Reitora participa de entrega de carta de propostas de universidades a pré-candidatos à Presidência

A reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, participou do lançamento da rodada de entrega da carta de propostas das universidades federais aos pré-candidatos a presidente do Brasil. A iniciativa é conduzida pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que é a interlocutora das universidades federais com a sociedade e com o poder público em diversas instâncias. Geralmente, em anos eleitorais, a associação busca diálogo com os candidatos à Presidência da República. A ideia é contribuir com a formação de propostas sobre o trabalho desenvolvido pelas 69 universidades federais brasileiras.

As propostas serão apresentadas a todos os presidenciáveis em reuniões do Conselho Pleno da Andifes ou em reuniões programadas a partir da agenda de cada um, como ocorreu em Juiz de Fora/MG, quando o documento foi entregue a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 11/5, no Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm). As assessorias dos pré-candidatos já foram contactadas pela associação.

O documento foi entregue pelo presidente da Andifes, Marcus David, reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e apresentado em tópicos pela reitora da UFRJ e também pelos reitores Márcia Abrahão, da Universidade de Brasília (UnB), João Carlos Salles, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Sandra Goulart, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Emmanuel Tourinho, da Universidade do Pará (UFPA).

Entre os pontos apresentados se destacam:

  • a revogação da Emenda Constitucional 95
  • a recomposição dos recursos destinados ao Plano Nacional de Educação (PNE); 
  • respeito à autonomia universitária; 
  • implementação de políticas públicas para garantir efetiva colaboração entre o ensino superior público e a educação básica; 
  • recomposição do orçamento;
  • consolidação dos novos campi e universidades federais recém-instituídas;
  • incentivo e fomento da oferta de pós-graduação nas instituições públicas federais; 
  • manutenção da Lei de Cotas;
  • instituição de legislação específica para disciplinar o Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes);
  • efetivo financiamento dos hospitais universitários, preservando o caráter assistencial de componentes do Sistema Único de Saúde (SUS);
  • recomposição dos recursos destinados ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e ao fortalecimento das políticas de fomento da pós-graduação e 
  • a valorização e implementação de políticas públicas de manutenção e fomento à cultura.

Para o presidente da Andifes, é preciso que o Estado brasileiro dê atenção às instituições federais de ensino superior.

Marcus David é reitor da UFJF e presidente da Andifes | Foto: Divulgação/UFJF

“É urgente a necessidade de recomposição do orçamento das universidades. Como apresentamos no documento, quando observamos o orçamento discricionário, aquele que é destinado à manutenção das universidades federais, em 2022 é inferior à metade do orçamento executado em 2015. Quando nós buscamos a causa desse arrocho no financiamento, encontramos a justificativa de que, a partir da Emenda Constitucional 95, que disciplina o teto de gastos, era necessário fazer uma redução do Estado Brasileiro e, lamentavelmente, é o que estamos observando, as universidades não estão recebendo a atenção e o investimento que merecem”, salientou Marcus David.

Um par de desafios e o Reuni 2

Na visão de Denise, há dois desafios mais urgentes nas universidades federais: a recomposição orçamentária e a autonomia universitária, principalmente a financeira. No evento, a reitora da UFRJ defendeu uma segunda fase do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

“Precisamos do Reuni 2”, afirmou Denise Pires de Carvalho | Foto: Artur Moês (SGCOM/UFRJ)

“Esse documento da Andifes ressalta pontos que nos remetem ao futuro do nosso país e à juventude (…) O documento ressalta o que foi mais importante a partir das primeiras décadas dos anos 2000, que foi a democratização do acesso e ampliação do número de vagas no ensino superior público do Brasil. E isso aconteceu por meio do Reuni, que ampliou o número de vagas. Mas nós não podemos falar de futuro sem levarmos em consideração o presente e o passado − por isso esse programa [o Reuni] foi tão bem sucedido no presente. Ainda há menos de um quarto da população jovem, entre 18 e 24 anos, nas universidades públicas. A enorme maioria dos nossos jovens ainda não tem a oportunidade de ingressar no ensino superior. Precisamos, sim, do Reuni 2. Nós precisamos retomar esse programa que foi abandonado nos últimos anos para aumentar, cada vez mais, o acesso, mas não só o acesso, aumentar também a permanência de jovens no ensino superior”, defendeu. 

“Precisamos de um Reuni 2, que amplie ainda mais o número de vagas (…). Pode-se chegar, sem problema nenhum, a 50% de jovens com oportunidade de ingressar no ensino superior e permanecer, se graduar, (…) e permanecer no país, gerando conhecimento. Conhecimento gera emprego e renda e faz com que o Brasil seja aquilo que nós todos queremos e acreditamos: uma nação verdadeiramente independente. Neste ano, estamos festejando o bicentenário da Independência, mas ainda não somos a nação independente que queremos ser e podemos ser, se contarmos com esses jovens tão capazes, tão criativos, (…) para que tenhamos uma sociedade mais justa no futuro”, prosseguiu Denise.

