não essenciais, visando, principalmente, a proteger o corpo social contra a COVID-19 e ajudar a diminuir a transmissão do novo coronavírus (SARS-CoV-2) no nosso país.

Agradecemos muito a todos os profissionais e voluntários da UFRJ, que foram incansáveis no enfrentamento desta crise sanitária sem precedentes. Vocês nos orgulham muito! Nosso corpo social tem atuado com muita dedicação no atendimento das diferentes demandas da sociedade. Nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão que podem ocorrer de forma não presencial estão acontecendo de maneira remota, com o intuito de garantir a continuidade da formação profissional e de cidadãos engajados na solução dos problemas da sociedade.

Apesar de, inicialmente, ter ocorrido uma redução de algumas de nossas atividades, intensificamos nossas ações em muitos casos, com o objetivo de ajudar o país neste momento de pandemia. Assim, bem precocemente, iniciamos a assistência aos pacientes acometidos pela infecção e ampliamos o número de leitos hospitalares de enfermaria e UTI. Criamos, ainda, um centro de triagem e diagnóstico molecular da COVID-19. Produzimos álcoois e material didático para esclarecimentos sobre a doença, realizamos atendimento psicológico a enfermos e seus familiares, desenvolvemos ventiladores e projetos de pesquisa, que geram novos conhecimentos sobre a doença e que, mais recentemente, levaram ao desenvolvimento de vacinas, que estão na fase dos testes pré-clínicos. 

Em relação às doenças virais transmitidas de pessoa a pessoa, sem intermediários, a higiene e o distanciamento social são medidas preventivas necessárias e eficazes. Nesta pandemia, causada por um vírus respiratório que pode ser letal, não há novidades quanto a isso. O novo coronavírus se comporta exatamente como outros vírus, que podem modificar o seu material genético por mutações (mudanças) que apenas acontecem quando se replicam, ou seja, durante as infecções no organismo humano. Portanto, quanto mais transmissão do vírus, maior a chance de novas variantes surgirem e o aumento da possibilidade de essas novas formas virais não mais responderem às vacinas previamente desenvolvidas. As novas variantes podem ser ainda mais poderosas contra os seres humanos. Esses são os motivos pelos quais, mesmo vacinados, devemos nos isolar ao máximo até que o pesadelo passe.

Neste último ano, os países que enfrentaram a pandemia com mais seriedade já se encontram mais próximos da normalidade. No entanto, na maior parte dos países, a pandemia ainda está matando muitas pessoas. Nosso país vive, agora, um dos piores momentos desde março de 2020. Chegamos à casa de 2.000 mortes por dia, o que nos entristece. Somos solidários com todas as pessoas que perderam seus entes queridos, membros da nossa comunidade acadêmica e da sociedade brasileira em geral. A vacinação em massa da população é um enorme desafio e a única maneira de controlar a disseminação da doença e salvar vidas. Nossos voluntários têm atuado em conjunto com as secretarias de saúde para ampliar rapidamente o número de vacinados.

Neste momento de pandemia, devemos reafirmar a importância da ciência, para garantirmos um futuro melhor aos nossos descendentes. Essa é a forma de construir a verdadeira sociedade do conhecimento, formada por pessoas com mais empatia e respeito ao outro e ao meio ambiente. O corpo social tem usado o conhecimento técnico-científico, associado à compaixão e à solidariedade, visando ao preenchimento do que entendemos ser a necessidade da humanidade neste momento. Essa mistura será fundamental para transformar a sociedade neste século. Nossos agradecimentos a cada um de vocês!

Reitoria da UFRJ

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