Instituições federais de educação sediadas no Rio de Janeiro se mobilizam para tentar reverter cortes orçamentários

O Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Friperj) se reúne, na próxima segunda-feira, 19/5, às 10h, com a bancada federal do estado para debater a grave situação orçamentária enfrentada pelas universidades e institutos federais fluminenses. O encontro será no auditório da Reitoria do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), localizado na Rua Buenos Aires, 256, no Centro do Rio. 

A iniciativa tem por objetivo discutir com os parlamentares a situação orçamentária causada pelos cortes de verbas que comprometem o funcionamento e a manutenção das universidades federais e instituições públicas de educação. No dia 30/4, o Governo Federal publicou o Decreto nº 12.448, que reduziu o limite de gastos de todas as universidades federais até o fim de novembro, em cumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal. 

A expectativa é que a reunião fortaleça o diálogo entre os gestores das instituições e os deputados federais e senadores eleitos pelo estado do Rio de Janeiro, a fim de garantir o pleno funcionamento do ensino público federal no estado.

Participam do Friperj as reitorias da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Instituto Federal Fluminense (IFF), do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj),  da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e o Colégio Pedro II. 

Sem fronteiras para a educação

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Beihang lançaram na segunda-feira, 12/5, o  Instituto Confúcio, no Centro de Conferências Beihang Ruxin, em Pequim. Na ocasião, também foram inaugurados oficialmente o Instituto de Pesquisa de Inovação Beihang Brasil e o Centro Beihang Brasil. Além da comitiva brasileira, representantes acadêmicos da China e do Paquistão estiveram presentes no evento. 

A cerimônia foi presidida por Zhao Weisheng, vice-presidente da universidade chinesa, e contou com a presença do reitor da instituição, Wang Yunpeng; do secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Marcelo Bregagnoli; do reitor da UFRJ, Roberto Medronho; do inspetor do Departamento Internacional do Ministério da Educação, Wang Zhiwei; do diretor do Centro China da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Trindade; do vice-presidente e secretário-geral da Chinese International Education Foundation, Zhao Lingshan; e  do vice-diretor do Departamento de Cooperação Internacional do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, Yu Zhicheng. Entre os objetivos previstos no acordo de cooperação, assinado por Yunpeng, Medronho e Lingshan, estão a promoção de intercâmbios culturais, a colaboração em pesquisas científicas e o treinamento de talentos.  

“Isto não é apenas o resultado da cooperação profunda e realista entre as duas universidades ao longo dos anos, mas também um testemunho vívido da profunda integração e confiança mútua nas áreas de educação, ciência e tecnologia entre a China e o Brasil”, disse Medronho, ao discursar na cerimônia de lançamento do Instituto. 

Para Yunpeng, a iniciativa formalizada nesta semana marca não só a história da anfitriã chinesa e da federal brasileira, mas se trata igualmente da chance de os respectivos países aprofundarem o apoio em via dupla e o investimento em diferentes áreas comuns, como educação, cultura e ciência e tecnologia.

Evento também reuniu representantes acadêmicos da China e do Paquistão.
 Fotografia: Feng Hao/Beihang News Network

Três pontes para cooperação

O Instituto Confúcio, o Instituto de Pesquisa de Inovação Beihang Brasil e o Centro Beihang Brasil formam uma espécie de ciclo estratégico, que integra bases culturais, educação e indústria. Na perspectiva do secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, eles são como três pontes que atravessam montanhas e mares para construir um caminho a fim de ajudar jovens brasileiros a ampliar horizontes cognitivos por meio do aprendizado de outro idioma e da vivência cultural chinesa. 

Bregagnoli acredita que o trio colaborativo também vai impulsionar soluções científico-tecnológicas inovadoras para desafios globais, como mudanças climáticas e escassez de recursos. Como o primeiro centro de pesquisa no exterior da Universidade Beihang, o Instituto de Inovação do Brasil usa um mecanismo duplo de “exploração de fronteira – empoderamento da indústria” para resolver o problema do desenvolvimento sustentável. Já o Centro Brasileiro de Beihang foca no desenvolvimento de talentos, pesquisas científicas e intercâmbio cultural.