A reitora também falou sobre o programa de ações afirmativas. “A gente tem uma dívida histórica muito grande. Temos pagado essa dívida por meio dos programas de cotas, mas esses programas precisam não só permanecer, como ser cada vez mais incentivados e defendidos por cada um de nós, sem nenhuma dúvida de que somente por meio do pagamento dessa dívida e do resgate histórico nós teremos uma nação com mais justiça social. Essa nação em que nós acreditamos, soberana e muito melhor para todas as brasileiras e brasileiros”, finalizou.

Manifesto por respeito e dignidade à população LGBTQIA+ da UFRJ

No Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, 17/5, a Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro saúda a comunidade LGBTQIA+ da UFRJ para corroborar seu compromisso irrestrito e inegociável pelo respeito, acolhimento e pela dignidade das pessoas que, em decorrência da orientação sexual, sejam agredidas verbal, moral ou fisicamente em nossos campi e fora deles. Práticas de intolerância nunca são aceitas e sempre terão todo o rigor da Universidade para que sejam apuradas e buscados os responsáveis, com resposta em todas as instâncias cabíveis.

A UFRJ condena veementemente quaisquer atitudes discriminatórias que vilipendiem a dignidade humana, assim como incentiva a construção de espaços que respeitem e reconheçam as pessoas em sua integralidade e nas diferenças. Diariamente, sabemos, as transidentidades são marcadas por violências estruturais, sociais e institucionais que vitimam pessoas multimodalmente, marcando a sociedade com sombras de um passado que não desejamos, nem podemos admitir reviver. Reconhecemos que o dia 17/5 é uma data simbólica na qual pessoas de todo o mundo se mobilizam para refletir sobre preconceito e discriminação com a perspectiva do tripé equidade, diversidade e tolerância.

Mais que repudiar, a Universidade é proativa na promoção desse tripé. Exemplo disso é a institucionalização, pela Reitoria, do Grupo de Trabalho de Direitos Humanos e Enfrentamento às Violências, com o objetivo de regulamentar, com robustez, a política institucional de valorização dos direitos humanos e enfrentamento às diferentes expressões da violência no âmbito da UFRJ. Entre suas competências estão a definição de fluxos, protocolos e trâmites para o encaminhamento das situações de violência identificadas pelos diferentes segmentos da instituição, além da proposta de criação de instrumentos de monitoramento e avaliação das estratégias desenvolvidas.

A UFRJ tem estimulado grupos de pesquisas voltados ao tema de gênero e sexualidades que emergem da inquietação contra os discursos hegemônicos para refletir sobre a inclusão social, como o MatematiQueer, dedicado a estudos de gênero e sexualidades em ciências matemáticas. Além disso, a Universidade conta com diversos coletivos, como o Coletivo Trans Gisberta Salce, formado por estudantes da UFRJ, que ajuda a  compreender como o feminino se faz presente no movimento trans, e o Coletivo LGBT+ Luciana Cominato, do curso de Medicina, um espaço de discussão e acolhimento dentro do curso médico da instituição.

Em 2019, a UFRJ criou um curso de extensão em Gastronomia voltado especialmente para pessoas trans. A iniciativa, denominada Transgarçonne, tem como objetivo preparar pessoas transgêneras para o mercado de trabalho dentro do setor gastronômico, de forma que os participantes possam se qualificar profissionalmente para atuar em bares, cafeterias e restaurantes. A iniciativa, inclusive, já foi destaque na mídia, como, por exemplo, no jornal O Globo, no portal de notícias g1 e na TV Globo.

Reconhecemos que devemos reagir a atitudes e discursos homofóbicos e/ou transfóbicos em todas as situações e estimulamos que toda a nossa comunidade universitária não se cale diante de ofensas ou práticas discriminatórias, que em nada convergem com nossa identidade institucional. Aliás, lembramos que, em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a transfobia foi reconhecida como forma de racismo, devendo ser observada nos moldes da Lei 7.716/89, com punição para aqueles que praticarem atos de discriminação e preconceito. Enfatizamos ainda que, desde 2018, pessoas trans tiveram suas identidades de gênero reconhecidas, devendo haver respeito integral a partir do reconhecimento de acordo com a identidade autodeclarada, sendo garantido tratamento igualitário e respeitoso a essa população.

Reafirmamos o compromisso em tornar o ambiente acadêmico cada vez mais plural e assegurar que sejam criados espaços de debate e campanhas de conscientização da comunidade universitária a fim de garantir o respeito à diversidade e, claro, à vida com dignidade. Neste mês de maio, a Reitoria inicia agenda de atividades de conscientização que serão divulgadas em breve nos sites oficiais da UFRJ.

