Moção de Desagravo em favor da professora Lígia Bahia

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro vem a público manifestar irrestrito apoio à professora Ligia Bahia, em relação a acusações contra a professora pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O processo exige retratação e indenização por declarações dela ao canal Youtube Instituto Conhecimento Liberta (ICL). Ela criticou posições notoriamente públicas em veículos midiáticos de membros da diretoria da entidade em favor do uso de cloroquina e contra a vacinação durante a pandemia e, em outro contexto, desfavoráveis à legislação que permite aborto em crianças vítimas de estupro.

Os posicionamentos da docente da UFRJ expressam consensos científicos nacionais e internacionais, amplamente reconhecidos. O CFM ao propor punição para a professora por ter reiterado a adoção de estratégias baseadas em evidência científicas, se afasta dos princípios de liberdade de expressão que caracterizam a vida universitária e as sociedades democráticas.

Ligia Bahia é professora Titular, pesquisadora de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Cientista do Estado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro. Considerando os compromissos universitários com a ciência, reafirmamos nossa solidariedade a Ligia Bahia, que tal como outros docentes da UFRJ têm uma profícua trajetória profissional em defesa da ciência e melhoria das condições de saúde da população brasileira.

UFRJ pede suplementação orçamentária

O Conselho Universitário (Consuni), instância máxima da UFRJ, emitiu moção nesta quinta-feira, 28/9, em que destaca a necessidade de suplementação orçamentária para a instituição.

“Mantido o atual orçamento proposto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), a UFRJ fechará no ano que vem”, assevera a moção.

O texto lembra o incidente ocorrido na Escola de Educação Física e Desportos (EEFD), onde ocorreu desabamento de marquise, e provocou interrupção de atividades. A moção critica, ainda, o anúncio do governo federal, que pretende construir 31 novos campi, “em um momento em que as universidades estão correndo o risco de fechamento e com instalações em risco”. Segundo o Consuni, os recursos são escassos e “incêndios como o ocorrido no Museu Nacional podem se repetir”.

Leia a seguir na íntegra.

No dia 06 de setembro de 2023, a marquise do prédio da Educação Física e Dança desabou. Com aulas no local, alunos, professores e demais pessoas tiveram que evacuar o prédio. 

Enquanto o governo federal anuncia a criação de 31 novos campi, o curso de Dança da UFRJ está com as aulas em locais inadequados e o segmento de Educação Infantil do Colégio de Aplicação (CAp-UFRJ) suspendeu o edital para novos alunos por falta de instalações para funcionar. As instalações da Universidade estão seriamente comprometidas. Incêndios como o ocorrido no Museu Nacional podem se repetir. Gerimos recursos escassos para a assistência estudantil e o esforço de inclusão realizado pelos governos do princípio do século pode ser comprometido. Mantido o atual orçamento proposto na PLOA, a UFRJ fechará no ano que vem.

Somos favoráveis à expansão da educação universitária para novas localidades. No entanto, o Conselho Universitário da UFRJ vem a público afirmar ser inaceitável apresentar propostas de expansão em um momento em que as universidades estão correndo o risco de fechamento e com instalações em risco.

É essencial uma suplementação orçamentária ainda em 2023. O Consuni demanda a recomposição orçamentária para nossas universidades para garantir o nosso funcionamento. 

Clamamos a participação de todos nas manifestações do dia 3/10.

UFRJ apoia direitos previdenciários para pós-graduandos

O Conselho Universitário (Consuni), instância máxima da UFRJ, emitiu moção no dia 14/9, em que apoia direitos previdenciários para estudantes de pós-graduação. O texto foi aprovado por unanimidade.

Leia na íntegra a seguir.

O Conselho Universitário da UFRJ, reunido em sessão de 14 de setembro de 2023, vem por meio deste se manifestar em apoio à ampliação dos direitos dos pós-graduandos, em especial à defesa da contagem do tempo de mestrado e doutorado para a previdência dos pós-graduandos.

