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Direto da Reitoria

Reitor da UFRJ participa de evento de criação do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas

Inpo será sediado no Parque Tecnológico da UFRJ

Na segunda-feira, 9/10, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) deu um importante passo para a pesquisa oceânica no país. Em evento no Rio — do qual o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Medronho, participou —, um contrato de gestão foi celebrado entre o MCTI e o Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (Inpo), que passa a ser uma organização social vinculada ao ministério. O instituto será sediado no Parque Tecnológico da UFRJ.

Ao cobrir 70% da superfície terrestre e capturar 25% de todo o dióxido de carbono na atmosfera, o oceano entrou para o centro do debate global. Tem relação direta com grandes desafios nacionais e internacionais que afetam o dia a dia das pessoas, como as mudanças climáticas e a insegurança alimentar.

“Cuidar do oceano é, para além da sustentabilidade, também cuidar da saúde da população”, afirmou Roberto Medronho, reitor da UFRJ | Foto: Luara Baggi (MCTI)

Medronho ressaltou que o Inpo trará resultados concretos. “Cuidar do oceano é, para além da sustentabilidade, também cuidar da saúde da população. Esse instituto trará grandes contribuições para resoluções dos problemas climáticos, energias sustentáveis, plataformas embarcáveis. Esse consórcio é de muito orgulho para todos nós”, afirmou o reitor.

Segundo Luciana Santos, ministra da área, a assinatura marca uma fase importante do progresso do conhecimento científico. “O Inpo atende às demandas por apoio às atividades de pesquisa e desenvolvimento, à otimização do uso de nossos navios de pesquisa e demais infraestruturas. É resultado de uma atuação coesa e participativa da comunidade científica, e conta com uma agenda robusta e à frente dos desafios que se projetam em busca de um oceano saudável, seguro e resiliente”, disse.

A ministra Luciana Santos destacou a importância do Inpo para a comunidade científica e para o Brasil | Foto: Luara Baggi (MCTI)

“O marco de hoje representa o fim de uma longa espera dos cientistas marinhos nacionais. Por isso, precisamos ser rápidos e eficientes no início das atividades do novo instituto, retomando as parcerias estratégicas nacionais e internacionais”, continuou a ministra.

O diretor-geral do Inpo, Segen Estefan, que é professor titular de Estruturas Oceânicas e Engenharia Submarina do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ), explicou que o “modelo de organização social dará agilidade à atuação do instituto e, ao mesmo tempo, guardará vínculo com o órgão supervisor, o MCTI”. Estefan frisou, ainda, a importância da ciência oceânica para entender seu papel nos efeitos das mudanças climáticas, preservação de ecossistemas, melhor informação para a população e  tomada de decisões de políticas públicas.

“A agilidade na transição energética é fundamental para diminuir as temperaturas do oceano, para o recuo das geleiras e para reduzir o aumento do nível do mar e a indução de eventos extremos”, asseverou o diretor do Inpo.

Já para o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, a iniciativa “permitirá organizar o ecossistema de pesquisa no maior bioma brasileiro”.

Celso Pansera, presidente da Finep, destacou que o Brasil vive momento importante para a ciência | Foto: Luara Baggi (MCTI)

“O Inpo já nasce com uma rede de apoio poderosa, com INCTs [Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia], universidades, pesquisadores, grupos técnicos e empresas”, opinou. “É um momento importante para a ciência buscar novas fontes de riqueza, para financiar um país mais justo, mais equânime, que respeite o meio ambiente e promova uma economia mais sustentável.”

*Com informações do MCTI