O escopo de atuação está em consonância com os planos de Medronho para a UFRJ, já que no futuro se espera aprofundar ainda mais a cooperação da instituição com a universidade chinesa em várias áreas de pesquisa científica. Segundo o reitor, o planejamento é ampliar o intercâmbio de professores e alunos, além de aproveitar ativamente as oportunidades de colaboração em campos estratégicos emergentes, como inteligência artificial e aviação verde. Em seu discurso, Medronho afirmou se sentir honrado em trabalhar com a instituição chinesa nessa construção coletiva.

UFRJ unida por um ambiente digital seguro 

Por Erica Gomes

De que maneira o clique em um link desconhecido ou o download  de  um  programa sem autorização podem colocar em risco a proteção dos dados que circulam por instituições públicas e de educação, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)? Para sensibilizar a comunidade acadêmica de que o assunto é  responsabilidade e  compromisso de todos, a  Superintendência-Geral de Tecnologia da Informação e Comunicação (SGTIC) lançou na segunda-feira, dia 5/5, no Salão Nobre da decania do Centro de Tecnologia (CT), o Programa de Conscientização em Segurança da Informação (PCSI). 

A mesa de abertura, presidida pelo reitor da UFRJ, Roberto Medronho, contou com a presença  da vice-reitora, Cássia Curan Turci; da superintendente-geral da SGTIC, Ana Maria Ribeiro; da ouvidora-geral e ouvidora da mulher, Luzia Araújo; do decano do CT, Walter Suemitsu; da diretora da  Divisão de Desenvolvimento, Capacitação e Formação Continuada (DVDE/PR-4), Joana de Angelis; e da encarregada de dados da Universidade, Rosi Chiavo. O reitor destacou que o desafio do PCSI é a conciliação da autonomia institucional com a segurança na internet.

“É muito complexa essa questão da segurança da informação. O problema das ameaças cibernéticas não é da tecnologia, mas do modo como algumas pessoas estão se apropriando das inovações digitais para fins indevidos. De que forma, portanto, podemos fazer uso da nossa liberdade nas práticas cotidianas pela internet sem abrir portas para riscos evitáveis em relação aos dados e à imagem institucional ?”, questionou Medronho.  

Coordenadoras do PCSI: Lilian Chagas, Patrícia do Amaral Gurgel e Roberta Bordalo | Foto: Erica Gomes (SGCOM/UFRJ)

A resposta à pergunta veio na sequência, durante apresentação feita pela equipe da Divisão de Segurança da Informação (Divseg) da UFRJ, responsável pelo PCSI: a coordenadora-geral do programa,  Lilian Chagas, que é diretora da Divseg, e as coordenadoras adjuntas, Roberta Bordalo e  Patrícia do Amaral Gurgel. O grupo informou que o objetivo do programa é justamente conscientizar e capacitar servidores, estudantes e demais integrantes da comunidade universitária, interna e externa, sobre os riscos cibernéticos no dia a dia, integrando, assim, a segurança da informação à cultura institucional.  

A iniciativa, alinhada com o  Programa de Privacidade e Segurança da Informação (PPSI), a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a Estratégia Nacional de Governança Digital (ENGD), pretende  instruir a comunidade universitária a respeito de práticas seguras, políticas e normas em segurança da informação. A intenção é que as pessoas adotem um comportamento digital mais protegido dentro e fora da Universidade, tornando-se multiplicadoras das práticas aprendidas nas suas relações profissionais e interpessoais.  