Este egrégio Conselho considera que a conquista desse direito é uma necessidade para o Brasil do século XXI e se insere em um conjunto de outras demandas que a ANPG e a APG/UFRJ já está empenhada em defender, como a assistência estudantil e políticas de ações afirmativas.

Compreendendo que são quase 40 anos em busca de seguridade social por aquelas e aqueles que estão sob a condição híbrida de estudante-trabalhador, sob um vácuo jurídico que impedem que pós-graduandos tenham acesso pleno a políticas públicas que garantam a valorização
do nosso esforço laboral, este Conselho considera de máxima relevância nacional que os anos dedicados à formação, através do mestrado e doutorado, sejam computados para fins de seguridade social e aposentadoria. Afinal, é preciso que aquelas e aqueles que constroem o presente e o futuro do país tenham acesso a garantias mínimas há décadas proporcionadas a todas as categorias de trabalhadores do país, como auxílio-doença, pensão por morte, salário-maternidade e,
principalmente, o direito à aposentadoria por contribuição.

O Conselho Universitário da UFRJ apoia a luta dos pós-graduandos, da APG UFRJ e da ANPG porque entende que essa é a luta pelo desenvolvimento do Brasil, pela valorização da ciência e do pesquisador. Portanto, direitos previdenciários para os pós-graduandos já!

Adeus a Maria Bernadete Pacífico

Na última quinta-feira, 24/8, o Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da UFRJ, emitiu moção de pesar pela morte de Maria Bernadete Pacífico, mais conhecida como mãe Bernardete. Ela foi ialorixá, ativista e líder quilombola brasileira, assassinada. Foi líder da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos e líder do Quilombo Pitanga, em Simões Filho, na Bahia.

Leia moção na íntegra:

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, reunido em sessão de 24 de agosto de 2023, com tristeza, consternação e indignação, vem apresentar sua manifestação de pesar quanto ao assassinato da Yalorixá e Líder do Quilombo Pitanga dos Palmares, Mãe Bernadete Pacífico, ocorrido no último dia 17 de agosto, no município de Simões Filho, que integra a região metropolitana de Salvador (BA).

A morte dessa mulher negra, líder vinculada ao Movimento Negro e das Religiões de matriz Afro-Brasileiras irá se somar a tantas outras ocorrida nos últimos anos e que teve um aumento de 54%, segundo consta do mapa da violência, com dados relacionados aos anos de 2003 a 2013.

A UFRJ, como maior universidade federal do país, mantendo seu compromisso nas lutas antirracistas e contra todos os tipos de discriminação, não poderia se omitir quanto a esse fato triste e que chocou toda a sociedade brasileira, manifestando suas condolências para com os familiares e todas as pessoas que conviveram com Mãe Bernadete Pacífico em suas atividades de luta em prol do aprimoramento da nossa sociedade como um todo, para que nossa país se torne mais equânime de forma ampla e geral.

Adeus a Gercino Silva e Pedro Nascimento

O Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da UFRJ, em sessão de 27/7, emitiu moção de pesar pelo falecimento dos técnicos-administrativos Gercino Silva e Pedro Nascimento.

Leia a moção na íntegra:

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em sessão de 27 de julho de 2023, manifesta seu profundo pesar pelos falecimentos de nossos servidores Gercino Teotônio da Silva, em 12 de julho, e Pedro Gil do Nascimento, em 18 de julho.

Os servidores Gercino e Pedro Gil marcaram sua trajetória na UFRJ pelo reconhecido compromisso público e pelo incansável trabalho à frente dos locais onde serviram.

Ademais, eram conhecidos pela alegria do convívio no ambiente de trabalho, pelo zelo com a coisa pública, pela solidariedade e pela dedicação à UFRJ.

Perdas que deixam tristeza e de difícil reparação.

