Ascensão de casos de covid-19 deixa UFRJ alerta

O Núcleo de Enfrentamento e Estudos em Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes (Needier) divulgou, nesta segunda-feira (6/6), uma nota para alertar a comunidade acadêmica sobre o aumento do número de casos de covid-19, em decorrência da propagação da variante BA.4 (maio de 2022). O Centro de Triagem Diagnóstica de Covid-19 (CTD), ligado ao Needier, não recomenda a interrupção ou suspensão automática de atividades presenciais, mas orienta que os indivíduos que suspeitem estar com o coronavírus,  que procurem a testagem e que comuniquem imediatamente à coordenação do curso, no caso de estudantes, ou à chefia imediata, se for profissional da universidade.

Para fazer a testagem, os indivíduos sintomáticos poderão procurar o CTD-Covid-19/Needier, entre 8h e 12h, de segunda à sexta.  No caso de contactantes assintomáticos (pessoas que tiveram contato com casos positivos, mas não apresentam sintomas), é necessário contato prévio com a Equipe do CTD (consulta@needier.ufrj.br) para avaliar a necessidade de testagem. O centro de testagem agora fica no Polo de Biotecnologia (antiga sede da BioRio), na Avenida Carlos Chagas Filho, 791. Caso a pessoa prefira, pode procurar Centros Municipais de Saúde e Clínicas da Família da Rede Pública próximos da residência para fazer os exames.

Confirmado o diagnóstico da doença, o estudante ou profissional ficará afastado das atividades por dez dias (o Ministério da Saúde considera satisfatório sete dias) a partir da data do início dos sintomas. Ficará afastado por período igual, mesmo sem apresentação de sintomas, alguém que desconfiou e fez o teste por ter ficado próximo de parente ou de colega de trabalho com a covid-19, tendo o resultado dado positivo.

O resultado da testagem deverá ser sempre informado, estando a pessoa acometida ou não da doença. Os casos de assintomáticos podem ser avaliados. Se a testagem for considerada necessária pela equipe do CTD, a pessoa deverá realizar o teste entre o quinto e o sétimo dia após exposição de risco, utilizando RT-PCR.

Na semana passada, o Grupo de Trabalho para Enfrentamento à Covid-19 da UFRJ divulgou nota técnica alertando para a necessidade de se manter atualizado o esquema vacinal contra a covid-19, principalmente agora no inverno, quando há o aumento de transmissão de viroses respiratórias. O Ministério da Saúde publicou, no sábado, duas notas técnicas que ampliam a aplicação da quarta dose para pessoas a partir de 50 anos de idade e trabalhadores da saúde de todas as idades.

Reforço vacinal é essencial para evitar recrudescimento da covid-19

Na semana passada, o Grupo de Trabalho para Enfrentamento à Covid-19 da UFRJ (GT-UFRJ) divulgou nota técnica alertando para a necessidade de se manter o esquema vacinal contra a covid-19, principalmente agora no inverno, quando há o aumento de transmissão de viroses respiratórias. Em decorrência do frio, típico da estação do ano, surge a tendência de manter os ambientes fechados, o que prejudica a ventilação natural e facilita a disseminação de viroses para as vias respiratórias.

De acordo com o professor Roberto Medronho, coordenador do GT, dados da Secretaria de Estado de Saúde do Rio indicam que apenas 27% do público entre 18 e 29 anos tomaram duas doses da vacina e completaram o esquema vacinal básico.

“Nessa faixa etária está a maioria dos estudantes da UFRJ. Por isso, recomendamos a todos que procurem um posto de saúde para completar o esquema vacinal, seja com a segunda dose ou a dose de reforço. Também é muito importante manter o uso de máscaras em ambientes fechados, apesar de elas terem deixado de ser obrigatórias em grande parte do Brasil. E permaneçam com os cuidados com a higiene das mãos”, alertou.

A nota técnica pode ser lida na íntegra aqui.

Nota à comunidade acadêmica da UFRJ

Desde o início de maio deste ano, um surto de varíola dos macacos (monkeypox) tem preocupado as autoridades sanitárias no mundo. Os casos foram primeiramente detectados no Reino Unido, Portugal e Espanha, mas já alcançam 22 países, com mais de 300 casos atualmente. A doença é causada pelo Monkeypox, um poxvírus de circulação até então restrita a países africanos. O Monkeypox é da mesma família, mas diferente do vírus da varíola humana, doença erradicada em 1980.

