visão ampliada ao microscópio de células infectadas pelo vírus monkeypox. | Foto: Divulgação Needier
O Núcleo de Enfrentamento e Estudos de Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes (Needier/UFRJ) divulgou uma nota técnica para informar sobre os sintomas da varíola do macaco, como é popularmente conhecida a monkeypox, que desde o dia 14/8 se tornou emergência de saúde pública de importância internacional, declarado pelo comitê de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), em decorrência, principalmente, à propagação do vírus membro da família de Orthopoxvirus pelo continente africano.
De acordo com os cientistas do Needier, o vírus mpox geralmente se manifesta após período de incubação de 6 a 16 dias (até 21 dias). No surto recente, a transmissão mais comumente ocorreu pelo contato próximo com indivíduo infectado e foi observado uma preponderância de lesões cutâneas nas áreas genital e anal e acometimento de mucosas (oral, retal e uretral). A doença usualmente evolui com sinais e sintomas leves, porém algumas pessoas, especialmente aquelas com imunossupressão, podem desenvolver formas mais graves.
Para evitar que a doença se alastre, os indivíduos com suspeita de monkeypox podem buscar atendimento no Needier, após contato prévio com a equipe do núcleo. O contato poderá ser feito pelo WhatsApp (21.96845-8188) ou o e-mail (consulta@needier.ufrj.br). O atendimento incluirá avaliação médica, coleta de material biológico, orientação clínica e realização de testes diagnósticos moleculares e genômicos.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lamenta, com pesar, a morte do músico Antonio Meneses, aos 66 anos, no último sábado (3/8), em Basel, na Suíça.
Considerado um dos principais violoncelistas brasileiros de todos os tempos e um dos maiores especialistas no instrumento, ele foi diagnosticado em junho com glioblastoma multiforme, um tipo agressivo de tumor cerebral, que o afastou dos palcos. Meneses recebeu em 2015 o título de doutor honoris causa pela Universidade.
Filho do trompista pernambucano João Meneses, o violoncelista nasceu no Recife, mas cresceu no Rio de Janeiro. Com 12 anos, foi ter aulas com Nydia Otero, já começando a atuar na Orquestra Jovem do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e na Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Nesta última, em um dos concertos com o violoncelista italiano Antonio Janigro como solista, músicos amigos fizeram a ponte para que Meneses realizasse uma audição – e lá foi o rapaz para a Alemanha, estudar com o mestre. Ele venceu concursos como o de Munique e o Tchaikovsky, iniciando uma carreira sempre ascendente.
Meneses foi um dos mais célebres solistas e cameristas de sua geração, tocando com os maestros e orquestras mais importantes do mundo – em várias formações, fez duos importantíssimos e de longa duração com os pianistas Menahem Pressler e Maria João Pires. O violoncelista integrou o Beaux Arts Trio e atuou, por anos, ao lado de Pressler e do violinista Daniel Hope.
Estabeleceu-se em Basel, na Suíça, perto da fronteira com a Alemanha, com a segunda mulher, a japonesa Satoko Kuroda. Mas nunca deixaria de vir ao Brasil, ao menos uma vez por ano, tocar com as orquestras do país e com amigos, em formato de câmera.
A pedido do próprio músico, não houve funeral. Antonio Meneses deixa a mulher, Satoko, e o filho, Otávio, do primeiro casamento.
O presidente Lula participou da abertura da 5ª CNCTI, que contou com transmissão on-line | Foto: Imagem extraída da transmissão
Com a participação de milhares de pessoas, terminou ontem (1/8), em Brasília, a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI). Ao longo de três dias, cientistas, pesquisadores, gestores de universidades e políticos debateram propostas para a elaboração de uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI), que deve vigorar até 2030, com recomendações para os próximos 10 anos. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, encerrou o evento destacando que a conferência traçou um caminho promissor para o futuro científico no Brasil.
A 5ª CNCTI contou com sessões temáticas em salas de palestras, além de plenárias. Entre os diversos temas debatidos, estavam, por exemplo, as políticas para o fortalecimento da indústria brasileira em bases sustentáveis e inovadoras. A conferência também serviu para entregar o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que havia sido encomendado ao Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), no início do ano, pelo presidente Lula, o qual participou da abertura da 5ª CNCTI.
O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Medronho, esteve na abertura da conferência e considerou inspirador o discurso de Lula, demonstrando que quer deixar como legado para a sociedade um Brasil de conhecimento. “Essa conferência teve enorme participação da sociedade como um todo, de cientistas aos povos originários. Foi um belo desfecho de um movimento que já acontece há tempo com as conferências estaduais. Para nós, o tema principal é muito relevante, pois evidencia a necessidade de um Brasil justo, sustentável e desenvolvido. E a ciência é fundamental para se alcançarem esses objetivos. Sem a ciência, não se produz desenvolvimento econômico social, não se combatem as injustiças sociais, não há preparação para as mudanças climáticas, não se desenvolve o país”, afirmou Medronho.
O reitor Roberto Medronho esteve na abertura da conferência e considerou inspirador o discurso de Lula
A Universidade também foi representada pelo diretor do Parque Tecnológico, professor Romildo Toledo, e pelo professor Roberto Lent. O primeiro participou de um debate essencial sobre a cooperação entre universidades e empresas e o estímulo ao empreendedorismo e à formação de mão de obra qualificada, enquanto o segundo coordenou a sessão sobreCiência para a Educação e a Educação para a Ciência.
Para Toledo, entre os desafios para o fomento e relações com o setor produtivo na articulação e adequação de instrumentos, estão: financiamento insuficiente; necessidade de políticas robustas e contínuas; desarticulação entre agentes federais, estaduais e municipais; presença limitada das secretarias municipais de CT&I, com exceção de grandes cidades; e baixa participação da iniciativa privada. “Esse encontro não acontecia há oito anos. A comunidade científica não estava sendo ouvida, agora novamente ela está sendo”, afirmou.
Com relação aos números da conferência, a ministra Luciana Santos informou que houve 5.300 inscritos presenciais, 4 mil inscritos on-line e mais de 21 mil visualizações no YouTube, totalizando 30 mil participantes. “Nós estamos virando a página do negacionismo no Brasil. Essa é uma tarefa nossa, uma luta de ideias que precisamos afirmar com uma política pública assertiva.”
O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro saiu em defesa do NetLab, um laboratório de pesquisa da Escola de Comunicação da Universidade que, desde 2013, realiza os estudos de internet e redes sociais. Nos últimos anos, o laboratório se dedicou a diagnosticar o fenômeno da desinformação digital e suas consequências no Brasil.
A empresa Meta, dona do Instagram e do Facebook, tentou desqualificar pesquisadores do NetLab, ligado à UFRJ, após ser multada por anúncios com fraudes. Relatórios do NetLab foram usados pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), para notificar e depois multar a Meta em novembro de 2023.
Apoiadores do ex-presidente da República e políticos da oposição, especialmente o deputado Marcel van Hattem (NOVO-RS), têm explorado a política de transparência do NetLab para fazer associações entre as pesquisas feitas pelo laboratório e financiamentos recebidos via entidades federais. O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) ficou de fazer um requerimento na Câmara para solicitar informações. Todos parecem desconhecer que é comum pesquisas acadêmicas receberem financiamento de recursos públicos, em várias áreas, de exploração de petróleo a estudos de desinformação.
Um requerimento de uma audiência pública na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados que visa a questionar os resultados de pesquisas conduzidas pelo NetLab foi encaminhado à Universidade. De acordo com o reitor, a iniciativa visa censurar a ciência no Brasil, criminalizando professores. Leia abaixo a íntegra do artigo publicado no jornal do Rio de Janeiro.
O ataque de parlamentares à ciência e aos professores
Objetivo de audiência pública na Câmara dos Deputados é inibir os estudos sobre desinformação do NetLab UFRJ
Por Roberto Medronho
12/06/2024 00h05 Atualizado há 10 horas
Na última semana, fomos surpreendidos com o requerimento de uma audiência pública na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados que visa a questionar os resultados de pesquisas conduzidas pelo NetLab, nosso renomado laboratório da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ. O requerimento leva professores à comissão com o objetivo de censurar a ciência no Brasil, criminalizando professores. Portanto, esse não é um ataque apenas à UFRJ, mas a toda a comunidade acadêmica brasileira.
O laboratório é alvo de ataques devido à sua agenda de pesquisa, que aborda o problema da desinformação. As pesquisas do NetLab UFRJ, com especial atuação em questões socioambientais e golpes na internet, ganharam destaque nos principais noticiários da mídia brasileira no último mês devido à tragédia no Rio Grande do Sul, afetada por fake news para manipular a opinião pública e por golpes com pedidos de doações falsas — que desviaram ajuda das vítimas para enriquecimento ilícito de estelionatários. Além disso, o NetLab UFRJ tem se destacado ao longo dos anos pela produção de inúmeras pesquisas de valor incalculável para a sociedade, fornecendo evidências com metodologia científica que embasam políticas públicas e auxiliam gestores e autoridades em tomadas de decisões, motivo de grande orgulho para a UFRJ.
Entretanto os recursos públicos para pesquisa são escassos diante das imensas demandas e desafios colocados ao desenvolvimento científico e tecnológico de ponta, especialmente para os que necessitam de processamento de grande volume de dados e exigem altos investimentos. Nesse sentido, aplaudimos todos os pesquisadores, laboratórios e instituições que conseguem complementar seus orçamentos apresentando projetos a fundos públicos e aos disputadíssimos financiamentos privados nacionais e internacionais de fundações filantrópicas, como faz o NetLab UFRJ.
Trata-se de um roteiro já conhecido e usado noutros países por atores antidemocráticos para censurar a ciência por meio de ações no Parlamento. Nesse caso, o objetivo é inibir os estudos sobre desinformação e pressionar os pesquisadores a desistir de seus temas de pesquisa em anos eleitorais. É justamente por conhecermos esse roteiro, que relembra os tempos mais sombrios da História de nosso país, que reafirmamos nosso compromisso com o ensino e a pesquisa independente. Declaramos que não nos deixaremos intimidar por manipulações e ameaças a nossa autonomia universitária, a nossa independência acadêmica e à liberdade de pesquisa, os pilares da universidade pública e uma conquista do Estado Democrático de Direito.
Não admitiremos censura à pesquisa científica, muito menos que criminalizem professores, pesquisadores e a comunidade acadêmica quando resultados de pesquisa desagradam. Nós, da UFRJ, seguiremos em nossa missão social de contribuir para a solução de problemas da nossa sociedade. Assim, conclamamos a população brasileira a permanecer vigilante em defesa da ciência livre, sem censura e com recursos necessários, fundamental para o desenvolvimento econômico, social e político de nosso país e para garantir a soberania nacional.
*Roberto Medronho é reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Em virtude da continuidade das operações no complexo da Maré no dia de hoje, quarta-feira (12/06), a reitoria da UFRJ recomenda que qualquer atividade avaliativa seja suspensa e aquelas que forem realizadas, tenham a segunda chamada assegurada.
As faltas de estudantes na data de hoje deverão ser abonadas.
A Prefeitura Universitária está atenta e em contato com os agentes de segurança. Qualquer mudança de orientação será imediatamente informada ao corpo social da UFRJ.
Bandidos atravessaram um caminhão, no sentido Fundão, na Linha Amarela. Na Avenida Brasil, criminosos atearam fogo em um ônibus. A Linha Vermelha também foi fechada no sentido Centro | Foto: reprodução mídias sociais
Em virtude da operação no complexo da Maré nesta terça-feira, (11/06), a reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) determinou que qualquer atividade avaliativa seja suspensa e aquelas que foram realizadas tenham a segunda chamada assegurada.
As faltas de estudantes na data de hoje deverão ser abonadas. Estão suspensas as atividades acadêmicas do período noturno. As determinações são válidas tanto para o Rio de Janeiro quanto para Duque de Caxias.
Por causa de uma operação policial no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, os bandidos fecharam, em retaliação, três das principais vias expressas da cidade: Avenida Brasil, Linha Vermelha e Linha Amarela. Um policial militar morreu e outro ficou baleado.
A reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) comunica com pesar o falecimento da professora emérita do Instituto de Economia Maria da Conceição de Almeida Tavares, aos 94 anos. A economista, matemática e escritora luso-brasileira teve relevante papel na política e na economia do país. Ao longo de sua carreira, Maria da Conceição Tavares formou e influenciou inúmeros economistas e líderes políticos, entre eles José Serra, Luciano Coutinho, e Luiz Gonzaga Belluzzo.
A professora atuou na elaboração do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek e teve carreira marcada por importantes passagens pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Grupo Executivo de Indústria Mecânica Pesada (Geimape). Trabalhou também na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), onde desenvolveu trabalhos influenciados por economistas como Celso Furtado, Caio Prado Jr., e Ignácio Rangel.
Em 1998, venceu o Prêmio Jabuti na categoria ‘Economia’, reconhecendo sua significativa contribuição ao pensamento econômico no Brasil. Entre suas obras mais importantes, destaca-se “Auge e Declínio do Processo de Substituição de Importações no Brasil”, de 1972, que trouxe análises profundas sobre a economia brasileira e suas transformações.
Maria da Conceição Tavares era uma apaixonada pelo Brasil, onde chegou em 1954, fugindo da ditadura salazarista. Apesar de ser formada em Engenharia pela Universidade de Lisboa, logo se transferiu para Ciências Matemáticas, licenciando-se em 1953. Aqui, a portuguesa de Aveiro, começou a participar das atividades e debates promovidos pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Por não conseguir a equivalência de diplomas que lhe permitiria dar aulas na universidade, em 1955 começou a trabalhar como estatística no Instituto Nacional de Imigração e Colonização (INIC), atual Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
Em 1957, adotou a cidadania brasileira, matriculando-se no mesmo ano no curso de Economia da Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na década de 1990, ela foi uma das vozes mais críticas do Plano Real e se destacou como deputada federal pelo PT do Rio de Janeiro, entre 1995 e 1999.
Torcedora apaixonada do Vasco da Gama, a economista teve a vida, a carreira e a obra retratadas, em 2018, no documentário dirigido por José Mariani. As aulas de economia política gravadas chegaram às mídias sociais, tornando a professora conhecida das gerações atuais. A dedicação à justiça social e ao desenvolvimento econômico brasileiro foi uma constante em sua vida, como certa vez afirmou no programa Roda Viva da TV Cultura, em 1995, que viralizou no aplicativo TikTok: “Se você não se preocupa com justiça social, com quem paga a conta, você não é um economista sério. Você é um tecnocrata”.
Em Macaé, o reitor Roberto Medronho explicou que a prefeitura local marcará reunião para resolver como os estudantes de saúde poderão fazer estágio na rede pública | Foto Sidney Coutinho (SGCOM)
Na semana passada, o projeto reitoria itinerante esteve em Macaé, encerrando as visitas da cúpula administrativa a todos os centros dos campi universitários. Em maio, o reitor Roberto Medronho esteve em uma maratona para ouvir e tentar resolver os problemas dos centros Tecnológico, de Letras e Artes, de Filosofia e Ciências Humanas, de Ciências Jurídicas e Econômicas e dos campi de Duque de Caxias e do norte Fluminense.
Com uma apresentação sobre as dificuldades financeiras que a Universidade enfrenta com a necessidade de recuperar a infraestrutura, uma vez que o orçamento de custeio repassado pelo governo federal caiu de R$ 689 milhões, em 2014, para R$ 392 milhões,em 2024. Segundo Medronho, desse valor, R$ 109 milhões estão comprometidos com pagamentos fixos. Uma avaliação realizada pelo Escritório Técnico da Universidade (ETU), em 52% dos imóveis, aponta que a reabilitação custaria R$ 790 milhões — o equivalente a todo o investimento previsto no orçamento do Ministério da Educação para a rede federal este ano. Somente para os reparos emergenciais, com prioridade máxima, a reitoria calcula um gasto de R$ 570 milhões.
Raras vezes, como no Centro de Tecnologia, os problemas levantados pela plateia e pelos decanos não passavam pela necessidade de reformas em prédios e instalações. No campus de Macaé, os estudantes e professores da área de saúde relataram também dificuldades na realização de estágios e prática na rede pública municipal. Em Duque de Caxias, por exemplo, o reitor deixou claro que não seria possível cogitar um novo curso de Medicin, fundamental para atender e melhorar a qualidade de vida na Baixada Fluminense, caso não houvesse um plano estruturado com os municípios da região que acolhesse a prática com a teoria acadêmica.
Diante de tantos problemas, a reitoria está ciente que a degradação da infraestrutura tem afetado a qualidade acadêmica e a falta de manutenção provoca, vez ou outra, a suspensão de aulas e outras atividades. Não é à toa que Roberto Medronho tem procurado em Brasília apoio para obtenção de mais verbas para a UFRJ. “Nós temos um patrimônio arquitetônico e cultural enorme, com 12 de 18 prédios tombados em estado crítico.Nem sempre encontramos empresas para levar à frente a recuperação dos imóveis”, disse ele em mais de uma oportunidade.
Para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que fiscaliza a preservação dos imóveis, a conservação do patrimônio tombado é de responsabilidade de seus proprietários, pois só cabe ao instituto orientar os gestores para evitar ações que causem danos às edificações. Somado a todos os problemas de infraestrutura, o perfil dos universitários mudou e há uma enorme necessidade de o governo federal prover recursos para assistência estudantil, com alimentação e condições de ensino, ou o risco de evasão cresce a cada dia.
O Conselho Universitário (Consuni) chegou a enviar em março deste ano uma carta a parlamentares pedindo “saídas emergenciais” para a situação orçamentária da instituição. Sem a ajuda de emendas parlamentares, a UFRJ só conta com recursos do MEC, que são insuficientes para a universidade manter seus prédios, quanto mais fazer novos. A saída está sendo trocar parte do patrimônio existente por contrapartidas da iniciativa privada, como está prestes a ocorrer com o edifício Ventura e como aconteceu com cessão do terreno para a construção de um novo espaço cultural multiuso, na Zona Sul do Rio.
Com pesar, a reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) tomou conhecimento da morte do professor da Escola de Comunicação José Amaral Argolo, aos 67, no domingo (19/5). A causa do falecimento não foi divulgada, mas o professor estava internado no Hospital Municipal Luiz Gonzaga, localizado em Miguel Pereira, na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Argolo escreveu diversos livros, entre os quais se destacam “A Direita Explosiva no Brasil”, “Dos Quartéis à Espionagem” e “Caminhos e Desvios do Poder Militar” e teve uma carreira dedicada ao jornalismo investigativo, com passagens por importantes veículos de comunicação como TV Globo, O Globo, O Dia, Última Hora e Jornal do Comércio.
Foto: Niko Júnior (Sintufrj)
Professor Associado e ex-diretor (janeiro de 2002 a janeiro de 2006) da Escola de Comunicação da UFRJ (onde ingressou em 1992 por intermédio de concurso público de provas e títulos), no curso de graduação em Jornalismo; fundador e coordenador do Núcleo de Pesquisa em Jornalismo Impresso e Documentação Hemerográfica (N.Jor–DataH.); coordenador e editor do Jornal Comunidade-Rio e da série de separatas intitulada Cadernos Griffo; pós-graduado em Jornalismo e em Ciência Política, mestre em Filosofia, doutor em Comunicação e Cultura (ECO-UFRJ), concluiu pesquisa de pós-Doutorado em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e de pós-Doutorado Sênior em Estudos Estratégicos pela Universidade Federal Fluminense.
É com imenso pesar que a Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) comunica o falecimento, aos 59 anos, do professor titular Carlos Alberto Manssour Fraga, nesta quarta-feira (08/05). Formado pela própria universidade pela Faculdade de Farmácia (FF), em 1988, era mestre (1991) e doutor (1994) em Ciências pelo Instituto de Química da UFRJ. Manssour também foi professor da FF de 1996 a 2011. Em 2012, assumiu o cargo de Professor Titular junto ao Instituto de Ciências Biomédicas, após aprovação em concurso público.
Carlos Alberto Manssour teve também diversas atividades de representação junto a Sociedade Brasileira de Química e várias atividades de gestão na UFRJ, incluindo chefia de departamento, coordenação de Programa de Pós-graduação e Direção de Unidade. Altamente produtivo, o professor Manssour esteve na lista dos pesquisadores mais influentes no mundo. Era bolsista de produtividade nível 1A do CNPq, Cientista do Nosso Estado da FAPERJ e vice coordenador e membro do comitê de governança e acompanhamento do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (INCT-INOFAR). Contribuiu como autor/inventor de mais de 230 artigos científicos em periódicos internacionais indexados e 26 patentes nacionais e internacionais na área de fármacos.
O professor desenvolvia suas atividades de pesquisa no Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (LASSBio®) da UFRJ, atuando nas áreas de Química Medicinal e síntese de protótipos bioativos candidatos a fármacos, deixou dezenas de estudantes por ele formados em nível de mestrado e doutorado.
A Reitoria da UFRJ manifesta os sentimentos a todos os familiares, amigos e admiradores do cientista Manssour.