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Nota de Pesar

Adeus a Jorge Xavier da Silva

Professor emérito foi pioneiro do geoprocessamento no Brasil

Foi com profundo pesar que a Reitoria teve ciência do falecimento do professor emérito da UFRJ Jorge Xavier da Silva. Um dos fundadores do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG/UFRJ), Xavier foi pioneiro do geoprocessamento no Brasil. O Departamento de Geografia da Universidade também lamentou a morte do docente.

O professor se graduou em Geografia pela UFRJ, fez mestrado e doutorado na mesma área pela Universidade do Estado da Luisiana (EUA) e concluiu pós-doutorado pela Universidade da Califórnia (EUA). O pesquisador conquistou, ainda, a livre-docência, em 1989. Assessor da Reitoria da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Xavier tinha experiência na área de Geociências, com ênfase em geoprocessamento e Sistemas Geográficos de Informação (SGI), com atuação central em sistemas geográficos de informação, geoprocessamento, análise ambiental e geoprocessamento e análise ambiental. 

Xavier fundou e coordenou Laboratório de Geoprocessamento do Departamento de Geografia da UFRJ (Lageop). O cientista ganhou notoriedade por ter desenvolvido o Sistema de Análise Geoambiental (Saga), SGI que visa a aplicações ambientais em equipamentos de baixo custo. Pelo seu ativismo e pioneirismo, Xavier deixará marcas não apenas no meio acadêmico nacional, como também no campo internacional.

Entre as dezenas de prêmios recebidos, ele foi reconhecido pelo trabalho, dedicação e contribuição à pós-graduação brasileira pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (Anpege). O pesquisador também foi homenageado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) como um dos fundadores do curso de Engenharia Cartográfica, que completou, em 2015, naquela instituição, meio século de existência.

Lamentamos a morte de Jorge Xavier da Silva, porque a ciência brasileira perde um pouco de si e de sua história. Transmitimos força à família e amigos do docente, neste momento de consternação. “Quando eu partir, quero que escrevam no meu epitáfio: tudo que aprendi, ensinei”, destacava Xavier.

23/7/2021
Reitoria da UFRJ