Algumas das ações presentes no PCSI já são desenvolvidas há quase uma década pela Divseg. No entanto, de acordo com Chagas,  ao apostar na política educativa, investe-se não mais em uma postura somente responsiva às notificações de risco, mas se passa a atuar proativamente na transformação comportamental na internet: 

“O PCSI tem algumas estratégias para atingir o usuário e conscientizá-lo de que proteger os dados da UFRJ não é só responsabilidade da área de TI, mas um dever de todos. Uma delas  é  fazer com que a comunidade universitária tenha conhecimento do que é um incidente de segurança da informação, quais as medidas disponíveis para a sua proteção e quais atividades anormais na rede devem ser notificadas à equipe de tratamento e respostas a incidentes, que fica na Divseg. Nesse sentido, a capacitação e o engajamento são fundamentais para a promoção da confidencialidade, integridade e disponibilidade das informações”, explica.  

Alerta vermelho

No Brasil, considerado um país com alto risco de ameaças cibernéticas, os ataques cresceram de forma setorizada nos últimos tempos. O relatório 2024 da Divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point Software,  mostrado pela equipe do PCSI,   revela que  o setor educacional foi o que mais sofreu com esses crimes digitais, seguido pelo governamental, justamente pela grande circulação de informações nessas esferas. 

 Phishing e spam estão entre os principais incidentes registrados pela Divseg no segundo semestre de 2024  |  Divseg/SGTIC/UFRJ 

Não é à toa que a UFRJ, por estar categorizada nos dois âmbitos, tem reforçado suas medidas protetivas por meio do Programa de Conscientização em Segurança da Informação.  Elas também incluem palestras, workshops, cursos, treinamentos, envio de e-mails com instruções normativas e diretrizes, além de cartilhas informativas. Entre os incidentes registrados pela Divseg no segundo semestre do ano passado estão  o phishing,  que, por exemplo, usa e-mails e downloads de software para obter ilegalmente dados e logins que possam comprometer a segurança pessoal ou organizacional, e o spam, aqueles e-mails não solicitados, normalmente enviados para grande número de pessoas e que também podem comprometer a segurança da informação. 

Frente à dedicação para ampliar a segurança da informação na UFRJ, a superintendente-geral de TIC, Ana Maria Ribeiro, teceu elogios a todos os envolvidos com o PCSI.  “Orgulho dessa equipe que está desenvolvendo o programa para dar conta de uma tarefa que é bastante desafiadora. Agradecimento extensivo às pró-reitorias aqui representadas e a todos que estão se engajando nessas ações em prol da soberania digital.”  

À comunidade universitária fica a mensagem da vice-reitora da instituição. Turci contextualizou a importância do PCSI, principalmente no cenário pós-pandemia da covid-19: “Precisamos ter mais cuidado, pois começamos a trabalhar mais remotamente,  a ter outras formas de relacionamento digital e a enfrentar questões como, por exemplo, as fake news, que, em outras épocas, jamais imaginávamos ter que conviver.  Espero que a gente consiga superar isso e aproveitar o que de melhor nós temos agora em termos de descobertas científicas para o bem da humanidade e de uma sociedade mais justa, igualitária e melhor”, reforçou.

UFRJ e Secretaria de Saúde do Rio discutem novas parcerias em telemedicina, estágios e na área assistencial

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Medronho, se reuniu na quarta-feira, 30/4, com representantes da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-RJ). No encontro foi discutida a possibilidade da realização de novas parcerias nas áreas assistencial e de telemedicina, além da possível inserção dos alunos na UFRJ em estágios no município.

Além da equipe da UFRJ, participaram da reunião, o assessor da SMS-RJ, Luiz Felipe Pinto, e a subsecretária geral da Secretaria, Fernanda Adães. Uma das pautas foi a busca pela ampliação do acesso aos serviços ambulatoriais de saúde do SUS em parceria com o Hospital Universitário. Também foi proposta a criação de um grupo de trabalho para elaboração de projeto de Telemedicina para a atenção primária à saúde em parceria com a SMS-RJ.

A ampliação do cenário de ensino aprendizagem também foi destacada. A ideia é que haja uma maior inserção de alunos dos cursos da área de saúde da UFRJ na Maternidade Municipal Paulino Werneck, na Ilha do Governador.  Os representantes da SMS-RJ deixaram as portas abertas para que seja realizada uma visita ao local.

