UFRJ participa de reunião da Presidência com reitores das universidades federais

Depois de longo hiato de comunicação entre a Presidência da República e os reitores de universidades e institutos federais, o Palácio do Planalto sediou, nesta quinta-feira, 19/1, encontro entre o presidente Luís Inácio Lula da Silva e os dirigentes máximos dessas instituições. O vice-reitor Carlos Frederico Leão Rocha representou a Universidade Federal do Rio de Janeiro, enquanto a reitora Denise Pires de Carvalho representou a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC). Ela é a nova titular da secretaria, como o Conexão UFRJ noticiou em primeira mão, mas ainda não foi nomeada, assim como todos os novos integrantes da Sesu anunciados pelo ministro Camilo Santana no dia 6/1, o que deve acontecer nos próximos dias.

“O encontro com vocês é o encontro da civilização. (…) Não existe na história da humanidade nenhum país que conseguiu se desenvolver sem que antes tivesse resolvido o problema da formação do seu povo. Então, nós estamos começando um novo momento. Eu sei do obscurantismo que vocês viveram nesses últimos quatro anos”, disse Lula.

Em seu discurso, o presidente destacou que é preciso formar e qualificar a sociedade para as diversas áreas, especialmente em engenharia. Além disso, defendeu o Financiamento Estudantil (Fies) como instrumento de democratização da educação, ressaltando que é importante os estudantes terem o mesmo crédito dado a empresas e pessoas mais ricas. Também em uma de suas falas, Lula criticou o mercado financeiro: “Esse mercado só não considera como gasto o pagamento dos juros da dívida”.

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca, destacou a importância do encontro: “Essa geração de reitoras e de reitores, e creio que uma parte da geração anterior não sabe o que significa porque nunca experimentou uma reunião com o presidente da República, aqui no Palácio do Planalto. Eu quero, portanto, em primeiro lugar, fazer essa palavra de reconhecimento e de agradecimento pelo fato de logo no primeiro mês desta gestão nós podermos ser recebidos aqui, que eu tenho certeza que é um gesto carregado de simbologia”.

“Os reitores e as universidades federais foram maltratados, foram detratados, foram esganados orçamentariamente. Fomos colocados como alvo e, pior, fomos alijados do nosso papel natural, que é o papel de estar a serviço do Brasil, dos projetos de desenvolvimento nacional. O que eu gostaria de dizer é que o conjunto das universidades federais brasileiras quer apresentar, neste momento, a este governo, a sua firme disposição de estar a serviço do Brasil (…). Queremos nos colocar a serviço dos projetos estratégicos do Brasil, seja na área do meio ambiente, da energia limpa, da reindustrialização, seja na área dos demais níveis de educação, para, enfim, buscar acabar com essa dualidade entre a educação superior e os demais níveis de ensino, porque as universidades entendem que a educação básica e os outros níveis de educação também são assuntos nossos. Mas, para tudo isso, naturalmente, precisamos de condições, de meios, para desenvolver a nossa própria função natural, seja meios orçamentários dignos e adequados, seja meios para exercer a nossa democracia interna, a nossa constitucionalmente instituída autonomia universitária. Sabemos que somos um patrimônio do povo brasileiro, e as universidades federais, neste momento, ficam extasiadas e acolhidas por um novo governo que tem esse reconhecimento”, completou Fonseca.

Vice-reitor da UFRJ, Carlos Frederico Leão Rocha enfatizou a importância das falas do presidente. “O discurso do presidente coloca a educação na centralidade do desenvolvimento econômico. Além disso, ele mandou um recado sobre a importância de as universidades atuarem com maior intensidade. O presidente Lula está muito preocupado com a capacidade das universidades em gerar emprego. Ele deixou evidente que conhece as necessidades do ambiente universitário”, afirmou Rocha, que em breve assumirá a Reitoria da UFRJ.

Por fim, Lula frisou que “o ensino público vai voltar à luminosidade”. Também garantiu a autonomia das universidades, que a escolha dos reitores será feita de acordo com a vontade do corpo universitário e firmou o compromisso de um encontro anual com os reitores.