A luta contra a LGBTfobia é de toda a UFRJ! A busca por uma sociedade e, principalmente, por uma universidade mais justa e inclusiva, que acolha, respeite e valorize as diferenças, é um dever intrínseco à primeira, maior e melhor universidade federal do Brasil. Reforçamos o compromisso da instituição com o absoluto repúdio a comportamentos intoleráveis ou falas que gerem constrangimentos à comunidade universitária. Não à homofobia, transfobia e bifobia! Denuncie!

17/5/2022
Reitoria da UFRJ

Nota sobre acesso a unidades da UFRJ

O Núcleo de Enfrentamento e Estudos em Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes (Needier/UFRJ) emitiu nota técnica na última sexta-feira, 18/3, em que pontua a exigência do comprovante de esquema vacinal completo contra a covid-19 para acesso à Universidade. Além do documento, o uso de máscara também é necessário em ambientes fechados na instituição, como apontou o GT-Covid-19 em nota técnica divulgada em 7/3.

O Needier estabelece, ainda, condições para certificado de isenção temporária à vacinação para covid-19 e também laudo negativo de teste virológico atualizado na falta do certificado de isenção, para utilização de espaços da UFRJ.

Leia a nota na íntegra aqui ou abaixo.

NOTA TÉCNICA DO CTD/NEEDIER REFERENTE À EXIGÊNCIA DE COMPROVANTE VACINAL OU DE CERTIFICADO DE ISENÇÃO TEMPORÁRIA PARA RETORNO PRESENCIAL NA UFRJ

Diante da necessidade de tornar mais seguro o retorno presencial na UFRJ é fundamental assegurar elevada cobertura vacinal para covid-19 no Corpo Social da Universidade. Para tal finalidade, será exigido para frequentar as unidades universitárias Certificado de Vacinação para Covid-19 expedido pelo Conecte-SUS ou emitido pelas unidades de saúde competentes (nacionais ou internacionais), comprovando vacinação completa de acordo com as recomendações do Programa Nacional de Imunizações e em concordância com o Calendário vigente no Município correspondente ao Campus.

Excepcionalmente, poderão ser considerados candidatos a Certificado de Isenção temporária à vacinação para Covid-19 que assegure o acesso temporário as dependências da UFRJ, os indivíduos que comprovadamente apresentem restrições técnicas à vacinação para covid-19. A emissão deste Certificado caberá ao CTD-Covid-19. Para tal o interessado (indivíduo não adequadamente vacinado) deverá agendar seu atendimento pelo e-mail covid19@reitoria.ufrj.br.

Na ausência de um dos documentos acima descritos, será exigido para frequência às dependências da Universidade, a apresentação de Laudo Negativo de teste virológico atualizado realizado com antecedência de 24 horas para o antígeno ou 48 horas para o teste molecular. Cabe ressaltar que, na ausência de uma justificativa técnica reconhecida pela Equipe Médica do CTD, caberá ao interessado realizar as testagens sucessivas que se fizerem necessárias por meios próprios.

Cidade Universitária, 18 de março de 2022.

Terezinha Marta Castiñeiras
Coordenadora CTD-Covid-19                              
Chefe do Dep. de Doenças Infecciosas e Parasitárias
Faculdade de Medicina – UFRJ
CRM:52.49549/7; Siape: 1124527

Reitora da UFRJ participará de debate sobre gestão das mulheres nas universidades

A reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, participará nesta quarta-feira, 16/3, às 18h, da live e debate virtual “A gestão das mulheres nas universidades”. A iniciativa é motivada pelo mês das mulheres e é organizada pelo SoU_Ciência, laboratório de ideias sobre sociedade, universidade e ciência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O encontro abordará os desafios das mulheres na direção das universidades federais, diante de incertezas e cenários de dificuldades orçamentárias. As reitoras também irão discutir caminhos para que mais representantes do sexo feminino estejam na ciência, nas universidades e também em cargos políticos e de liderança.

“O encontro é fundamental para discutirmos avanços e políticas institucionais para a igualdade de gênero. O número de reitoras mulheres diminuiu muito em três anos. Éramos 19 quando tomei posse como reitora e, agora, somos 12”, destaca Denise.

Além da reitora da UFRJ, participam da live as reitoras:

  • Ana Beatriz Oliveira, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar);
  • Claudia Marlieri, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop);
  • Isabela Andrade, da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel);
  • Joana Guimarães, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).
  • Lucia Pellanda, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA);
  • Marcia Abrahão, da Universidade de Brasília (UnB); e
  • Sandra Goulart, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Imagem: Divulgação/Unifesp

A mediação será realizada por Soraya Smaili, coordenadora-geral do SoU_Ciência e ex-reitora da Unifesp.