“O encontro de hoje serviu para ampliar as possibilidades de projetos e parcerias com o SUS carioca com aquela que é a principal universidade do Rio de Janeiro e uma das mais importantes do Brasil. Hoje os alunos da UFRJ já realizam o Internato e outros estágios na rede de atenção primária e hospitalar da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro”, disse Luiz Felipe Pinto.

Durante o encontro, os representantes da secretaria convidaram Medronho para conhecer o projeto do novo Hospital Municipal Souza Aguiar, que vem passando pela maior reforma de sua história, além de outras unidades onde há supervisão de estágios curriculares da UFRJ.

Reitor da UFRJ visita obras do Canecão

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Medronho, visitou na terça-feira, 29/4, a área em que será construído o equipamento multicultural, onde funcionava a antiga casa de espetáculos Canecão, no campus da Praia Vermelha. O terreno, que pertence à Universidade, foi concedido por 30 anos para exploração pelo consórcio Bônus-Klefer. A previsão é de que as obras do complexo cultural sejam concluídas em 2026.  

“A expectativa é de que a população do Rio de Janeiro receba de volta, e com uma estrutura inovadora, a melhor casa de espetáculos do Brasil, onde foram feitos shows memoráveis e emocionantes”, disse Medronho, que visitou a área acompanhado por Andre Torós, CEO do consórcio. O encontro também contou com a participação dos heads de Marketing e Estratégia Comercial, Gabriel Hackme, e de Relações Institucionais, João Marcelo Oliveira.  Além de explicar como o funcionamento da futura casa está sendo planejado, os representantes do consórcio mostraram detalhes do projeto arquitetônico assinado por João Niemeyer, sobrinho do arquiteto Oscar Niemeyer.

O antigo prédio está em fase final de demolição. Pelo cronograma, as obras de construção do complexo cultural começarão neste primeiro semestre. “É muito bom atualizar o reitor e a sociedade sobre as fases do projeto. A população do Rio pode esperar o melhor complexo cultural do Brasil. Nada menos, nada mais. Apenas o Canecão de volta”, afirmou Torós.

Maquete traz uma ideia de como ficará o equipamento multicultural no espaço do antigo Canecão  | Foto: Ana Marina Coutinho (SGCOM/UFRJ)

Em um terreno de 15 mil metros quadrados, o projeto arquitetônico  prevê oito unidades de entretenimento que abrigarão várias atividades, como a grande sala para espetáculos musicais, espaço de exposições, estúdio criativo e Museu da Música. Serão cinco pavimentos, divididos no subsolo, térreo e nos três andares. O local também contará com espaços de convivência ao ar livre, com áreas arborizadas.

Como parte das contrapartidas para a UFRJ, o consórcio Bônus-Klefer fará duas construções no campus Praia Vermelha:  um prédio acadêmico com 80 salas de aula e um restaurante universitário. Os imóveis serão entregues com o novo complexo. “O problema das salas de aula será resolvido. A Universidade cresceu muito, e os espaços do Palácio não comportam mais o nosso crescimento. Sem falar no restaurante universitário, que é uma das garantias mais importantes para os nossos alunos, especialmente aqueles em vulnerabilidade socioeconômica”, destacou o reitor. 

Durante o encontro, foi exibida a prévia do documentário Canecão: Tantas Emoções, dirigido por Bruno Levinson e produzido por Clélia Bessa, com a participação de grandes nomes da cultura brasileira.  Após a conclusão das obras de construção do novo complexo o público poderá usufruir também de um espaço multiuso, onde ficará o famoso mural do ilustrador e escritor Ziraldo, totalmente reformado.

