Adeus a Luiz Senise

A Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro lamenta com pesar a morte, no dia 11/11, do pianista Luiz Henrique Senise. Com 73 anos, ele foi mais uma vítima da COVID-19. Senise era professor de piano do Departamento de Teclado da Escola de Música da UFRJ desde 1994, sendo responsável pela formação de numerosos musicistas.

O pianista nascido em Araraquara, São Paulo, iniciou os estudos no Rio de Janeiro, onde foi discípulo de Elzira Amábile. Formou-se mestre em Música pela Universidade Musical Internacional de Paris e pela Escola de Música da UFRJ. Aperfeiçoou-se com Jacques Klein, Arnaldo Estrella e Magda Tagliaferro. Na Áustria, estudou sob a orientação de Bruno Seidlhofer, mas esteve também na Suíça, com Nikita Magaloff, e na França com, Jan Ekier, Pierre Sancan e Eliane Richepin.

Com técnica impecável e todas as qualidades de um esplêndido musicista, pedagogo e artista, dedicou a vida aos alunos e redimensionou o ensino do piano na UFRJ. Senise também era reconhecido concertista e camerista, apresentando-se em importantes salas de concerto no Brasil e no exterior.

Por oito anos foi curador musical do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, coordenando o projeto Música no Fórum. Em sua carreira docente, também realizou destacado trabalho de formação na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, na Universidade Estácio de Sá e no Conservatório Brasileiro de Música.

Adeus a Hésio Cordeiro

Faleceu no domingo, 8/11, o médico sanitarista Hésio de Albuquerque Cordeiro. Com pesar, a Reitoria da UFRJ lamenta a morte de um dos grandes nomes da ciência no Brasil, o qual sempre lutou pelo direito à saúde dos brasileiros. Portador de uma doença degenerativa, ele faleceu aos 78 anos e não deixou filhos.

Na década de 1960, Cordeiro realizou cursos e visitas técnicas às escolas de medicina preventiva estadunidenses e se tornou um dos grandes debatedores para o fortalecimento do campo da Saúde Coletiva em nosso país. Hésio Cordeiro era defensor do Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira e adotava o preceito de que a saúde é um dever do Estado, em caráter universal e integral, para a toda a população, base do capítulo sobre saúde da Constituição Federal de 1988.

Ele foi responsável pela formação de diversos sanitaristas nas instituições por onde passou, como o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/Uerj), do qual foi criador, ou como professor da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), da qual recebeu o título de doutor honoris causa.

Hésio de Albuquerque Cordeiro nasceu em 21/5/1942, na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Graduou-se em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da então Universidade do Estado da Guanabara no ano de 1965. Fez mestrado na mesma instituição, em 1978, e doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp), em 1981.

Entre os anos de 1983 e 1985, Cordeiro presidiu a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). Ele integrou o Grupo de Trabalho para o Programa de Saúde da Coordenação do Plano de Ação do governo do presidente Tancredo Neves para ampliação e organização do sistema de saúde brasileiro. Hesio trabalhou também como consultor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), atuando em diversos países. Ele também foi presidente, de 1985 a 1988, do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps).

Em 1992, Hésio Cordeiro foi eleito reitor da Uerj, estando à frente da Universidade até 1995. No ano seguinte, se aposentou pelo IMS/Uerj e tornou-se coordenador de saúde da Fundação Cesgranrio e assessor técnico do Ministério da Saúde para o Programa de Saúde da Família. Em 1999, foi secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro. De 2000 a 2006, dirigiu o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Estácio de Sá, na qual também foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família. A última contribuição na vida pública do país ocorreu entre 2007 e 2010 como diretor de gestão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Adeus a Paulo Bonavides

A Reitoria da UFRJ recebeu com pesar a notícia do falecimento de Paulo Bonavides, ocorrido nesta sexta-feira, 30/10. Doutor honoris causa pela UFRJ, Bonavides foi um jurista renomado e engajado em questões relacionadas aos Direitos Humanos e Fundamentais, sendo uma referência no Direito Constitucional do país. Uma perda para a comunidade acadêmica e o país, considerando o legado que Bonavides deixou.

Em 1948, ele se graduou em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito da UFRJ. Dez anos depois, tornou-se doutor em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC), instituição que teve o privilégio de tê-lo como professor emérito no curso jurídico por décadas.

