“UFRJ não tem verba para seguir funcionando”, alerta Conselho Universitário

Em moção aprovada nesta quinta-feira, 9/6, o Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, repudiou os recentes cortes e contingenciamentos realizados pelo governo federal contra a UFRJ.

“Com mais esse corte, a UFRJ não tem verba para seguir funcionando, pagando as contas de água e energia elétrica, contratando serviços de segurança e limpeza, fazendo manutenções mínimas e adotando medidas de prevenção de incêndio, após agosto deste ano. Além disso, esse bloqueio impede a ampliação de políticas de assistência estudantil durante esse ano, que hoje se demonstram urgentes tendo em vista principalmente a característica socioeconômica atual do corpo estudantil das universidades”, diz trecho da moção.

Ainda segundo o Consuni, o bloqueio representa “uma opção política, num contexto de recordes de arrecadação em que o governo escolhe sacrificar a educação, a ciência e a tecnologia para ajustar-se ao Teto de Gastos, preservando seu orçamento secreto”.

Leia o posicionamento na íntegra abaixo:

Moção de repúdio aos cortes orçamentários

Desde 2015, as Universidades Federais vêm sofrendo cortes sucessivos no orçamento discricionário, que diz respeito a pagamento das contas de água e de luz, manutenção da estrutura e do funcionamento fundamental das Universidades e suas unidades de saúde.

Contraditoriamente à relevância alcançada pelas Universidades, principalmente frente ao seu desempenho no combate ao Coronavírus, o orçamento das Instituições de Ensino diminui. Exemplo disso é que, no ano de 2021, a UFRJ contou com um orçamento de R$ 303 milhões, o menor orçamento da década, tendo registrado uma queda de R$ 71 milhões em relação ao ano de 2020, que também já havia sido alvo de cortes bilionários.

A UFRJ iniciou o ano de 2022 com um orçamento de aproximadamente R$ 329 milhões, que não repunha as perdas inflacionárias com relação a 2021. Esse valor já impunha uma enorme dificuldade a nossa Universidade, que já previa a impossibilidade de terminar o ano de 2022 sem dívidas milionárias. Para piorar, recentemente o Governo Federal anunciou um corte de R$ 3,2 bilhões na verba das Universidades e dos Institutos Federais e, após pressão dos segmentos do setor da educação, no dia 03/06/2022, o Ministério da Educação anunciou que o bloqueio na verdade será de R$ 1,6 bilhões.

Com mais esse corte, a UFRJ não tem verba para seguir funcionando, pagando as contas de água e energia elétrica, contratando serviços de segurança e limpeza, fazendo manutenções mínimas e adotando medidas de prevenção de incêndio, após agosto deste ano. Além disso, esse bloqueio impede a ampliação de políticas de assistência estudantil durante esse ano, que hoje se demonstram urgentes tendo em vista principalmente a característica socioeconômica atual do corpo estudantil das Universidades (de acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, 7 em cada 10 estudantes das Universidades Públicas são atualmente de baixa renda). Essa medida coloca ainda em risco o funcionamento das políticas de assistência estudantil já existentes (auxílios, funcionamento dos bandejões, manutenção da Residência Estudantil) no ano que vem.

Este bloqueio é uma opção política, num contexto de recordes de arrecadação em que o Governo escolhe sacrificar a educação, a ciência e a tecnologia para ajustar-se ao Teto de Gastos, preservando seu orçamento secreto.

Por isso, o desbloqueio total do orçamento é urgente, assim como uma recomposição orçamentária e a revogação do Teto de Gastos, para permitir que a UFRJ e as demais Universidades Federais possam manter a qualidade do ensino, a produção de pesquisas de ponta, as iniciativas de extensão, as políticas de permanência e assistência estudantil, as reformas estruturais, o funcionamento dos seus campi e, assim, possa cumprir o seu papel de servir ao povo.

Assim, o Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, reunido em sessão de 09 de junho de 2022, vem manifestar seu repúdio aos cortes do orçamento destinado às Universidades e Institutos Federais de Ensino e demandar a recomposição orçamentária.

Alertamos para a necessidade dessa verba na garantia do funcionamento da UFRJ no próximo período letivo.

Gabinete paralelo no MEC preocupa Conselho Universitário da UFRJ

A revelação pela imprensa de que o Ministério da Educação (MEC) teria um gabinete paralelo para negociar verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) de forma irregular preocupou o Conselho Universitário (Consuni) da UFRJ. No início da tarde desta quinta-feira, 24/3, o órgão máximo da Universidade, em sessão ordinária, emitiu moção em que “manifesta profunda preocupação (…) de áudio atribuído ao ministro da Educação em que foi descrito o atendimento de prioridades de distribuição de verbas, definidas por um pastor e por pedido do presidente da República”.

“Numa conjuntura em que as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) atravessam o pior período de restrição orçamentária, que já se estende por três anos, é no mínimo estarrecedor a existência de um esquema de corrupção e de distribuição de recursos públicos da educação, que vilipendia os princípios republicanos e da administração pública inscritos na legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, além do princípio constitucional do Estado laico”, diz a moção.