UFRJ participa de cerimônias de posse de ministros de novo governo federal

Para estreitar laços entre governo e a UFRJ, a reitora Denise Pires de Carvalho esteve presente em cerimônias de posse de ministros do novo governo federal, na segunda-feira, 2/1, um dia após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Denise participou das cerimônias de posse de Camilo Santana (PT), ministro da Educação; de Fernando Haddad (PT), da Fazenda; da professora da UFRJ Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos; e de Nísia Trindade, primeira mulher a ocupar o posto de ministra da Saúde. Nísia fez menção ao fato de ser professora honoris causa pela UFRJ e saudou as instituições científicas do Brasil. “Estive agora há pouco com a reitora Denise Pires de Carvalho e, com essa menção, eu quero cumprimentar todas as universidades e sociedades científicas. Nossa gestão no Ministério da Saúde será pautada pela ciência, pelo diálogo com a comunidade científica”, pontuou.

A reitora Denise Pires de Carvalho esteve na posse da professora da UFRJ Esther Dweck, agora ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos | Foto: Arquivo pessoal

Segundo o novo ministro da Educação, as instituições de ensino superior terão voz. “Pretendo reforçar o orçamento das nossas universidades (…). A universidade precisa ser um espaço democrático, livre, que estimule a criatividade, a liberdade de expressão e um olhar mais solidário e humano”, enfatizou Camilo.

Além de estar ao lado de colegas como Ricardo Fonseca, reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), e Beatriz Eckert-Hoff, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), Denise saudou Luciana Santos (PCdoB), ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação; Silvio Almeida, ministro de Direitos Humanos e Cidadania; Izolda Cela (PDT), nova secretária executiva do Ministério da Educação; e Ana Moser, ministra do Esporte.

“É crucial que a UFRJ esteja em interface com o governo federal, visibilizando ainda mais a potência da nossa comunidade acadêmica para contribuir com frentes que possam promover o bem-estar presente e futuro do Brasil depois de alguns anos de obscurantismo. Nossa universidade é vanguarda, mas também é futuro, então queremos demonstrar que estamos aqui para cooperar com o avanço científico, tecnológico, artístico e cultural para que tenhamos uma sociedade mais justa, democrática e igualitária”, concluiu Denise.

Reitora da UFRJ recebe representantes da ANPG e UNE

Na quarta-feira, 21/12, a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, recebeu representantes da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e da União Nacional dos Estudantes (UNE). Na ocasião, a reitora foi convidada à abertura da 13ª Bienal da UNE, que acontecerá na cidade carioca entre 2 e 5/2, com o tema “Um Rio chamado Brasil”, em que são esperadas entre seis e oito mil pessoas. Denise confirmou presença. “Será um evento sensacional para discutir o nosso país a partir do Rio de Janeiro”, disse.

Natalia Trindade, secretária-geral da Associação de Pós-Graduandos (APG-UFRJ) e diretora de Direitos dos Pós-Graduandos da ANPG, destacou a importância do apoio da UFRJ nos preparativos para o evento.

“A UFRJ já é uma grande parceira: ajudou com a estrutura em 2015 quando aconteceu a edição da Bienal no Rio de Janeiro. Dessa vez, a gente volta a realizar aqui no Rio e viemos conversar com a reitora. Contamos com essa parceria não apenas na perspectiva da estrutura para os alojamentos dos estudantes do Brasil inteiro, mas também com os principais ativos que a Universidade tem, que são seus próprios estudantes, os trabalhos produzidos por ela, como o Parque Tecnológico, os grupos de pesquisa, de extensão e tudo o mais que a UFRJ tem para oferecer ao Brasil. A gente quer convidá-la a participar de forma ativa e viabilizar que todos os estudantes do país conheçam a Universidade Federal do Rio de Janeiro”, disse.

No encontro, Denise recebeu um troféu da ANPG e um quadro que simboliza a identidade visual da Bienal. “É uma homenagem à reitora Denise Pires de Carvalho, que cumpriu, na nossa opinião, um papel extraordinário de defesa da universidade pública, de defesa da educação, da ciência e tecnologia, nesse período tão difícil que vivemos, que foi o governo Bolsonaro”, afirmou Natalia.

Superintendência-Geral de Comunicação Social abre vagas para bolsistas

Estão abertas até 30/12 as inscrições para o programa de bolsas para atuação na Superintendência-Geral de Comunicação Social (SGCOM), vinculada à Reitoria. Ao todo, são oferecidas duas vagas imediatas, além de cadastro reserva:

  • A-101: Assessoria de Imprensa (1 vaga imediata + cadastro reserva)
  • A-102: Mídias Sociais (cadastro reserva)
  • A-103: Jornalismo (1 vaga imediata + cadastro reserva)

O processo seletivo será bifásico: análise curricular e entrevista individual on-line. Os interessados devem enviar currículo para contato@comunica.ufrj.br. O início das atividades está previsto para 17/1/2023. A bolsa é de R$ 700,00.