Natural de Patos (PB), Bonavides é detentor de dezenas de prêmios e títulos, entre eles a Medalha Rui Barbosa, a mais alta distinção honorífica que concede a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ele foi, ainda, professor visitante na Universidade de Coimbra (Portugal), Universidade do Tennessee (Estados Unidos) e Universidade de Colônia (Alemanha).

A Reitoria da UFRJ presta francas condolências à família, aos amigos e à comunidade acadêmica brasileira e internacional que já teve Bonavides por perto. Transmitimos força neste momento de profunda tristeza.

30/10/2020
Reitoria da UFRJ

Adeus a Lady Ane Paulino Targino

A Reitoria da UFRJ teve ciência, com grande consternação, da morte da nossa aluna Lady Ane Paulino Targino, ocorrida na noite de quinta-feira, 22/10. A estudante foi atingida por uma bala na cabeça em meio a um tiroteio durante uma perseguição policial no bairro de Catumbi, Zona Norte carioca.

Natural de São Gonçalo, Lady Ane tinha 34 anos e estava bem próxima de concluir um dos cursos mais tradicionais do país — o de Direito da UFRJ, no qual ingressou no segundo semestre de 2014. Antes, tinha cursado um período de Letras: Português/Inglês.

A Reitoria da UFRJ se solidariza com a família e amigos da Lady Ane, neste momento de intensa tristeza. Além da pandemia de COVID-19, ainda somos forçados a conviver com a dura violência no estado do Rio de Janeiro, deixando a população desabrigada do direito constitucional da segurança. Esperamos, convictos, que as investigações policiais sejam rigorosas, ágeis e eficazes.

Lamentamos profundamente esta perda e transmitimos força e esperança à família e amigos da Lady Ane.

23/10/2020
Reitoria da UFRJ

Adeus a Vinícius dos Santos Neves

A Reitoria da UFRJ recebeu a informação, com grande pesar, do falecimento do nosso estudante Vinícius dos Santos Neves, no dia 20/10. Ele estava vinculado ao curso de bacharelado em Ciências Matemáticas e da Terra. O estudante ingressou na UFRJ no segundo semestre de 2017 e tinha completado 28 anos em setembro.

O diretório de estudantes do curso decidiu ser renomeado de Centro Acadêmico de Ciências Matemáticas e da Terra para Centro Acadêmico Vinícius Neves, em homenagem a seu fundador. Em nota, o centro destacou que “Vinícius era uma pessoa brilhante, cheia de vida que marcou a todos na UFRJ durante a sua passagem. Sua dedicação incansável e o amor ao curso nunca serão esquecidos (…) Se não fosse por ele, muitas de nossas conquistas nos últimos anos não teriam sido possíveis”.

A Reitoria da UFRJ lamenta profundamente a passagem de Vinícius e transmite alento à família e amigos neste momento de consternação.

23/10/2020
Reitoria da UFRJ

Adeus a João Pedro Rodrigues Feitosa

Atualizado às 16h15 de 21/10/2020

Foi com profundo pesar que a Reitoria da UFRJ teve ciência que nosso ex-aluno João Pedro Rodrigues Feitosa faleceu na última quinta-feira, 15/10, decorrente de complicações da COVID-19.

Formado no curso de Medicina da Universidade, João — que inclusive foi aluno da reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho — estava atuando na linha de frente no combate ao coronavírus nas redes privada e municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

Carioca, João tinha 28 anos. Ele ingressou em 2014 e concluiu o curso em julho de 2019 com a distinção de dignidade acadêmica “Cum Laude”, quando o aluno finaliza a graduação na UFRJ com coeficiente de rendimento acumulado igual ou maior que 8. João teve nota final 8,7.

Segundo informações veiculadas pela imprensa, João foi voluntário em instituto privado de pesquisa na participação de testes clínicos da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório Astrazeneca. Lembramos que a UFRJ não atua na testagem de vacinas estrangeiras e segue no desenvolvimento de pesquisa própria para imunização contra a COVID-19.