“Será um momento muito prazeroso e importante para o debate e reconhecimento do trabalho realizado por nossas reitoras nas universidades. Além disso, vamos falar sobre o protagonismo feminino nas lutas históricas por equidade de gênero e em defesa dos direitos das mulheres. Sabemos que hoje, por exemplo, mais de 50% dos estudantes na graduação e na pós-graduação são mulheres, mas elas ainda não estão distribuídas de forma igualitária em todas as áreas de conhecimento. Necessitamos de políticas públicas para estimular a presença das mulheres em posições de destaque em nossa sociedade”, comenta Soraya Smaili.

O debate virtual “A gestão das mulheres nas universidades” será transmitido ao vivo no canal do YouTube do SoU_Ciência.

Reitoria abre inscrições para bolsistas em Comunicação

Estão abertas até 28/3 as inscrições para o programa de bolsas da Reitoria da UFRJ para atuação na Superintendência Geral de Comunicação Social (SGCOM). Ao todo, são oferecidas seis vagas:

  • A-101: Jornalismo – Assessoria de Imprensa (1 vaga)
  • A-102: Relações Públicas – Assessoria de Imprensa (1 vaga)
  • A-103: Audiovisual (1 vaga)
  • A-104: Mídias Criativas (1 vaga)
  • A-105: Jornalismo – Diretoria de Conteúdo (2 vagas)

O processo seletivo será bifásico: análise curricular e entrevista individual on-line. Os interessados devem enviar currículo para contato@comunica.ufrj.br. O início das atividades está previsto para 18/4. A bolsa é de R$ 700,00.

Acesse a página do processo seletivo, leia o edital na íntegra e saiba mais.

Nota sobre uso de máscaras nos campi da UFRJ

Na noite desta segunda-feira, 7/3, o Grupo de Trabalho Multidisciplinar de Enfrentamento à Covid-19 da UFRJ (GT-Coronavírus) emitiu nota técnica sobre uso de máscaras nos campi da Universidade.

Segundo o comitê de pesquisadores que assessora a Reitoria da UFRJ, o uso de máscaras deve permanecer obrigatório nos ambientes fechados da Universidade. Já em espaços abertos sem aglomeração, o uso de máscaras pode ser liberado. “O GT-Coronavírus continuará acompanhando diariamente a evolução da pandemia e em momento oportuno emitirá novas recomendações”, finaliza a nota.

Leia a nota na íntegra aqui ou abaixo:

O Grupo de Trabalho Multidisciplinar de Enfrentamento à Covid-19 da UFRJ (GT-Coronavírus) considerando:

• O Decreto RIO Nº 50308, de 7/3/2022, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro;

O número de casos de síndrome gripal (uma proxy de casos de covid-19) por 100.00 habitantes na última semana epidemiológica 9 (SE-9: período de 27/2/2022 a 5/3/2022) no município do Rio de Janeiro1 ter sido de 249 casos / 100.000 habitantes;2

• Os dados da vigilância sentinela de síndrome gripal do município mostraram que 100% dos vírus respiratórios identificados na semana epidemiológica 7 (SE-7: período de 13/2/2022 a 19/2/2022) foi o SARS-CoV-2; 1

• A divergência na proporção de testes positivos para COVID-19 para o município, onde no site oficial apresentou um valor de 10%1 na SE-9 e no Boletim Epidemiológico de 6/3/2022 mostrou que a positividade na atenção primária à saúde foi 1,8% no dia 3/3/2022;3

• Em relação aos dados da Secretaria de Estado de Saúde no período de 23/1/2022 a 1/3/2022 a positividade foi de 10,5%;4

• A cobertura vacinal da população com idade maior que 18 anos com dose de reforço no município é igual a 54,1% em 7/3/2022.1

• A heterogeneidade da cobertura vacinal nos municípios onde residem nosso corpo social,5 e;

• A grande aglomeração de pessoas do município e de fora, associadas ao intenso deslocamento de pessoas para fora do município com posterior retorno em função do feriado de carnaval, conforme já ocorrido no período de ano novo.

Recomenda que a UFRJ mantenha o uso obrigatório de máscaras em locais fechados de seus campi. O uso de máscaras pode ser liberado em espaços abertos sem aglomeração. O GT-Coronavírus continuará acompanhando diariamente a evolução da pandemia e em momento oportuno emitirá novas recomendações.  

1Fonte: coronavirus.rio

2Cálculo (16.874 casos/6.775.561 habitantes) * 100.000 = 249 casos / 100.000 habitantes.

