Adeus a Celuta Sales Alviano

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lamenta, com profundo pesar, o falecimento da professora Celuta Sales Alviano, ocorrido na quinta-feira, 16/1. 

Como professora titular do Departamento de Microbiologia Geral do Instituto de Microbiologia Paulo de Góes (IMPG), Celuta contribuiu para a formação de profissionais e pesquisadores na área da Microbiologia, o que a tornou reconhecida pelas comunidades acadêmicas nacional e internacional.

Celuta dedicou mais de 50 anos de sua vida à educação, como docente da UFRJ. Em reconhecimento à excelência do seu trabalho e à sua inestimável contribuição para a ciência e para esta instituição, recebeu o título de professora emérita – aprovado pelo Conselho Universitário (Consuni) por unanimidade – no primeiro semestre de 2024. 

Graduada em Química Industrial pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), em 1969, concluiu o mestrado e o doutorado  pela UFRJ, nos anos de 1973 e 1978, respectivamente. Possuía notável experiência na sua área de formação, especializando-se no estudo da estrutura de superfície de fungos, bactérias e protozoários. Atuou, ainda, na avaliação de bioativos, com ênfase em atividade antimicrobiana, isolados de extratos de plantas/microrganismos. Foi bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq – nível sênior.

A UFRJ manifesta os sentimentos a todos os familiares, amigos e admiradores da professora Celuta, que será sempre lembrada por seu brilhantismo, cordialidade e carisma.

Adeus a Edson Pereira de Souza

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lamenta, com profundo pesar, o falecimento do professor aposentado Edson Pereira de Souza, ocorrido na quinta-feira, 9/1.

Edson, como era chamado pelos amigos, foi professor e diretor do Instituto de Física (IF), onde exerceu importante papel na transição democrática da UFRJ, nos anos 1980.

Foi substituto de Horácio de Macedo – que viria a ser o primeiro reitor democraticamente eleito pela UFRJ, no final da ditadura –, exercendo o cargo de decano do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) entre 1982 e 1985, função que assumiu de maneira titular entre 1985 e 1989 e pro-tempore em 1990.

Militante político pela democracia, defendeu de forma inegociável a autonomia universitária, em um momento crítico para a história da democracia brasileira.

O velório será realizado na sexta-feira, 10/1, na capela 1 do cemitério Jardim da Saudade, no Jardim Sulacap.

A UFRJ manifesta os sentimentos a todos os familiares, amigos e admiradores do professor Edson.

Adeus a Angela Maria Mendes Abreu

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lamenta, com profundo pesar, o falecimento da professora Angela Maria Mendes Abreu, ocorrido na manhã de quinta-feira, 19/12. Professora titular do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN), Angela atuou brilhante e intensamente no ensino, na pesquisa e na extensão, sempre integrando graduação e pós-graduação. 

A professora era amplamente reconhecida por seu compromisso com a saúde pública, a saúde do trabalhador e a prevenção do uso e abuso de álcool e outras substâncias psicoativas. A dedicação dela marcou profundamente a trajetória acadêmica de seus alunos, colegas e da comunidade acadêmica.

Angela graduou-se em Enfermagem pela EEAN em 1980, concluiu o mestrado em 1997 e o doutorado em 2005, ambos pela mesma instituição. O pós-doutorado foi feito na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Portugal, de 2014 a 2015. 

Desde 1994 ela integrava o corpo docente da escola, onde se consolidou como referência em ensino, pesquisa e extensão na área de álcool e trânsito. As pesquisas desenvolvidas pelo grupo liderado por Angela Abreu tiveram impacto nas políticas de redução de danos causados pelo abuso de álcool, incluindo a Lei Seca, no município do Rio de Janeiro. Nessa temática Angela foi uma pesquisadora com projeção internacional: membro do International Network on Brief Interventions for Alcohol Other Drugs (Inebria).