O Conselho Universitário da UFRJ manifesta seus mais sinceros pêsames e sua solidariedade aos amigos e a família

Adeus a Alzira Alves de Abreu

Na última sessão plenária do Conselho Universitário (Consuni), de 9/3, o colegiado máximo da UFRJ emitiu moção de pesar pelo falecimento de Alzira Alves de Abreu, ocorrido em 5/3.

Alzira é autora do icônico livro “Intelectuais e guerreiros: o Colégio de Aplicação da UFRJ de 1948 a 1968”.

Leia a manifestação do Consuni na íntegra:

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em sessão de 9 de março de 2023, vem externar o profundo pesar pelo falecimento, em 05 de março último, de Alzira Alves de Abreu, pesquisadora aposentada do CPDOC-FGV e autora do icônico livro Intelectuais e guerreiros: o Colégio de Aplicação da UFRJ de 1948 a 1968. Alzira Abreu, ex-licencianda do Colégio de Aplicação (quando ainda da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil) e doutora em Sociologia pela Universidade Paris V – Sorbonne, destacou em seu estudo pioneiro, de caráter histórico-sociológico, o lugar de centralidade ocupado por estudantes e docentes que compunham o corpo social de nossa instituição de ensino no engajamento da luta armada contra a ditatura empresarial-militar de 1964, “de modo a entender como se formou dentro dela uma elite intelectual e uma geração de guerrilheiros”. O estudo empreendido pela pesquisadora é hoje uma referência para aqueles que se dedicam à história do Colégio de Aplicação e da educação brasileira como um todo. Nesse ano de 2023, quando o Colégio de Aplicação completa 75 anos de existência, sua pesquisa é uma forma de celebração da memória de luta e resistência por uma educação pública, gratuita, de qualidade, democrática, laica e socialmente referenciada. Alzira, presente!

UFRJ pede revogação do Novo Ensino Médio

O Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da UFRJ, emitiu moção na última quinta-feira, 9/3, em que pede a revogação do Novo Ensino Médio (NEM).

Segundo o posicionamento do colegiado, que tem representação de estudantes, técnicos-administrativos e docentes, o NEM “representa mais um passo no desmonte do ensino básico”. Em agosto de 2021, o Complexo de Formação de Professores da UFRJ já havia se posicionado sobre o tema.

De acordo com a moção do Consuni, “a reforma precariza o trabalho do profissional da educação” e “abre margem para que profissionais com “notório saber” ministrem aulas, mesmo sem formação pedagógica”.

Leia na íntegra:

Em 2016, foi apresentada pelo Governo Federal uma medida provisória que propunha novas diretrizes para o Ensino Médio no Brasil. Num período marcado pela resistência dos estudantes contra essa medida, em 2017, ela foi aprovada no Congresso como a Lei n° 13.415/2017.

Todo o debate ao redor dela, foi atropelado com a MP, que representa a educação de acordo com o interesse dos tubarões da educação. 

Com o NEM, existe uma flexibilização do conteúdo ministrado nas escolas, tirando a obrigatoriedade de certas disciplinas (como artes, educação física e ciências sociais), mantendo apenas português e matemática como disciplinas obrigatórias. Além disso, altera a carga horária para 60% de conteúdos comuns da BNCC, e 40% de conteúdo optativo. 

Entretanto, a oferta de matérias optativas estará intrinsecamente ligada a condição social em que a escola e seus estudantes estão inseridos. Isso significa que, matérias de fim formativo, que serão complementares ao ensino, tecnologias, e mais valorizadas, serão aplicadas em escolas
específicas, enquanto que na maioria das escolas públicas do país, o ensino já está sendo voltado à entrada num mercado de trabalho precarizado.

Além disso, a reforma precariza o trabalho do profissional da educação, que, além de ter a carga horária reduzida muitas vezes (principalmente das áreas voltadas ao desenvolvimento de um pensamento crítico), a reforma abre margem para que profissionais com “notório saber” ministrem aulas, mesmo sem formação pedagógica. 