Acesse a página do processo seletivo, leia o edital na íntegra e saiba mais.

Reitora coordena painel que debaterá projeto progressista na educação

Na próxima terça-feira, 29/11, a reitora, Denise Pires de Carvalho, coordenará a mesa de debate “Visão estratégica para um projeto progressista na Educação”. O evento é organizado pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), que é vinculado ao Fórum de Ciência e Cultura (FCC) da UFRJ.

Naomar Almeida Filho, titular da Cátedra de Educação Básica Alfredo Bozzi, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), será o conferencista do encontro. Ele é professor de Epidemiologia no Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Entre os debatedores, estão Ricardo Henriques, da Fundação Dom Cabral e Instituto Unibanco; Carmen Teresa Gabriel, titular da Cátedra de Formação de Professores do CBAE; e Maria Fernanda Elbert, titular da Cátedra Universidade do Futuro, também do CBAE.

“A construção desses espaços de discussão na UFRJ, que focará na necessidade de um projeto progressista para a educação brasileira, revela a importância que nossa Universidade destina a um tripé de ensino, pesquisa e extensão verdadeiramente emancipador”, afirma a reitora.

O evento é gratuito e aberto às comunidades interna e externa, sem necessidade de inscrição prévia. O encontro acontecerá das 9h às 11h30 no salão nobre do FCC, localizado na Avenida Rui Barbosa, 762, Flamengo.

Imagem: Divulgação

Reitora da UFRJ participa do Rio Innovation Week (RIW)

A reitora da UFRJ participará, na quarta-feira (9/11), como painelista do Rio Innovation Week (RIW). Em sua segunda edição, o encontro, um dos principais eventos de negócios e tecnologia da América Latina, é voltado a empresas ligadas à área, ao empreendedorismo e à inovação. A edição de 2022 acontece no Pier Mauá, Rio de Janeiro, entre os dias 8 e 11/11.

O evento contará com 27 conferências, mais de 700 palestrantes convidados, duas mil startups e incubadoras fomentando negócios, mais de 250 expositores apresentando inovações e soluções para os setores, além de mentorias, exposições, workshops e networking. O público é composto por empreendedores, investidores, estudantes, pesquisadores, agricultores, executivos e representantes do governo – que irão compartilhar experiências e conhecimento, debater e apresentar novas estratégias para os negócios, impulsionar ideias e startups e discutir o futuro das profissões e da educação.

A reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, participará do painel “Desafios e oportunidades da educação num mundo em transformação: educar para inovar e empreender para educar”. Nele, será discutido o imenso desafio que se impõe ao sistema educacional brasileiro e aos sistemas educacionais de maneira geral, de preparar cidadãos aptos a compreenderem e se manterem inseridos numa economia globalizada caracterizada pela contínua transformação tecnológica e organizacional das formas de produzir, assim como pelas mudanças de perspectivas, interesses, valores e hábitos de consumo dos indivíduos e grupos sociais.

Durante a sua participação, a reitora tratará do uso de tecnologias, a partir da experiência da pandemia, como meio para alargar as possibilidades de alcance da produção educacional das universidades e da diversificação da informação oferecida aos estudantes. Além disso, será abordada a importância do empreendedorismo no ensino superior, salientando a atuação das empresas juniores, as incubadoras e parques tecnológicos.

Professores eméritos da UFRJ emitem nota em defesa da democracia

Um grupo de 50 professores eméritos da UFRJ emitiu nota na última terça-feira, 25/10, expressando defesa da educação, da ciência, da cultura, do meio ambiente, da tecnologia e da democracia.

Lido na sessão ordinária do Conselho Universitário (Consuni/UFRJ) desta quinta-feira, 27/10, pelo professor Ricardo Medronho, o posicionamento destaca o asfixiamento orçamentário das universidades federais.

“As universidades públicas são responsáveis por mais de 95% da pesquisa produzida no país. Assim, deixá-las à mingua, sem recursos que garantam seu pleno funcionamento e sem verbas para bolsas de pós-graduação e pesquisa, torna evidente o projeto de nação engendrado”, ressalta o texto.