Fique atento: após incubação por cerca de 14 dias, aparecem sintomas gripais, como febre alta, dores nas costas, fraqueza muscular e gânglios aumentados, principalmente na região do pescoço e abaixo da mandíbula. Em seguida, geralmente de um a cinco dias, aparecem vesículas e pústulas no rosto e, muitas vezes, na boca, braços, pernas e outras regiões do corpo. A transmissão se dá por contato com:

1) secreções respiratórias (saliva e gotículas produzidas durante espirro e tosse);

2) lesões pustulares e crostas;

3) fômites (roupas, lençóis, toalhas usadas por pessoas infectadas).

O Monkeypox é normalmente autolimitado e dura de três a quatro semanas. Os quadros têm sido normalmente brandos, sem necessidade de internação. Quadros mais graves podem ocorrer em crianças, gestantes e pessoas com imunossupressão.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro preza pela saúde de sua comunidade e tem expertise científica e médica para lidar com a doença e o vírus. Assim, já estamos nos preparando para atender à comunidade universitária, com teste-diagnóstico e orientações clínicas. Se você viajou a um país com casos de varíola dos macacos, teve contato com algum caso confirmado ou apresenta os sintomas citados, mantenha isolamento e marque uma avaliação no Núcleo de Enfrentamento e Estudos em Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes (Needier). Se for recomendado, será encaminhado para testagem e orientação clínica. Queremos reafirmar que não há motivo para pânico. Existem vacinas e drogas antivirais para combater o Monkeypox. Além disso, a contenção dos casos é feita como 40 anos atrás para a varíola.

1.         Que ações estão sendo planejadas na UFRJ?

A primeira ação foi definir a estratégia de resposta à emergência do Monkeypox, incluindo:

  • formação de grupo de trabalho (GT) dedicado ao tema;
    • definição do protocolo de diagnóstico, do atendimento do caso suspeito e coleta de            material biológico, transporte e realização de teste molecular no laboratório de virologia;
    • estabelecimento de logística de acolhimento, triagem, diagnóstico e orientação de casos suspeitos e contactantes;
    • estruturação de sistema de vigilância genômica.

2.              Como vai acontecer o atendimento no Needier e para qual público?

O atendimento será realizado em instalações específicas do Needier, no Polo de Biotecnologia, após contato prévio com nossa equipe para atenção individualizada. Disponibilizamos aqui nosso e-mail − consulta@needier.ufrj.br − e o telefone/Whatsapp do Needier (21 96845-8188). Vale ressaltar que o atendimento segue rigorosamente as normas de biossegurança e incluirá avaliação médica, coleta de material biológico para diagnóstico e orientação clínica.

A meta é atender os casos suspeitos e contactantes, sejam eles referenciados por outras instituições de saúde ou demanda espontânea do corpo social da UFRJ. Também está previsto o recebimento de material de casos suspeitos encaminhados de outras instituições de saúde para a confirmação laboratorial do diagnóstico.

3.       Existe expectativa de chegada do vírus ao país?

Sim, já existem casos confirmados em vários países de diferentes continentes. O Brasil é um país de portas abertas, com grande fluxo de viajantes internacionais. É razoável admitir que a confirmação de caso no país seja apenas questão de tempo. O Ministério da Saúde reportou, até o momento, um caso suspeito, que precisa ser confirmado laboratorialmente. A pandemia de covid-19 trouxe à tona nossa vulnerabilidade global. Não existem mais fronteiras geográficas para o movimento de humanos, nem de patógenos.

4.       As atividades relativas à covid-19 serão mantidas?

Com certeza. Neste momento, inclusive, constatamos novo aumento de casos de covid-19, o que reforça a necessidade de manutenção de um sistema de testagem ágil e continuado. Isso é fundamental para monitorar a transmissão ativa do Sars-CoV-2, detectar precocemente o aparecimento de novas variantes e delinear estratégias de controle eficientes e dinâmicas. É importante ter em mente que a pandemia de covid-19 ainda não acabou.

Rio de Janeiro, 30 de maio de 2022.

Clarissa Damaso – professora do IBCCF e especialista em orthopoxvirus;

Amilcar Tanuri – professor do Instituto de Biologia (IB) e chefe do Laboratório de Virologia Molecular

Terezinha Marta Castiñeiras – professora de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina e diretora do Needier.

No combate à varíola do macaco

Para esclarecer alguns pontos da misteriosa disseminação pelo mundo da varíola do macaco (monkey pox), a professora Clarisa Damaso, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBFCCF), participa nesta segunda feira (30/5), ao meio-dia, de uma live que será transmitida pelo canal do instituto no YouTube.