UFRJ é eleita a universidade mais amada em prêmio da Veja Rio

Pela terceira vez consecutiva, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conquista o 1º lugar na categoria educação de “Os Mais Amados do Rio”. A UFRJ foi a universidade mais votada na 6a edição do prêmio promovido pela Revista VEJA, que revela lugares, marcas e serviços preferidos dos cariocas. Em menos de 20 dias, 10.000 pessoas escolheram seus favoritos em 50 setores relacionados à vida cotidiana. O levantamento on-line foi realizado pela plataforma MindMiners. A UFRJ teve 24,7% dos votos, seguida pela PUC-Rio com 19,7% e pela UERJ com 14%.

A entrega do prêmio, que tem apoio institucional da Secretaria de Turismo e do Governo do Rio de Janeiro, aconteceu no último dia 15/4, no Hotel Fairmont, em Copacabana. Os nomes dos contemplados em 2025 foram anunciados pelos apresentadores da cerimônia, Fernanda Thedim, editora-chefe da revista, e Bruno Chateaubriand, jornalista e colunista da publicação. No ano passado, com 22,4% dos votos, a UFRJ também foi a favorita no resultado da pesquisa, que definiu os ganhadores da 5a edição do prêmio.

Por dois anos seguidos, a placa destinada à Universidade foi recebida pela vice-reitora da UFRJ, Cássia Curan Turci, que expressa o significado desse reconhecimento em meio a um contexto de inúmeros desafios.

“Fiquei muito feliz em receber este prêmio em nome da Reitoria da UFRJ. Apesar de todas as dificuldades que vivemos, a população do Rio de Janeiro reconhece a nossa centenária instituição como uma das melhores do Rio de Janeiro. A Minerva está comprometida com a formação de cidadãos. Temos feito um esforço enorme para que a UFRJ se destaque e atenda ao seu principal objetivo, que é uma educação de qualidade para todas as pessoas que habitam não apenas na cidade e no estado do Rio de Janeiro, mas em todas as partes do Brasil e às vezes do mundo, porque a UFRJ recebe também muitos estudantes estrangeiros”, comemora.

Dignidade Acadêmica: UFRJ concede diplomas a estudantes que obtiveram elevado desempenho ao longo da graduação

Na quarta-feira, 16/4, a Pró-Reitoria de Graduação (PR-1) laureou 256 alunos de diferentes áreas do conhecimento que concluíram a formação superior com grande êxito: alcançaram coeficientes de rendimento acumulado (CRA) igual ou superior a 8,0, concluíram seus cursos de graduação dentro do período de tempo recomendado, obtiveram número de créditos não inferior a 80% do total de cada curso e não sofreram qualquer sanção disciplinar ao longo da jornada. 

A cerimônia de entrega dos diplomas de Dignidade Acadêmica foi realizada no auditório Horta Barbosa, no Centro de Tecnologia (CT) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e presidida pela vice-reitora, Cássia Turci. Participaram da celebração a pró-reitora de graduação, Maria Fernanda Quintela, os decanos dos centros e diretores das unidades acadêmicas, além de amigos e familiares dos agraciados.

Apesar de levar em conta o CRA dos estudantes – média ponderada das notas obtidas ao longo de um curso, considerando o número de créditos de cada disciplina -, os diplomas são, acima de tudo, o reconhecimento por anos de muito empenho. “Esses diplomas representam profissionais de extrema qualidade, que atuarão na sociedade brasileira. Com afinco e muita dedicação, vocês lograram êxito acadêmico e essa distinção recebida representa algumas características importantes que vocês já possuíam antes de ingressar na UFRJ – e também que adquiriram durante o percurso acadêmico”, afirmou a pró-reitora de graduação. “O que se coloca aqui não é simplesmente um coeficiente de rendimento acumulado, o famoso CRA, mas as outras características, que, por vezes implícitas, os constituem e constituirão durante toda a vida, pessoal e profissionalmente. Vocês são pessoas muito diferenciadas”, completou Maria Fernanda.