Leia na íntegra:

Posicionamento de Professores Eméritos da UFRJ em Defesa da Educação, da Ciência, da Cultura, do Meio Ambiente, da Tecnologia e da Democracia

Nós, Professores Eméritos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vimos a público manifestar nossa total indignação frente aos desmandos do atual governo, claramente empenhado em asfixiar as universidades federais e em desmontar o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, duramente construído e continuamente aperfeiçoado desde 1951, quando da criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico – CNPq.

O governo atinge este objetivo ao retirar verbas das universidades federais, comprometendo seriamente seu funcionamento. Da mesma forma age em relação à CAPES, ao CNPq e ao FNDCT, reduzindo
drasticamente os auxílios à pesquisa e a concessão de bolsas para pós-graduandos, fragilizando a educação superior e a ciência como um todo. Como consequência disto, vemos nossos mais brilhantes jovens pesquisadores emigrarem para países mais ricos, a fim de avançar com suas pesquisas, uma vez que isso se tornou impossível no Brasil, resultado desse monstruoso corte de verbas.

As universidades públicas são responsáveis por mais de 95% da pesquisa produzida no país. Assim, deixá-las à mingua, sem recursos que garantam seu pleno funcionamento e sem verbas para bolsas de pós-graduação e pesquisa, torna evidente o projeto de nação engendrado pelo atual governo para o País, ao qual caberia apenas a exportação de commodities, tais como petróleo bruto, minério de ferro e soja.

Como defensores incontestes da ciência, da educação, da saúde pública e do Estado Democrático de Direito, posicionamo-nos fortemente contra o negacionismo que causou a morte evitável de centenas de milhares de pessoas durante a pandemia; contra o totalitarismo, que ataca os meios de comunicação e espalha o ódio e o terror na sociedade, com o uso contínuo e recorrente de fake news; contra o armamento da população, que serve apenas para munir as milícias com armamentos comprados
legalmente; contra o desenfreado desmatamento da Amazônia, que altera as condições climáticas do planeta; contra a invasão de terras indígenas; contra o garimpo ilegal, que provoca destruição do meio
ambiente; contra o desmonte da Funai e do Ibama; contra os falsos profetas que manipulam os mais pobres, incutindo-lhes o medo e o ódio; e, finalmente, contra o projeto de um governo que nos colocou de
volta no mapa da fome da ONU.

Em 25 de outubro de 2022

Adelaide Maria de Souza Antunes
Adalberto Ramon Vieyra
Ana Ivenicki
Andrea Viana Daher
Anita Dolly Panek
Antonio Carlos Secchin
Antonio Flavio Barbosa Moreira
Antonio Giannella-Neto
Arthur Octavio de Avila Kós
Beatriz Becker
Carlos Aguiar de Medeiros
Celina Moreira de Mello
Clarisa Beatriz Palatnik de Sousa
Claudio Costa Neto
Consuelo da Luz Lins
Dinah Maria Isensee Calou
Erasmo Madureira Ferreira
Dani Gamerman
Francisco Radler de Aquino Neto
Gilberto Barbosa Domont
Jorge Almeida Guimarães
Helio dos Santos Migon
Jayme Luiz Szwarcfiter
Jose Angelo de Souza Pappi
José Egídio Paulo de Oliveira
José Luís da Costa Fiori
Jose Mauro Peralta
Liu Hsu
Luiz Bevilacqua
Luiz Davidovich
Luiz Felipe Alvahydo de Ulhoa Canto
Manuel Antônio de Castro
Márcio Tavares d’Amaral
Maria Antonieta Rubio Tyrrell
Marieta de Moraes Ferreira
Martin Schmal
Muniz Sodre Cabral
Nei Pereira Junior
Nelson Maculan Filho
Nelson de Souza e Silva
Nelson Spector
Nicim Zagury
Nubia Verçosa Figueiredo
Olaf Malm
Otávio Guilherme Cardoso Alves Velho
Raquel Paiva de Araújo Soares
Ricardo de Andrade Medronho
Roberto Lent
Takeshi Kodama
Vivian Mary Barral Dodd Rumjane

Reitora da UFRJ se encontra com reitor da Univalle, universidade colombiana

No dia 28/9, em missão à Colômbia, a reitora Denise Pires de Carvalho teve um encontro com Darío Henao Restrepo, reitor da Universidade del Valle (Cali, Colômbia). O encontro foi marcado por questões sobre intercâmbio e cooperação entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade del Valle (Univalle). 

Segundo a reitora, é importante que a UFRJ amplie sua relação com universidades estrangeiras, principalmente latino-americanas, como a Univalle. 