“Urge que a Procuradoria-Geral da República cumpra o seu papel constitucional no encaminhamento da devida e necessária investigação que essas denúncias exigem”, cobra o Conselho Universitário.

Adeus a Alberto José Araújo

Na última quinta-feira (9/9), o Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da UFRJ, emitiu moção de pesar pelo falecimento do servidor Alberto José Araújo.

Leia a moção na íntegra:

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em sessão de 9 de setembro de 2021, manifesta seu profundo pesar pelo falecimento de nosso servidor Alberto José Araújo, ocorrido em 7 de setembro próximo passado.

Médico formado pela FM-UFRJ (1979), com mestrado (2000) e doutorado (2008) em Engenharia de Produção pela Coppe/UFRJ. Especializou-se em Medicina do Trabalho pela UFF (1995), Medicina Social e Saúde Pública pela Ensp/Fiocruz (1982), Pneumologia Sanitária pela DNPS/Fiocruz (1983). Foi fellow in Environmental and Occupational Medicine by the Mount Sinai School of Medicine, NY (2000). Foi coordenador do Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo (Nett) ligado ao Instituto de Doenças do Tórax (IDT) e ao
HUCFF/UFRJ, até a sua aposentadoria. Foi por meio do Nett, com o desenvolvimento de pesquisa, extensão e assistência, que a sua atuação alcançou fóruns nacionais e internacionais. Integrou a direção do Sintufrj, na qualidade de coordenador de Saúde, dos anos de 1993 a 1996. Foi, também, membro da Comissão Científica da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, da Comissão de Tabagismo do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira (AMB) e coordenador da Comissão de
Tabagismo da Sopterj.

Tinha experiência nas áreas de pneumologia; tratamento do tabagismo; leitura radiológica de pneumoconioses, padrão OIT; planejamento de saúde e avaliação econômica em saúde. Foi consultor e revisor Ad Hoc das Revistas de Psicologia da UnB, do Caderno de Saúde Pública e da Revista Ciência e Saúde Coletiva da Ensp/Fiocruz, do Jornal Brasileiro de Pneumologia da SBPT e da Revista Brasileira de Cancerologia. Foi um dos mais importantes líderes da luta antitabágica dos últimos 40 anos e um dos artífices, juntamente da Ouvidoria-Geral da UFRJ, da política interna “UFRJ Livre do Tabaco”, aprovada pelo CSCE, na gestão do professor Carlos Levi, conforme Portaria nº 5576, de 31 de julho de 2012.

Alberto José de Araújo foi um grande humanista, escritor do gênero literário e poeta, amoroso e generoso em todas as suas ações. Lutou o bom combate e agora é eternidade!

O Conselho Universitário apresenta aos familiares e amigos a sua solidariedade.

Adeus a Otto Carlos Muniz Bandeira Duarte

Na última quinta-feira (9/9), o Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da UFRJ, emitiu moção de pesar pelo falecimento do professor Otto Carlos Muniz Bandeira Duarte.

Leia a moção na íntegra:

O Conselho Universitário Universidade Federal do Rio de Janeiro, em sessão de 9 de setembro de 2021, manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do professor Otto Carlos Muniz Bandeira Duarte, professor titular do Departamento de Engenharia Eletrônica e Computação da
Escola Politécnica e do PEE da Coppe, ocorrido na madrugada de 3 de setembro.

O professor Otto, além de ser um professor excelente e bolsista de produtividade 1A do CNPq, era uma pessoa do bem e muito contribuiu para os estudos e às pesquisas na área da teleinformática e da automação. Sempre amável, bem-humorado e brincalhão, sabíamos que estava por perto quando ouvíamos suas sonoras gargalhadas.

A UFRJ e todos os que o conheciam e com ele conviveram sentirão muita falta dele. O Conselho Universitário expressa a sua solidariedade aos familiares e amigos.

Consuni repudia atos do presidente da República no feriado de 7 de setembro

Na última quinta-feira (9/9), o Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da UFRJ, emitiu uma moção de repúdio aos atos do presidente da República no dia 7 de setembro, feriado de Independência do Brasil.

Leia o texto na íntegra:

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em sessão de 9 de setembro de 2021, expressa repúdio aos atos persistentemente cometidos pelo presidente da República, que vêm ofendendo a ordem constitucional e rompendo com a orientação republicana que sustenta o regime democrático e os princípios da ordem pública.

Repudia, particularmente, o ocorrido em 7 de setembro de 2021, na Avenida Paulista, em São Paulo-SP, quando da comemoração do 199º aniversário da independência do Brasil. Naquela oportunidade o Sr. Bolsonaro agrediu verbalmente um ministro do Supremo Tribunal
Federal e declarou que iria descumprir decisões judiciais emanadas deste ministro. Além disso, declarou que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral está patrocinando uma farsa por defender as urnas eletrônicas.

Estes atos caracterizam crime de responsabilidade e cabe ao Congresso Nacional tomar as atitudes cabíveis ao caso.