A cerimônia foi realizada no auditório Horta Barbosa, no Centro de Tecnologia da UFRJ | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Para a vice-reitora da UFRJ, os laureados têm um papel importante no futuro do país. “Tenho certeza de que a formação que vocês receberam na UFRJ vai permitir que sejam profissionais de muito sucesso, engajados, comprometidos com a construção de uma sociedade melhor – e é para isso que lutamos. A Universidade seguirá de portas abertas para vocês”, declarou Cássia.

A Dignidade Acadêmica é conferida em três graus: Summa Cum Laude (CRA igual ou superior a 9,5), Magna Cum Laude (CRA igual ou superior a 9,0) e Cum Laude (CRA igual ou superior a 8,0). A concessão é realizada por meio de solicitação do próprio aluno: basta fazer um requerimento de análise do desempenho acadêmico pelo e-mail dignidadeacademica@pr1.ufrj.br.

Reitoria Itinerante visita o campus Praia Vermelha

O Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no campus Praia Vermelha, foi o local escolhido para mais uma edição do projeto Reitoria Itinerante, na segunda-feira, 14/4. A situação orçamentária da Universidade foi o tema central dos debates: nos últimos 12 anos, o orçamento discricionário da instituição caiu quase pela metade. O valor aprovado para 2025 é de R$ 406 milhões, dos quais R$ 311 milhões são destinados a despesas de custeio, como pagamento de água, luz, serviços de limpeza e segurança. 

Para o enfrentamento da situação de subfinanciamento, o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, destacou algumas ações a serem priorizadas, como as de redução e otimização do uso de água e energia. A  palestra contou com a presença da vice-reitora, Cassia Turci, de representantes das sete pró-reitorias da Universidade, além de diretores, professores e alunos. 

“A Política de Sustentabilidade e Educação Regenerativa (SER) da UFRJ tem feito um trabalho enorme para a implantação do sistema de geração de energia fotovoltaica, reúso da água, uma série de ações que visam também à redução de custos”, afirmou Medronho. Além disso, foi anunciada a necessidade de revisão dos contratos de limpeza e vigilância e de redução do uso da frota oficial, que gera o custo de R$ 2 milhões anuais em manutenção.

Na exposição, o reitor mostrou os gastos com as bolsas acadêmicas e os restaurantes universitários (RUs). Medronho ainda apresentou as emendas parlamentares e editais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) como possíveis fontes alternativas de recursos, e defendeu a necessidade de criação/ampliação das funções gratificadas para o preenchimento de cargos em algumas unidades. Por fim, ele também discutiu a situação estrutural de diversos prédios, em especial a do Palácio Universitário, edifício tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1972 e sede do campus Praia Vermelha.

“Recebemos a visita da superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Patrícia Wanzeller, e detectamos problemas graves, que em parte foram reparados. É uma edificação histórica, que precisa de reforma; porém os trâmites não são rápidos”, explicou o reitor. Atualmente, o Escritório Técnico da Universidade (ETU) trabalha no desenvolvimento do projeto de recuperação do Palácio Universitário, enquanto a captação de recursos para as obras está sendo feita junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o apoio do Iphan.

Debates

Ao fim da apresentação, o público pôde se manifestar e tirar dúvidas sobre diferentes temas. Entre as principais preocupações, especialmente dos estudantes presentes, destacaram-se as relativas à assistência estudantil e um possível reajuste no valor da refeição do RU.  “Quem não pode pagar continuará não pagando. Quem só pode pagar R$ 2,00 continuará pagando esse valor. Porém, 27% das pessoas que usam o RU têm renda familiar per capita de mais de cinco salários mínimos. É justo manter o mesmo valor para todos? Essa é a discussão”, ponderou o reitor, que garantiu que a medida só será implementada por resolução do Conselho Universitário (Consuni) da UFRJ.

Os alunos do campus Praia Vermelha aproveitaram a ocasião para reivindicar ações de melhoria das condições estruturais dos prédios, otimização do sinal de internet e medidas de combate a situações de assédio. Sobre esse ponto, a vice-reitora mencionou a criação da “Política de prevenção e enfrentamento ao assédio, à discriminação e aos demais tipos de violência no âmbito da UFRJ”, resolução que já passou por diferentes setores da instituição e que será encaminhada à apreciação do Consuni.