“Pelo fato de a UFRJ ser a maior universidade federal do país, é muito importante que a gente busque ampliar o leque de parceiros internacionais. Devemos abrir fronteiras e focar em aumentar o acesso às oportunidades, por meio da cooperação internacional com outras instituições de ensino superior. Além disso, precisamos ter o objetivo de manter e aprimorar a universidade pública, gratuita e de excelência”, declarou Denise.

“Para mim, foi muito agradável conversar com ela e lembrar da minha passagem pela UFRJ, onde fiz mestrado e doutorado”, relembrou Darío Henao, classificando o encontro como “frutífero”. 

UFRJ sedia encontro de reitores de diversas universidades brasileiras

A reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Denise Pires de Carvalho, esteve, no dia 16/9, na XV Assembleia Geral e XII Seminário Internacional do Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (Gcub), instituição presidida por ela. A reunião ocorreu na UFRJ e contou com a participação de reitores de diversas instituições, de forma presencial e remota. O evento teve também a presença de membros do Conselho Fiscal. 

Prestigiaram o encontro os reitores Laércio Alves de Carvalho, da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (Uems); Marco Tullio de Castro Vasconcelos, da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM); Emmanuel Zagury Tourinho, da Universidade Federal do Pará (Ufpa); Evandro Aparecido Soares da Silva, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT); José Geraldo Ticianeli, da Universidade Federal de Roraima (UFRR); Lavínia Rosa Rodrigues, da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg); Roberlaine Ribeiro Jorge, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa); Valder Steffen Júnior, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU); e Rossana Valéria de Souza e Silva, diretora executiva do GCUB.

Após a abertura do evento, com Denise Pires de Carvalho, houve uma atividade cultural com os alunos Saulo Laucas (tenor) e Eduardo Henrique (piano), da Escola de Música da UFRJ, que apresentaram repertório variado. 

Saulo e Eduardo se apresentaram | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Rossana Valéria lembrou, durante sua participação no encontro, a pandemia de covid-19, afirmando que costuma dizer que “somos todos sobreviventes de uma grande tragédia mundial”. Ela completou: “Lutamos, sofremos, sentimos e continuamos em frente ao ver as nossas instituições fechadas, os trabalhos de cooperação internacional encerrados, as viagens proibidas, as reuniões apenas virtuais, os cursos, os eventos, o remoto predominando em nossas vidas. Foram realmente tempos muito difíceis, que, felizmente, hoje vemos, com muita alegria e emoção, que estão passando, estão se tornando passado, e que nós esperamos muito que não voltem a fazer parte do nosso futuro”, ressaltou Rossana, pontuando a alegria com a qual abraçou essa reunião, a primeira presencial da diretoria. 

Rossana fez também a leitura da pauta da reunião, com as boas-vindas da reitora a todos. Ela leu a aprovação da pauta da 15ª assembleia, deu informações sobre o estado de organização dessa assembleia e do seminário internacional, evento internacional anual do Gcub, além do Encontro de Reitores Brasil-México, realizado tanto no aqui no país quanto no exterior e que ocorre pela primeira vez na América Latina.

Ainda foram discutidos: a apresentação de uma versão preliminar do relatório de gestão; as demonstrações financeiras referentes ao ano de 2021; as eleições da diretoria do Conselho Fiscal; o local e a data da assembleia e do seminário internacional de 2023; o edital do Programa Bolsas-Brasil de Pós-Graduação; as alterações do regimento interno do comitê assessor, além de assuntos gerais e outras informações. 

Durante o encontro, a reitora da UFRJ explicou a importância do que deve ser e de como melhorar a educação básica no país.

Para Denise Pires de Carvalho, Brasil precisa revolucionar o campo da educação e isso passa pela universidade | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

“Nós precisamos de uma revolução no Brasil, como foi a revolução finlandesa. Uma coisa é nós lermos no livro, conversarmos; outra coisa é nós termos um grupo de estudantes com essa missão: de ir à Finlândia, experimentar como é o ensino lá e, depois, voltar para cá e fazer nas nossas instituições, como contrapartida, cursos para os nossos estudantes de licenciatura. Como é o ensino na Finlândia, o que foi diferente nesse país, o que de lá vai ser bom para o Brasil ou não?”, questionou Denise.

A reitora da UFRJ prosseguiu discutindo sobre a internacionalização, especialmente as dificuldades do que chamou de “fluxo em mão dupla”. “É um desafio enorme. Não só que os nossos estudantes retornem do exterior, que eu acho que é nosso maior desafio no momento, mas que nós também possamos receber estudantes de fora. Eu acho que esse é o maior problema das nossas universidades hoje, é esse fluxo que deve ser em mão dupla, que vai beneficiar as nossas instituições e os nossos estudantes, sem dúvida”, opinou Denise. “Quando a gente tem essa diversidade de cultura, essa interação entre os povos, isso é muito rico em todos os cursos, desde a área tecnológica à área de ciências humanas e sociais, passando pela área da saúde”, concluiu. 

Em artigo no Globo, reitora e professor da UFRJ argumentam que universidades têm relevância para superação de vulnerabilidades no Brasil

Em artigo publicado no jornal O Globo nesta quinta-feira, 15/9, a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, e o professor Luis Fernandes, do Fórum de Ciência e Cultura, defenderam que é preciso completar a obra da Independência e que, para isso, as universidades têm papel relevante nos esforços para superar vulnerabilidades do Brasil.

A reitora Denise Pires de Carvalho e o professor Luis Fernandes | Imagem: Artur Moês (SGCOM/UFRJ) e Reprodução

Os articulistas abordaram, ainda, o evento Bicentenário da Independência: Rumos do Brasil, organizado pela UFRJ, que acontece entre 15 e 21/9, como destacado pelo Conexão UFRJ. “Será um importante momento para celebrar o passado, analisar o presente e projetar o futuro, atualizando o compromisso da universidade com a sociedade brasileira, no apoio à sua capacidade de desenvolvimento autônomo”, afirmam Denise e Luis.

Leia o artigo na íntegra abaixo ou no site do jornal:

Setembro marca a sequência de eventos que culminaram, há 200 anos, na Proclamação da Independência: a afirmação do direito à auto-organização política do Brasil. Trata-se de conquista a ser celebrada por todo o povo brasileiro, e não apenas por uma de suas vertentes político-ideológicas. Mas a comemoração não pode ofuscar o olhar crítico sobre as limitações que marcaram e continuam marcando esse processo histórico.

Entre elas, destaca-se a preservação do regime de trabalho escravo por mais de seis décadas após a separação política de Portugal, mantendo e consolidando uma estrutura de desigualdade e racismo com impactos profundos e duradouros na sociedade brasileira. Do ponto de vista político, a persistência do controle dinástico (e, na sequência, oligárquico) sobre o próprio poder estatal no país, o que tolheu a afirmação da soberania popular (democrática) como fundamento da própria soberania nacional. Só há pouco mais de três décadas é que afirmamos o sufrágio universal como princípio ordenador da escolha dos nossos governantes.

A incapacidade de associar, de forma consistente e sustentada, a independência política a um projeto nacional de desenvolvimento que reposicionasse o Brasil na divisão internacional do trabalho nos deixou um legado de vulnerabilidades. A pandemia da Covid-19 revelou de forma dramática a nossa dependência do fornecimento de equipamentos, ingredientes e tecnologia do exterior para assegurar o direito do nosso povo à saúde.

Os impactos da guerra na Ucrânia desnudaram a necessidade de assegurar capacidade e controle nacional sobre o fornecimento de insumos essenciais para a nossa agricultura, bem como sobre a oferta de energia a partir de fontes diversificadas e limpas. A preservação efetiva da soberania na Amazônia brasileira exige que a ordem legal nacional prevaleça em todo esse gigantesco e riquíssimo território, e que se promova, nesta base, o seu desenvolvimento sustentável.

Nesse contexto, a universidade brasileira e as instituições do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação têm papel central nos esforços para superar essas e outras vulnerabilidades que continuam marcando nossa trajetória como país independente. Nos paradigmas produtivos que conformam a sociedade do conhecimento do século XXI, ciência e tecnologia têm função cada vez mais central na agregação de valor e na geração de riqueza a ser redistribuída na sociedade.

Organizado pelo Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, o evento Bicentenário da Independência e os Rumos do Brasil, hoje e nos dias 20 e 21, será um importante momento para celebrar o passado, analisar o presente e projetar o futuro, atualizando o compromisso da universidade com a sociedade brasileira, no apoio à sua capacidade de desenvolvimento autônomo.

Garantir investimentos para alavancar a capacidade científica e tecnológica nacional — e mobilizar essa capacidade para gerar soluções inovadoras para os grandes desafios do país — é o caminho para construir um futuro com mais igualdade, justiça e bem-estar no Brasil. Precisamos completar a obra da independência.

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