Na UFRJ, ocupou os cargos de diretora-geral do Instituto de Atenção à Saúde São Francisco de Assis (Hesfa), de 2001 a 2005; foi chefe do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública, de 2008 a 2011; coordenadora acadêmica do Núcleo de Atendimento ao Acidentado do Trânsito (Naiat), de 2009 a 2016; coordenadora acadêmica da Unidade de Atendimento a Pacientes com Problemas Relacionados ao Álcool e Outras Drogas (Uniprad), do Hesfa, de 2019 a 2024.

No trabalho, Angela foi uma professora companheira, com muito otimismo e alegria apoiava seus colegas e alunos. A UFRJ perde, assim, um de seus mais emblemáticos sorrisos, que a partir de agora estará guardado nos corações de quem a conheceu. A instituição solidariza-se com familiares e amigos, manifestando profunda gratidão pela relevante contribuição a esta Universidade.

O velório e a cremação da professora serão realizados no dia 21/12, das 9 às 11h, no Crematório São Francisco Xavier, Capela B Premium, no bairro do Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro.

Com informações do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública da Escola de Enfermagem Anna Nery.

Adeus a Maria Lucia Teixeira Werneck Vianna

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lamenta, com profundo pesar, o falecimento da professora Maria Lucia Teixeira Werneck Vianna,  do Instituto de Economia (IE), ocorrido na manhã de segunda-feira, 16/12, aos 81 anos. Marilu, como era carinhosamente conhecida, trilhou trajetória marcada pelo compromisso inabalável com a educação, com a UFRJ e com a defesa da democracia no Brasil.

Professora de Ciência Política no IE, Maria Lucia teve papel fundamental no desenvolvimento acadêmico e político da Universidade. Ocupou cargos de destaque, como decana do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) e presidente da Associação dos Docentes da UFRJ (Adufrj), entre 2017 e 2019. Foi diretora de Graduação e Administrativa do IE, sempre conhecida por sua liderança assertiva e pela busca por melhorias no ensino público.

Em 1962 ingressou no curso de Ciências Sociais, na antiga Faculdade Nacional de Filosofia. Engajada no movimento estudantil pela democracia, fez parte do Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional de Estudantes (UNE), junto com Antonio Carlos da Fontoura, Cacá Diegues, Ferreira Gullar e Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha. Com outros 15 estudantes, foi expulsa pelo Decreto-Lei 477/69 durante a ditadura militar.

Posteriormente formou-se em Ciência Política pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs) da UFRJ e obteve título de doutora pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), Marilu tornou-se referência nos estudos sobre o sistema de previdência e saúde no país. Ingressou em 1986 como professora na UFRJ, onde sua produção acadêmica e a orientação de diversos alunos contribuíram significativamente para a formação de novas gerações de pesquisadores e estudiosos.

Durante o período da ditadura militar, Maria Lucia foi uma voz ativa contra o autoritarismo. Lutou bravamente pela redemocratização do Brasil, mesmo diante da prisão e da perseguição política. Jamais perdeu a esperança, mantendo viva a crença em um futuro melhor para o país. Seu legado carrega não apenas a marca da militância, mas também a força feminina de uma mãe, irmã, filha e avó que viveu com coragem e generosidade.

Marilu deixa quatro filhos, nove netos e um bisneto, além de uma legião de colegas, alunos e amigos que a admiravam profundamente. 

Adeus a Sérgio Novis

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lamenta, com profundo pesar, o falecimento do neurologista e professor emérito da Faculdade de Medicina (FM), Sérgio Augusto Pereira Novis, no Rio de Janeiro, na quarta-feira, 12/12, aos 84 anos.

Reconhecido nacional e internacionalmente por sua atuação pioneira na neurologia clínica, Novis foi referência em áreas como acidentes vasculares encefálicos, esclerose múltipla e neuro-AIDS.

Natural do Rio, graduou-se em Medicina em 1963 pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e se especializou em neurologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), em 1964. A partir de 1975, tornou-se docente na UFRJ, onde desenvolveu longa carreira. 

A contribuição acadêmica de Novis foi notável, marcada pela extensa produção bibliográfica e orientação de dissertações de mestrado e teses de doutorado. A Universidade o reconheceu com o título de professor emérito em 2011.