3https://coronavirus.rio/wp-content/uploads/2022/03/Boletim-Epidemiologico_COE-COVID-Rio_07.03.22-1-1.pdf

4https://painel.saude.rj.gov.br/arquivos/Nota%20INDICADORES%20PRECOCES%2003032022.pdf

5https://vacinacaocovid19.saude.rj.gov.br/vacinometro

GT-Coronavírus recomenda retomada total de atividades presenciais

Na última sexta-feira, 18/2, o Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento à Pandemia de Covid-19 da UFRJ (GT-Coronavírus) emitiu nota técnica em que recomenda a retomada de todas as atividades presenciais na UFRJ no primeiro período letivo de 2022.

Segundo os pesquisadores que compõem o comitê, é necessário que o uso de máscaras permaneça obrigatório.

As ações de monitoramento da pandemia serão mantidas pelo GT-Coronavírus. “Para garantir a segurança da saúde da comunidade da UFRJ, será mantido o acompanhamento ágil e dinâmico da evolução dos indicadores epidemiológicos previamente estabelecidos, acrescido de estratégias de predição para antecipar a percepção do risco e apoiar a tomada de decisão”, afirma o grupo.

Leia a nota na íntegra aqui ou abaixo.

O Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento à Pandemia de COVID-19 da UFRJ (GT-Coronavírus), formalizado pela Portaria nº 2.336, de 18 de março de 2020 (alterado e atualizado pelas Portarias UFRJ nº 8.929, de 15 de dezembro de 2020, e nº 36, de 13 de janeiro de 2021), foi criado no mesmo momento em que a Organização Mundial de Saúde declara a infecção pelo novo coronavírus como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. Sua primeira reunião ocorreu em 05/02/2020 no gabinete da Faculdade de Medicina e, portanto, antes do primeiro caso ser registrado no Brasil.

Desde então, os membros do GT vêm monitorando a situação da doença e suas consequências no Estado do Rio de Janeiro, mantendo o acompanhamento ininterrupto e mais intensivo sobre a situação nos campi da UFRJ, fornecendo informações que orientam, do ponto de vista epidemiológico, as decisões sobre o controle da pandemia na comunidade UFRJ.

As decisões exaradas pela Reitoria, sob orientação do GT-Coronavírus, que levaram à restrição de circulação de pessoas na UFRJ, a partir da suspensão de aulas presenciais e de atividades não essenciais, em 16 de março de 2020, foram fundamentais para reduzir a transmissibilidade, a morbidade e mortalidade da infecção pelo SARS-CoV-2 em nossa comunidade. Naquele cenário, as medidas adotadas seguramente impactaram na redução do risco da doença dentro e fora dos nossos muros, dado que o efetivo populacional representativo da comunidade UFRJ é da ordem de dezenas de milhares de pessoas, e toda medida adotada para a segurança da comunidade universitária também preservaria, em certa medida, a sociedade fluminense.

Os quase dois anos que se seguiram foram marcados pelo protagonismo da UFRJ na elaboração e divulgação de planos e guias para ampliar a segurança biológica nos seus campi. No momento em que um novo cenário é delineado, faz-se necessário reavaliar o risco atual da nossa comunidade na UFRJ para reconsiderar o retorno presencial efetivo e seguro daquelas atividades por ocasião ainda suspensas ou restritas.

Efetivamente, observamos um cenário bem distinto na pandemia, com elevada cobertura vacinal contra a COVID-19 na população do Estado do Rio de Janeiro, redução do número de casos graves e de mortes associadas e redução da sobrecarga sobre o sistema de saúde. Embora a infecção pela mais recente variante do vírus (Ômicron) tenha demonstrado alta transmissibilidade, seus efeitos sobre a saúde humana mostram-se bem menos graves que as variantes anteriores.

Ademais, a exigência do comprovante de vacinação (ou eventualmente do certificado de isenção temporária emitido pelo CTD) para todos os membros da comunidade permite melhor controle e confiança para o uso de ambientes coletivos, nos quais já se aprendeu que o distanciamento físico é muito menos importante do que garantir que todos estejam vacinados e utilizem máscaras adequadas, além da garantia da higiene individual, limpeza e a boa circulação de ar no local. Soma-se a isso a evolução positiva de todos os indicadores epidemiológicos, que apontam para grande redução dos riscos, em se mantendo o cenário atual, nas próximas semanas.

Neste sentido, o GT-Coronavírus recomenda a retomada de todas as atividades presenciais na UFRJ no primeiro período letivo de 2022, entendendo ser necessário manter o uso obrigatório de máscaras e oferecer facilidades para higienização das mãos. A utilização das instalações da UFRJ deve respeitar seus limites de espaço, sem a necessidade de adotar distanciamento físico entre os ocupantes. Em complemento, deve-se promover as boas práticas de limpeza destas instalações e buscar oferecer esquemas de ventilação adequados. Sugerimos, adicionalmente, o aprimoramento dos canais de comunicação internos visando a rápida informação da comunidade em caso de eventos inesperados.