A Reitoria da UFRJ — juntamente com toda a comunidade universitária — presta sinceras condolências aos familiares e amigos do nosso ex-aluno em meio a esse momento de tristeza que ceifou a vida do João, que havia acabado de se diplomar e não poupou esforços para atuar no enfrentamento da pandemia de COVID-19 que já acumula mais de 40 milhões de casos no mundo.

Desejamos e transmitimos toda força neste momento de profunda consternação.

Reitoria da UFRJ

21/10/2020

Adeus a Marcos Winícius Tomé Coelho

Com profunda consternação, a Reitoria da UFRJ teve ciência, nesta terça-feira, 13/10, que nosso aluno Marcos Winícius Tomé Coelho, desaparecido desde a quinta-feira (8/10), foi encontrado morto em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, na segunda-feira, 12/10.

Natural de Altamira, no Pará, Marcos ingressou na UFRJ no segundo semestre de 2017 e era estudante do curso de Farmácia, vinculado ao Centro de Ciências da Saúde (CCS). Ele completaria 21 anos no dia 23 deste mês.

A Reitoria da UFRJ se une aos familiares e amigos do estudante neste momento de intensa dor e espera, confiante, que as autoridades policiais tenham êxito nas investigações, que, embora não tragam Marcos de volta, darão resposta à sociedade fluminense que vive, dia após dia, como refém de uma violência que aparentemente não dá tréguas.

Reiteramos nossa dor e prestamos sinceras condolências à família e aos amigos, aos quais desejamos força e esperança neste momento de profundo abalo.

Reitoria da UFRJ

13/10/2020

Adeus a Eustáchio Portella Nunes Filho

Foi com pesar que a Reitoria da UFRJ teve ciência, na terça-feira, 6/10, do falecimento de Eustáchio Portella Nunes Filho, professor emérito da UFRJ e membro titular da Academia Nacional de Medicina. Uma perda não apenas para a comunidade acadêmica, mas para o país. Eustáchio faleceu em casa, aos 91 anos.

Nascido em Valença do Piauí, ele era médico, professor, conferencista e escritor. Graduado pela Faculdade de Medicina da então Universidade do Brasil, foi médico do Serviço Nacional de Doenças Mentais, aprovado em concurso público em primeiro lugar. 

Foi diretor do Instituto de Psiquiatria (Ipub) e professor titular de Psiquiatria e Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFRJ, ao mesmo tempo em que também lecionou na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Integrou diversas bancas examinadoras para ingresso de professores na área nas principais universidades do país, entre as quais Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 

Eustáchio presidiu diversas federações e é autor de uma farta bibliografia. O professor deixa um admirável legado. A Reitoria da UFRJ presta sinceras condolências à família, aos amigos e à comunidade acadêmica da UFRJ, aos quais desejamos força e esperança neste momento difícil.

Reitoria da UFRJ

7/10/2020

Adeus a Luiz Antonio Machado da Silva

Foi com pesar que a Reitoria e o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs) recebeu a notícia do falecimento do professor Luiz Antonio Machado da Silva, aposentado do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia.

Docente de 1986 a 2011 da UFRJ, Machado lecionou disciplinas de Teoria Social e Sociologia Urbana. Era integrante do Núcleo de Estudos do Controle, Cidadania e Violência Urbana (Necvu) e do Laboratório de Etnografias Metropolitanas (LeMetro).

O professor fez graduação em Sociologia e Política pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio, 1964), especialização em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (Ufba, 1963), mestrado em Antropologia Social pelo Museu Nacional/ UFRJ (1971), doutorado em Sociologia pela Rutgers – The State University of New Jersey (1979). Chegou a realizar dois pós-doutorados no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (2006-2007, bolsa do CNPq e 2011, bolsa do ICS/UL). Seu último livro (2008) é a coletânea Vida sob cerco – violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro (Faperj/Nova Fronteira) com resultados de pesquisa coletiva por ele coordenada.

Suas inúmeras gerações de colegas, ex-alunos e ex-orientandos desejam à família e aos amigos conforto neste momento difícil. A Reitoria e o Ifcs agradecem as contribuições feitas pelo professor Luiz Antonio Machado da Silva, cuja pesquisa foi reconhecida pelo Prêmio Anpocs de Excelência Acadêmica Antônio Flávio Pierucci em Sociologia.

Reitoria da UFRJ e Direção do Ifcs
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