Consuni repudia agressão verbal sofrida pela deputada Renata Souza

O Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da UFRJ, emitiu, no dia 2/9, uma manifestação de repúdio à agressão verbal sofrida pela deputada estadual Renata Souza durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) do dia 24/8.

Leia a manifestação na íntegra:

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, reunido em sessão remota extraordinária de 02 de setembro de 2021, torna pública sua manifestação em desagravo à agressão verbal sofrida em Sessão Plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro pela Deputada Estadual Renata Souza no dia 24 de agosto do corrente, proferida por um deputado da atual legislatura.

Além da reprovável violência do ato em si, é inadmissível qualquer tentativa de intimidação do desempenho de atividade parlamentar, mormente em se tratando de atividade de reconhecida defensora dos direitos humanos, com ações concretas em defesa da vida sob conjuntura política e sanitária extremamente adversa.

Entre estas iniciativas, destaca-se a aprovação da Lei 8.972/20, que assegurou a destinação de 20 milhões de reais a um plano de enfrentamento à Covid-19 em favelas desenvolvido e posto em prática por um grupo de trabalho de instituições de ensino, pesquisa e extensão sediadas no Rio de Janeiro, entre as quais a UFRJ.

Consuni repudia Golpe Militar e sua comemoração por parte do governo federal

O Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da UFRJ, emitiu moção na última quinta-feira, 25/3, em que repele a Ditadura Militar e sua comemoração por parte do governo federal.

Leia na íntegra:

Na última semana, no dia 17/03/2021, uma decisão judicial permitiu ao Governo Federal celebrar o Golpe Militar de 1964. Esse fato representa um retrocesso do ponto de vista da defesa dos direitos humanos e do combate aos tempos sombrios do regime militar que, durante mais de 20 anos, impôs uma realidade de repressão aos movimentos sociais, de torturas e assassinatos aos opositores ao regime, de destituição da democracia, de ataques à educação, à saúde e aos serviços públicos e de censura às liberdades artísticas e intelectuais.

Assim, daqui a uma semana, no dia 01/04/2021, aqueles que se alinham à ditadura e à agressão às liberdades democráticas irão comemorar o golpe que derrubou a democracia em nosso país em 1964 e que até hoje deixa marcas na história e na estrutura do Brasil.

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em sessão de 25 de março de 2021, resgata o saudoso Ulisses Guimarães e manifesta seu “ódio e nojo à ditadura” e reitera o papel da Universidade Federal do Rio de Janeiro em defesa da democracia, da educação e saúde públicas, da liberdade à organização política e à manifestação artística e pelo direito à memória, verdade e justiça.

Luto pela COVID-19

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em sessão de 25 de março de 2021, aprova moção de pesar com relação a todas as famílias que perderam entes queridos para a COVID-19 e manifesta sua solidariedade e profundo luto pelas milhares de mortes no
Brasil.

25/3/2021
Conselho Universitário da UFRJ

UFRJ repudia desmanche do FNDCT

O presidente da República vetou parcialmente em janeiro o Projeto de Lei Complementar (PLP) 135/2020 sobre o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), aprovado por avassaladora maioria na Câmara dos Deputados e no Senado.

O novo texto (PLP 177/2021), com os vetos:

  1. Retira a proibição dos recursos do FNDCT serem colocados em reserva de contingência.
  2. Impede a liberação dos recursos integrais do FNDCT de 2020.

O FNDCT foi criado em 1969 para fomentar o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, de forma harmoniosa, em toda a Federação. Os recursos eram provenientes de incentivos fiscais, empréstimos de instituições financeiras, contribuições e doações públicas e privadas.

O FNDCT se fortaleceu em 1998 quando foram criados os Fundos Setoriais (CTs), e as fontes de recursos foram ampliadas com parcelas das receitas da exploração de petróleo e gás, da receita de geração e distribuição de energia elétrica e de royalties, dentre outras.

As Instituições de Ensino Superior (IES) são parceiras de grandes projetos como aqueles que apoiam a pós-graduação (via Capes) e a infraestrutura de pesquisa e ensino (via CTInfra). Pela qualidade de suas propostas, a UFRJ tem sido permanentemente contemplada assim como quase todas no Território Nacional.

Os vetos significam, na prática, desarticular e desmanchar tudo o que foi construído no Brasil ao longo dos anos em termos de educação, ciência, tecnologia e inovação. O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro está de pé para se opor a esta política de destruição de ferramentas essenciais da preservação e do fortalecimento da Soberania Nacional. Basta!

Adeus a Rodrigo dos Anjos do Nascimento

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em sessão de 25 de fevereiro de 2021, lamenta a morte violenta do aluno de Graduação do Instituto de História, Rodrigo dos Anjos do Nascimento.

Rodrigo foi vítima da violência e da homofobia tristemente vicejante em nossa sociedade. As circunstâncias do seu assassinato revelam os desafios ainda presentes para a construção de um país mais justo, igualitário e de respeito à dignidade humana.

À família do graduando Rodrigo e aos seus amigos, o Consuni dedica os sentimentos mais sinceros e o desejo de que consigam encontrar algum conforto num momento tão difícil.

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