Com diversos cortes na educação, a precarização do ensino básico é evidente. Durante a pandemia, a enorme evasão de estudantes secundaristas resultou no Enem mais desigual da história. O NEM representa mais um passo no desmonte do ensino básico. 

Portanto, o Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em sessão de 09 de março de 2023, se posiciona pela revogação do Novo Ensino Médio e convoca todos para as mobilizações puxadas por entidades estudantis no dia 15 de março, e convida para o
ato no Rio de Janeiro, na Candelária!

UFRJ emite moção de apoio aos profissionais de enfermagem

Na quinta-feira, 22/9, o Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da UFRJ, emitiu moção de apoio aos profissionais de enfermagem, com relação à reivindicação pelo piso salarial nacional.

Leia na íntegra:

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em sessão de 22 de setembro de 2022, manifesta o seu apoio aos profissionais da Enfermagem, uma categoria imprescindível na área da saúde, concernente à reivindicação para a conquista do piso salarial nacional, posto que, há mais de três décadas reivindicam um salário digno.

Um passo importante nessa luta foi a aprovação da Lei nº 14.434/2022 pelo Congresso Nacional, sancionada pelo governo, que fixou o piso nacional para a categoria em R$ 4.750,00. Entretanto, uma ação impetrada pelos donos de hospitais, clínicas e planos de saúde privados resultou na suspensão do cumprimento da lei pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O Conselho Universitário reconhece o valor dos profissionais da Enfermagem para a vida dos pacientes e, destacadamente, a importância da atuação dessa categoria no enfrentamento da Covid-19. Centenas desses profissionais perderam a vida no exercício da profissão, na linha de frente, dia e noite, no combate à pandemia.

Além da pandemia, a Enfermagem brasileira vem atuando no fortalecimento do Sistema Único de Saúde, no atendimento à população, o que reforça a necessidade desta categoria de trabalhadores ter o seu mérito profissional reconhecido por toda a sociedade.

Dez anos sem Aloísio Teixeira

Na quinta-feira passada, 28/7, o Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, órgão máximo da instituição, emitiu moção em homenagem a Aloísio Teixeira, ex-reitor da UFRJ entre 2003 e 2011.

Leia na íntegra:

10 anos sem Aloísio Teixeira: uma homenagem do Conselho Universitário a um dos maiores pensadores brasileiros.

Em 23 de julho de 2012, perdemos o economista e ex-reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, aos 67 anos.

Aloísio cumpriu um papel importantíssimo ao ser eleito e nomeado reitor, de 2003 a 2011, pós-período de intervenção do governo federal na UFRJ, que sucateou e tentou desmontar a primeira Universidade do país.

Entusiasta da Reforma Universitária, da expansão com qualidade e estrutura, da democratização do acesso ao ensino superior, do fim do vestibular, foi na gestão de Aloísio na UFRJ que surgiram os cursos noturnos, os bacharelados interdisciplinares; que políticas públicas como o Reuni e Sisu/Enem foram implementadas, e que o primeiro passo rumo às políticas de cotas foi dado na UFRJ.

Nos tempos atuais, de nossa resistência ao negacionismo científico e aos ataques à Ciência e à Educação, lembrar Aloísio Teixeira é nos conectar com um referencial: a importância das ciências humanas para a reestruturação da Universidade. Afinal, todas as ciências são humanas, feitas por e para humanos! Aloísio nos deixou um legado na reflexão de que a produção do conhecimento científico deve colaborar para a construção de um país com uma sociedade menos injusta.

Nos 10 anos de sua morte, o Conselho Universitário vem homenagear a memória e a presença de Aloísio Teixeira na luta pela Ciência Nacional, pela Universidade pública, gratuita e socialmente referenciada, por um Brasil independente.

Aloísio Teixeira presente!

“UFRJ não tem verba para seguir funcionando”, alerta Conselho Universitário

Em moção aprovada nesta quinta-feira, 9/6, o Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, repudiou os recentes cortes e contingenciamentos realizados pelo governo federal contra a UFRJ.

“Com mais esse corte, a UFRJ não tem verba para seguir funcionando, pagando as contas de água e energia elétrica, contratando serviços de segurança e limpeza, fazendo manutenções mínimas e adotando medidas de prevenção de incêndio, após agosto deste ano. Além disso, esse bloqueio impede a ampliação de políticas de assistência estudantil durante esse ano, que hoje se demonstram urgentes tendo em vista principalmente a característica socioeconômica atual do corpo estudantil das universidades”, diz trecho da moção.

Ainda segundo o Consuni, o bloqueio representa “uma opção política, num contexto de recordes de arrecadação em que o governo escolhe sacrificar a educação, a ciência e a tecnologia para ajustar-se ao Teto de Gastos, preservando seu orçamento secreto”.

Leia o posicionamento na íntegra abaixo:

Moção de repúdio aos cortes orçamentários

Desde 2015, as Universidades Federais vêm sofrendo cortes sucessivos no orçamento discricionário, que diz respeito a pagamento das contas de água e de luz, manutenção da estrutura e do funcionamento fundamental das Universidades e suas unidades de saúde.

Contraditoriamente à relevância alcançada pelas Universidades, principalmente frente ao seu desempenho no combate ao Coronavírus, o orçamento das Instituições de Ensino diminui. Exemplo disso é que, no ano de 2021, a UFRJ contou com um orçamento de R$ 303 milhões, o menor orçamento da década, tendo registrado uma queda de R$ 71 milhões em relação ao ano de 2020, que também já havia sido alvo de cortes bilionários.

A UFRJ iniciou o ano de 2022 com um orçamento de aproximadamente R$ 329 milhões, que não repunha as perdas inflacionárias com relação a 2021. Esse valor já impunha uma enorme dificuldade a nossa Universidade, que já previa a impossibilidade de terminar o ano de 2022 sem dívidas milionárias. Para piorar, recentemente o Governo Federal anunciou um corte de R$ 3,2 bilhões na verba das Universidades e dos Institutos Federais e, após pressão dos segmentos do setor da educação, no dia 03/06/2022, o Ministério da Educação anunciou que o bloqueio na verdade será de R$ 1,6 bilhões.

Com mais esse corte, a UFRJ não tem verba para seguir funcionando, pagando as contas de água e energia elétrica, contratando serviços de segurança e limpeza, fazendo manutenções mínimas e adotando medidas de prevenção de incêndio, após agosto deste ano. Além disso, esse bloqueio impede a ampliação de políticas de assistência estudantil durante esse ano, que hoje se demonstram urgentes tendo em vista principalmente a característica socioeconômica atual do corpo estudantil das Universidades (de acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, 7 em cada 10 estudantes das Universidades Públicas são atualmente de baixa renda). Essa medida coloca ainda em risco o funcionamento das políticas de assistência estudantil já existentes (auxílios, funcionamento dos bandejões, manutenção da Residência Estudantil) no ano que vem.

Este bloqueio é uma opção política, num contexto de recordes de arrecadação em que o Governo escolhe sacrificar a educação, a ciência e a tecnologia para ajustar-se ao Teto de Gastos, preservando seu orçamento secreto.

Por isso, o desbloqueio total do orçamento é urgente, assim como uma recomposição orçamentária e a revogação do Teto de Gastos, para permitir que a UFRJ e as demais Universidades Federais possam manter a qualidade do ensino, a produção de pesquisas de ponta, as iniciativas de extensão, as políticas de permanência e assistência estudantil, as reformas estruturais, o funcionamento dos seus campi e, assim, possa cumprir o seu papel de servir ao povo.

Assim, o Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, reunido em sessão de 09 de junho de 2022, vem manifestar seu repúdio aos cortes do orçamento destinado às Universidades e Institutos Federais de Ensino e demandar a recomposição orçamentária.

Alertamos para a necessidade dessa verba na garantia do funcionamento da UFRJ no próximo período letivo.

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