Cabe ressaltar que as ações de monitoramento de risco de infecção e de gravidade da doença serão mantidas por este GT. Se houver qualquer mudança no cenário da pandemia devido a alguma nova variante do SARS-CoV-2 ou evento inesperado, influenciando significativamente o conjunto dos indicadores [número de casos por 100.000 pessoas nos últimos 7 dias (e) Covidímetro (e) Porcentagem de Positividade nos exames do Centro de Testagem e Diagnóstico-CTD da UFRJ nos últimos 7 dias], as medidas de mitigação e controle pertinentes serão imediatamente revistas. Caso necessário, serão adotadas medidas de proteção adicionais, que poderão incluir a recomendação da adoção de medidas restritivas de mobilidade como a suspensão de aulas presenciais e de atividades não essenciais. Tanto quanto medidas de maior flexibilização, como a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados, poderão ser recomendadas pelo GT-Coronavírus, caso a pandemia mantenha-se em declínio sustentado.

Para garantir a segurança da saúde da comunidade da UFRJ, será mantido o acompanhamento ágil e dinâmico da evolução dos indicadores epidemiológicos previamente estabelecidos, acrescido de estratégias de predição para antecipar a percepção do risco e
apoiar a tomada de decisão. Por fim, será de grande relevância ampliar as ações voltadas à vigilância genômica do SARS-CoV-2 e à testagem da comunidade da UFRJ.

Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento à Pandemia de COVID-19 da UFRJ

UFRJ e outras dez instituições se manifestam a favor do retorno presencial

Nesta quarta-feira, 9/2, a reitora da UFRJ, professora Denise Pires de Carvalho, e dirigentes de outras 10 instituições de ensino do Rio de Janeiro emitiram nota a favor da retomada presencial plena das atividades de ensino em suas unidades, respeitando-se a autonomia de planejamento de cada uma delas.

Em nota divulgada em 26/1, a Reitoria da UFRJ já havia se posicionado pelo retorno às aulas presenciais.

Além da UFRJ, a manifestação conjunta publicada nesta quarta-feira é assinada pelas seguintes instituições:

  • Universidade Federal Fluminense (UFF);
  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ);
  • Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio);
  • Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ);
  • Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj);
  • Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf);
  • Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo);
  • Colégio Pedro II;
  • Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ);
  • Instituto Federal Fluminense (IFF).

Segundo os dirigentes das entidades, “a retomada a presencialidade do ensino é uma realidade nas instituições públicas de ensino do Estado do Rio de Janeiro e a defesa e cobrança do ciclo vacinal completo, aliado ao conjunto de medidas dos protocolos de biossegurança, dão a garantia de uma retomada segura, mesmo com a presença da variante ômicron”.

Leia a integra da nota:

NOTA DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO DO RIO DE JANEIRO

As instituições públicas de ensino, pesquisa e extensão do estado do Rio de Janeiro manifestam-se a favor da retomada presencial plena das atividades de ensino em suas unidades, respeitando-se a autonomia de planejamento de cada uma delas.

A adoção do ensino remoto emergencial foi necessária e preparada com todo o cuidado didático, jurídico e institucional, com ampla discussão nos conselhos superiores, cuja reversão está ocorrendo de forma gradativa e planejada. Nossas ações nesses tempos de pandemia foram fundamentais para que vidas pudessem ser preservadas. Neste momento, temos convicção de que o retorno completo ao ensino presencial será fundamental para o processo de ensino-aprendizagem de qualidade.

Ao longo do período pandêmico contribuímos com toda a sociedade fluminense, desenvolvendo um conjunto de ações institucionais com o objetivo de minimizar os efeitos da pandemia, o que tem sido essencial no combate à covid-19 e na proteção à saúde da população.

A tomada de decisão dos gestores tem dependido do comportamento da pandemia no que se refere principalmente às seguintes variáveis: taxa de transmissão do vírus, grau de letalidade e ocupação dos leitos.

Não obstante, cientes e defensores da ciência e das políticas públicas geradas a partir de estudos comprovados cientificamente, nós defendemos e cobramos o esquema vacinal completo para o retorno presencial de toda a comunidade acadêmica. Todavia, vários membros das comunidades de nossas instituições fazem parte de grupo de maior risco para desenvolvimento de doença grave, mesmo quando vacinados, e precisam se manter afastados por determinação legal.

Nesse momento da pandemia, quando boa parte da população do estado encontra-se com o esquema vacinal completo, devemos tomar decisões com base em variáveis diferentes daquelas que foram assumidas no passado, ou seja, antes a taxa de transmissão era a principal variável para mantermos o distanciamento interpessoal.