A doença, que é tipicamente endêmica no continente africano, tem casos relatados na Europa, Oceania, América do Norte e do Sul, em pessoas que não estiveram em países africanos ou com contatos que vieram de lá. Embora seja possível conter os casos, o fato de não ser possível ainda evitar que eles venham a ocorrer em outros lugares tem intrigado os cientistas.

Transmissível face a face por vias respiratórias ou quando alguém tem contato direto com as lesões, a varíola do macaco pode ser evitada com a vacina da varíola, uma vez que os vírus pertencem à mesma família, Poxviridae, e ao mesmo gênero, Orthopoxvirus − os orthopox causam imunidade cruzada, ou seja, a vacina serve para ambos os casos.

Apesar de não ter sido confirmado nenhum caso ainda no Brasil, há o temor de que ocorra a propagação da doença. De acordo com o site Our World in Data, ligado à universidade de Oxford, são 435 casos confirmados em todo o planeta. Para a a Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, os números são de 257 casos confirmados e de 120 suspeitos até hoje, e é necessário manter a vigilância. Com esse objetivo, a Reitoria está criando um grupo de trabalho dedicado à varíola, única doença humana oficialmente erradicada pelo ser humano, em 1980.

Adeus ao pianista Nelson Freire

A Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro lamenta com profundo pesar o falecimento do pianista Nelson Freire, agraciado com o título de doutor honoris causa da UFRJ em 2011. Nelson Freire morreu na madrugada de segunda-feira (1/11), aos 77 anos, no Rio de Janeiro. A causa da morte não foi divulgada.

Apesar de ter sido um dos mais brilhantes pianistas contemporâneos, o músico evitava os esplendores da fama e da vida social mundana, dedicando-se integralmente à música. Mineiro da pequena cidade de Boa Esperança, jamais deixou de inspirar-se nos pianistas que o impressionaram desde garoto: Rachmaninoff, Horowitz, Rubinstein e Guiomar Novaes.

Toda a comunidade acadêmica manifesta as condolências pelo falecimento do Ilustre pianista e que a homenagem seja transmitida a todos os familiares, como reconhecimento por todo o legado e pela jornada deste grande brasileiro, que preservará sua memória entre os grandes artistas da humanidade.

Acesso à Universidade de não vacinados contra a COVID-19 será restrito em um retorno gradativo às aulas presenciais

A Universidade Federal do Rio de Janeiro comunica a intenção de restringir, na instituição, o acesso de não vacinados contra a COVID-19 (com esquema completo: dose única, segunda dose ou dose de reforço, conforme estrutura de imunização no estado do Rio de Janeiro) em um possível retorno gradativo às aulas presenciais. A medida, além de primar pelo direito coletivo à saúde, possibilita a volta segura, com probabilidade menor de transmissão do vírus entre os que, presencialmente, irão desempenhar suas atividades nos campi.

Reiteramos a importância inquestionável da vacinação, que salva vidas e diminui a transmissão do Sars-CoV-2, o que pode nos livrar mais rapidamente desta pandemia.

A UFRJ estuda a possibilidade de retorno de todas as atividades práticas presenciais a partir de novembro de 2021 e das aulas teóricas a partir do primeiro semestre de 2022, levando em consideração o aumento ou a diminuição dos casos de COVID-19 no estado.

No entanto, a UFRJ deve atuar no sentido de minimizar quaisquer prejuízos ou restrições a direitos individuais relacionados às atividades acadêmicas.

31/8/2021
Reitoria da UFRJ

Ifcs instaura comissão de sindicância para apurar denúncia de racismo

A Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apoia de maneira inequívoca a conduta da Direção do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs) do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), que instaurou comissão de sindicância para apurar com celeridade a denúncia de possível atuação imprópria e de conotação racista perpetrada por servidores públicos docentes do departamento de Ciência Política do instituto, durante reunião ocorrida no dia 11/8/2021. Conforme determina a legislação em vigor, coube à Direção do Ifcs proceder a abertura de processo a fim de investigar os fatos. A comissão que vai apurar as circunstâncias foi instaurada nesta sexta-feira, 27/8, com a necessária presença de servidores negros na sua composição, após a formalização da denúncia feita no dia 26/8.

A maior universidade brasileira reafirma o compromisso de diariamente aperfeiçoar procedimentos e práticas inclusivas e igualitárias, repudiando o racismo, estimulando e implementando condutas antirracistas.

A Reitoria da UFRJ informa que serão tomadas as providências cabíveis para apurar o caso de maneira sigilosa, garantindo o direito à ampla defesa e ao contraditório, em consonância com a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

27/8/2021
Reitoria da UFRJ

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