UFRJ participará de campanha sobre comunicação e estado democrático de direito

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) participará da campanha “Imprensa – passado, presente e futuro”, realizada pela Imprensa da Cidade em conjunto com o jornal O Globo. A iniciativa tem por objetivo promover o debate sobre o papel da comunicação na construção do estado democrático de direito e sua importância nos desafios históricos na sociedade carioca. A campanha está prevista para começar em junho deste ano e faz parte de uma série de ações em comemoração ao centenário do jornal, criado em 1925. 

O convite à UFRJ foi feito pelo presidente da Imprensa da Cidade, Pedro Gerolimich, mais conhecido como “Pedro do Livro”, durante encontro com o reitor Roberto Medronho. A ideia é que a Universidade colabore com a organização de ciclos de debates e com a construção do saber acadêmico sobre as novas tecnologias e o combate às fake news. A reunião, no dia 7/4,  contou também com a participação de dois assessores de Gerolimich,  Yuri Tavares Lima e Danilo Firmino, e do coordenador de Relações Externas da UFRJ, Rafael Acioli Diniz de Lima. 

Combate às fake news

Para Rafael Acioli, esse tipo de integração entre o meio acadêmico, a imprensa estatal e os veículos de comunicação privados é de grande relevância,  principalmente em um período marcado pelo negacionismo e pelas fake news: “Através dessa articulação, é possível atribuir à Universidade o papel de construção de uma sociedade com maior senso crítico. Além disso, a Imprensa da Cidade pode ajudar na disseminação da importância da universidade pública, principalmente da UFRJ, no dia a dia do povo brasileiro. Afinal, muitas contribuições importantes saem da Universidade e as pessoas não têm conhecimento disso. A UFRJ hoje tem um papel importantíssimo na preservação e no fortalecimento das instituições e do estado democrático de direito”,  afirma o coordenador de Relações Externas da Universidade.  

Os trâmites para formalizar o termo de cooperação entre a Imprensa da Cidade e a UFRJ já estão em andamento. De acordo com Pedro Gerolimich, a intenção é que essa parceria não fique restrita ao evento comemorativo dos 100 anos de O Globo, mas que futuramente possa gerar também outros resultados: “A parceria que está surgindo entre a Imprensa da Cidade e a UFRJ dará muitos frutos. Tenho um compromisso muito forte com o livro; a leitura pode e muda os rumos da história das pessoas. Acredito nas forças da educação e dos projetos sociais e culturais. O encontro na Reitoria foi muito positivo e animador e é um indicativo de que há um forte compromisso com a cultura e com a aproximação entre a Universidade e os territórios. Estou muito confiante de que a parceria entre cultura,  educação e comunicação trará ótimas conquistas e um resultado importante na defesa da democracia e da boa comunicação na cidade do Rio de Janeiro”, diz Gerolimich. 

A Imprensa da Cidade é responsável pela disponibilização do Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro e de seus suplementos,  publicações que reúnem os atos oficiais da administração pública executiva municipal. Privativamente, a empresa ainda realiza  serviços gráficos para órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional do Rio de Janeiro, além de produzir livros e variados materiais de divulgação sobre serviços e projetos municipais.

Nota sobre operações policiais no Complexo da Maré

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informa que, em razão das operações policiais no Complexo da Maré, recomendamos que os professores dos cursos realizados em todos os campi do município do Rio de Janeiro e Duque de Caxias não registrem faltas no dia de hoje, 10 de abril de 2025.

Essa medida visa garantir a segurança e o bem-estar de nossos estudantes e servidores, tendo em vista as dificuldades de deslocamento e o impacto das operações nas rotinas acadêmicas.

Contamos com a compreensão de todos.

Atenciosamente,

Reitoria da UFRJ

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.