Ressaltamos que o avanço da vacinação, inclusive na população infantil, associado às características dessa nova variante, trouxeram novas perspectivas com relação à decisão sobre a retomada ao ensino presencial pleno. Neste momento, as taxas de mortalidade e de internação na população vacinada devem ser os fatores determinantes para o retorno e não simplesmente a taxa de transmissão do vírus. Esta percepção só foi possível com a entrada da nova variante e os estudos relacionados ao seu comportamento.

Entretanto, cabe destacar a peculiaridade de cada instituição de ensino que compõe esta manifestação e seus momentos diferenciados do período letivo. As instituições têm autonomia para aprovar os respectivos calendários acadêmicos nos colegiados superiores e neste momento não existe convergência de datas de início e término dos períodos letivos. Reafirmamos que a retomada presencial plena deve ser realizada de maneira estratégica e no início do novo período letivo, pois as atividades presenciais não devem excluir grande parte dos discentes que não moram nos municípios nos quais realizam seus cursos. Esse planejamento é fundamental.

Associado ao planejamento de retorno é importante ressaltar o papel da assistência estudantil em superar a exclusão digital durante a pandemia. A crise financeira e econômica em que o país vive, com níveis elevados de desemprego, que afetou e está afetando as famílias de vários alunos, requer um olhar ainda mais especial neste momento retomada. Os programas de assistência estudantil para permanência dos estudantes em vulnerabilidade precisam ser continuados e ampliados. Por isso, manifestamos a necessidade de atenção total do Governo do Estado e do Ministério da Educação para este desafio.

Além disso, as instituições manifestam ainda suas preocupações com a redução do financiamento das unidades de ensino federal no período da pandemia, com cortes em seus orçamentos de custeio de aproximadamente 30% e redução do quadro de pessoal técnico-administrativo. Se a infraestrutura era precária nessas instituições em 2020, neste momento no qual há necessidade de seguirmos as orientações de biossegurança, são fundamentais algumas intervenções na infraestrutura que se deteriorou ainda mais.

É de suma importância para as unidades de ensino a recomposição orçamentária imediata do custeio aos valores de 2019 corrigidos pela inflação e a recomposição de pessoal com a retomada de concursos de cargos extintos, mas de extrema necessidade para a qualidade do ensino, pesquisa e extensão.

Por fim, reforçamos que a retomada a presencialidade do ensino é uma realidade nas instituições públicas de ensino do Estado do Rio de Janeiro e a defesa e cobrança do ciclo vacinal completo, aliado ao conjunto de medidas dos protocolos de biossegurança, dão a garantia de uma retomada segura, mesmo com a presença da variante ômicron. Dessa forma, convocamos toda a comunidade das instituições de ensino a completarem o ciclo vacinal.

Rio de Janeiro, 09 de fevereiro de 2022.

Antonio Claudio Lucas da Nóbrega (reitor – UFF)

Denise Pires de Carvalho (reitora – UFRJ)

Jefferson Manhães de Azevedo (reitor – IFF)

Luanda Moraes (reitora – Uezo)

Maurício Saldanha Motta (diretor geral – Cefet/RJ)

Oscar Halac (reitor – Colégio Pedro II)

Rafael Barreto Almada (reitor – IFRJ)

Raul Ernesto Lopez Palacio (reitor – Uenf)

Ricardo Lodi Ribeiro (reitor – Uerj)

Ricardo Silva Cardoso (reitor – Unirio)

Roberto de Souza Rodrigues (reitor – UFRRJ)

Vacina contra a indiferença

A reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, escreveu artigo no jornal O Globo, publicado nesta quarta-feira, 21/12, intitulado “Vacina contra a indiferença”.

Foto: Diogo Vasconcellos (SGCOM/UFRJ)

Leia o artigo na íntegra:

Inúmeros dados demonstram de maneira inequívoca que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, embora seja difícil nos conscientizarmos disso. A erradicação da pobreza é o primeiro dentre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, aprovados pela Organização da Nações Unidas. Nas grandes cidades brasileiras, a desigualdade social se torna ainda mais evidente, e o grau de pobreza é alarmante.

Recentemente, durante um passeio de fim de semana, tive uma das experiências mais impactantes que já vivenciei. A cidade de São Paulo é uma megalópole com tanta riqueza quanto desigualdade. Passeando a pé pela região dos Jardins, área nobre, encontrei muitas famílias (jovens, velhos e crianças) morando nas ruas, deitadas no chão, vivendo em tendas ou dormindo ao relento.

