Categorias
Direto da Reitoria

Fechando o ciclo

Última Plenária de Decanos e Diretores apresentou balanço da administração da Reitoria desde 2019

Durante apresentação do balanço administrativo da Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro nos últimos quatro anos, que aconteceu na Plenária de Decanos e Diretores de Unidades, o reitor da UFRJ em exercício, professor Carlos Frederico Leão Rocha, fez uma dura constatação a respeito das condições financeiras da instituição: por milagre, a Universidade não fechou as portas com o descaso intencional com a educação no governo de Jair Bolsonaro e durante a pandemia de Covid-19. A plenária, que ocorreu na segunda-feira, 5/6, no auditório do Centro de Gestão Tecnológica (CGTEC 2), na Cidade Universitária, foi também a despedida para fechar o ciclo da gestão liderada pela professora Denise Pires de Carvalho, que deixou o cargo vago em janeiro para ocupar a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC). 

Antes de cada pró-reitor informar os números e resultados de suas ações durante o evento, Maria Antonieta Gimenes, do Núcleo de Pesquisa Institucional (NPI) da UFRJ, advertiu sobre o atraso na entrega das planilhas de recadastramento de instalações. Segundo ela, em 2023, o MEC fará o recredenciamento da Universidade, não apenas na graduação, mas em todas as atividades administrativas, acadêmicas e de saúde. “Nós solicitamos o preenchimento da planilha enviada em outubro do ano passado. No entanto, só recebemos o retorno de menos de 65% das unidades e setores da UFRJ. Solicitamos a todos que preencham os dados no prazo estabelecido pelo ofício do reitor. É uma exigência do Ministério. Além disso, em uma segunda fase, iremos cadastrar todos os docentes da Universidade. São mais de 5 mil, inclusive os substitutos. Se não houver a atualização, há o risco de intervenção administrativa do MEC.”

Na abertura da plenária, o reitor fez questão de destacar que o evento seria uma espécie de prestação de contas para toda a comunidade universitária da UFRJ. Segundo ele, a gestão passou por vários momentos turbulentos desde 2019, com um dos menores orçamentos da história e sendo obrigada pela pandemia a realizar as atividades acadêmicas de forma remota. “Foi um sofrimento para todo mundo. Acho que a Universidade teve atuação brilhante nesse período. O retorno ao presencial também foi um período difícil, pois desenvolvemos diversos hábitos”, disse Rocha, que lembrou os  incêndios que aconteceram antes e durante o período em que a equipe esteve à frente da instituição.

Carlos Frederico Leão Rocha é reitor da UFRJ em exercício | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Para o reitor, as dificuldades foram superadas e trouxeram lições: “Nós conseguimos recursos, inclusive da iniciativa privada, para recuperar o Museu Nacional. É uma vitória da Universidade. Houve também um incêndio na residência estudantil e já entregamos, neste semestre, o bloco B recuperado. Embora sem estar em pleno funcionamento todo o prédio, o 5º, o 6º e o 7º andares do edifício Jorge Machado Moreira voltaram a ser abertos, e continuam as obras para restaurar toda a edificação. Tivemos o incêndio do Núcleo de Pesquisa e Documentação, que foi causado na área da procuradoria. E estamos entregando o NPD, se não todo pronto, com os recursos já destinados”, enfatizou.

O processo licitatório para a construção de uma arena multiuso no campus da Praia Vermelha, na área ocupada pela antiga casa de espetáculos Canecão, também foi uma conquista, segundo Rocha. “As edificações previstas como contrapartida para o projeto são equivalentes ou maiores do que tudo construído e finalizado no Reuni, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais. É um passo importante e uma mudança no processo de gestão”, disse.

O reitor ressaltou ainda que está sendo ampliada, em cerca de 50%, a capacidade de fornecimento de refeições para os estudantes, com obras dos restaurantes universitários na Praia Vermelha e no Centro de Tecnologia (CT). Rocha frisou a importância do trabalho realizado por toda a equipe, que jamais comprometeu o rendimento da Universidade, mesmo com as trocas de gestores nas pró-reitorias, com as saídas de Gisele Pires, Denise Freire e Alexandre Brasil. 

Os interessados em acompanhar toda a Plenária de Decanos e Diretores e ver como foi o desempenho de cada um dos gestores poderão assistir ao encontro no canal da UFRJ no YouTube: