Reitora da UFRJ é eleita para a Academia de Medicina do Rio de Janeiro

A Academia de Medicina do Rio de Janeiro (AMRJ) elegeu, na última terça-feira (30/11), a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, como membro titular. Ela irá ocupar a cadeira 68, cujo patrono é Oswaldo Cruz, um dos principais cientistas e médicos brasileiros do século XX.

“Eu me sinto muito honrada por ter sido eleita como membro titular da Academia de Medicina do Rio de Janeiro para ocupar a cadeira do patrono Oswaldo Cruz, um dos grandes cientistas que tivemos e defensor da saúde pública. Espero contribuir com posicionamentos firmes em prol da medicina, uma área de conhecimento fundamental para a sociedade”, destacou Denise Pires de Carvalho.

 Além de ser reitora da UFRJ desde 2019, Denise Pires de Carvalho é professora titular do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, atuando como docente em programas de pós-graduação nas áreas de medicina (endocrinologia) e ciências biológicas (fisiologia). Atualmente, também é membro efetivo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, da Sociedade Brasileira de Fisiologia, além da Endocrine Society, European Thyroid Association e Latin American Thyroid Society.

Professores da UFRJ publicam carta em repúdio à cassação de homenagem

Com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de retirar a Ordem Nacional do Mérito Científico na sexta-feira (5), dois dias depois de conceder o título aos pesquisadores Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda e Adele Schwartz Benkazen, os professores eméritos da UFRJ redigiram uma carta para expressar indignação e repudiar a injusta exclusão dos cientistas.

No documento, assinado por 44 especialistas das mais diversas áreas, os professores apontam que ambos foram indicados em decorrência do mérito científico por uma comissão paritária de membros do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SPBC). Veja abaixo a íntegra do documento e os signatários da carta.

Ainda neste domingo, 7/11, 21 dos cientistas que foram condecorados com a medalha de Ordem Nacional do Mérito Científico pelo presidente Jair Bolsonaro fizeram uma renúncia coletiva à honraria.

Carta dos Professores Eméritos da UFRJ

VivaUFRJ estuda novo espaço para a arte, a cultura e o conhecimento

Diante da recente circulação de notícias falsas sobre o projeto VivaUFRJ e tendo em conta a relevância da questão para o interesse público, a Reitoria da UFRJ esclarece:

Do histórico

O projeto VivaUFRJ consiste em um estudo – encomendado pela Reitoria que esteve à frente da instituição entre 2015 e 2019 – que tem como objeto os usos possíveis de áreas pertencentes à Universidade, incluindo o terreno da Praia Vermelha (com exceção dos edifícios tombados e de reconhecido valor histórico).

Cabe enfatizar, de antemão, alguns pontos:

  1. O referido estudo teve um custo, a ser arcado pela Universidade. Não caberia à atual Reitoria suspender uma medida com ônus que havia sido previamente contratada, mesmo a atual gestão não sendo continuidade da precedente. Aliás, cabe destacar que a administração precedente assumiu um gasto sem previsão orçamentária, sendo a única forma de pagamento a realização da licitação dos terrenos. Independentemente de acordo ou desacordo com o intuito do estudo, a Universidade havia assumido compromisso de pagamento, e é prática de boa gestão arcar com os custos e com a continuidade do estudo em questão. Portanto, ressaltamos que a atual Reitoria apenas deu continuidade ao estudo, sem fazer nenhuma alteração no que fora encomendado previamente.
  • O estudo é apenas um trabalho preliminar, que visa enumerar diferentes possibilidades de cessão de patrimônio pertencente à UFRJ, para que se convertam em investimentos na própria Universidade. Trata-se, portanto, de uma referência para cessão do patrimônio, como já é feito há tempos na Ilha do Fundão – por exemplo, com a ocupação de espaços pela Petrobras. Nenhuma das possibilidades foi escolhida e explicitamos em seguida as intenções da atual Reitoria quanto a isso.

Da autonomia da Universidade

As reitorias da UFRJ costumam ser eleitas pelo Conselho Universitário após consulta paritária à comunidade. Sendo assim, as instâncias da Universidade exprimem democraticamente a escolha de seu corpo social e agem de acordo com a autonomia universitária, conquistada com o artigo 207 da Constituição Federal. O Conselho Universitário da UFRJ é o órgão deliberativo máximo da instituição, com representantes ELEITOS nas diferentes unidades, decanos também eleitos nos centros universitários, representação dos técnicos-administrativos e dos estudantes, além da equipe da Reitoria. Indivíduos e setores particulares da UFRJ poderão sempre opinar, pois gozam de liberdade de expressão – também garantida pela Constituição Federal –, mas tentativas de intervir em decisões das instâncias soberanas da Universidade podem ferir sua autonomia.  Não cabe tampouco a entes externos à UFRJ intervir em questões cuja decisão caiba ao conjunto da comunidade universitária, sob risco de ferir a autonomia tão duramente conquistada.

Das intenções da Reitoria

Jamais houve intenção da atual Reitoria de ceder qualquer terreno de unidade hospitalar ou qualquer terreno da Praia Vermelha para a especulação imobiliária, muito menos para qualquer uso que afete o patrimônio histórico ou a vegetação local.

Nosso intuito é somente a construção de um equipamento cultural a ser edificado na Praia Vermelha, que substituirá a antiga casa de espetáculos conhecida como Canecão (cuja estrutura não pôde mais ser aproveitada). Com a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro ficou acordado o envio de um Projeto de Lei à Câmara dos Vereadores para regularizar o uso apenas da área abandonada daquele terreno específico, pois a casa de shows funcionava de modo irregular. Para que seja construído um novo equipamento cultural no mesmo local, é preciso, portanto, regularizar seu uso.

Do compromisso da atual Reitoria da UFRJ

Assumimos publicamente o compromisso de devolver um equipamento cultural para a cidade do Rio de Janeiro. Após anos de retomada do imóvel onde ficava localizado o antigo Canecão (por falta de pagamento da família que administrava o imóvel), admitimos ser excessiva a demora em reabrir ali um espaço voltado para a cultura, as artes e o conhecimento. Que voltemos a testemunhar os eventos históricos e inesquecíveis que marcaram a riqueza cultural de nossa cidade, pois não há melhor forma de resistir a tentativas de apagar a diversidade e a liberdade – valores que a Universidade tem o dever de defender e que caracterizam a cidade do Rio de Janeiro.

Reitoria presta homenagem a servidores públicos

Nesta quinta-feira (28/10), Dia do Servidor Público, a reitora Denise Pires de Carvalho prestou homenagem, em vídeo, a todos os trabalhadores que têm como vocação construir o bem-estar social por meio de serviços públicos de qualidade.

Segundo a professora, na pandemia, os servidores públicos têm atuado em funções estratégicas, da linha de frente à tomada de decisões. Também tiveram de se reinventar para que pudessem estar sempre disponíveis à população, a quem se mostraram tão essenciais no período. Desde o início, professores e técnicos-administrativos não mediram esforços para conduzir suas atividades, mantendo vivo o espírito acadêmico.

Reitoria cumprimenta profissionais de Secretariado

Nesta quinta-feira, 30/9, comemora-se o Dia do(a) Secretário(a). A Reitoria cumprimenta os profissionais que atuam neste campo na Universidade.

Criada para saudar os profissionais da área, a data reforça a seriedade de seu trabalho para o funcionamento fluido das instituições. Responsáveis por ajudar na organização, assessoria, logística e atendimento ao público etc, contribuem para o avanço da UFRJ como instituição de Estado.

Leia a mensagem na íntegra:

Neste Dia do(a) Secretário(a), cumprimentamos o trabalho destes(as) profissionais que contribuem consideravelmente para o avanço da nossa Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Uma organização de agenda, administração de compromissos, horários de reuniões, articulação de documentos e redação de atas, na verdade, não se limitam a fazeres operacionais – são estratégias importantes para que a nossa UFRJ permaneça e avance na missão de contribuir para o avanço científico, tecnológico, artístico e cultural da sociedade por meio de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Agradecemos aos(às) secretários(as) pela competência e dedicação às tarefas que lhe são confiadas.

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ defende retorno do sistema de avaliação da Capes

A avaliação referente ao período 2017-2020 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) foi suspensa na última quarta-feira (22/9) pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, acatando, de forma liminar, ação do Ministério Público, em momento decisivo da avaliação quadrienal em curso.

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR2) da UFRJ emitiu uma carta em apoio ao sistema de avaliação da Capes. Nela, a PR2 destaca que “sua interrupção não é apenas danosa para milhares de pesquisadores no país, como também destitui o valor de todo o caminho trilhado, tornando tênue a linha que une a necessidade de constante estruturação do sistema avaliativo e o incentivo necessário para que todos os envolvidos continuem estimulados”.

Leia a carta na íntegra:

Carta da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ em apoio ao sistema de avaliação da Capes

O Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) é agente estratégico no processo de desenvolvimento científico, socioeconômico, artístico e cultural da sociedade brasileira e tem sido reconhecido mundialmente por sua relevância e interferência positiva na consolidação e aprimoramento da pesquisa nacional. 

Dados recentes apontam que a pós-graduação stricto sensu brasileira cresceu 48,6% somente na última década. Após a criação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em 1951, o SNPG foi acrescido de rigoroso processo de avaliação (desde 1976) e do reconhecimento dos programas de pós-graduação por parte da comunidade científica nacional e internacional. O processo de avaliação se destaca, assim, como forma de consolidação dos objetivos do SNPG: formação de recursos humanos qualificados e fortalecimento da produção intelectual e das bases científica, tecnológica e de inovação.

A avaliação do SNPG, como estabelecida em 1998, é orientada pela Diretoria de Avaliação da Capes e realizada com a participação de toda a comunidade acadêmico-científica por meio de consultores ad hoc, promovendo um amplo espaço para debates e ajustes, além de ampliar a sinergia de todos os pares envolvidos em suas áreas. Os dados da Avaliação Quadrienal 2017 mostram 4.175 programas avaliados em 49 áreas de atuação, com a devida publicização de toda a informação que antecede a apuração avaliativa final. Esse tem sido o cenário construído pela Capes e referendado pela academia.

A revisão do processo avaliativo, levantada em outubro de 2018 com a Proposta de Aprimoramento de Avaliação da Pós-Graduação, indicava que o caminho não seria fácil, mas, nem por isso, deveria ser evitado. Todo processo de avaliação exige revisões, e tem sido recorrente para a Capes que, ao final de cada ciclo avaliativo, o sistema passe pela revisão de seus critérios e por procedimentos de atualização das ferramentas disponíveis para a condução do processo. Portanto, não há novidade nessa ação, uma vez que a avaliação é atividade essencial para assegurar e manter a qualidade dos cursos no país.

Sabemos dos inúmeros percalços e das mudanças significativas que a montagem do processo de avaliação quadrienal, em curso, tem promovido. No entanto, não podemos ignorar todo o esforço intelectivo da comunidade científica envolvida – com horas a fio dedicadas à tarefa de estruturação dos itens em avaliação – e também não podemos esquecer que tais estratégias são resultado das recomendações emitidas pela Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-Graduação – PNPG (2011-2020), que compatibilizou as sugestões de inúmeras organizações envolvidas nesse processo.

A sua interrupção não é apenas danosa para milhares de pesquisadores no país, como também destitui o valor de todo o caminho trilhado, tornando tênue a linha que une a necessidade de constante estruturação do sistema avaliativo e o incentivo necessário para que todos os envolvidos continuem estimulados.

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2) da UFRJ, representando todos os seus 132 cursos de pós-graduação stricto sensu, reforça seu apoio ao sistema de avaliação da Capes e aguarda que esse processo seja restituído em sua integridade e continuidade, de modo a manter a promoção das necessárias discussões e tomadas de posição quanto ao presente e ao futuro da pesquisa no Brasil.

Reitora da UFRJ e dirigentes de outras dez instituições manifestam apoio à Uerj

Depois do projeto de lei que propõe a extinção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) ter sido publicado no Diário Oficial na última quinta-feira (19/8), a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, e dirigentes de outras dez instituições se manifestaram nesta segunda-feira (23/8) em defesa da Uerj. O PL 4673/21, de autoria do deputado estadual Anderson Moraes (PSL-RJ), pede, ainda, a transferência do patrimônio e dos alunos para a iniciativa privada. 

“A Uerj ocupa um lugar de destaque na educação de jovens e na produção científica nacional, tendo sido pioneira na introdução do sistema de cotas entre as universidades brasileiras, o que contribuiu para a aceleração do processo de inclusão no ambiente universitário. A proposta [de extinção da instituição] vem no contexto de uma guerra cultural contra as universidades e a ciência, constituindo-se em um ataque não só à Uerj, mas a toda a comunidade acadêmica e científica do estado do Rio de Janeiro, que está mobilizada para a defesa da universidade pública, gratuita, referenciada socialmente e de excelência”, afirma a nota.

“Estamos confiantes que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro não chancelará tal iniciativa, cuja aprovação constituiria grave prejuízo para a educação, a ciência, a tecnologia, o desenvolvimento econômico e a inclusão social em nosso estado e nosso País”, finaliza o texto.

Instituições que assinam manifesto | Imagem: Assessoria de Imprensa da Reitoria da UFRJ

O manifesto é assinado pelos seguintes dirigentes: Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF); Denise Pires de Carvalho, reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Jefferson Manhães de Azevedo, reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF); Luanda Moraes, reitora da Fundação Centro Estadual da Zona Oeste (Uezo); Maurício Saldanha Motta, diretor-geral do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ); Oscar Halac, reitor do Colégio Pedro II; Rafael Barreto Almada, reitor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ); Raul Ernesto Lopez Palacio, reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf); Ricardo Lodi Ribeiro, reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); Ricardo Silva Cardoso, reitor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio); Roberto de Souza Rodrigues, reitor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Clique aqui e leia a nota na íntegra.

UFRJ concede medalha Minerva a ex-diretora da Escola de Belas Artes

A reitora e o vice-reitor da UFRJ, Denise Carvalho e Carlos Frederico Leão, entregaram a medalha Minerva para Angela Ancora da Luz, professora aposentada do Programa de Pós-Graduação da Escola de Belas Artes (EBA/UFRJ), em sessão solene do Conselho Universitário (Consuni) realizada em 29/7. A medalha premia docentes da UFRJ e de outras instituições pela atuação no campo do ensino, pesquisa e extensão. Também estavam presentes na sessão Cristina Grafanassi Tranjan, decana do Centro de Letras e Artes (CLA); Madalena Grimaldi, diretora da EBA; e Maria Clara Amado Martins, coordenadora de Extensão do CLA.

Angela Ancora da Luz dirigiu a EBA entre 2002 e 2010, coordenando ações práticas para a melhoria da estrutura física do centro acadêmico, como reforma de ateliês de pintura e auditórios. Em sua gestão foi idealizada a Bienal da Escola de Belas Artes, evento tradicional que em 2021 chega à sua oitava edição. Além disso, a docente conquistou verbas da Petrobras para a reforma do Museu Dom João VI, vinculado à EBA. No campo acadêmico, destacou-se por estudos ligados à área de Arte Moderna e Contemporânea. Liderou o grupo de pesquisa “Os vários expressionistas da arte moderna no Brasil observados nas salas especiais da Bienal de São Paulo durante os anos 50” e ajudou a formar novos pesquisadores. 

“Essa homenagem faz jus à relevante carreira acadêmica da professora Angela e reflete a atuação e empenho de mais de 30 anos de docência na UFRJ. Ela dirigiu a EBA com muita presteza e empatia com estudantes e professores. Também criou os cursos de História da Arte, em 2009, e Conservação e Restauração, em 2010.” ressalta a diretora da EBA.

A docente é, ainda, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e da Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica), além de integrar o Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA) e o Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro (IHGRJ) – ocupando a cadeira 12,  benemérita de Benevenuto Berna – e a Academia Brasileira de Arte (ABA) – na cadeira de Victor Brecheret. É autora dos livros Anna Letycia (Editora Edusp, 1998), Uma breve história dos salões de arte: da Europa ao Brasil (Editora Caligrama, 2005) – pelo qual recebeu o Prêmio Sergio Milliet, da ABCA, em 2006 – e Roberto Moriconi: vida e obra (Editora Caligrama, 2012). Também foi vencedora do Prêmio Gonzaga Duque, em 2013, por sua atuação como crítica de arte.

UFRJ e outras 10 instituições se manifestam sobre ação civil pública do MPF acerca da volta às aulas presenciais

Nesta quinta-feira, 15/7, a reitora da UFRJ, professora Denise Pires de Carvalho, e dirigentes de outras 10 instituições de ensino superior do Rio de Janeiro emitiram nota sobre a ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) que pede à Justiça o retorno às aulas presenciais até 18/10.

Em nota divulgada na última quarta-feira (14/7), a Reitoria da UFRJ já havia dito que se posicionaria de forma conjunta e por intermédio da Procuradoria Regional Federal da 2ª Região (PRF2).

Além da UFRJ, a manifestação conjunta publicada nesta quinta-feira é assinada pelas seguintes instituições:

  • Universidade Federal Fluminense (UFF);
  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ);
  • Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio);
  • Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ);
  • Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj);
  • Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf);
  • Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo);
  • Colégio Pedro II;
  • Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ);
  • Instituto Federal Fluminense (IFF).

Segundo os dirigentes das entidades, a iniciativa do MPF é arbitrária.

A pretensão é arbitrária e violadora da autonomia universitária em suas três dimensões. Sob o aspecto administrativo, a autonomia é desrespeitada à medida em que se pretende substituir a avaliação feita pelas instituições, que vêm se baseando em comissões técnicas de especialistas, integradas pelos maiores quadros da área de saúde do Estado, por sua própria visão sobre a situação sanitária, sem considerar ainda que tais instituições se espalham por vários municípios do Estado que apresentam variadas situações vacinais.

Leia a nota na íntegra aqui ou abaixo:

Manifestamos a nossa grande preocupação com a ação civil pública que o Ministério Público Federal (MPF) no Estado do Rio de Janeiro ingressou, exigindo que as instituições federais de ensino superior retornem às aulas presenciais, até o dia 18 de outubro, sob pena de multa diária de 30 mil reais.

A pretensão é arbitrária e violadora da autonomia universitária em suas três dimensões. Sob o aspecto administrativo, a autonomia é desrespeitada à medida em que se pretende substituir a avaliação feita pelas instituições, que vêm se baseando em comissões técnicas de especialistas, integradas pelos maiores quadros da área de saúde do Estado, por sua própria visão sobre a situação sanitária, sem considerar ainda que tais instituições se espalham por vários municípios do Estado que apresentam variadas situações vacinais.

Sob o prisma financeiro, a solução que se pretende impor desconsidera os necessários investimentos para fazer a transição do modelo remoto emergencial para o modelo presencial, em momento que as instituições sofrem os mais graves contingenciamentos orçamentários decorrentes dos cortes no orçamento do MEC.

No que se refere à autonomia didático científica, que permite às instituições, com base nas regras estabelecidas pelo MEC, fixar a carga horária de cada curso em atividades não presenciais, definir qual o melhor momento, de que modo e em que intensidade, voltar ao
modelo presencial, que é de nosso interesse inequívoco.

Tais instituições nunca deixaram de funcionar, desenvolvendo um conjunto de ações institucionais com o objetivo de minimizar os efeitos da pandemia de COVID-19 nas atividades de assistência, pesquisa e extensão que têm sido essenciais ao combate à COVID-19 e à proteção à saúde da população.

A adoção do ensino remoto emergencial foi preparada com todo o cuidado didático, jurídico e institucional com ampla discussão em seus conselhos superiores, cuja reversão abrupta e no meio do semestre, poderia causar prejuízos acadêmicos irreparáveis.

Toda vez em que é violada a autonomia universitária é a ciência que sucumbe diante de crenças políticas e ideológicas.

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2021.

Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, reitor da UFF.
Denise Pires de Carvalho, reitora da UFRJ.
Jefferson Manhães de Azevedo, reitor do IFF.
Luanda Moraes, reitora da Uezo.
Maurício Saldanha Motta, diretor-geral do Cefet/RJ.
Oscar Halac, reitor do Colégio Pedro II.
Rafael Barreto Almada, reitor do IFRJ.
Raul Ernesto Lopez Palacio, reitor da Uenf.
Ricardo Lodi Ribeiro, reitor da Uerj.
Ricardo Silva Cardoso, reitor da Unirio.
Roberto de Souza Rodrigues, reitor da UFRRJ.

Voto de gratidão

O Movimento União Rio, fundamental na reestruturação do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ) ao longo da pandemia, está concorrendo ao prêmio Faz Diferença: Rio. A condecoração é uma iniciativa do jornal O Globo, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e suas instituições, que reconhece o trabalho, dedicação e talento de brasileiros que serviram de inspiração para o país em 2020.

A votação popular acontece – por meio do site – até 18/7.

Para ser indicado ao prêmio, foram avaliadas centenas de ações e instituições, e o Movimento União Rio atuou para reduzir os impactos da pandemia.

“Peço seu importante voto de gratidão ao Movimento União Rio, que tanto fez pelo nosso HU, destinando esforços e recursos na fase mais crítica do enfrentamento à pandemia. Esta parceria viabilizou o atendimento aos usuários do SUS, com dignidade, transparência, qualidade e segurança, deixando um legado de bons serviços do Hospital”, diz o diretor-geral, Marcos Freire.

Foram milhares de EPIs, centenas de novos equipamentos, 60 leitos de CTI, 110 leitos de enfermarias, além de 128 consultórios médicos renovados, recursos humanos e muitas outras doações.

Com informações da Assessoria de Imprensa do HUCFF/UFRJ

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