O pesquisador participou ativamente de sociedades médicas, sendo membro titular da Academia Nacional de Medicina desde 1987. Lá ocupava a cadeira de número 2. Sérgio Novis também foi presidente da instituição entre 1989 e 1990.

Além do legado como educador e pesquisador, Novis marcou sua trajetória por um compromisso ético e humanista com a profissão médica. Foi homenageado em diversos congressos, recebeu o Troféu Coruja de Ouro, láurea máxima da Academia Brasileira de Neurologia, além de ter sido reconhecido como Membro Honorário Estrangeiro da Sociedade Francesa de Neurologia.

Sérgio Novis deixa esposa, três filhos, oito netos e um bisneto.

Adeus a Neyde Theml

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) manifesta, com profundo pesar, o falecimento da professora Neyde Theml, titular de História Antiga Clássica. A professora tinha 83 anos e faleceu de infecção pulmonar aguda, no sábado (30/11) à noite, no Rio de Janeiro.

Formada pela Faculdade Nacional de Filosofia, em 1966, Neyde concluiu mestrado na UFRJ, em 1979. Em 1993, cursou doutorado na Universidade Federal Fluminense (UFF). No ano seguinte, fez pós-doutorado pela Ecole Française d’Athenes, na Grécia. Professora aposentada da UFRJ desde 2004, Neyde costumava receber alunos em seu apartamento, no Leblon, com quem mantinha longas conversas sobre história antiga.

Neyde Theml integrou o corpo docente do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ a partir de 1967. Ao longo de 37 anos, foi diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), chefe do Departamento de História e coordenadora da pós-graduação em História.

O professor titular de História Moderna e Contemporânea/UFRJ, Francisco Carlos Teixeira da Silva, lamentou a morte da professora. “Neyde foi minha professora e em momento de grande dificuldade nacional e de grave risco de segurança pessoal, em 1973, me deu apoio e refúgio, evitando, dessa forma, uma ameaça imediata de prisão. Neyde além de professora, foi uma excelente colega, dividindo a direção do IFCS, do Departamento de História e da Pós-graduação de História. Presto aqui minha homenagem a uma mulher de valor e coragem cívica e uma mestra na vida”, escreveu Teixeira da Silva.

A família da professora Neyde Theml reside em São Paulo e até a manhã de domingo (1/12) ainda não havia decidido onde seria o velório e o sepultamento.

Adeus a Neide Esterci

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) manifesta, com profundo pesar, o falecimento da professora e antropóloga Neide Esterci, aos 83 anos, ocorrido na segunda-feira, 18 de novembro.

Formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em 1965, Neide realizou mestrado em Antropologia Social no Museu Nacional da UFRJ e, em 1985, concluiu seu doutorado em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP).

Neide Esterci integrou o corpo docente do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ a partir de 1970. Foi pesquisadora visitante na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), em Paris, e no Institute of Latin American Studies da Universidade de Londres, entre outras instituições renomadas.

Sua trajetória acadêmica foi marcada por estudos fundamentais sobre escravidão contemporânea, com foco nas condições de trabalho análogas à escravidão, nas relações entre trabalhadores rurais, políticas agrárias e desenvolvimento sustentável. Seu trabalho destacou os vínculos entre conflitos socioambientais e desigualdades no campo, tornando-a referência no campo da antropologia contemporânea.

Neide também se notabilizou como pesquisadora da Amazônia, área em que se tornou especialista e escreveu obras de grande relevância, como Conflito na Amazônia: peões e posseiros contra a grande empresa. Outros livros de destaque incluem Escravos da Desigualdade: um estudo sobre o uso repressivo da força de trabalho hoje (1994), Territórios socioambientais em construção na Amazônia brasileira (2018) e Reforma Agrária e Meio Ambiente (2003).

Ao longo de sua vida, Neide Esterci formou gerações de pesquisadores e pesquisadoras, consolidando um legado acadêmico exemplar. Também participou de diversas organizações e ajudou a fundar o Instituto Socioambiental (ISA), do qual foi presidenta.

Ela deixa o viúvo Ricardo Ramalho, dois filhos, Emiliano e Thomaz Ramalho, e o neto Pedro.