O que podemos esperar dessa geração abandonada pelo Estado brasileiro? Sabemos que o futuro se constrói no presente, mas vejo pouca ou nenhuma perspectiva razoável para essas crianças que deveriam estar sendo muito bem cuidadas no presente para garantirmos uma sociedade menos desigual no futuro, o alicerce de uma nação desenvolvida e com mais segurança no nosso cotidiano. Testemunhei o oposto, o abandono da cidade e do seu povo.

Fiquei pasmada ao perceber que também havia no meu caminho, numa das avenidas dessa área nobre, várias pessoas e famílias inteiras sentadas em cadeiras de praia nas calçadas, por opção, assistindo e filmando os carros importados que passavam naquela tarde. Eu me senti muito mal, porque, afinal, aquelas pessoas saíram das suas respectivas casas com o objetivo de ver os carrões que haviam se transformado em atração de domingo. Deixaram de se preocupar com as outras; estavam mais interessadas nos bens materiais. Não pareciam enxergar as famílias abandonadas vagando pela cidade, que, aparentemente, se tornaram invisíveis e inaudíveis. Estavam atentas apenas ao ronco dos poderosos motores. Que sociedade é esta?

Na vida real, precisaríamos seguir cada vez mais atentos e engajados na melhoria da qualidade de vida dos povos, embora não seja nada fácil, principalmente nestes tempos inéditos e distópicos. Certamente a pandemia aumentou a enorme distância entre as classes sociais, agravou a pobreza e promoveu o rompimento do nosso já esgarçado tecido social. Considero a compreensão do comportamento humano um dos temas mais instigantes da atualidade. Talvez a falta de empatia seja uma das características mais deploráveis da humanidade, o que nestes tempos pandêmicos se tornou ainda mais perceptível.

Especialmente neste momento, deveríamos aproveitar para refletir sobre como evitar retrocessos sociais e ambientais inadmissíveis para garantirmos um futuro melhor aos nossos descendentes. A espécie humana deveria questionar mais seus instintos predatórios e inconsequentes sobre a natureza de maneira geral, o que ocasiona acúmulo de riqueza associado a mudanças climáticas irreversíveis.

Afinal, dependemos do planeta saudável para que a perpetuação da nossa espécie não seja ainda mais ameaçada. Portanto há necessidade de prevenção contra esse instituto humano avassalador que corrói as relações humanas em todos os espectros, ou seja, precisamos muito de “vacinas”, mas não somente contra as doenças provocadas por vírus. Precisamos nos vacinar contra os males característicos de alguns seres humanos, como a soberba, a intolerância, a ganância e a falta de solidariedade e de compaixão. Somente assim poderemos construir a verdadeira sociedade do conhecimento, formada por pessoas com mais empatia e respeito ao outro e ao meio ambiente. É também desse tipo de vacina que a humanidade mais está precisando neste século. A vacina contra a insensatez.

Leia originalmente aqui.

Carta da reitora sobre campus Praia Vermelha

Face a conteúdos equivocados que têm sido difundidos em redes sociais, que se referem ao campus Praia Vermelha da UFRJ, a reitora Denise Pires de Carvalho emitiu carta sobre o assunto.

Foto: Rodrigo Fortes (SGCOM/UFRJ)

Leia na íntegra:

Com relação à mensagem que está circulando nas redes sociais sobre privatização de áreas da UFRJ, preciso tranquilizá-los, pois não há nenhuma intenção da atual Reitoria em deixar que se privatize qualquer área na Praia Vermelha. Na realidade, nossa gestão, iniciada em 2019, estancou um projeto da gestão anterior, que esteve à frente da Reitoria da UFRJ entre 2015 e 2019 e assinou contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com esta finalidade. Queremos apenas devolver à cidade do Rio de Janeiro um equipamento cultural naquela região, o que foi subtraído da sociedade carioca há mais de uma década e abandonado por gestões precedentes.

Nunca apoiamos nenhum tipo de privatização de áreas públicas, muito menos a destruição de prédios históricos. Além disso, nada justificaria derrubar hospitais públicos que funcionam no campus da Praia Vermelha e correspondem à história da Psiquiatria e da Medicina na América Latina. Sou egressa da Faculdade de Medicina da UFRJ e considero lastimável a demolição do prédio da Faculdade de Medicina primaz do Rio de Janeiro, que ocorreu na década de 1960 naquela região.

Venho, portanto, deixar explícito para a classe artística e a população carioca que nosso único objetivo é devolver o equipamento cultural à sociedade, no mesmo local em que se localizava anteriormente, porém em novo edifício (pois o atual se encontra condenado). Contamos com a ajuda e o apoio de vocês nesta missão e estamos certos de que a recuperação daquela área abandonada do campus da UFRJ vai ajudar a revitalizar nossa cidade.

Denise Pires de Carvalho
Reitora da UFRJ

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