O velório foi realizado na terça-feira, 19/11, no Crematório do Cemitério Vertical Memorial do Carmo.

Adeus a Fernando Luiz Bastos Ribeiro

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lamenta, com profundo pesar, o falecimento do professor e pesquisador Fernando Luiz Bastos Ribeiro, ocorrido na quinta-feira, 14/11. Fernando Bastos, como era conhecido, foi uma figura marcante no Centro Tecnológico (CT), onde construiu uma trajetória de grande impacto acadêmico e institucional. Nascido em 1954, formou-se em Engenharia Civil pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em 1978 e concluiu mestrado e doutorado na UFRJ, em 1986 e 1991, respectivamente. Posteriormente, realizou o pós-doutorado na prestigiada École des Ponts ParisTech, em 2004.

Com a carreira dedicada à pesquisa e ao ensino, Fernando Bastos atuou com ênfase em modelagem computacional, contribuindo para o avanço de temas como métodos numéricos, elementos finitos e computação de alto desempenho. Seu trabalho impactou diversas áreas da engenharia, envolvendo tanto a mecânica dos sólidos quanto a dos fluidos. O professor foi bolsista de produtividade 1D do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), reconhecido por sua excelência acadêmica e por seu compromisso com a UFRJ e a engenharia brasileira.

Na UFRJ, ocupou cargos de destaque: vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe), entre 2006 e 2008, e coordenador, de 2008 a 2014, período em que liderou importantes reformas acadêmicas.

Entre 2014 e 2018, exerceu o cargo de decano do CT. Sua administração foi marcada por iniciativas que melhoraram as infraestruturas do campus, como a reforma do piso da passarela principal, modernização das salas de manutenção e segurança, além da implementação de um sistema automatizado de agendamento de refeições no Restaurante Universitário (RU). 

Ao longo da carreira, o pesquisador não apenas contribuiu significativamente para a ciência, mas também para a melhoria da qualidade de vida acadêmica e profissional da comunidade universitária. Seu legado como pesquisador e gestor ficará para sempre na memória daqueles que o conheceram e com quem trabalhou.

Adeus à Letícia Rebollo Couto

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lamenta, com profundo pesar, o falecimento da professora e pesquisadora Letícia Rebollo Couto, ocorrido na madrugada de quinta-feira, 7/11.

Professora do Departamento de Letras Neolatinas da Faculdade de Letras (FL) da UFRJ e coordenadora do curso de Português-Espanhol, Letícia era amplamente reconhecida por seu compromisso com a educação, a ética profissional e a formação de professores. Sua dedicação marcou profundamente a trajetória acadêmica de seus alunos, colegas e da comunidade acadêmica.

Graduada em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), Letícia concluiu mestrado em Linguística na mesma instituição. Doutora em Ciências da Linguagem pela Université de Strasbourg II, na França, também realizou dois pós-doutorados: um na área de Tradução, na Ufsc, e outro em Fonética e em Línguas Estrangeiras, na Simon Fraser University, no Canadá. Desde 1991, atuava na UFRJ, onde se consolidou como referência em ensino, pesquisa e extensão.

O velório da professora Letícia Rebollo Couto será realizado no dia 9/11, das 14 às 17h, no Memorial do Carmo, no bairro do Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro.

Com informações de Complexo de Formação de Professores (CFP).

Adeus a Arthur Moreira Lima

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lamenta, com pesar, a morte do pianista Arthur Moreira Lima aos 84 anos, na noite de quarta-feira (30/10), em Florianópolis.  Considerado um dos maiores pianistas brasileiros, o músico lutava contra um câncer no intestino desde o ano passado. 

Em 24/9/24, Moreira Lima recebeu o título de doutor honoris causa pela UFRJ. Na ocasião, o pianista acompanhou a cerimônia de sua casa e foi representado pelo seu neto Francisco Moreira Lima Pereira. Em mais de sete décadas de carreira dedicadas ao piano, o músico executou peças eruditas e populares em grandes salas de concerto e espaços abertos em periferias e no interior, no Brasil e no exterior.

Confira o perfil de Arthur Moreira Lima elaborado em ocasião de seu doutorado honoris causa.